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Rafael Câmara vence na Alemanha e Caio Collet é pódio nos EUA PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 12 May 2024 20:29

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana não faltaram corridas e novidades sobre testes envolvendo os pilotos brasileiros, aspirantes ao topo da carreira nas categorias mais importantes do automobilismo mundial.

 

Nesta semana que passou tivemos o anúncio de testes da FIA Fórmula E oara novatos na Alemanha, com a participação de Enzo Fittipaldi, Caio Collet e Felipe Drugovich, todos buscando lugar como titular em uma categoria top de monopostos. Esse é assunto quente com nossos pilotos buscando espaço.

 

Já sobre as corridas, na Europa tivemos a abertura da temporada da Fórmula Regional Europeia, em Hockenheim, com a presença de dois pilotos brasileiros, vivendo situações bem distintas: recém-chegado da FIA Fórmula 4 Espanha, Pedro Clerot está na Van Amersfoort Racing, com o italiano Brando Badoer e português Ivan Domingues, o que pode ser uma disputa interna bem equilibrada. Já Rafael Câmara, em seu segundo ano na categoria pela Prema Racing, com o americano Ugo Ugochukwu e o australiano James Wharton, entra com “a obrigação de ganhar o campeonato” e tem fora da equipe, na R-Ace, o finlandês Tuukka Taponen como maior adversário. A esvaziada Eurofórmula fez sua segunda etapa na programação de Hockenheim com 7 carros no grid, entre eles, Fernando Barrichello. Também tivemos a abertura da FIA Fórmula 4 Espanha, em Jarama, com os brasileiroa Filippo Fiorentino e Gabriel Gomez

 

Nos Estados Unidos, maratona de corridas no programa Road To Indy, com duas corridas da USF2000, onde estão Nicolas Giaffone e Lucas Fecury, três corridas na PRO2000, onde corre Nicholas Monteiro e na Indy NXT, uma rodada dupla para Caio Collet, retornando de seu teste na Fórmula E. Fui muito cobrado pelas editoras para evitar fazer um mega textão, mas com tantas corridas e o teste da FIA Fórmula E, não dá pra prometer milagres.

 

Fórmula Regional Europeia

A temporada teve início no, agora privado, autódromo de Hockenheim. Na sexta-feira tivemos duas sessões de treinos livres na extensa programação do final de semana e na primeira ida dos 33 pilotos para a pista a coisa foi preocupante para Rafael Câmara, que viu os 3 carros da R-ACE e os 3 da MP Motorsport ficarem à frente da Prema. O Brasileiro foi o mais rápido entre os italianos, mas ficou apenas na P8. Pedro Clerot, foi o segundo mais rápido da Van Amersfoort Racing, mas ficou apenas na P19. Na segunda sessão, reação dos brasileiros. Rafael Câmara ficou com a P3, e Pedro Clerot com a P15, colado em Ivan Domingues. Os 20 primeiros dos 33 pilotos estavam separados por menos de 1 segundo!

 

 

No final da manhã do sábado os pilotos vieram para o treino classificatório da corrida 1, como de costume dividido em dois grupos. Pedro Clerot e Rafael Câmara estavam no grupo A, o primeiro a vir para pista tentar fazer o melhor nos 15 minutos de treino. Após algumas voltas para aquecer os pneus, os tempos começaram a vir faltando 8 minutos para o fim. Pedro Clerot, em sua primeira volta rápida, marcou 1m36,585s, mas os tempos iriam cair bem. Rafael Câmara, de número novo (#5), veio na sequência jogando os tempos pra casa de 1m35s, com 1m35,545s.

 

 

Na segunda passagem rápida dos pilotos Rafael Câmara marcou 1m35,036s, mas James Wharton foi 8 milésimos mais rápido. Pedro Clerot marcou 1m35,638s r tinha a P6 provisória a 4 minutos do final. Ainda havia tempo para ajustar a temperatura dos pneus e tentar mais uma volta rápida nos segundos finais e Rafael Câmara jogou pra 1m34,848s o tempo a ser batido. Pedro Clerot também melhorou seu tempo na tentativa final e marcou 1m35,508s, ficando com a P5. Após o grupo B vir pra pista e o melhor tempo ficar com Enzo Deligny, com 1m35,470s, Rafael Câmara cravou a primeira pole position do ano.

