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Stock Car volta à Tarumã com duas corridas de poucos acidentes e muitas disputas PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 23 May 2023 00:57

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana teve volta ao passado e desafio do presente. Desde 2017 a Stock Car não ia até o Autódromo Internacional de Tarumã, um circuito construído na época em que os pilotos tinham braços (e outras partes importantes da anatomia masculina), mas que diante do nutelismo crescente, foi classificado como “inseguro” para categorias com carros rápidos como os da Stock Car.

 

Depois de passar por ajustes em suas áreas de escape, zebras e barreiras de pneus, a categoria finalmente retornou ao local de sua primeira corrida, em 1979. Pra não produzir um textão e minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, rodar a baiana, vamos logo para o que aconteceu na pista.

 

Stock Car

Apesar das melhorias, o autódromo não ficou à prova de acidentes e nos treinos, Bobby Filho bateu forte na curva 3, avariou o carro de um jeito que não pode correr e acabou sendo o piloto comentarista na transmissão da Bandeirantes, ao lado do Sinestro e do Dr. Smith. Arthur Leist correu no lugar de Toninho Narebão, que estava em Indianápolis para os treinos das 500 milhas. Quem também ficaram de fora foram os hermanos, ao assadores de parilla tinham corrida em seu país.

 

 

Thiago Camilo era o pole e ao lado de Daniel Serra puxavam o grid com 29 carros, mas com dois largando dos boxes. Volta de apresentação e o PIROCA (esse é o sobrenome do diretor de provas...) apagou as luzes vermelhas Thiago Camilo segurou a ponta, seguido de Daniel Serra e Julio Campos, que bateu porta com Felipe Fraga pra segurar a P3, mas a defesa acabou antes do final da volta 2. Thiago Camilo ia abrindo e o pelotão vinha montado com Daniel Serra segurando 7 carros atrás dele. Na volta 8, com ajuda do push nutella, Felipe Fraga tomou a P2 por fora, mas estava 3s atrás do líder. O box foi aberto na volta 8 e Daniel Serra teve um pneu furado antes de ir para a parada obrigatória, perdendo várias posições. Com pouco espaço nos boxes, as equipes que tem muitos carros fizeram um acordo pra não dar problema (o advérbio não era bem esse...) nas paradas. Gabriel Casagrande (que não tinha parado) passou Thiago Camilo, mas o drama passou a ser dos pneus. Muita gente com pneu traseiro direito furado, entre eles o líder Ricardo Zonta, o estreante Rafael Teixeira Depois dos boxes fechados o líder voltou a ser Thiago Camilo, com Felipe Fraga na P2, tirando diferença para o líder. Gabriel Casagrande era o P3, mas 12s distante do líder. Enquanto Felipe Fraga tirava diferença para Thiago Camilo, César Ramos vinha pra cima de Gabriel Casagrande, mas não teve mudança entre os primeiros e Thiago Camilo venceu sua 39ª corrida na Stock Car.

 

 

Aí veio o balé do bebum perneta, que consumiu 3 voltas no circuito curto de Tarumã e a primeira fila tinha Guilherme Salas e Cacá Bueno pra puxar os sobreviventes do grid e uma coisa que Bobby Filho – participando da transmissão da Band e não falando bobagens (o advérbio não era bem esse...) – chamou atenção: 2 segundos de diferença entre as voltas mais rápidas do início para o final da corrida, mesmo usando push nutella. Quem tivesse mais pneus ia andar muito. Com o pneus mais novos. Na largada, Guilherme Salas tomou a ponta, mas tudo indicava ter havido queima. O que houve algumas curvas depois foi a panca de Lucas Foresti no melhor estilo Raul Seixas, indo de cara contra o muro e jogando pneus para o outro lado da curva do laço. O PIROCA (esse é o sobrenome do diretor de provas...) imediatamente botou pra fora o Safety Car. Como tinha o horário da TV, ao invés de uma bandeira vermelha pra esperar arrumarem a barreira de pneus, o que comeu 10 dos 30 minutos de corrida e a volta 6 foi a relargada. Cacá Bueno perdeu a P2 pra Julio Campos, que foi pra cima de Guilherme Salas. Galid Osman tomou um ‘Drive Thru’ por queima de largada e na volta 9 os boxes foram abertos. Não faltaram batidas de porta e parachoques na pista para se ganhar posições durante o período de boxes abertos e ao final das paradas, César Ramos era o líder, mas tinha o decano Barrichello na P2 e apertando o líder e com um push nutella tomou a ponta. Guilherme Salas se segurava na P3, mas Átila Abreu veio voando e ganhou a posição para fechar o pódio da corrida 2.

 

Stock Series

Como o Autódromo de Tarumã ficou por muitos anos sem receber a Stock Car por medidas de segurança, a ida da categoria de acesso também ficou vedade de competir por lá e assim, apenas os pilotos gaúchos, que eventualmente correram em categorias regionais menos velozes andaram no traçado. O restante, apenas fez simulador. O hiato desde a última ida da categoria da VICAR até Tarumã deu-se às áreas de escape consideradas pequenas demais para a velocidade atingida pelos carros e a “nutellice” (a perífrase não era bem essa...) com segurança em vista dos carros atuais serem tanques de guerra comparados com os de 20 anos atrás.

 

 

Como de hábito, prestigiei a transmissão do Portal High Speed do meu camarada Pedro Malazartes, desde o sábado e dessa vez com a narração do Urso do Cabelo Duro e os comentários do Pinóquio (sempre com cuidado para não bater com o nariz no microfone). Gabriel Robe (gaúcho) fez a pole position e tinha a seu lado Mathas de Valle, que correu muito em Tarumã na Turismo Nacional pra puxarem o grid de 12 carros. Foi uma só volta de aquecimento e foi o PIROCA (o diretor de provas e, sim, esse é o sobrenome dele...) apagar as luzes vermelhas que Gabriel Robe pulou na ponta sem dar chances aos adversários. Largou bem e abriu vantagem para a briga que vinha atrás, com Arthur Gama na P2, Mathias de Valle na P3 e o meu piloto – o Zezinho – na P4. Na volta 2, Mathias de Valle tentou passar Arthur Gama na curva do laço, mas perdeu no Tala e com isso meu piloto se aproveitou pra tomar a P3. Ficou ruim pra Mathias de Valle, que perdeu a P4 pra Pietro Rimbano. Enquanto 11 carros iam andando num ritmo próximo – 5 no pelotão da frente e 6 no segundo pelotão, liderado por Brun Tomaselli – a piloto zero lactose, desnatada tomava 25s em 5 voltas. O push nutella não estava fazendo muito efeito. Hugo Cibien rodou sozinho e perdeu tempo, caindo pra P11. No pelotão da frente melhor briga era pela P3, com meu piloto segurando Pietro Rimbano e Mathias de Valle. Na frente, os companheiros de equipe iam abrindo e com 11 voltas passaram a chicane móvel do grid. Pietro Rimbano meteu o push nutella depois da reta e conseguiu passar meu piloto e ganhou a P3, na sequência, os três passaram pela chicane móvel. Enzo Bedani abandonou na volta 14. Meu piloto, o Zezinho, ia tomando um calor danado de Mathias de Valle pela P4 enquanto Hugo Cibien rodava na curva 9, mas conseguiu voltar pra pista. Gabriel Robe venceu com autoridade de “dono da pista”. Arthur Gama na P2 e Pietro Rimbano na P3. A briga pela P4 estava tão quente que a transmissão “esqueceu” de mostrar a chegada e a dobradinha da equipe...

 

No domingo tinha um fog londrino sobre a região do autódromo e eu aproveitei antes da transmissão pra trocar uma ideia com o pessoal do portal high Speed, do meu camarada Pedro Malazartes, que no domingo manteve a narração do Urso do Cabelo Duro, mas trocou o comentarista, saindo o Pinóquio e entrando a Juma Marruá... e eles leram o meu abraço (entregando seus apelidos) na transmissão. Estão ferrados (o advérbio não era bem esse...) agora.

 

 

O grid da corrida 2 foi definido com a segunda volta mais rápida de cada um dos pilotos e com isso, a pole ficou novamente com Gabriel Robe e ao seu lado estava Mathias de Valle para puxarem o grid de 12 carros sob a névoa que tomava conta do autódromo, certamente deixando a pista fria e úmida, um convite para rodadas. Volta de apresentação e quando o PIROCA (o diretor de provas e, sim, esse é o sobrenome dele...) apagou as luzes vermelhas, o pole pulou na ponta e meu piloto, o Zezinho, tomou a P2 do Mathias de Valle e foi pra cima do líder, que só escapou quando usou um push nutella. Na volta 3 Hugo Cibien deu uma rodada lá no pelotão de trás depois de um toque com Bruna Tomaselli, que foi para os boxes com um pneu furado. Na Volta 5 foi Enzo Bedani que rodou, bateu de traseira na barreira de pneus e, tentando voltar pra pista, trouxe uma coluna de pneus pra pista. Felipe Papazissis parou no meio da pista e da névoa. O PIROCA (esse é o sobrenome do diretor de provas...) botou pra fora o Safety Car! A relargada veio rápido pro tamanho da encrenca e Gabriel Robe manteve a ponta na volta 7. Os 4 primeiros vinham juntos e Arthur Gama, tentando chegar no grupo, abusou e rodou na curva 2, mas não teve Safety Car. Nos minutos finais Mathias de Valle atacou o Zezinho, tocou na traseira do carro #38 e com isso desequilibrou na curva 1, dando chance pra Pietro Rimbano atacar e tomar a P3. No embalo, foi pra cima do Zezinho, botou de lado, mas foi só na volta seguinte que – novamente na curva do laço – Pietro Rimbano tomou a P2 do meu piloto. Gabriel Robe agradeceu e seguiu tranqüilo pra segunda vitória no final de semana, seguido de Pietro Rimbano e meu piloto, o Zezinho.

 

 

A corrida 3 veio logo na sequência, mas sem balé do bebum perneta. Os carros vão para os boxes, reabastecem, fazem uns remendos de silvertape e voltam pra pista com a inversão dos 8 primeiros do grid e a primeira fila tinha Felipe Papazissis e Vinícius Papareli (pelos créditos da transmissão, mas estava tudo errado. Quem largava na pole positiom era Arthur Gama, tendo ao lado Hugo Cibien pra puxar os 9 carros no grid, com gente largando dos boxes. Uma volta apenas atrás do Safety Car e o PIROCA (esse é o sobrenome do diretor de provas...) apagou as luzes vermelhas e o pole pulou na ponta com direito a confusão na curva 1, com rodadas de Cibien e atrapalhando meu piloto, o Zezinho, que queimou a largada, rodou com o Cibien e tomou um ‘Drive Thru’. Arthur Gama ia na ponta seguido de Felipe Bartz e Mathias de Valle era o P3, mas longe dos dois. A pilotagem defensiva permitiu a chegada de Mathias de Valle, que logo tomou a P2 com um push nutella e na volta seguinte, sem push nutella, tomou a ponta. Mathias de Valle não conseguia abrir e os ‘comissacos’ puniram meu piloto com mais um “Drive Thru” por ser considerado culpado no incidente com Hugo Cibien. Com um push nutella Felipe Bartz tomou a P2 de Arthur Gama e atrás dos 3 Pietro Rimbano e Gabriel Robe chegaram nos 3 da frente. Arthur Gama espalhou no laço e caiu pra P5. Depois de Felipe Bartz não conseguir sucesso no ataque pela ponta a corrida ficou “morna”. Na penúltima volta Felipe Bartz ficou lento e na última volta foi Pietro rimbano que ficou a seco nos metros finais. Mathias de Valle venceu sua primeira corrida na categoria, seguido de Gabriel Robe e Felipe Papazissis. No final da tarde do domingo os ‘comissacos’ encontraram uma irregularidade no carro de Pietro Rimbano com “questões relativas ao combustível e o piloto foi desclassificado das duas corridas do domingo.

 

O Ogro tá na Pista

O Menestrel aproveitou uma folga no calendário da categoria usurpadora dos pesos pesados – onde foi campeão no ano passado – acompanhar uma etapa do Campeonato Europeu de Caminhões. Lá no velho mundo tem algumas diferenças em relação à Fórmula Truck e a usurpadora. Por lá, os caminhões não passam dos 160 Km/h em momento algum. São controlados eletronicamente para isso. Os pneus da categoria europeia também são diferentes dos usados por aqui. São slicks (e não são lixados, são slick mesmo).

 

A etapa foi a abertura do campeonato, em Misano, Itália. A etapa é disputada com quatro corridas por final de semana, como se fossem as duas rodadas duplas. Fui buscar no youtube a transmissão das provas pra prestigiar o Menestrel... e ele não estava no grid! A IVECO, onde ele está correndo nessa temporada fez o lançamento de um caminhão 100% elétrico de competição, mas na hora de ver o grid (fraquinho, com apenas 13 caminhões). Quem sabe numa próxima ele vai pra pista.

 

A Copa HB20

Encaixada na programação da VICAR para seu retorno a Tarumã, a Copa Shell HB20 foi pela primeira vez a este autódromo gaúcho. A categoria “one team classe média” foi com 36 carros (não coube no orçamento de todos os participantes fazer a viagem) e disputam duas corridas no final de semana, sendo uma na tarde do sábado e a outra na tarde do domingo, horários pra escapar do fog londrino matinal.

