Olá leitores!
Como estão? Espero que todos bem. Começando a coluna com aquelas amenidades que, em um mundo sério, não precisariam de comentários... então a Fórmula Um resolveu assumir de vez a postura “Fórmula Barbie” e quer multar os pilotos que proferirem palavras de baixo calão no rádio? Que #$@%@ é essa? Idéia de &%$)# do @%$#*&¨!!! Realmente após as coisas irem de mal a pior, o ciclo se repete... enfim, é o que pode acontecer quando as pessoas têm muito tempo livre, tivessem algo importante com que se preocupar não ficariam com essa #$&@#*%#& absurda. Claro que não escrevi nenhuma palavra de baixo calão aqui, mas fica minha solidariedade com os pilotos envolvidos nessa baboseira fruto do infernal surto de politicamente correto que assola o planeta. Vamos começar com a NASCAR, que na noite de sábado selecionou os 12 que passarão para a próxima fase dos playoffs em Bristol, o oval de meia milha mais interessante da temporada. E a corrida foi uma aula de pilotagem de Kyle Larson, um piloto cujo talento é diretamente proporcional à quantidade de detratores que possui, especialmente aqui na Banânia, onde todos parecem ser impolutos e nunca proferiram nenhuma bobagem boca afora... sei... enfim, como na visão do bananeiro padrão o Larson é um piloto muito ruim, ele liderou apenas 462 voltas das 500 da corrida. Simplesmente não deu chances para os concorrentes, vencendo não apenas a corrida como os dois primeiros estágios também. E numa pista em que cada volta leva pouco mais de 15 segundos, venceu com uma margem de 7 segundos sobre seu companheiro de equipe Chase Elliott. A terceira posição ficou com Bubba Wallace, em uma de suas melhores apresentações essa temporada, seguido por Denny Hamlin, que se esforçou muito para passar para a próxima etapa com boa pontuação, e atingiu seu objetivo. O Top-5 se encerrou com Christopher Bell, que vai para a próxima fase como o segundo piloto com maior pontuação, atrás apenas do Larson, e 20 pontos adiante do outro vencedor dessa série de 16, o Logano. A propósito, a lista dos que passam é: Kyle Larson, Christopher Bell, Tyler Reddick, William Byron, Ryan Blaney, Denny Hamlin, Chase Elliott, Joey Logano, Austin Cindric, Daniel Suárez, Alex Bowman e Chase Briscoe. O Mundial de Superbike teve um final de semana de recorde, e a “culpa” é de Danilo Petrucci, que não apenas “varreu” o final de semana vencendo a corrida de sábado, a corrida que define a superpole e a corrida do domingo, como também se tornou o primeiro piloto a vencer no SBK estadunidense, na Moto GP, no WSBK e também uma etapa do Rally Dakar. O circuito de Cremona, uma pista construída num espaço relativamente limitado mas muito bem aproveitado, viu a história sendo feita, e também viu a expressão de desagrado dos dois pilotos da equipe oficial da Ducati ao serem sistematicamente superados pela Ducati privada do Petrucci. No sábado ele foi acompanhado no pódio pelo Nicolo Bulega em 2º e pelo Alvaro Bautista em 3º. Na corrida do domingo, Bulega e Bautista inverteram as posições. Continuando em duas rodas, o Mundial de Motovelocidade teve sua segunda etapa seguida em Misano, dessa vez sem chuva para tornar as coisas mais interessantes. Na Moto3 voltamos a ouvir o hino colombiano no pódio, pois após uma intensa disputa nas primeiras posições David Alonso voltou a subir ao degrau mais alto do pódio, cruzando a bandeirada apenas 17 centésimos à frente de Angel Piqueras. Logo atrás de Piqueras chegou Daniel Holgado, mas... o rapaz reincidiu em exceder os limites da pista na última volta, e como não teria tempo de pagar a punição de volta longa, perdeu uma posição, o equivalente ao tempo que perderia cumprindo a posição. Assim sendo, o degrau mais baixo do pódio ficou com Collin Veijer. A Moto2 fez uma corrida que só não foi absolutamente soporífera por causa da última volta, quando Celestino Vietti grudou em Aron Canet e o ultrapassou literalmente em cima da linha de chegada, vencendo pela monumental margem de 29 milésimos de segundo. Não dá pra dizer que Canet ficou feliz com o desfecho da prova... o degrau mais baixo do pódio foi ocupado por Tony Arbolino, a quase 2 segundos de distância dos líderes. E recebeu a bandeirada sozinho, já que tinha um segundo de vantagem para o 4º colocado, e daí para trás os intervalos entre os pilotos foram crescendo, o que indica bem o quão sonolenta foi a prova. Diogo Moreira nem conseguiu largar, mas levando em conta que o companheiro de equipe dele chegou em 12º... não afirmarei que foi completamente ruim não participar da prova. Já na MotoGP, a esperança que Bagnaia alimentou no sábado, ao vencer a Sprint Race, se esvaneceu no domingo. O atual campeão já tinha caído para a 3ª posição quando o pneu dianteiro perdeu aderência numa curva e o tombo foi inevitável. Só não foi pior pois seu companheiro de equipe até o final da temporada, Enea Bastianini, passou voltas e voltas pressionando Jorge Martin, e quando na última volta o Martin deixou a porta aberta na 4ª curva do circuito Enea não se fez de rogado, mergulhou numa manobra ousada, os dois pilotos acabaram se tocando e Martin acabou visitando a área de escape. Jorge ficou muito bravo, passou pela bandeirada dando uma pernacchia, mas ao chegar no parque fechado já estava um pouco mais calmo, e depois de ver o tamanho da porta que ele deixou aberta para o Bastianini ele acabou se conformando com o ocorrido. Assim sendo, a vantagem de Martin na pontuação, que poderia ser de 29 pontos, acabou ficando apenas em 24 pontos. E temos um campeonato mais do que aberto antes do início da fase asiática da competição. Com Enea em 1º e Martin em 2º, o degrau mais baixo do pódio ficou com Marc Márquez, que nitidamente segurou a risada na antessala do pódio ao ver o desagrado do Martin com a ultrapassagem, pensando que ele teria feito exatamente o mesmo, quiçá pior... A Fórmula Um foi até Singapura para sua tradicional etapa noturna, e se a corrida não foi um primor de emoção também esteve longe de ser ruim. Dessa vez, surpreendentemente, Norris não largou mal, conseguiu confirmar a pole position obtida após a primeira curva, e venceu com autoridade e tranquilidade a corrida. Para a felicidade da McLaren, Oscar Piastri também esteve no pódio, na 3ª posição, somando ótimos pontos para a disputa do Mundial de Construtores (que é de onde vem importante parte da grana que a categoria distribui para as equipes). Entre os dois McLaren chegou Max Verstappen, fazendo o que foi possível para diminuir o prejuízo na pontuação por conta da crise técnica que aflige os carros da Red Bull. Max ganhou um auxílio inesperado: na última volta o Daniel Ricciardo, que está com sua vaga na Racing Bulls Maquina de Cartão na corda bamba, marcou a volta mais rápida da prova e retirou o ponto extra que o Norris estava garantindo até a penúltima volta. Por menos que pareça, esse único ponto fez com que Max tivesse a possibilidade de ser campeão apenas chegando em 2º daqui até o final da temporada... se isso acontecerá, isso é outro departamento, mas matematicamente a possibilidade existe. Claro que a equipe McLaren fez um chororô por causa disso, o que foi absolutamente inútil e apenas depôs contra a seriedade da direção da equipe. Sejam adultos, por favor. E o IMSA foi até Indianapolis para mais uma corrida de 6 horas, e a estratégia perfeita da equipe BMW RLL hypercar garantiu o melhor dos resultados, dobradinha da equipe em 1º e 2º, com o carro #24 de Eng e Krohn à frente do carro #25 de Yelloly/de Phillippi. Foram acompanhados no pódio pelo Porsche Penske #6 de Tandy/Jaminet. O outro carro da Penske, o #7 de Felipe Nasr/Dane Cameron, atuais líderes da pontuação, enfrentou percalços e terminou em 9º na categoria e 17º na geral. O carro de Pipo Derani abandonou com pouco mais de 2 horas de corrida. Felipe Fraga e seus companheiros de carro terminaram em 5º na LMP2, e Daniel Serra e seu Ferrari acabou como 9º na GTDPro. GTDPro que, por sinal, teve um pódio bem variado: o Porsche #77 em 1º, o Mustang GT3 #64 em 2º e o Corvette #3 em 3º. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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