 

 

Menos de 6 horas depois os pilotos retornaram à pista para a primeira das duas corridas do final de semana. Caio Collet estava largando na pole position e Pedro Clerot na P9 em um dia ensolarado e agradável na Alemanha. Após a volta de apresentação os pilotos retornaram ao posicionamento no grid e, apagadas as luzes vermelhas, largaram para os 30 minutos programados +1 volta.

 

 

Rafael Câmara largou mal, sendo superado por Enzo Deligny e Tuukka Taponen antes de chegar na curva 1. Com a faca nos dentes, o brasileiro foi pra cima do finlandês e recuperou a P2 na freada pra curva 3. Insano, Rafael Câmara atacou Enzo Deligny no hairpin enquanto mais atrás, o pelotão vinha batendo rodas, com gente rodando, indo pra grama, como se não houvessem ainda 29 minutos de corrida. Antes de entrarem no “estádio”, Rafael Câmara já era o líder. Pedro Clerot estava no meio da confusão e conseguiu sobreviver a insana primeira volta, mas caiu para a P15 ao final da volta.

 

Rafael Câmara tratou de tentar se impor enquanto a briga rolava pela P2, o que acabava ajudando o piloto brasileiro, especialmente segurando James Wharton na P4 e Tuukka Taponen na P5. Pedro Clerot superou Valerio Rinicella e tomou a P14 na volta 2. Enzo Deligny se livrou de Evan Giltaire e não deixava Rafael Câmara fugir na liderança. Mais atrás, Pedro Clerot tentava atacar Nikhil Bohra, mas Valerio Rinicella estava colado no brasileiro. Evan Giltaire teve problemas, ficou lento e perdeu a P4. Pedro Clerot subiu para a P13.

 

 

Chegando perto da metade da corrida Rafael Câmara já tinha uma boa vantagem quando James Wharton finalmente superou Enzo Deligny. Na metade da corrida, a vantagem do brasileiro na liderança era de 2s. Na volta seguinte foi Tukka Taponen que subiu para a P3 e assim Rafael Câmara tinha dois dos maiores adversários logo atrás de si. Na volta 9 Pedro Clerot tomou a P12 de Theophile Nael, que foi despencando na classificação e continuava caçando Nikhil Bohra. O carro parado de Theophile Nael forçou a entrada do safety car antes da abertura da 10ª volta.

 

O pelotão foi agrupado e Rafael Câmara perdeu sua vantagem na liderança. A relargada veio com 8 minutos para o final, na abertura da volta 12. James Wharton veio na cola do brasileiro, que foi brilhante para manter a ponta. Pedro Clerot também largou bem, segurando Valerio Rinicella. Os três primeiros abriram rápido enquanto a briga pela P4 rolava Stromsted veio escalando o pelotão e passou os dos carros da MP Motorsport, jogando Pedro Clerot para a P13.

 

 

Nos minutos finais James Wharton se aproximou e atacou Rafael Câmara no Hairpin. Tuukka Taponen ficou um pouco para trás, mas acompanhava os dois carros da Prema. Rafael Câmara começou a temporada como não poderia ser melhor, vencendo. Na pista, James Wharton foi o segundo, mas uma punição de 5s por limites de pista o jogou para a P3, atrás de Tuukka Taponen. Pedro Clerot terminou na P13, â frente de Valério Rinicella, mas viu seus companheiros de equipe fazerem a P4 e a P5. Começamos o ano com pódio e hino nacional!

 

 

Na manhã do domingo tivemos o treino de classificação para a segunda corrida. O grupo A, onde estavam os brasileiros foi o segundo a ir pra pista e o tempo a ser batido pra conquistar a pole position era de Ivan Domingues, com 1m35,602s. Logo em seguida, o grupo dos brasileiros veio para a pista e os pilotos foram aquecendo os pneus até começarem a virar voltas rápidas, nos 8 minutos finais.

 

Os três primeiros da corrida do sábado estavam neste grupo e certamente a briga seria grande entre eles. Na sua primeira volta rápida, Pedro Clerot marcou 1m36,394s, tempo que certamente ia cair. Rafael Câmara virou sua primeira volta em 1m35,607s. Em seguida Pedro Clerot virou 1m35,723s e faltando 5 minutos, os brasipeiros eram P1e P2, mas os tempos iam baixar. Faltando 2 minutos e meio os pilotos partiram para as tentativas finais.

 

 

A pista não parecia estar rápida e os tempos não estavam vindo, mas nos segundos finais Pedro Clerot tentou, mas excedeu os limites de pista. Rafael Câmara foi rápido nos dois primeiros setores, mas perdeu no último. Ninguém da frente melhorou no final e os dois brasileiros ficaram com a P1 e a P2, mas largando na linha interna. Uma grande conquista para Pedro Clerot e ótimo para Rafael Câmara que viu seus adversários mais duros ficaram na quarta e quinta filas.

 

 

No final da tarde os 33 pilotos retornaram à pista para a segunda corrida em Rockenheim com uma novidade (para mim). Horas depois do treino terminado, a Prema recorreu e James Wharton recuperou a volta em 1m35,445s, ficando como o pole position. Assim, Rafael Câmara passou a largar da P3 e Pedro Clerot da P5. O mesmo se passou com Evan Giltaire, da ART Grand Prix, que recuperou o tempo de 1m35,595s e tomou o lugar de Ivan Domingues.

 

O sol estava baixo e o asfalto mais frio que no sábado. Após a volta de apresentação os pilotos voltaram às suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta, Rafael Câmara largou bem e manteve a P3, mas foi pra cima de James Wharton e tomou a P2 na segunda curva. Pedro Clerot também largou bem e se tocou com James Wharton no hairpin quando brigava pela P4 e perdeu algumas posições. Rafael Câmara foi pra cima de Evan Giltaire. No final da reta oposta Edgar Pierre saiu da pista e ficou na caixa de brita. Pedro Clerot caiu para a P7 e James Wharton foi para os boxes. O safety car foi acionado na volta 2. Ugo Ugochukwu e Hoang Dat Sawer também ficaram com carros danificados em local perigoso.

 

 

A relargada só veio na abertura da volta 6, faltando 16 minutos e meio para o final. Rafael Câmara largou bem deixando Ivan Domingues para trás. Pedro Clerot também largou bem e manteve a P7. Os três primeiros abriram vantagem enquanto a briga boa ficava pela P4. Rafael Domingues chegou no brasileiro da Prema que perdera um pouco de terreno para o líder. Na volta 7 a italiana Lena Buhler ficou na área de escape do Hairpin e o safety car voltou pra pista.

 

 

A nova relargada veio no início da volta 10, com menos de 5 minutos para o final da corrida. Rafael Câmara largou melhor que na bandeira amarela anterior e precisava acelerar se quisesse vencer a segunda corrida. Pedro Clerot manteva a P7, mas Nikita Bedrin vinha muito perto do brasileiro. Antes que Rafael Câmara tentasse alguma coisa, Costa Toparis e Kanato Le bateram e foram para a brita com 3 minutos e meio para o final e uma terceira entrada do safety car. Efetivamente tivemos até então apenas 4 ou 5 voltas de corrida, que terminou sob bandeira amarela.

 

Rafael Câmara ficou com a P2, indo novamente para o pódio, e Pedro Clerot marcou seus primeiros depois de cruzar a em sétimo, mas se beneficiar da punição a Theophile Nael e subir para a P6. A Fórmula Regional Europeia deixa a Alemanha com Rafael Câmara líder do campeonato, com 43 pontos e Pedro Clerot na P9, com 8 pontos. A próxima etapa será em Spa Francorchamps.

 

 

Rapidamente, vou falar sobre a Eurofórmula, que teve 7 carros no grid (lamentavelmente) onde Fernando Barrichello, terminou as três corridas disputadas na como P4 na primeira, com 6 carros terminando a prova, P6 na segunda, com 7 carros terminando a prova e P6 na terceira, com 6 carros largando e terminando a prova. O brasileiro ocupa a P6 no campeonato com 56 pontos e a etapa seguinte será em Spa Francorchamps.

 

Também rapidamente falarei sobre a FIA Fórmula 4 Espanha, que teve a abertura da temporada neste domingo em Jarama, com 35 pilotos inscritos na categoria, que tem a participação de Filippi Fiorentino e Gabriel Gomez. Os dois brasileiros não marcaram pontos na rodada tripla. Gabriel Gomes fez nas três corridas a P18, P13 e P20, respectivamente e Filippo Fiorentino foi o P31, P21 e P28 nas três provas. A próxima etapa será em Portimão, no Algarve, Portugal.

 

USF2000

A categoria intermediária dos monopostos equipados com motores de 2 litros chegava ao circuito misto do Indianápolis Motor Speedway para duas corridas, uma na sexta-feira e outra no sábado. Nicolas Giaffone, campeão da USF Jr. em 2023 não vem conseguindo repetir os bons resultados e Lucas Fecury continua lutando com muitas dificuldades. Na quinta-feira tivemos os treinos livres e de testes. No primeiro treino, Nicolas Giaffone ficou com a P13, 695 milésimos do P1 e Lucas Fecury na P15, 978 milésimos.

 

Na segunda sessão, os brasileiros melhoraram um pouco, com Giaffone na P11, a ,476s do P1 e Fecury na P13, a ,673s do P1. O último treino, na parte da tarde foi com a pista vairando entre úmida e molhada, nessas condições nossos garotos foram bem, com Nicolas Giaffone fazendo a P4 e Lucas Fecury a P7. Na manhã da sexta-feira, na classificação, com pista seca, as coisas se complicaram, com Nicolas Giaffone ficando apenas na P11, a ,818s do pole position e Lucas Fecury na P14, a 1,202s.

 

 

No início da tarde os 22 pilotos estavam prontos em uma pista auxiliar para seguirem o safety car até completarem quase uma volta e pararem no pit lane. Na volta de aquecimento de pneus antes da largada. Uma rápida checagem dos mecânicos e os pilotos partiram para a volta de aquecimento de pneus. Alinhados dois a dois entraram na reta e antes das bandeiras verdes foram agitadas para 15 voltas e Lucas Fecury foi tocado, rodando e batendo em outros dois carros antes mesmo de acelerarem. Largada abortada com bandeiras amarelas. Lucas Fecury perdeu a asa dianteira, mas não deixou o carro morrer e foi atrás do pelotão para completar uma volta sob bandeira amarela e ir para os pits colocar outra asa.

 

 

As voltas já estavam contando (e o tempo também). Duas voltas depois veio a bandeira verde e Nicolas Giaffone manteve a linha interna e foi uma péssima decisão, derrubando-o para a 13. Ele foi salvo pelo contato à sua frente no final da reta oposta. Com isso, completou a volta 3 na P8. Lucas Fecury era o P20, 10s atrás do pelotão. Com alguns pilotos se enrolando nas disputas, Lucas Fecury subiu pra P18 e vinha tirando a diferença pro pelotão. Nicolas Giaffone superou Ayrton Houk na volta 8 e subiu pra P7, mas na batalha pela posição, Hudson Schwartz levou a pior, caindo para P19 e Houk ficou longe do brasileiro, que tentava se aproximar de Nico Christodoulou.

 

 

Lucas Fecury subiu pra P17, colado em Giovanni Cabrera, mas os dois tinham 11s para o P15. Na abertura da volta 11 Nicolas Giaffone chegou em Nico Christodoulou, retardou a freada e ganhou a P6. Lucas Fecury ganhou a P16 de Giovanni Cabrera enquanto Nico Christodoulou recuperava a P6 no final da reta abrindo a volta 12 e numa briga que ia da P6 a P10. Nicolas Giaffone tentou por fora no final da reta na abertura da volta 13, mas não conseguiu, ficou em vantagem na reta oposta, mas no final da reta, bateu rodas com Nico Christoloudou, os dois bateram e rodaram na freada do final da reta oposta. Prejuízo para o Brasileiro que caiu pra P17. Nisso, Lucas Fecury foi pra P14 e assim terminaram a corrida.

 

Na manhã do sábado tivemos a segunda corrida da USF2000 e os pilotos brasileiros precisavam se recuperar da difícil corrida da sexta-feira. Nicolas Giaffone estava largando na P10 e Lucas Fecury na P14. Como na sexta-feira, os carros saíram da pista auxiliar para chegar no pitlane. O asfalto ainda estava frio, mas melhor do que na hora da corrida da PRO2000. Após duas voltas para melhor aquecimento dos pneus eles vieram para a reta do brickyard e tivemos bandeira verde para as 15 voltas programadas.

 

 

Nicolas Giaffone e Lucas Fecury estavam pela linha externa e por pouco não tivemos outro acidente pré-largada. Nicolas Giaffone largou bem e manteve a P10 depois de ter que tirar o pé pouco antes da bandeira verde. Lucas Fecury brigou muito pra segurar a P14, mas ao final da primeira volta ambos tinham perdido uma posição, com Giaffone na P11 e Fecury na P15. Na abertura da volta 3, num 4-wide sensacional, Nicolas Giaffone pulou para a P8. Segundos depois, na curva 2, Lucas Fecury precisou ir para a grama, para evitar uma batida grande à sua frente, perdendo muitas posições. Tivemos a entrada do safety car. Nicolas Giaffone era o P8 e Lucas Fecury tinha caído para a P19.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 5 e Nicolas Giaffone travou tudo no final da reta pra manter a P8 e a disputa à sua frente estava insana, daquelas com tudo pra dar errado... e deu! Thomas Schrage foi tocado e foi pra brita na curva 4. Bandeira amarela e Nicolas Giaffone subia pra P6. Lucas Fecury para a P17. Só uma volta e relargada. Nicolas Giaffone segurou a P6 e a coisa na frente continuava sinistra. Na volta seguinte Ayrton Houk (ele tem uma marca verde e amarela no seu nome no carro, homenagem à Ayrton Senna) passou de passagem por Nicolas Giaffone enquanto Lucas Fecury assumia a P16.

 

 

Faltando 5 voltas, a parte boa para Nicolas Giaffone era que o pelotão dos 7 primeiros tinha uma grande vantagem para o P8, mas essa vinha diminuindo rápido. Lucas Fecury passou Giovanni Cabrera e tomou a P15 enquanto Nicolas Giaffone atacava Ayrton Houk para tentar recuperar a P6. Na abertura da volta 12 um acidente grave com a capotagem de Nico Christodoulou na disputa pela liderança com Evan Cooley. Bandeira amarela imediatamente. O piloto saiu andando do carro. Nicolas Giaffone foi para P6 e Lucas Fecury pra P14. A corrida foi encerrada. Com os resultados do final de semana, Nicolas Giaffone sai de Indianápolis na P14 no campeonato, com 57 pontos e Lucas Fecury na P19, com 40 pontos.

 

USF PRO2000

Nicholas Monteiro já conhecia o comportamento de um carro da categoria em Indianápolis, mas era seu primeiro ano na DEForce Racing e na quinta-feira, em seu primeiro treino, ficou atrás dos companheiros de equipe, com a P17 entre os 22 inscritos para a prova, a 871 milésimos do P1. No treino seguinte, Com a chuva caindo no segundo treino livre, a equipe optou por manter o brasileiro parado. No último treino do dia, já com a pista seca, Nicholas Monteiro não foi bem e mesmo tendo ficado na P16, ficou a 1,7s do P1. Na manhã da sexta-feira, no treino Classificatório, o brasileiro conseguiu a P14, ficando a 1,023s do pole position.

 

 

No fim da tarde, após a corrida da USF2000, os 22 pilotos estavam prontos em uma pista auxiliar para seguirem o safety car até completarem quase uma volta e pararem no pit lane. Na volta de aquecimento de pneus antes da largada. Uma rápida checagem dos mecânicos e os pilotos partiram para a volta de aquecimento de pneus. Alinhados dois a dois entraram na reta e veio a bandeira verde para 25 voltas. Nicholas Monteiro foi por uma linha externa, evitou contatos e acabou empurrado pra fora, despencando para a P19. Na volta seguinte, buscando a recuperação, subiu pra P17, passando Arturo Flores e Charles Finelli.

 

A corrida do brasileiro era impressionante e na volta 3 ele já estava na P13, mas na volta 4 perdeu a posição para Adam Fitzgerald. Nicholas Monteiro se manteve na briga pela P13 até vir a bandeira amarela na volta 8. A relargada foi na abertura da volta 11 e Nicholas Monteiro brigou muito pra manter a P13, tendo Christian Brooks e Jace Denmark colados nele. Na volta 13 os dois superaram o brasileiro, que caiu para a P15. Na volta 16 Tyke Durst foi para os boxes e Nicholas Monteiro subiu pra P14, mas ele estava 3s atrás de Garciarce. Na volta 21, com os problemas de Logan Adams, o brasileiro subiu para a P13, onde recebeu a bandeira quadriculada.

 

 

Na manhã, abrindo os trabalhos, tivemos a segunda das três corridas da PRO2000. Nicholas Monteiro estava largando numa boa P11, fruto de sua melhor volta na corrida da sexta-feira. Como na sexta-feira, os carros saíram da pista auxiliar para chegar no pitlane. O asfalto estava frio, era cedo pela manhã e isso seria mais uma dificuldade para os pilotos. Após duas voltas para o “descongelamento” dos pneus eles vieram para a reta do brickyard e tivemos a bandeira verde para as 25 voltas programadas.

 

Nicholas Monteiro ficou na linha interna e se aproveitou de alguns enroscos à sua frente para subir pra P10, mas foi superado na sequência da volta e fechou a volta 1 na P12. Na segunda volta o brasileiro já ocupava a P11 e tínhamos 3 carros nos pits. O brasileiro estava numa disputa pela P10 com Ethan Ho e Ricardo Escotto. Na volta 4 Ricardo Escotto atacou na curva 12 e se deu mal, saindo da pista, mas atrapalhando Nicholas Monteiro. A briga virou pela P9 com Ethan Ho passando Frankie Mossman. Na volta 7 Jorge Garciarce tomou a P11 do piloto brasileiro.

 

 

Na volta 8, Ethan Ho errou e Nicholas Monteiro recuperou a P11. Na volta 10 estava reestabelecida a briga pela P9 com Mossman, Garciarce, Monteiro, Ho e Danny Dyszeiski, que superou Ho na volta 11. Frankie Mossman fugiu da briga e a disputa ficou pela P10 algumas voltas depois. Na volta 14 Danny Dyszeiski tomou a P11 do brasileiro, que passava a ser atacado por Ethan Ho.

 

Na volta 18 Ho pressionava Nicholas Monteiro, que havia ganho a P10 pelo segundo contato de Hunter Yeany na prova na abertura da volta 19, desta vez com Jorge Garciarce. Na penúltima volta Frankie Mossman rodou sozinho e caiu pra P12, entregando a P9 para Nicholas Monteiro que resistiu os ataques de Ethan Ho para garantir a P9, seu melhor resultado até o momento no campeonato.

 

 

Perto da hora do almoço tivemos a terceira e última corrida da rodada tripla da USF PRO2000. Nicholas Monteiro estava largando na P13 e ainda tinha muito a comemorar com a DEForce Racing. Os carros saíram da pista auxiliar para chegar no pitlane. O asfalto estava frio, era cedo pela manhã e isso seria mais uma dificuldade para os pilotos. Após a volta de apresentação e aquecimento dos pneus eles se posicionaram dois a dois e, entrando na reta do IMS receberam a bandeira verde para as 25 voltas programadas.

 

 

Nicholas Monteiro se manteve pela linha interna e evitou contatos nas primeiras curvas. Sua cautela teve um preço e ele perdeu uma posição. Na abertura da volta 3 ele superou Ethan Ho e subiu pra P13, mas na volta seguinte tomou o troco, ficou vendido nas curvas 2 e 3 e despencou para a P17. Como aquele que não desiste nunca, na volta 6 ele recuperou a P16 sobre Danny Dyszeiski, mas voltou a ser superado na volta seguinte. Na metade da corrida Nicholas Monteiro tinha 1,2s de desvantagem para Danny Dyszeiski e precisava encostar para usar o vácuo nas retas. Dyszeiski superou Adams, mas a diferença do brasileiro para o P16 subia para mais de 2s na volta 17. A entrada nos pits de Danny Dyszeiski deu a P16 para Nicholas Monteiro na volta 19. Em uma corrida sem entradas do safety car e enroscos dos adversários, Nicholas Monteiro terminou na P16, saindo de Indianápolis na P15 no campeonato, com 55 pontos.

 

Indy NXT

A categoria de acesso, último degrau antes do piloto chegar na Fórmula Indy realizou duas corridas no Indianápolis Motor Speedway. Uma na sexta-feira e a outra no sábado. Diferente do que aconteceu na etapa de Barber, onde tivemos a corrida no domingo com o link da TV Cultura na internet, desta vez não tivemos transmissão pelo youtube, o que dificultou meu trabalho.

 

 

O treino de classificação teve os carros divididos em dois grupos. Caio Collet estava no primeiro grupo e a classificação iria marcar o tempo para as duas corridas, sendo a melhor volta para a corrida do sábado e a segunda melhor volta para a corrida da sexta-feira. O mais rápido dos dois grupos ficaria com a linha interna e a ele se seguiria todos os carros daquele grupo. O piloto brasileiro foi o mais rápido no seu grupo, com 1m15,140s, mas foi superado por Jacob Abel, no grupo 2. Ainda assim, conseguiu estar na primeira fila para a corrida do sábado. Sua segunda melhor volta também o colocou na primeira fila, na P2.

 

 

A corrida da sexta-feira teve a largada dada com o grid bem desarrumado e Caio Collet mostrou que precisa melhorar suas largadas lançadas. Ele foi engolido pelo pelotão, mas conseguiu ainda na reta reduzir o prejuízo e fazer a curva 1 na P3. Ainda na primeira volta, no final da reta oposta, o brasileiro assumiu a P2 após o erro de James Roe. Melhor para o Lider, Jacob Abel, que abriu uma boa vantagem e deixou Caio Collet com Louis Foster colado nele na P3.

 

 

Na volta 4, problemas para o brasileiro, que na briga para manter-se no pódio foi pra mandado fora da pista na curva no final da reta oposta. Caio Collet foi superado por todo o pelotão e voltou lento para os pits. A equipe trabalhou para colocar o nosso piloto de volta na corrida, mesmo que com voltas de desvantagem. A corrida estava totalmente perdida e o que importava era marcar alguns pontos. Caio Collet terminou na P19, com duas paradas nos pits, mas marcou 10 pontos no campeonato.

 

Para a corrida do sábado, novamente o piloto brasileiro largava na primeira fila e precisava estar atento para largar bem, diferente da corrida da sexta-feira. Mais uma vez fiquei limitado aos melhores momentos disponibilizados pela NBC, mas vamos para a corrida. Após a volta de apresentação e aquecimento de pneus, os pilotos entraram lado a lado na reta do IMS e quando receberam a bandeira vende, Caio Collet largou bem, colocou-se logo atrás de Jacob Abel, colocou de lado no terço final e assumiu a ponta.

 

 

Caio Collet resistiu a pressão inicial e foi abrindo vantagem sobre a disputa entre Jacob Abel e Louis Foster. Foster se mostrou muito rápido e na volta 9 quase tomou a liderança do brasileiro. A disputa pela liderança estava sinistra, com o brasileiro se segurando como podia. O brasileiro resistiu o quanto pôde, mas faltando 10 voltas para o final, Lois Foster conseguiu tomar a liderança na saída da curva 11.

 

 

Os pneus do brasileiro pareciam ter acabado e alguns metros depois, Jacob Abel, na freada para a curva 1, no final da reta, assumiu a P2. As últimas 5 voltas foram tensas para Caio Collet, sem rendimento e vendo James Roe e Nolan Siegel se aproximando rapidamente. Felizmente não houve tempo para eles chegarem no nosso representante que assim conquistou seu primeiro pódio na temporada e saiu de Indianápolis na P4, com 109 pontos (e líder entre os novatos).

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Sunday, 12 May 2024 21:05 )