E aê Galera... agora é comigo! O final de semana foi todo gourmet! No sábado tivemos os 500 Km de Interlagos na Porsche Carrera Cup Challenge, fechando as atividades do ano de 2023 da categoria mais estilosa do Brasil e que com sua duração reuniu em cada um dos 35 carros mais de 70 pilotos (com gente correndo me dupla, gente correndo em trio) e com o campeonato de Endurance – que tem três provas – totalmente aberto. No Centro de Eventos Aleatórios de Interlagos, onde esporadicamente são realizadas competições esportivas com veículos motorizados estava enfeitado como uma odalisca, cheio de lugares de “hospitalidade”, com todo luxo e pompa para quem tem grana para comprar um carro da marca alemã. As arquibancadas também tinha um público de fazer inveja pra D. Corleone e sua Stock Car, assim como Midas e sua usurpadora (o minúsculo foi de propósito). O Bandsports transmitiu a corrida na íntegra, com o melhor narrador de automobilismo do Brasil, meu camarada, Sinestro, na purgante companhia do apadrinhado Prosdócimo, em sua zona de conforto, mas sempre pronto a atrapalhar com alguma desinformação ou bajular alguém, seja no mundo dos vivos, seja no mundo dos mortos (e como ele gosta de um certo morto...). O calor que vem fazendo gente fritar ovo em calçada estava presente, com a temperatura do ar acima dos 30 graus e a do asfalto chegando perto dos 50 (durante a corrida bateu nessa casa). Marçal Muller e Enzo Elias eram os donos da pole, tendo a seu lado Lucas Salles e Rafael Suzuki para puxar o grid de 35 carros. Completada a volta de aquecimento dos pneus os carros subiram para a curva do café alinhados e entrando na reta, o Massaranduba (o diretor de provas) deu a largada Marçal Muller defendeu bem sua posição enquanto Rafael Suzuki atacou por fora no S da Sadia. O pole position segurou a liderança e, apesar da espalhada que deu no S da Sadia, Rafael Suzuki manteve a P2, à frente de Ricardo Zonta. A alegria de Marçal Muller não demorou muito e no começo da segunda volta, na freada pro S de verdade, Rafael Suzuki tomou a liderança e não demorou para abrir vantagem. Quem conseguia vim no mesmo ritmo do líder era Alan Helmeister, que veio atropelando todo mundo até chegar na P3 e encostar em Marçal Muller, que até então tinha uma segunda posição tranquila e pensava no título. Só que a Dupla Alan Helmeister e Miguel Paludo (o dono do carro) estava na briga pelo título e o parceiro do dono logo encostou em Marçal Muller, que vendeu caro a posição, mas não teve como segurar e, pior, permitiu a aproximação de Ricardo Zonta e Gabriel Casagrande. Começaram a ter os primeiros toques e gente que foi tocada rodando. Os comissacos não perdoavam e faziam os culpados pagarem um “Drive Thru”. Sem se preocupar com isso, Rafael Suzuki ia folgado na Frente, com Alan Helmeister na P2 e Marçal Muller na P3. Apesar dos toques e algumas escapadas, a corrida estava tranquila e com a obrigação de 5 paradas com janelas estabelecidas e trocas de pilotos e foi na primeira janela de troca de pilotos que as coisas se complicaram para os líderes. Lucas Salles assumiu o carro e quando saiu dos boxes... o carro não rendia! Ele foi sendo ultrapassado por quem vinha atrás e acabou voltando para os boxes. Poucos minutos antes o carro da Ayman Darwich entrou nos boxes com o carro falhando, mas antes de se valer do uso de um “carro reserva” (corrida de gente chuque é outro nível), o egípcio voltou pra pista. No caso de Lucas Salles, não teve jeito e ele acabou tendo que trocar de carro, mas as chances de vitória estavam comprometidas. Melhor para Miguel Paludo, que assumiu a liderança. Um drama que começou a aparecer, muito em conta do calor, do asfalto batendo nos 50 graus e de uso de pneus usados, o pneu traseiro esquerdo de alguns pilotos foi deixando muita gente na mão. Uma das vítimas foi Ricardo Zonta, que tinha acabado de substituir Werner Neugebauer. Ele ainda levou sorte de o pneu estourar na curva da junção. Outros não tiveram a mesma sorte. Pedro Boesel, que dividia o carro com Eduardo Menossi e e Gabriel Casagrande assumiu a P2, à frente de Enzo Elias. A corrida estava calma demais e com 50 voltas, nada de Safety Car... mas aquilo que Miguel Paludo não queria aconteceu quando Israel Salmen foi de Raul Seixas na playlist e deu de cara contra o muro na curva da junção. O Massaranduba botou pra fora o Safety Car pela primeira vez. Quatro voltas depois tivemos a relargada e Alan Helmeister relargou muito bem, foi abrindo frente e conseguiu vencer a primeira metade da corrida, que dá pontos para os competidores como se fosse uma corrida dentro da outra. Coisa de jogo amistoso onde todo mundo leva uma medalha ou um troféu pra casa. No caso, a vitória do “primeiro seguimento” ficou com Alan Helmeister, que assim colocava ele e Miguel Paludo de vez na briga pelo título. Na classe Challenge (sim, a mistura das duas classes no mesmo grid, mesmo com carros diferentes e de potência diferente) foi do trio formado por Célio Brasil, Coach Cabeleira (o da usurpadora) e a Moleca Sensação Antonella Bassani. A corrida não para por conta da bandeira quadriculada em verde e amarelo e a dupla do carro #7 continuou na frente até o final da terceira janela de paradas e Miguel Paludo recebeu um presente de natal antecipado: Enzo Elias, parceiro de Marçal Muller – que ganharia o campeonato com a P2 por 1 ponto – em caso de vitória da dupla Paludo/Helmeister vinha forte, tirando a diferença, mas de uma forma bizarra, bateu portas e rodas com o retardatário Marcio Mauro, danificando o carro do piloto da GT3 Challenge, que teve um pneu furado. Elias rodou e caiu para a P5, mas não ficou por aí. Por ter provocado o acidente, foi punido com um ‘Drive Thru’ e as chances de vitória foram pro espaço (o destino não era bem esse...). Diego Nunes, parceiro de Peter Ferter era o mais rápido na pista e que vinha se aproximando dos dois primeiros passava a ser a ameaça à liderança de Paludo/Helmeister. A fervura subiu duas voltas depois com o Massaranduba botando pra fora o Safety Car devido ao rastro de óleo deixado pelo carro de Leo Sanchez/Átila Abreu/Nelson Monteiro. A sorte dos líderes é que já havia sido feita a troca de pilotos e não era mais Diego Nunes ao volante e sim Peter Ferter. Alan Helmeister aproveitou a bandeira amarela e foi para os boxes, ganhando tempo com a redução do ritmo de corrida, sendo seguido por quase todo o grid. Na parte final da prova, os líderes foram abrindo vantagem volta a volta e venceram a corrida com 31s de vantagem para o surpreendente segundo colocado, trio formado por Lineu Pires/Betinho Gresse/Chrisitan Hahn, que vinham fazendo uma corrida discreta. Mais surpreendente ainda foi o terceiro lugar de Franco Giaffone/Decano Barrichello. A coincidência da bandeira amarela e entrada do Safety Car também bagunçou as posições da classe Challenge, com Luis Souza/ Bruno Bonifácio tirando a vitória do trio Célio Brasil, Coach Cabeleira (o da usurpadora) e a Moleca Sensação Antonella Bassani. Canapés e espumantes à parte, foi uma grande corrida. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - A vila dos Smurfs teve um aumento populacional esta semana. Aproveito para deixar os parabéns para a feliz família com a chegada da primeira filha (e tomara que ela venha com o temperamento do pai). - Matuzaleme estava quase dormindo em pé durante aquela pré-meia hora de inutilidades que a Band faz. Tem o espaço, mas as pessoas que lá estão não tem a competência do pessoal da BBC, por exemplo, pra fazer nem 10% do que os ingleses fazem. - Falando em coisas antes dos carros em ação na pista, o câmera deu um close na retaguarda da Cadeiruda... tudo sob controle. Nas madrugadas de sábado a Band passa uns pornôs light. - De onde o Matuzaleme acha que o genro do receptador de muamba “não pensa” antes de atacar um adversário para ganhar posições nas corridas? Será a questão do convívio onde vemos com frequência o seu genro falando coisas sem pensar nas suas aparições na TV? - Falando do Prosdócimo, em seu puxasaquismo extremo, ele veio falar na transmissão da Porsche Gourmet que o Centro de Eventos Aleatórios de Interlagos era “abençoado pelo presuntinho”. Abençoado é ele, que só está onde está por ser genro de quem é! - Como tem se tornado hábito, o Goleiro de Pebolim está salvando a transmissão da F1. Seja com os comentários, seja com as traduções para quem não fala inglês. - Mas mesmo com essa competência, ele não perde a chance de dar uma puxada de saco no presuntinho... piloto incapaz de desenvolver um carro para torna-lo veloz. Piloto de carro pronto! - Pílulas do meu camarada Morangueira: O pessoal da Band “segurou a onda” nas críticas aos problemas em Las Vegas. Não dava pra desvalorizar o produto que eles vendem e tem que manter o contrato com a Liberty Media. - Mas o bombardeio nas redes sociais foi gigante e com toda a breguice e incompetência da falta de familiaridade com a F1, eles passaram a criticar a organização. - O Caprichoso continua continua em seu caminho para ser um Gagábueno piorado: confundiu a disputa de Gasly a Alonso com Ocon e Stroll. Não bastasse isso, foi salvo pelo Goleiro de Pebolim quando o Principezinho espalhou, quase batendo, e perdendo a posição para o Speedy Gonzalez. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |