Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Calendário em “ano par” complica a vida do promotor brasileiro de corridas PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 16 January 2024 00:12

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana de abertura do calendário do automobilismo Tapuia (agradecimentos ao meu camarada, Alexandre Gargamel), que vai ter seu primeiro avento com a verdadeira categoria de caminhões do Brasil, a Fórmula Truck, que precisou ir pra pista em janeiro para conseguir fazer uma das suas corridas do ano no centro de eventos aleatórios de Interlagos sem confrontar datas com os encontros religiosos, os festivais musicais de qualidade duvidosa, entre outros.

 

Some-se a isso a pouca oferta de autódromos decentes, a necessidade de se fazer corridas em “autódromos indecentes” e a teimosia em não ir para certos lugares, como Campo Grande e a distante Caruaru em Pernambuco, tudo fica mais complicado... mas não para por aí.

 

Anos de finais pares geram dois tipos de complicação para os eventos do nosso automobilismo que tem contratos amarrados com emissoras de televisão: Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Por mais que o fã de corrida não seja fã de futebol ou de esporte olímpico, as grades das televisões ficam tomadas de jogos e, com isso, falta espaço para transmitir corridas, que há um bom tempo não tem enchido autódromos como fazia. No caso dos jogos olímpicos, a concorrência sendo menor, ainda teremos A Stock Car, a Stock ex-Light e as duas categorias de caminhões correndo nesse período. E para completar o problema, são anos de eleições, que tomam um final de semana em outubro e outro em novembro.

 

 

Começando pela VICAR, que foi uma das primeiras a divulgar – ao menos as datas – de seus campeonatos para só depois informando os locais onde as corridas irão (teoricamente) acontecer. Com duas corridas em Interlagos, duas em Goiânia e 2 na pista de track day de Mogi-Guaçu, tomando metade do campeonato, manteve o plano da corrida na Argentina e está incluindo o autódromo de Rivera, no Uruguai, mas tem duas indefinições por questões técnicas e políticas em Santa Cruz do Sul e Brasília – com sua interminável obra. A corrida na capital mineira tem tudo pra sair, mostrando a incompetência dos empresários em fazer um autódromo permanente para atender o automobilismo nacional. A Stock ex-Light manterá o modelo de 6 datas com três corridas em cada data, mas incluiu uma 7ª corrida no final da temporada num formato de endurance, com o título já definido. No caso da ex-Light não vai ter corrida em autódromo repetido. Já a que vai assumir o papel de categoria de entrada, com premiação para o campeão seguir para a Stock ex-Light, terá o primeiro evento como uma das duas corridas de endurance – novidade para 2024 – além das 6 etapas regulares.

 

No evento coligado – por assim dizer, uma vez que o Rei Midas faz parte da diretoria da VICAR de D. Corleone – teremos a usurpadora mantendo sua parceria com a NASCAR Tapuia, que é uma categoria bem mais interessante (e mais barata) que a Stock ex-Light. Nas 8 datas, só uma repetição (Goiânia), se não houver nenhum cancelamento devido aos problemas de Santa Cruz do Sul. A novidade na usurpadora é a ida para Campo Grande, abrindo a temporada, onde a Fórmula Truck correu com grande sucesso no ano passado.

 

 

Falando nos pesos pesados, a verdadeira categoria de corridas de caminhões do Brasil, a Fórmula Truck, vai dar a acelerada inicial na temporada 2024, ainda em janeiro, no centro de eventos aleatórios em de Interlagos, para conseguir correr no disputado calendário do local. A categoria vai manter a corrida em Rivera e também correrá no tradicionalíssimo autódromo de Guaporé. A tentativa de correr em Santa Cruz do Sul ficou para o mês de outubro, sem plano B por enquanto. A lamentar o fato de, mesmo já tendo conhecimento do calendário da usurpadora, o promotor colocou quatro das 9 etapas no mesmo final de semana da categoria rival. Algo que considero totalmente desnecessário.

 

 

O campeonato brasileiro de endurance choveu no molhado e – até o momento – vai fazer o campeonato em um autódromo (Goiânia, com três etapas), o centro de eventos aleatórios de Interlagos (duas etapas), a pista de track day de Mogi-Guaçu (duas etapas) e uma ainda a confirmar. A categoria tem cada vez mais protótipos e cada vez menos carrões de Gran Turismo. O grid de 2023 terminou com 22 carros e muitas promessas. Vamos ver o que que virá por aí.

 

O Marcas Brasil Racing, que a partir deste ano terá uma “categoria de acesso”, com carros equipados com motores de 8 válvulas, foi das últimas a divulgar o calendário e sendo eles a verdadeira categoria de Turismo Nacional, com carros equipados com motores dos seus respectivos fabricantes, viu o grid ir minguando durante o ano passado. Que este ano venha com força e enfrente a concorrência do poder econômico da dona do “name rights”.

 

 

Por fim, a Porsche Gourmet, a categoria dos bem abonados (ou dos mais abonados) e que não precisa se preocupar com datas, contratos e os pilotos pobrinhos se divertem correndo, foi a última das categorias a divulgar seu calendário (e eu já estava com a coluna fechada quando recebi o aviso dos meus colaboradores e ajustei o texto a tempo. Imaginem como estava...). O retorno à Europa será no charmoso Estoril, com etapas da Endurance e Sprint. Quem pode ficar fora (tem asterisco na jogada) é a etapa na Argentina, que seria o segundo evento da Endurance, que tem seu final dia 16 de novembro, no centro de eventos aleatórios de Interlagos.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Exceção ao Dakar longe de Dakar, começou o calendário de competições internacionais com a Fórmula Black&Decker no México e com direito a narração do melhor do Brasil, o Sinestro – que mandou um alô aqui para o Ogro na transmissão dos treinos.

- Como eu já havia dito, a burrice é contagiosa e, sem o Prosdócimo no estúdio, o Mr. Burns fez excelentes comentários nos treinos e corrida. Como é bom assistir um evento de automobilismo bem narrado e bem comentado.

- Mandaram o Prosdócimo (que só está onde está por ser genro de quem é) para o México e conhecido pelas bobagens (o aposto não era bem esse...) que fala, em suas entradas na transmissão (que felizmente foram poucas) teve um “Mal de Montezuma cerebral” e quando entrevistou o português Felix da Costa, quis fazer uma graça com o patrício e puxou assunto sobre futebol. O piloto disse ser torcedor do Benfica e o desconhecedor de tudo (automobilismo, inclusive) fuzilou: “sim, o time do Cristiano Ronaldo”... no que foi imediatamente corrigido pelo piloto, que avisou ao despreparado que o ídolo português tinha sido formado pelo Sporting.

- Não bastasse o vexame passado ao vivo após o treino livre, no dia da corrida colocaram a vergonha do Prosdócimo em VT no dia da corrida, no treino oficial. Parabéns ao responsável por fazer o Prosdócimo passar vergonha mais uma vez.

- Para a pachecada, a corrida acabou antes de completadas duas voltas. Sette Câmara nem sequer largou e Lucas Di Grassi fez das suas ainda na segunda volta.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.