 

 

No sábado, Bernardo Cardoso fez barba, cabelo e bigode pela Classe PRO, após largar na pole, liderar de ponta a ponta e cravar a volta mais rápida da corrida. Na Classe Elite, o vencedor foi Pedro Burger, que corre em dupla com Tulio Patto. Na Classe Super que também fez a pole e venceu foi Thiago Lopes. No Domingo, fechando a programação do final de semana, tivemos festa em família na pista. Na Classe PRO o vencedor foi Chris Bornemann e seu irmão Lucas, venceu na Classe Elite. A Classe Super teve a vitória de Enzo Falquete.

 

Fórmula Truck

Eu ainda vou negociar com as editoras pra dar cobertura à categoria raiz dos brutos e botar a usurpadora nessa parte de “O Ogro tá na Pista”, mas enquanto não consigo fazer isso, vou fazendo o que nenhum dos sites ou veículos da “imprensa especializada” faz e dou palco pra categoria que foi correr em outro dos Autódromos Raiz do Brasil, aqueles feitos pra Pilotos de verdade: Cascavel.

 

 

Na pista, Pedro Muffato continua mostrando que panela velha é que faz comida boa e cravou a pole position, deixando pra trás João Sant’elena e Rogério Agostini pra puxar o grid de 30 caminhões. Na primeira corrida a vitória ficou Rogério Agostini na Classe Injeção Eletrônica e com Rafael Fleck vencendo na Classe Bomba Injetora. Na segunda corrida, muitas baixas no grid e a vitória ficou novamente com Rogério Agostini na Classe Injeção Eletrônica e Duda Conci venceu na Classe Bomba Injetora.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Eu sempre recebo links de reportagens feitos pelos sites dedicados ao trabalho de cobrir o esporte a motor e essa semana me mandaram um que abriu uma janela passando o chapéu (como falava meu pai), pedindo dinheiro aos leitores pra “ajudar  manter nossas notícias de qualidade grátis e disponível para todos” (assassinando a concordância – o certo seria ‘disponíveis’) e no estilo “Criança Esperança”, com opções de valores pra doação. Que miséria!

- Terminada a segunda etapa da Stock Ex-Light, já deu pra fazer o “raio X” do que temos para esse ano: temos no grid 5 pilotos cascudos, 1 cascuda, 3 aprendizes, 2 coadjuvantes e 1 vaso de planta, que – enquanto não atrapalhar a corrida de ninguém – pode continuar fazendo seu papel de “chicane móvel”. O que impressiona é que, mesmo com o prêmio de 2,5 milhões para o campeão disputar a Stock Car no ano que vem, o grid ainda pode ser considerado pequeno.

- No domingo à noite, com calma, fui no youtube ver como foi a transmissão da Stock Car no canal do GB, que levou para o estúdio a MamaBia (definitivamente fora das transmissões da Indy na Cultura?) e o narrador de motovelocidade mais chato e histérico da TV (agora berrando nos ouvidos lusitanos). Tinha até repórter de pista, com o assessor de mídia do Presuntinho. Já derrapou na apresentação rebaixando os 5 títulos do filho “na Stock Light” e foi uma encheção de linguiça sem fim até a largada. Como é seu costume, o “dono do microfone” (e agora é o dono mesmo) interrompeu e falou em cima de todo mundo, trocou piloto de posição... tudo como era esperado!

- Afônico, o GB passou a transmissão da corrida 2 para o histérico ex-MotoGP e ficou “fazendo entradas”. O “momento da corrida 2” foi o histérico e a MamaBia misturando ‘air fence’, que é usado na MotoGP, com ‘soft wall’ da fórmula indy foi pra mandar um abraço pra turma do barril e desligar o computador.

- Bobby Filho, com o carro avariado, acabou não disputando a corrida e foi convidado pelo pessoal da Band (que estava no autódromo, diferente dos outros que transmitiram dos estúdios) e mandou muito bem, melhor que o Dr. Smith e se o inglês for bo, pode ficar na transmissão da F1 que a gente agradece. 

- Observação da minha filha: o Nhonho estava de sutiã (mulher entende disso melhor que a gente) pra segurar as peitolas caídas!

 

 

- Nada é tão ruim que nõ possa piorar e a prefeitura de São Paulo, com seu magnânimo poder de organização”, provocou o adiamento/cancelamento da etapa de 06 horas de Interlagos do Campeonato Brasileiro de Endurance porque vai haver no autódromo um festival de música, parte da programação da “virada cultural”. Ao menos houve data para reagendar a corrida.

- Fiquei sabendo que o Chucky, o Brinquedo Assassino e coçador de bolas ao vivo na TV passou por uma cirurgia (teve gente dizendo que foi pra recuperação das pregas, mas a fonte não foi confirmada). Sacanagens à parte, boa recuperação e volte logo para eu poder continuar te sacaneando. 

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

    
Last Updated ( Tuesday, 23 May 2023 17:12 )