
Olá leitores! Como estão? Todos já como o Papai Noel? É, final de ano não é fácil... a gente precisaria de umas férias para descansar desse período. E como não poderia deixar de ser, época de retrospectivas... aqui não poderia ser diferente, teremos nessa coluna a retrospectiva de 2024 no automobilismo internacional, enquanto não chega a data da minha consulta com o Pai Alex para as previsões de 2025. Vamos começar com a categoria rainha, a Fórmula Um, onde Max Verstappen mostrou que não é apenas um “campeão com melhor carro”. O carro até foi o melhor na primeira metade da temporada, mas na segunda realmente ele teve que suar o macacão para conseguir cada pódio conquistado. O caminho para o título foi facilitado pela McLaren, que não definiu um primeiro piloto e dividiu seus pontos entre Lando Norris e Oscar Piastri, o que atrapalhou a disputa do título de pilotos, mas abriu o caminho para a equipe inglesa conquistar o título de Construtores, que ela não obtinha desde 1998. A temporada começou com a bombástica notícia que em 2025 Lewis Hamilton correria pela Ferrari, não mais pela Mercedes. Isso colocou ele na posição de funcionário já assinado com outra empresa, mas ainda tendo que cumprir um ano inteiro na empresa anterior... e deixou Carlos Sainz Jr. de “aviso prévio” antes mesmo do campeonato começar. A incerteza de ter um lugar onde sentar em 2025 fez com que o filho da lenda do rali fizesse sua melhor temporada na equipe de Maranello, já que teria que “mostrar serviço” para conquistar um assento para a próxima temporada. Foi sondado por diversas equipes, e acabou assinando com a Williams. Aparentemente, ele desejava um contrato “curto”, por conta da mudança de regulamento de 2026, e as maiores equipes queriam um contrato mais longo. Vamos ver se ele consegue transferir sua experiência de andar na frente para uma equipe da segunda metade do pelotão... sabe-se que a capacidade dele criar a própria estratégia foi aprimorada quando Iñaki Rueda era o “estrategista” (entre aspas mesmo) da equipe italiana, já que depender do cidadão era o mesmo que estar no meio do oceano sem bússola nem sextante. Continuando nos monopostos, vamos para a Indycar, onde Alex Palou não foi o piloto com mais vitórias, mas utilizou a inteligência e a constância para conquistar mais um título, deixando Colton Herta (que lutou até o fim) e Scott McLaughlin (o piloto que mais voltas liderou na temporada) para trás. Absolutamente merecido, provavelmente o melhor piloto espanhol da atualidade em monopostos. No WEC, ao mesmo tempo que tivemos outra vitória da Ferrari AF Corse em Le Mans, a equipe falhou na pontuação em outras etapas mais curtas... e nisso o título dentre os construtores ficou com a Toyota, que na última prova do ano conseguiu a pontuação necessária para superar a Porsche, que veio muito forte durante o ano e superou os italianos, deixando a Ferrari em 3º, com pouco mais de 50 pontos de desvantagem. Dentre os pilotos, título do trio do Poersche #6 de Lotterer/Estre/Vanthoor, veio com relativa tranqüilidade, mas com um suspense na etapa final. No IMSA, a luta pelo título de pilotos foi apertada até o final, com a dupla Dane Cameron/Felipe Nasr levando o título após uma emocionante Petit Le Mans. Dentre os fabricantes, a Porsche superou sem grandes dificuldades a Cadillac, que teve um ótimo carro, mas pecou em alguns detalhes durante a temporada. Continuando em terras estadunidenses, na NASCAR deu a lógica, os dois primeiros lugares no campeonato ficaram com a equipe mais forte nos bastidores: a Penske. Título de Joey Logano, com Ryan Blaney como vice. Tyler Reddick fez uma ótima temporada, foi grandioso nos playoffs, mas na última etapa o seu Toyota da 23XI não correspondeu às expectativas criadas nas etapas anteriores. O único Chevrolet na final, o de William Byron, também correu bem menos que o esperado na última etapa. Meio suspeito... O TCR World Tour, em sua segunda passagem pela América do Sul, fez uma bela etapa em Interlagos, mas aparentemente não agradou muito aos organizadores, já que o continente foi ignorado no calendário 2025. Em 2024, entretanto, as disputas entre os pilotos pelo título foram bastante intensas. O título dentre os pilotos ficou com Norbert Michelisz, premiando a regularidade do húngaro da Hyundai na pontuação durante a temporada Dentre as equipes, pela 8ª vez em 10 temporadas, a que mais pontuou foi a Cyan Racing, que começou com os Volvo e, após a fábrica sueca largar as pistas, migrou para os Lynk&Co, marca do mesmo grupo chinês que é o atual dono da divisão de automóveis da Volvo. No TCR South America tivemos pela primeira vez um brasileiro campeão, Pedro Cardoso, que se impôs sobre o uruguaio Juan Manuel Casella e ao brasileiro Raphael Reis para conseguir esse feito, auxiliando também a sua equipe, a PMO Racing, a ser a campeã na sua disputa. No WRC, após longos anos de disputa, finalmente Thierry Neuville conseguiu seu almejado título. A Hyundai conseguiu entregar um equipamento rápido e confiável, ele utilizou o cérebro durante a temporada, e assim superou os ótimos pilotos da Toyota e o seu companheiro Ott Tänak, muito veloz, mas sempre sujeito a chuvas e trovoadas... o vice campeonato ficou com Elfyn Evans, um nome que tem tudo para ser campeão em breve. A Toyota foi a campeã de construtores, superando Hyundai e Ford. E vamos para as duas rodas. No Mundial de Motovelocidade o grande destaque foi sem dúvida Jorge Martin, que pela primeira vez desde que os motores 2T foram abandonados (saudades, inclusive) levantou o título de pilotos por uma equipe independente, para enorme alegria do pessoal da Pramac. O vigente bicampeão, Pecco Bagnaia, teve de se contentar com o vice campeonato, que pelo desempenho demonstrado durante o ano ficou de ótimo tamanho. Já no Mundial de Superbike, Toprak Razgatlioglu saiu da Yamaha, foi para a BMW, e em seu primeiro ano na nova equipe já levantou o título, mostrando que o que faltava para os alemães era piloto, não moto. Foi seguido na pontuação pela dupla da Ducati, Nicoló Bulega com o vice campeonato e Alvaro Bautista na 3ª posição. Desejo um ótimo Natal para todos vocês, caros leitores, nos encontramos semana que vem. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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