E aê Galera... agora é comigo! O final de semana teve festa com direito a churrasco na beira da pista em Santa Cruz do Sul-RS, com a ida da Stock Car, da Stock Light, categorias de apoio do campeonato mais disputado e importante do país, a Turismo Nacional. Vou pedir logo minhas desculpas ao Filho do Deus do Egito e ao Enviado de Cristo, mas por conta do textão de 7 laudas da semana passada, a minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, mandou eu deixar os comentários sobre a Turismo Nacional para a próxima semana, junto com o Endurance Brasil, que vai acontecer no mesmo autódromo no sábado 27. Assim, vou começar falando sobre a Stock Car, que teve a narração do meu camarada e melhor narrador do país, o Sinestro, na companhia do Dr. Smith (obrigado Band por tirá-lo da F1 este final de semana) pra comentar. A Stock Car abriu sua penúltima etapa no ótimo autódromo de Santa Cruz do Sul, depois de dois anos de ausência nesse circuito que o meu camarada e colunista aqui do site, Alexandre Gargamel, critica por ser “técnico”, uma terminologia mal utilizada para descrever um circuito cheio de curvas e sem pontos de ultrapassagem, algo que viria se mostrar ao longo da corrida, a menos nos casos em que um carro tinha uma vantagem excessiva sobre o outro. A reta é muito curta e, pelas imagens que tenho da pista, há terreno de sobra (já o dinheiro... isso não sei) para uma reforma. 150 metros a mais de reta cairiam bem, obrigado. Thiago Camilo coumpriu seu papel e a equipe de Abdreas Mattheis o dela para levar a corrida 1 (Reprodução: youtube). Mas isso é o que temos para hoje e quem foi o mais rápido nos treinos, Thiago Camilo, fez valer a vantagem, largando da pole e tomando a ponta na curva 1 onde – milagrosamente – todos passaram inteiros! Julio Campos que largou na P2 vacilou e foi superado por Allam Khodair. Os três eram seguidos por Daniel Serra, Gabriel Casagrande e Ricardo Maurício, uma briga na corrida e no campeonato até a volta 6, quando um furo de pneu tirou Ricardo Maurício da disputa na corrida 1. As ultrapassagens eram poucas, mas aconteciam e algumas a gente nem via, como a de Julio Campos recuperando a P2 em cima de Allam Khodair pouco antes de fazer a sua parada obrigatória. As estratégias pensando no que fazer na corrida 2 alteraram o balanço de forças. Mesmo líder do campeonato, Gabriel Casagrande não aliviou na saída do pit stop, bateu porta com Daniel Serra (que tinha mais a perder) e tomou a P4. Os 5 primeiros mantiveram suas posições enquanto a briga boa ficou pela P10, pole do grid invertido, com Pedro Cardoso segurando os experiente Ricardo Zonta na P11. Depois, só fera jurássica: Valdeno Brito, Átila Abreu, Denis Navarro e Cacá Bueno. Como é da regra, tivemos a dança do bebum perneta para a inversão do grid e alguns pilotos apostaram alto na estratégia. Ainda no final da corrida 1, Ricardo Maurício parou nos boxes para colocar 4 pneus novos, mas foi Thiago Camilo quem inovou: na inversão do grid ele largaria na P10, mas foi para o Box, trocou os 4 pneus e largou por último, apostando em mais aderência nas retomadas para de saída de curva para tentar recuperar as posições perdidas e fazer um pit mais curto. Pedro Cardoso largou bem para a corrida 2, com público no autódromo gaúcho e alguns VIPs (Reprodução: youtube) Pedro Cardoso segurou a ponta pra cima de outra fera jurássica – Rubens Barrichello – na curva 1. Daniel Serra ficou encaixotado por fora e perdeu posições, mas o pior foi para a confusão que tirou Cacá Bueno e o PIROCA, o diretor de prova, colocou pra fora o Safety Car na pista. Foi uma rapidinha e na relargara, Casagrande se deu bem, assim como o líder Pedro Cardoso. Problema foi que Felipe Lapenna bateu forte e o PIROCA teve que botar pra fora novamente o Safety Car. Esse demorou mais um pouco e na Relargada, Pedro Cardoso manteve a ponta. Quem se deu mal – outra vez – foi Daniel Serra, que perdeu mais duas posições. Quem vinha se dando bem era Ricardo Maurício, que ganhava posições a cada volta e de forma mais eficiente que Thiago Camilo. Rubens Barrichello induziu Pedro Cardoso a errar e tomou a ponta antes dos pits obrigatórios, mas Casagrande vinha voando e conseguiu passar Barrichello, que só deu o troco nos pits. Ao final das paradas, Ricardo Maurício era o líder e Thiago Camilo brigava para entrar no top10. Pra ele não funcionou tão bem. Quem se deu bem nas paradas também foi Rafael Suzuki, que tomou a P2 de Barrichello enquanto Navarro e Zonta superavam Casagrande. Ricardo Maurício ganhou a corrida 2, com Suzuki e Barrichello completando o pódio. Mas a velocidade em Santa Cruz do Sul começou no sábado com a Stock Light que eu decidi prestigiar a transmissão pela internet do meu camarada Pedro Malazartes, do portal High Speed. Na narração, o Urso do Cabelo Duro – que não sabe que o ‘P’ do Baptista é mudo – Matheus Furlan, que passaram um aperto com a falta de energia no bairro de Interlagos, onde (acredito) fica o QG do High Speed. O grid foi ainda menor, com 12 carros, sendo o 12° com um piloto que não participava do campeonato. A largada teve confusão, com Papasissis se enroscado com Lucas Kohl enquanto Rafa Reis tomou a ponta. Papasissis ficou na grama interna da curva 1 e antes de dar chance do piloto voltar pra pista, numa decisão (o “ão” não era bem esse...) precoce, o diretor de prova (sim, ele mesmo o PIROCA) acionou o Safety Car. Mas como o piloto voltou pra pista, e o PIROCA tirou a indicação de carro de segurança. Corrida de categoria de acesso sempre vai ter piloto usando mais que asfalto na largada (Reprodução: youtube) Rafael Reis não quis papo com ninguém e foi abrindo na ponta. Matheus Iorio vinha na P2 e Arthur Leist na P3. Meu piloto, o Zezinho, largou mal e caiu pra P5. Na abertura da volta 5, o carro de Arthur Leist derramou líquidos do motor na pista e o V8tão lambeu em fogo. Felipe Baptista escapou da confusão e fez a curva, mas quem veio mais atrás teve problema. Rafael Teixeira tomou uma pancada por trás de Gabriel Lusquiños, que perdeu a freada e entrou com tudo na traseira de Rafa Teixeira. Prejuízo grande de Rafa Teixeira na briga pelo campeonato. Aí não teve jeito. Foi Safety Car na pista por 2 voltas. Na Relargara, o líder vacilou e perdeu 3 posições. Matheus Iório tomou a ponta, com Felipe Baptista em 2° e meu piloto, o Zezinho, na P3, dando um calor no líder do campeonato. Iório foi abrindo vantagem e deixando a briga entre Felipe Baptista, Zezinho e Rafa Reis. Com isso Gabriel Robe, o P5, foi se aproximando. A reta curta não estava ajudando muito as ultrapassagens. Aí o Rafa Reis tentou mais do que devia e rodou sozinho quando tentou atacar o Zezinho. Caiu pra P7. Não tivemos ultrapassagens e Matheus Iório venceu, com Felipe Baptista em 2° e o Zezinho em 3°. Na segunda corrida, decidi prestigiar o Filho do Deus do Egito e o meu assessor de imprensa favorito e dublê de comentatista, Chucky (meus leitores corrigiram a grafia), o ‘coçador de saco’ ao vivo na TV e na internet, que a Master TV, geradora de imagens, passou a ter o cuidado de mostrar toda a sua feiura apenas da cintura pra cima. Mais uma vez (e sempre o farei) vou criticar a ridícula inversão de grid de 10 posições. Numa corrida com 12 carros, não tem como não chamar isso de ridículo. Invertessem logo o grid inteiro! Aproveitando a reta curta, Lucas Kohl seguiu o manual e nem com sua experiência, Raphael Abbate, que largava a seu lado, conseguiu tomar a ponta. Pietro Rimbano fez uma largada de Dragster, passou meio grid na reta, mas espalhou na curva. Quem também espalhou, por falta de espaço pra onde ir foi meu piloto, o Zezinho, que fez a chicane pela grama e, na volta pra pista, deu uma “portada” em Felipe Papasissis depois de ser empurrado pelo Matheus Iório. Papasissis ficou parado na grama e o PIROCA (Ele, o diretor de prova) colocou pra fora (dos boxes) o Safety Car. Raphael Abbate acabou com o pneu traseiro esquerdo furado, depois de ficar com a carenagem raspando. Primeira volta de corrida de turismo sempre vai ter "espalha" e "porta com porta". E no Brasil, 'comissacos' (Reprodução: youtube) Na relargada, Kohl manteve a ponta, com Rafa Teixeira e Pietro Rimbano, mas Teixeira errou na volta seguinte e perdeu duas posições. Meu piloto, o Zezinho, caiu pra 9°, mas veio recuperando numa corridaça, passando todo mundo. Iório e Lusquiños se tocaram no final da reta depois do ‘passão’ do Zezinho. Enquanto isso, Lucas Kohl ia abrindo e ficando longe das confusões. Pietro Rimbano vinha na defensiva, com Gabriel Robe e Rafa Teixeira brigando pela P2. A briga pela P5 também estava animada, com Rafa Teixeira segurando o Zezinho, Felipe Baptista e Arthur Leist. O Ritmo de Rafa Teixeira era ruim ao ponto de Gabriel Lusquiños recuperar o tempo e encostar na briga, mas meu Zezinho fez uma ultrapassagem campeã no Rafa Teixeira pra ganhar a P5, Felipe Baptista também passou. Rafa Reis passou Gabriel Robe e tomou a P3. Faltando 2 minutos de corrida o carro co Rafa Teixeira pegou fogo e com isso o PIROCA botou pra fora dos boxes o Safety Car e agrupou o pelotão numa corrida que estava tranquila para o líder. A relargada para uma única volta e quem se deu mal foi Pietro Rimbano, que pegou a zebra da chicane de mal jeito e foi engolido, caindo da P2 pra P7. Lucas Kohl segurou a ponta, com Rafael Reis em 2° e Gabriel Robe em 3°. Meu piloto, o Zezinho, fechou na P4, mas horas depois os ‘comissácos’ inventaram uma punição ridícula. Ele não tomou 5 ou 10 ou 20 segundos, mas foi desclassificado da corrida 2. Uma vergonha. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - A cobertura da F1 em São Paulo deixou pessoal da Band de ressaca pra corrida no Qatar. Depois da cobertura fantástica (o adjetivo não era bem esse...) a coisa foi bem meia boca, a ponto da Cadeiruda entrevistar uma modelo (sem cérebro) que acha que brasileiro é fá da F1 por causa do Presuntinho. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) ecoou por toda Palmas. - Quem também aliviou a vigilância foi a edição de esportes. Com isso o Arrelia Jr. sentiu-se à vontade para falar as bobagens (o advérbio não era bem esse...) antes da transmissão. - A Band agora mostra o pessoal nas mesinhas transmitindo a corrida. Alguém pode botar um lembrete na cabine do Caprichoso dizendo: “bandeiras são agitadas, o que abana é rabo!” - Ainda sobre as transmissões, se o Matuzaleme gastasse menos tempo desenrolando os rolos de papiro com suas hieroglíficas anotações, talvez não falasse as bobagens (o advérbio não era bem esse...) que vem falando. Com 11 voltas os pneus médios já eram mais rápidos que os macios... - Preciso reclamar com o pessoal da Band. Vocês estão entrando com a Stock com os carros indo pra volta de apresentação. Isso obriga a gente a ir para outro canal e muita gente não volta. Eu volto, por consideração ao meu camarada, Sinestro, o melhor narrador de corridas do Brasil e porque o Nhonho “preenche a cota de bobagens” (o advérbio não era bem esse...) em poucos minutos. - O canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) se superou nesse domingo. Além da pornográfica imagem do Nhonho pagando peitinho sem sutiã, por falta de produção editorial, fizeram antes da corrida um “especial do Nhonho” pra encher linguiça antes da corrida. Minhas gargalhadas ecoaram por toda Palmas. - Aí o canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) arranjou outro narrador pro lugar do Tala Larga, que pulou fora das corridas e tá narrando outras coisas (alguém consegue imaginar o Nhonho comentando outra coisa?). Aí o cara fala que os carros foram pra pista antes da largada para “soltar os pneus”. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) foi ouvido em todo Tocantins, parte da Bahia, Goiás e Mato Grosso. - Faz tempo que não falo dele. Nuestro Hermano, o assador, companheiro de equipe do Barrichello, deve ter ficado meio perturbado com o cheiro dos vários churrascos em torno da pista e não encontrou o caminho do asfalto. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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