Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Nesse final de semana tivemos corridas envolvendo os pilotos brasileiros, aspirantes ao topo da carreira nas categorias mais importantes do automobilismo mundial apenas nos Estados Unidos, com a segunda etapa da PRO2000, categoria onde correm Francisco ‘Kiko’ Porto e Nicholas Monteiro e teremos a estreia da USF2000 Jr. onde tivemos as estreias de Nicolas Giaffone e Lucas Fecury. Se nas categorias europeias não tivemos corridas, não faltaram treinos, com a Fórmula Regional Europeia, na GB3 e a FIA Fórmula 4, tivemos muitos brasileiros na pista. Em Paul Ricard, a Fórmula Regional Europeia fez dois dias de testes coletivos, com 33 pilotos e a participação de dois brasileiros: Rafael Câmara e Emerson Fittipaldi Jr. Infelizmente parece que realmente não teremos a presença de Eduardo Barrichello na categoria. Somados os resultados nos dois dias de treinos, Rafael Câmara foi o mais rápido e o único a virar uma volta abaixo de 1m58s, dando uma grande esperança para nós neste degrau seguinte da categoria, apesar de que, observados os tempos, os 22 pilotos que se seguiram ficaram na casa do mesmo segundo e os 5 primeiros separados por menos de 2 décimos. Emerson Fittipaldi Jr. foi o 25º, 1,1s atrás de Rafael Câmara. Na GB3, nos testes realizados em Donington Park, Lucas Staico ficou com a P19 entre os 24 pilotos que foram pra pista. Em Spa-Francorchamps tivemos um mega treino da FIA Fórmula 4, com pilotos que disputarão a categoria no continente, em particular na Itália e na Espanha. Foram 67 (isso mesmo, 67) pilotos participando dos dois dias de treinos, com a participação dos brasileiros Pedro Clerot, Ricardo Gracia Filho e Fernando Barrichello (FIA Fórmula 4 Espanha), Matheus Ferreira, Aurélia Nobels (FIA Fórmula 4 Itália). O campeão da FIA Fórmula 4 Brasil em 2022, Pedro Clerot, foi o mais rápido entre os brasileiros, ficando na P21, 1,506s atrás do piloto mais rápido, o polonês Kacper Sztuka. Ricardo Gracia Filho e Matheus Ferreira vieram na sequência, com a P29 e a P30, na faixa de 1,92s atrás do P1. Aurélia Nobels foi a P39, 2,401s atrás do P1, mas como referência, ela focou a menos de 1s de James Wharton, que também é piloto da Prema e já tem um ano de experiência na categoria. Fernando Barrichello foi o P56, 3,364s atrás do P1. PRO2000 Na quinta-feira tivemos o treino livre e as coisas foram bem complicadas para Kiko Porto, que só conseguiu dar uma volta cronometrada e com um tempo muito alto. Ele só completou três voltas e ficou com a P18, só à frente de Ricardo Escotto, que não conseguiu completar uma volta realmente rápida. Nicholas Monteiro, que não tem um carro de equipe de ponta, ficou com a P15 entes os 19 pilotos na pista. Christian Brooks não foi inscrito para esta etapa do campeonato. No treino de classificação, disputado no sexta-feira pela manhã, a equipe DeForce trabalhou para resolver os problemas do carro de Kiko Porto, mas apesar de todo esforço de equipe e piloto, o brasileiro ficou apenas na 9ª posição 620 milésimos mais lento que o pole position, Jace Denmark. Nicholas Monteiro não conseguiu repetir a performance do treino livre e caiu para a P18, ficando apenas à frente de Lindsay Brewer. Ambos teriam que fazer uma corrida de recuperação, mas com duas longas retas e bem largas, as chances potenciais de ultrapassagens eram altas, dependendo do ritmo de corrida que eles conseguissem estabelecer. Na tarde da sexta-feira tivemos a primeira das duas corridas do final de semana e após a classificação, disputada horas antes, o piloto brasileiro Kiko Porto conseguiu a 9ª posição, enquanto Nicholas Monteiro a P18. Após a volta de apresentação atrás do safety car eles não alinharam dois a dois (exceto a última fila, uma vez que eram 19 pilotos largando) corretamente, obrigando a mais uma volta atrás do carro de segurança. Quando foi agitada a bandeira verde, a direção de prova não percebeu que Michael D’Orlando ficou praticamente parado na reta que antecedia a reta dos boxes. Kiko Porto, segundo a cronometragem também não havia largado e a bandeira amarela foi agitada na segunda volta das 15 previstas (ou 40 minutos). Nicholas monteiro, que havia ganho duas posições na largada, acabou voltando para a P17 no completar da primeira volta. Depois de muitos minutos consumidos sem razão aparente tivemos a relargada com 10 voltas ou 22 minutos para o final da corrida. Nicholas Monteiro aparecia na cronometragem como o P18, com Michael D’Orlando e Ricardo Escotto à sua frente, mas algo bem sem sentido. Na cronometragem mostrava que ele só havia completado 1 volta, mas só no final da corrida foi que os comentaristas confirmaram o estreante brasileiro fora da prova. No resultado oficial, Nicholas Monteiro ficou como o P17 e Kiko Porto o P19. Uma terrível sexta-feira para eles. Na manhã do sábado, nossos pilotos voltaram pra pista. Em Sebring não foi usada – felizmente para ambos – a melhor volta da corrida 1 para a definição do grid, mas foi feita outra sessão de qualificação. Do contrário, os nossos pilotos estariam nas últimas posições automaticamente. Kiko Porto tentou. A equipe trabalhou da sexta-feira para o sábado para melhorar o carro, mas na pista, o tempo não vinha e ele ficou apenas na P8. Mais difícil era a vida de Nicholas Monteiro, que largava na P18 apenas porque Yuven Sundaramoorthy não conseguiu marcar nenhuma volta rápida. Novamente, seria necessário uma corrida de recuperação para uma recuperação no final de semana. Depois da volta de apresentação veio a bandeira verde para as 15 voltas ou 40 minutos de corria e Kiko Porto fez uma grande largada e na curva 3 já ocupava a P5, brigando pela P4 e pela P3. Nicholas Monteiro fez uma grande largada e ganhou duas posições para assumir a P16. Já na segunda volta Kiko Porto atacou Jace Denmark por fora na curva de entrada da reta dos boxes. Ambos comprometeram a entrada na reta. O Brasileiro superou o americano, mas Salvador de Alba passou pelos dois e Kiko Porto continuou na P5. Na volta seguinte, Salvador de Alba e Kiko Porto superaram Francesco Pizzi e o brasileiro subiu para a P4. Ele estava mais que o piloto mexicano, mas esse se defendia bem e também atacava Lirin Zendelli. Na volta 5 Kiko Porto superou Salvador de Alba, mas Lirin Zendelli tinha escapado 1s na frente. Nicholas Monteiro acabou perdendo a P16 para Christian Weir. O carro do piloto brasileiro parecia não ter a consistência necessária para toda uma corrida. Kiko Porto tirou a diferença para Lirin Zendelli, mas na hora de fazer o ataque decisivo pra tomar a P2, Lindsay Brewer rodou e ficou preza na zebra, provocando a primeira bandeira amarela da prova, o que podia ser bom para Kiko Porto, uma vez que o líder, Myles Rowe tinha 4s de vantagem e também foi bom para Nicholas Monteiro, que já tinha quase 5s de desvantagem para o carro à sua frente. Quando veio a bandeira verde, Kiko Porto não largou tão bem e teve que brigar muito pra segurar a P3 e os ataques de Salvador de Alba. Isso deu chance para Lirin Zendelli escapar na P2 e tentar atacar o líder. A ação não durou 2 voltas, com uma nova bandeira amarela que só terminou – felizmente (ou não) – para uma última volta de tudo ou nada para os pilotos. Kiko Porto relargou muito bem, ficou a salvo de seus perseguidores e consegui ir pra cima de Lirin Zendelli e ambos pra cima de Myles Rowe. O líder da prova se defendeu muito bem enquanto Kiko Porto tentava por todos os meios conquistar mais uma posição. Ele atacou nas duas retas, mas faltaram alguns metros a mais de pista. Ele cruzou a linha de chegada lado a lado com Lirin Zendelli, mas 38 centésimos atrás, tendo que se contentar com a P3. Nicholas Monteiro fez o que estava a seu alcance e terminou na P17. No campeonato, Kiko Porto continua vice líder, com 74 pontos, mas as duas vitórias de Myler Rowe deu ao norte americano uma grande vantagem na liderança. Nicholas Monteiro saiu de Sebring com 19 pontos na P20. A próxima etapa será em meados de maio, no misto de Indianápolis. Brasileiros pelas pistas do mundo. O programa Road to Indy tem um novo degrau de entrada: a USFJuniors, para os pilotos estreantes na categoria e foi lá que Nicolas Giaffone, que disputou a FIA Fórmula 4 Brasil no ano passado e Lucas Fecury, que disputava a FIA Fórmula 4 Américas. Ambos estreando pela equipe DeForce, a que tem mais carros nessa divisão do campeonato de acesso até o topo. A etapa de abertura foi uma rodada tripla, com corridas na quinta (corrida 1) e sexta-feira (corridas 2 e 3). Na Corrida 1, Nicolas Giaffone fez um ótimo 4º lugar enquanto Lucas Fecury ficou com a P6. Mas foi no dia seguinte que o filho de Felipe Giaffone brilhou: na segunda corrida da etapa Nicolas Giaffone conquistou a vitória com uma corrida sensacional, ganhando posições com ultrapassagens seguras e arrojadas para conquistar a liderança. Lucas Fecury terminou na P7. Na última corrida da etapa Nicolas Giaffone fez outra grande corrida, subindo novamente ao pódio com o segundo lugar. Lucas Fecury foi novamente o P6. No campeonato, Nicolas Giaffone é o segundo colocado com 75 pontos, 11 a menos que Joey Brienza. Lucas Fecury é o 7º, com 44 pontos. A próxima corrida da categoria será em Barber, Alabama, no último final de semana de abril. E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. Um abraço a todos, Genilson Santos Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |