E aê Galera... agora é comigo! O final de semana teve desde a fina flor da elite até a essência da força popular. Enquanto o autódromo de Goiânia recebeu a sempre chique e muito gourmet Porsche Cup, a categoria mais nobre do nosso automobilismo, a Fórmula Truck, no caminho da sua recuperação estrutural e financeira, reunindo cada vez mais público e indo para autódromos tradicionais, retornou a Guaporé. O automobilismo Tapuia deu uma bela trupicada nessa semana com a VICAR sendo obrigada a anunciar uma mudança de calendário nesta reta final por conta do atraso da obra pública de reforma do autódromo de Brasília, que não ficou pronto para o “Gran Finale” da temporada 2021 e precisou correr para Interlagos e fazer o encerramento da temporada no meio da copa do mundo, o que eles tentaram evitar, além de fazer aquela bagunça (o advérbio não era bem esse...) no calendário do circuito, que já tinha a data disponibilizadas para outras categorias. Agora vamos falar de corridas porque dessas trapalhadas eu não tenho mais paciência (o advérbio não era bem esse...) pra essas coisas. Porsche Cup O autódromo de Goiânia, que leva o nome de um falecido piloto que nunca colocou os pés por lá, recebeu o primeiro final de dois finais de semana com corrida da categoria verdadeiramente gourmet do nosso automobilismo, a Porsche Cup (e mais uma meia dúzia de nomes), que é um show de organização, sofre com as transmissões por conta de seus narradores e comentaristas. Por eliminação, assisto as corridas pelo youtube/Band, com a narração do Ivan, o Terrível, e os comentários do paquidérmico apadrinhado, o Prosdócimo. A primeira categoria a ir pra pista foi a Carrera Cup, com Wener Neugebauer na Pole, com Enzo Elias a seu lado, puxando o grid com 24 carros. Largada lançada com nosso camarada, o Gomalina, na direção de prova e Miguel Paludo meteu o carro por dentro, montou um 3-wide e na reta e tomou a ponta na curva 1, deixando pra trás os dois da primeira fila, que ficaram na P2 e P3. Na curva 3 Enzo Elias passou Werner Neugebauer para roubar a P2. Quem também foi bem foi Lucas Salles, que saiu da P7 para a P4. Pedro Aguiar tomou a P4 na volta 4. Os três primeiros começaram a abrir vantagem, mas pedro aguiar tentava chegar no pelotão da frente. Lucas Salles, Alceu Feldmann e Renan Piizi vinham na briga pela P5. Na briga entre Nelson Monteiro e Rouman Ziemkiewicz se tocaram na curva zero e o Gomalina botou pra fora o Safety Car, no mesmo momento que os ‘comissacos’ deram bandeira preta para Leo Sanchez por atitute antidesportiva. Na relargada, Pedro aguiar vacilou e Alceu Feldmann deu um passadão nele em Lucas Salles indo da P6 para a P4. Enzo Elias tentou tomar a ponta, mas não conseguiu a liderança. Ao 3 primeiros foram abrindo novamente. Mais atrás, Renan Piizi e Franco Giaffone foram trocando de posição e Marçal Muller veio brigando com Christian Hahn. Nos minutos finais de prova o carro de Alceu Feldmann foi perdendo rendimento e posições, com isso, Pedro Aguiar recuperou a P4, Renan Piizi asumiu a P5 e assim a corrida terminou com a vitória de Miguel Paludo, seguido de Enzo Elias e Werner Neugebauer. Lucas Salles, tentando recuperar a P5 e se defendendo, foi tocado por Franco Giaffone, rodou e perdeu várias posições. Na sequência veio a corrida da GT3 Challenge, com Josimar Jr. na pole, tendo a seu lado, Marcelo Tomasoni e eles puxando o grid de 22 carros. Todo mundo emparelhado entrando na reta e quando o Gomalina apagou as luzes vermelhas, já tinham uns apressadinhos que deram o pé. Josimar Jr. fez um contorno estranho da curva 1 e com isso Vina Neves tomou a ponta, deixando o pole na P2. Urubatan Jr. assumiu a P3. O ritmo de prova era muito igual e os 10 primeiros andavam no mesmo ritmo. Na volta 4 saiu a decisão dos ‘comissacos’ (antes da corrida acabar) o líder, Vina Neves e o P3, Urubatan Jr. tomaram um ‘Drive Thru’ por queima de largada. Vina Neves já abriu a passagem para Josimar Jr. Urubatan Jr. entrou para os boxes antes da volta 5, mas Vina Neves ficou na pista. Marcelo Tomasoni atacava Vina Neves e passou no miolo. Josimar Jr. levou vantagem e abriu para Marcelo Tomasoni e Guilherme Bottura assumia a P3, segurando um pelotão de 8 carros. Marcio Mauro passou bonito o piloto ‘Plim Plim’ enquanto Nelson Marcondes saiu reto e, como Raul Seixas, foi de cara contra o muro (o guard rail e a barreira de pneus, no caso), arrebentando o guard rail. O diretor de prova, o Gomalina, botou pra fora o Safety Car de imediato. Felizmente o piloto saiu andando do carro, e bem! Pelo grau dos danos na estrutura de segurança da pista, não havia condições da corrida ter continuidade e a bandeira quadriculada foi dada faltando 5 minutos de tempo. Com isso, confirmada a vitória de Josimar Jr., seguido de Marcelo Tomasoni e Guilherme Bottura. No domingo, com transmissão ao vivo pela Band, tivemos as duas corridas 2. Dessa vez não teve inversão nutella de grid. Eles fizeram duas sessões de treinos para classificação: uma para as corridas do sábado e outra para as corridas do domingo, o que é muito melhor do que essa engembração que passaram a usar aqui no automobilismo Tapuia, como diria meu camarada Alexandre Gargamel, colunista aqui do site, que também “adora” as narrações e os comentários do Terrível e do Prosdócimo. Rodrigo Mello marcou a pole position e tinha do seu lado Werner Neugebauer para puxarem o grid com 24 carros. Largada lançada e quando o diretor de provas, o meu camarada Gomalina, apagou as luzes vermelhas, o pole position vacilou, tomou um passadão por dentro do moleque Enzo Elias e de uma galera por fora. Enzo Elias, com lastro no carro e tudo assumiu a liderança e fez a curva 1 na frente. Werner Neugebauer segurou sua P2 e Renan Piizi veio por fora pra pegar a P3. Rodrigo Mello continuou caindo e foi superado por Christian Hahn caindo pra P5. Na curva 1 Rouman Ziemkiewicz e João Barbosa se pegaram e foram pra grama. O Gomalina não facilou e botou pra fora o Safety Car, mesmo com os dois voltando pra pista. Foi uma volta só de procissão e tivemos a bandeira verde. Os dois primeiros fugiam na ponta enquanto Renan Piizi tentava segurar Christian Hahn e um pelotão de 5 carros atrás dele, permitindo boas brigas entre todos. Na frente, Enzo Elias ia fazendo uma sequência de voltas mais rápidas da corrida para ir fugindo de Werner Neugebauer. Rodrigo Mello conseguiu tomar a P4 de Christian Hahn. Mello tocou de leve a traseira do pole que duas curvas depois passou a perder rendimento e foi ficando, indo para os boxes. Com um passeio de Lucas Salles na grama, Miguel Paludo subiu pra P5. Com problemas no ABS traseiro, Rodrigo Mello abandonou. O pelotão que vinha atrás de Renan Piizi vinha se espalhando, As disputas estavam pela P4, com Miguel Paludo em cima de Christian Hahn e a escalada de Alceu Feldmann, que era o P7 nas voltas finais da prova e foi pra cima de Marçal Muller pra ganhar a P6 e deixando a briga entre o líder do campeonato com Pedro Aguiar. A vitória ficou mesmo com Enzo Elias, seguido de Werner Neugebauer e Renan Piizi. Logo depois veio a corrida da GT3 Chellenge, que também teve dois treinos e nada de inversão nutella. A colheitadeira de soja de Raijan Mascarello estava na pole com Marcelo Tomasoni fechando a primeira fila e puxando o grid com 22 pilotos. Assim como na corrida da Carrera Cup, o diretor de prova, o Gomalina, esperou os pilotos chegarem alinhados na reta para apagar as luzes vermelhas e Urubatan Jr., largando na P3, deu uma descalibrada na colheitadeira de Raijan Mascarello, que caiu para a P3. Urubatan Jr. caiu pra P5. Marcelo Tomasoni agradeceu e contornou a curva 1 na liderança, mas por pouco tempo. Daniel Correia, que fez uma curva 1 com um traçado diferente, pulou pra P2 e Raijan Mascarello era o P3. No miolo, Daniel Correia superou Marcelo Tomasoni e assumiu a ponta. A colheitadeira de soja vinha girando as cortadeiras com força pra recuperar o prejuízo enquanto Marcelo Tomasoni ia segurando todo mundo. Mas quem vem com muita sede ao pote acaba se ferrando e depois de uma abanada na entrada da reta, Marcio Mauro tomou a P3. desesperado, o latifundiário veio com mais vontade que juízo na volta seguinte e acertou a traseira de Marcio Mauro, fazendo-o rodar na curva 1. Mascarello também perdeu posições, mas Marcio Mauro tentou voltar pra pista antes do pelotão passar, rodou e ficou atravessado, sendo pego em cheio por Josimar Jr. O diretor de prova, o Gomalina, imediatamente botou pra fora o Safety Car e com tantos destroços na pista, antes dos carros completarem a volta veio a bandeira vermelha (GOMALINA PARA DIRETOR DE CORRIDAS DA F1!). Na pista, a colheitadeira tinha caído pra P5, mas haveria punição. O novo P3 era Urubatan Jr. Depois da pista limpa, os carros voltaram atrás do Safety Car e Raijan Mascarello voltou na última posição. Depois de duas voltas atrás do Safety Car e com o cronômetro na regressiva foi dada a bandeira verde. Os 5 primeiros formavam um pelotão compacto. Três voltas depois um acidente na curva zero colocou três carros na grama e o Gomalina botou pra fora o Safety Car. Pista limpa e relargada com Daniel Correia segurando a ponta, mesmo com o ataque de Marcelo Tomasoni. Urubatan Jr. e Ricardo Fontanari se atrapalharam na briga pela P3 na curva 1 e o piloto “plim-plim” se aproveitou e a P3 caiu no seu colo. Nasser Aboutaif acertou Jr. Dinardi nos segundos finais do cronômetro. Pra não terminar a corrida em bandeira amarela e com Safety Car, o Gomalina antecipou a quadriculada, garantindo a vitória de Daniel Correia, com Marcelo Tomasoni na P2 e o piloto “plim-plim” na P3. Depois das corridas, como sempre, veio a lista de ações tomadas pelos ‘comissacos’. Foram 2 punidos na Carrera Cup e 5 punidos na GT3 Challenge no final da tarde, mas isso não mudou os pódios (e eu não vou ficar dando palanque pra ‘comissaco’. Fórmula Truck A categoria raiz dos caminhões, a original, a autêntica, a Fórmula Truck foi neste final de semana para uma de suas casas, suas raízes, o Autódromo de Guaporé, no Rio Grande do Sul, onde aquele pessoal comensal da pizzaria no condomínio do bairro da Glória não deixam que aconteçam corridas “por causa da segurança” e onde foram protagonizadas várias das maiores disputas entre pilotos nas corridas de caminhão deste país. Foi uma festa completa para um autódromo tomado de fãs, que acamparam por quase uma semana, com buzinaço de caminhões, desfile de caminhões históricos e dos pilotos nas capotas das boleias. As festividades ainda trariam uma estrela especial. Esta etapa teve o retorno da gaúcha Cristina Rosito, que competiu na categoria antes de seu “intervalo” até o glorioso retorno e que vem se consolidando no cenário do esporte a motor nacional. A primeira corrida tinha na pole position tínhamos o eterno Pedro Muffato e ao seu lado Jorge ‘Feio’ Mauricio, ambos da classe injeção eletrônica, puxando um grid com 23 caminhões. Ao lado do Elton Cipriani estava Rafael Fleck, que ficou de fora dessa corrida (além dele o “Peixeiro” e o Kleber ficaram fora. Seriam 26 caminhões!). Paulo Rampon largava na P5, sendo o primeiro da classe bomba injetora. Após a volta de apresentação os brutos se alinharam e a largada foi dada, com muita fumaça, com os brutos rugindo e rasgando a reta e Pedro Muffato segurou a liderança, seguido por Jorge ‘Feio’ Mauricio e Rogerio Agostini. Paulo Rampon liderava entre os bomba injetora. Os 3 primeiros abriram vantagem. Na primeira volta Cristina Rosito ganhou posições enquanto Paulo Rampon foi para os boxes na abertura da volta 2. Melhor para Túlio Bendo, que assumiu a liderança da bomba injetora. Á na frente, Pedro Muffato colocou uma boa vantagem sobre Jorge Mauricio e este sobre Rogério ‘Taio’ Agostini. Cristina Rosito foi escalando o pelotão e com 10 minutos de prova estava na P13, superando pilotos que já estão ambientados com a categoria. A melhor briga da prova era Leo Barramacher e João Helder Mottin, que segurava a P4 com força. Numa desconcentrada, Jorge Mauricio queimou o radar e tomou um ‘Drive Thru’, entregando a P2 para Rogério ‘Taio’ Agostini, mas ainda conseguiu segurar a P3. Na última volta uma fumaça estranha saía da roda esquerda da frente no caminhão de Pedro Muffato, mas isso não tirou a sua vitória na corrida. Taio Agostini foi o P2 e Jorge Mauricio o P3. Na classe Bomba injetora, Túlio Bendo foi o vencedor. Cristina Rosito ficou na P10. Uma pausa para o espiro – na Fórmula Truck não tem “balé do bebum perneta” e nem inversão nutella de grid – e s caminhões voltaram para o grid e os sobreviventes partiram para a volta de apresentação, com Pefro Muffato e Rogério Agostini puxando o grid. Enquanto Pedro Muffato largou bem e segurou a ponta, Rogerio Agostini patinou nas 6 e perdeu a posição para Jorge Mauricio que largava na P3. Mais atrás, a disputa era forte e Marcio Rampon ganhou a P4, mas Túlio Bendo foi ligeiro e pegou a posição na entrada da curva do radiador. Os créditos na transmissão eram uma vergonha. A categoria precisa ver isso urgente. Pedro Muffato não queria saber de quem vinha atrás e quem estava mandando a bota era Cristina Rosito, que na segunda volta já era a P7. Rogério Agostini não conseguia manter as performances que tinha até a 4ª etapa, em Cascavel. Leo Barramacher ganhou a P4 de Túlio Bendo, mas eles são de classes diferentes. Rogério Agostini vinha se aproximando de Jorge Mauricio que se enrolou com os retardatários e depois da curva 1 o caminhão dele perdeu rendimento, entregando a P2 para o Taio. Pedro Muffato controlou bem a vantagem para Rogério Agostini e venceu a segunda corrida. O P3 foi Leo Barramacher. Cristina Rosito foi a P4 na classe injeção eletrônica. Na classe bomba injetora, o vencedor foi Marcio Rampon depois que Tulio Bendo perdeu rendimento e ficou lento na última volta. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Como teria corrida da Porsche em Goiânia e o Goleiro de Pebolim é contratado da categoria, tivemos que aturar o Dr. Smith na transmissão da F1... e no meio da madrugada, Meu Jesus Cristo (a expressão com três palavras não era bem essa...)! - Como tenho o dever – e o prazer – de cumprir com minhas responsabilidades matrimoniais, assisti os treinos gravados pelo meu moleque logo cedo pela manhã. Haja café extraforte e sem açúcar para aguentar os três patetas falando bobagens (o advérbio não era bem esse...). - Aí vem o Dr. Smith, que passou meio século fazendo curva pra esquerda em ovais, falar que os pilotos levam mapas nos carros porque não sabem quais são as curvas do autódromo. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) acordou toda a cidade Palmas antes das 7 da manhã. Vai ver que ele não sabia e por isso foi andar em oval, que era mais fácil. - Não basta apenas estarem em descompasso com a transmissão, tem que ser incapaz de ler a tela do livetiming! - Depois do VT dos treinos, fui assistir o DTM em um dos canais do Pateta com comentário do Mestre dos Magos. O narrador era um pato fanho. - A corrida sendo na madrugada e com o trio “Caprichoso, Matuzaleme e Dr. Smith”... os vizinhos iam sofrer. Foram salvos pela chuva, que eu desisti de ver a corrida e deixei pra ver o VT depois da NASCAR. - Que esse pessoal da narração tem o ensino fundamental e olhe lá a gente sabe, mas depois de todos estes anos não saberem o que é centésimo, milésimo... aí vem com décimo de milésimo e o Matuzaleme apelou para os “milionésimos”, é um tsunami de incapacidade. - Corrida Nutella é isso aí: a culpa é dos pneus que geram muito spray! - Aí o Dr. Smith olha pro Medical Car na pista e começa a falar do Bernd Maylander... que é piloto do Safety Car! Foi o que faltava para salvar os vizinhos e desligar a TV pra assistir no VT. - Meu moleque me chamou pra assistir um milagre na manhã do domingo: no tal do programa de horror da Band, ao invés dos palhaços sem graça, Arrelia Jr. e Chapolim Colorada estavam dois jornalistas na apresentação. Que diferença. Nenhuma piada sem graça, profissionalismo e um diálogo de primeira com o Matuzaleme e o Dr. Smith. Se liga nas paradas, direção da Band! - Assistindo o TCR em um dos canais do Pateta, com narração do Barbicha, o comentarista falou que o piloto foi punido por estar com o carro ACIMA do peso mínimo... e insistiu nisso algumas vezes. Quando o Barbicha falou o nome dele, estava tudo explicado: é um dos sócios daquele site que mata pilotos ainda vivos pra dar o furo... o Grande Pataquada! Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |