Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Como teremos algumas colunas tipo textão ao longo do ano, nesse meu retorno, para evitar que tivéssemos um textão logo de cara, dividi a prévia da temporada em duas partes. Assim a leitura fica mais fácil e menos cansativa. Já recebi um monte de reclamações pela coluna da semana passada quando avisei que não iria escrever sobre todas as categorias com brasileiros correndo nas categorias de acesso à Fórmula 1 e à Fórmula Indy. Lamento, mas eu preciso fazer outras coisas da minha vida e eu escrevo de forma voluntária no Nobres do Grid. Quem quiser me ajudar e escrever sobre as categorias que não vou acompanhar, com um bom texto, com boas fotos e quiser contribuir, eu divido os créditos com o maior prazer. Na categoria de entrada da Federação Internacional de Automobilismo, a Fórmula 4, que tem em vários países por diversos continentes, teremos brasileiros pelo mundo. Inclusive, já estamos tendo com a partida do campeonato nos Emirados Árabes Unidos reunindo um grid com 40 inscritos e a participação de brasileiros que tiveram uma dedicada atenção do meu colega aqui do site, Rodrigo Botana, acompanhando a trajetória de Fernando Barrichello e Pedro Clerot, este último campeão brasileiro da FIA Fórmula 4 brasileira. A categoria de entrada da FIA sofreu uma enorme baixa para 2023. o ADAC, Automóvel Clube da Alemanha não irá mais realizar o campeonato nacional. Depois de rivalizar por algum tempo com o campeonato italiano em 2022, após a pandemia e certamente a redução de investimentos, patrocinadores e equipes, o campeonato ficou bem esvaziado, chegando a ter etapas com apenas 11 carros no grid (menos que a categoria no Brasil, por exemplo). No mais competitivo dos campeonatos da Fórmula 4, italiano, faltando ainda dois meses para o início do campeonato, poucos nomes estão confirmados para a temporada. Entre os nomes de brasileiros que constam nas relações das equipes, o confirmado foi o de Matheus Ferreira pela Van Amesrfoort, mesma equipe onde correu Emerson Fittipaldi Jr. em 2022 e que ainda não tem seu nome confirmado. Outro campeonato que promete muita competitividade é o espanhol, que terá etapas também na Bélgica e em Portugal. Até o momento temos projetados para disputar a categoria os nomes de Ricardo Gracia Filho, que continua na categoria e a chegada do campeão Brasileiro, Pedro Clerot e também de Fernando Barrichello. O campeonato brasileiro ficará sob os cuidados do meu colega Rodrigo Botana, que fez um bom trabalho em 2022. Ainda pela Europa, o GB3, nome que foi obrigado a ser usado no lugar da Fórmula 3 Inglesa, categoria de tanta história e tradição para nós, brasileiros, teremos novamente um representante no grid. Um dos destaques da FIA Fórmula 4 brasileira, Lucas Staico, vice campeão da temporada de abertura no Brasil assinou com a equipe Douglas para a temporada na categoria britânica, que em 2023 fará duas etapas fora da ilha, em Spa-Francrchamps e Zandvoort. Antes de seguir para os Estados Unidos, quero parabenizar (agora em público, porque mandei os parabéns em sua página pessoal) a Aurélia Nobels pela conquista do FIA Girls on Track de 2022. Feitos e conquistas ninguém pode tirar de ninguém e nem diminuir os feitos, mas fatos também não podem ser omitidos e em termos de resultados, Antonella Bassani e Julia Ayoub tinham resultados nas pistam muito mais relevantes e consistentes que Aurélia Nobels. A primeira vencedora do prêmio da FIA com a Academia de Pilotos da Ferrari, Maya Weug, fez um campeonato italiano de Fórmula 4 bastante sólido em 2022, fazendo prte de uma equipe satélite da Prema, e este ano vai disputar a Fórmula Regional. A grande notícia para a belgo-brasileira (na premiação ela foi apresentada como belga) veio antes do carnaval, com sua confirmação de temporada na FIA Fórmula 4 italiana pela equipe Prema, a dominadora da categoria, e que ela possa mostrar que o prêmio concedido realmente ficou em boas mãos. Na Fórmula 4 Brasil ela não teve resultados relevantes, sendo uma P8 sua melhor colocação. Nos Estados Unidos, depois de uma temporada com muitas dificuldades, o Brasileiro Kiko Porto renovou contrato com a equipe De Force para mais uma temporada na PRO 2000, categoria intermediária do programa Road to Indy. Desde o ano passado o piloto pernambucano participou de várias sessões de testes coletivos com a categoria e sempre andou entre os primeiros, alimentando boas esperanças para este ano na temporada que se inicia em Saint Petersburg, na Flórida. No ano passado foi criada uma nova categoria de entrada, a USF2000 lights, Nicholas Giaffone vai tentar seguir o caminho para chegar à Fórmula Indy como seu pai, Felipe, conseguiu. A categoria vai estrear este ano o chassi Tatuus JR-23, o mesmo empregado na USF2000 e na USF Pro 2000, assim como o mesmo motor Mazda RZR 2.0 preparado pela Elite Engines. Um restritor de potência limita o desempenho para garantir a diferenciação entre as três categorias. Nicholas Giaffone vai correr pela De Force e não será o único brasileiro na categoria. Após um ano competindo na FIA Fórmula 4 norte americana, o piloto maranhense Lucas Fecury está redirecionando a carreira e vai tentar seguir o caminho para chegar a grande categoria de monopostos dos Estados Unidos. Fecury participou do Toyota Racing Series no início do ano onde terminou em 15° lugar. E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. Um abraço a todos, Genilson Santos Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |