Olá leitores!
Como estão? Espero que todos bem. Final de semana com belas corridas, para compensar a frustração de ser obrigado a ir nas urnas para escolher entre Nhô Ruim e Nhô Pior, já que o grau de civilização da República Sebastianista da Banânia não contempla a evoluída situação do voto facultativo. Voto obrigatório leva ao aparecimento de aventureiros descomprometidos com a realidade, que encontram seu abrigo em camadas da população que fazem questão de deixar seus cérebros com o mínimo de uso possível e imaginável. Enfim, quem sabe um dia evoluímos... Vamos começar com título: o Mundial de Motovelocidade foi até Motegi para mais uma etapa e, ao passo que na Moto2 e na MotoGP a disputa continua completamente aberta, na Moto3 David Alonso tinha sua primeira chance de encerrar a disputa pelo título e não a desperdiçou. A prova foi cheia de drama, com a bolha da carenagem de Alonso quebrada logo na volta de saída do pit lane para o grid. Equipe trocou a bolha no grid, o piloto acalmou os nervos, largou bem, perdeu algumas posições, não se abalou, e na segunda metade da corrida alcançou a liderança, de onde não saiu até a bandeirada. Fernandez, Holgado e outros tentaram garantir a liderança, mas Alonso não deu margens e mostrou o motivo de ser campeão antecipado. De quebra, conquistou sua 10ª vitória na temporada, uma marca digna de admiração em uma categoria tão competitiva. Foi acompanhado no pódio por Collin Veijer em 2º e por Adrián Fernandez em 3º. A Moto2 foi uma corrida de estratégia: largaram e a prova foi interrompida por uma forte e repentina pancada de chuva. Na relargada após a bandeira vermelha, alguns respeitaram a pista ainda molhada e foram com pneus de chuva e outros resolveram arriscar e saíram com pneus slick. Quem se arriscou se deu bem, e Manuel Gonzalez tirou o doce da mão de Ai Ogura, que tinha grandes esperanças de vencer perante sua torcida mas teve de se contentar com o segundo lugar. Completando o pódio na 3ª posição, Filip Salac, que fez uma prova monumental saindo da 18ª posição para o pódio. Realmente um excelente desempenho. Na MotoGP o atual campeão continua no trabalho de formiguinha para reduzir sua desvantagem na pontuação para o principal postulante da temporada, Jorge Martin. E após um final de semana positivo no Japão, vai para a Austrália com 10 pontos de desvantagem, com a ajuda da vitória neste domingo. Martin fez sua parte, chegando em 2º e minimizando o prejuízo. O pódio ficou completo com Marc Márquez, na 3ª posição. Digno de nota o desempenho de Acosta, que caiu na prova sprint no sábado e caiu na prova principal no domingo. Parece o claro caso de piloto querendo andar mais que a moto... ele é muito rápido, mas tem que aprender a dosar essa velocidade em uma moto bem mais potente que a Moto2. O TCR South America foi até Buenos Aires para mais uma etapa do certame sulamericano e a última etapa do TCR Brasil. Não tentem entender, eu já desisti. Na corrida do sábado, a vitória ficou com Galid Osman, que resistiu bravamente aos ataques de Matías Cravero, desejoso de vencer perante sua torcida. Outro argentino completou o pódio, Juan Ángel Rosso. Digna de nota foi a corrida de Pedro Cardoso, que por conta de punições largou em 17º e terminou na 5ª posição. Em uma prova curta, numa categoria sem DRS ou outros artifícios para facilitar as ultrapassagens, realmente impressionante. No domingo a esperança da torcida que estava no autódromo da capital de ter um conterrâneo vencendo a corrida mais uma vez foi frustrada. Dessa vez por um uruguaio, Juan Manuel Casella, que da segunda fila fez uma largada digna de registro nos manuais com o seu Honda, assumiu a liderança e de lá não mais saiu. Para alegria dos representantes da fábrica japonesa, o 2º lugar também ficou com um Honda, no caso o de Matías Cravero, repetindo seu resultado da véspera. Na 3ª posição, Leonel Pernía e seu Peugeot. O Pedro Cardoso chegou em 4º lugar, e com esse resultado garantiu o título do certame brasileiro. Próxima etapa do TCR será em Termas do Rio Hondo, na véspera do aniversário desse vosso escriba. E a NASCAR foi até Talladega para mais uma etapa do playoff em que um dos pilotos que disputam o título não venceu. A prova teve momentos consideravelmente distintos: o 1º segmento foi bem movimentado, e Chris Buescher não teve vida fácil para vencer o segmento. O 2º segmento já foi mais cerebral, e quem levou a melhor foi Austin Cindric, mostrando a força dos Ford em superspeedways. E o segmento final não foi dos mais empolgantes até as voltas finais, onde os ânimos estavam acirrados e coube a Joey Logano (previsivelmente...) iniciar a carambola que propiciou o maior Big One dos tempos modernos da categoria, com 23 carros envolvidos, dos quais 7 sem condições de retornar para a pista. O jênio do Logano deu um toque mais forte na traseira do Keselowski, que foi empurrado em direção ao Cindric, que não conseguiu manter a estabilidade com o toque, rodou e iniciou o “strike”. E o termo foi bem esse. Menos mal que o artífice do acidente não teve condições de prosseguir. Bandeira vermelha decretada para conseguir retirar todos da pista, tivemos a relargada e Ricky Stenhouse Jr., impulsionado por William Byron pela linha de fora, ganhou velocidade na reta final e venceu pela monumental vantagem de 6 milésimos de segundo. Na foto da bandeirada, não deu meio metro à frente de um decepcionado Brad Keselowski. Foram seguidos por dois carros da Hendrick, Byron em 3º e Kyle Larson em 4º. Top-5 se encerrou com o Toyota de Erik Jones. 2 corridas dessa fase dos playoffs, 2 corridas sem vitória dos postulantes ao título. As vagas devem ser decididas mais na pontuação que na vitória. Afinal, falta apenas uma corrida até o próximo corte, e será no Roval de Charlotte, uma pista diferente de todas as outras, e onde não necessariamente algum dos postulantes ao título é favorito à vitória. Recomendo não perderem a corrida. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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