Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Nesse final de semana tivemos apenas a agora chamada GB3. Como não é mais uma categoria “padrão FIA”, a Fórmula 3 inglesa, de tanta tradição e história, perdeu o status do passado, ao menos no papel, por determinação da própria FIA que só dá a chancela de Fórmulas locais às categorias de Fórmula 4. Teríamos também uma etapa da Fórmula Regional Europeia na Alemanha, mas a etapa foi adiada sem uma data específica para ser realizada ou substituída. Com as categorias que seguem o calendário da Fórmula 1 de férias e sem atividades nos Estados Unidos neste final de semana, todos os olhares estavam sobre Roberto Faria. A GB3 foi para o belo autódromo de Snetterton, que recebeu provas da categoria desde os tempos de Emerson Fittipaldi. Nos treinos, Roberto Faria mostrou estar com o carro bem acertado, fazendo o 4° melhor tempo no primeiro treino livre e o 3° melhor tempo do segundo treino livre, ambos na manhã da sexta-feira. No período da tarde aconteceu o treino classificatório e o piloto brasileiro voltou a ser o 4° mais rápido entre os participantes, mas o regulamento específico da rodada tripla viria a ser cruel com Roberto Faria: aquele resultado seria aplicado apenas na corrida 1. Para a corrida 2, haveria a inversão dos 10 primeiros na formação do grid e, para a corrida 3, o grid seria definido pelas posições de chegada na corrida 2. A corrida 1, disputada na tarde do sábado, teve como componente extra uma chuva intermitente e a hesitação por parte da direção de prova em determinar se a corrida seria “wet race” ou não e com isso Roberto Faria foi o único piloto a ir para a área de montagem com pneus Pirelli slicks, mas com a pista secando rapidamente, todos os outros pilotos optaram por seguir o exemplo, levando a cenas frenéticas pré-corrida enquanto as equipes corriam para trocar os pneus. Apagadas as luzes vermelhas, Bearman fez uma boa largada da pole position, com Roberto Faria subindo para o segundo lugar. A vantagem de Bearman era de mais de dois segundos no final da primeira volta, mas Faria reduziu para 1,2s conforme a corrida se aproximava da metade das 10 voltas. O piloto britânico estendeu então sua vantagem para 2,3s na volta sete, apenas para Faria reduzir a diferença para 1,1s na bandeira quadriculada. Bilinski completou o pódio da corrida 1. Na corrida 2, no charmoso circuito de Snetterton. Depois do 2° lugar e do pódio na corrida do sábado, os pilotos foram para a primeira corrida do domingo com o grid invertido dos 10 primeiros. Por isso, Roberto Faria estava largando na P9. Desta vez a pista não estava molhada e apesar do céu estar nublado, a pista estava seca e não havia uma perspectiva de chuva. Apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria não largou bem e acabou caindo para 11° nas primeiras curvas. Ainda na primeira volta ele recuperou uma posição e passou pela linha de chegada na P10. o problema é que o traçado tem apenas um ponto onde se pode pegar o vácuo e apenas na volta 4 que o brasileiro conseguiu Beaman e ir para 9°, e antes do final da voltam superou também Garfias e chegou na P8. A corrida com 10 voltas tinha na metade os 3 primeiros com uma boa vantagem, o 4° – Lebbon – correndo solto e um pelotão compacto do 5° ao 8° colocado, com o piloto brasileiro. Simmons começou a pressionar Aron e Lubin fugiu um pouco, deixando a briga pela P6 mais acirrada nas três voltas finais. Roberto Faria fez dois ataques efetivos contra Simmons nas duas voltas finais, mas não conseguiu superá-lo, terminando em 8° lugar a corrida 2. Menos de duas horas depois os carros e pilotos estavam de volta ao grid para o encerramento da rodada tripla deste final de semana, e dentro das normalidades do clima britânico, começou a chover uns 45 minutos antes da corrida para noiar a cabeça do pessoal das equipes. A pista ficou mais pra úmida do que pra molhada e a dúvida entre pneus de chuva ou slicks. A direção de prova determinou a corrida como “wet race” e isso acabou atrasando um pouco a largada. Roberto Faria largou na P8, posição de chegada na corrida 2, critério específico de corrida da etapa. Apagadas as luzes vermelhas, desta vez o brasileiro largou bem. Ganhando uma posição na largada e herdando uma pela rodada de Tommy Smith, passando em 6° ao completar a primeira das 10 voltas programadas, mas já estava colado na briga pela P5, com o pelotão da frente bem compactado. Na metade da segunda volta, o líder, Bilinski, começou a fugir enquanto Grundtvig começava a segurar o pelotão que no final da volta já ia do 2° ao 6° colocado. Roberto Faria conseguiu passar para a P5, mas a pista úmida e sinuosa era um desafio extra para quem tentava fazer alguma ultrapassagem. Na metade da corrida, Roberto Faria continuava em 5°, mas o pelotão estava agrupado da P2 até a P11. A chuva começou a apertar nas três voltas finais e nisso quem tem mais recurso técnico leva vantagem e todo o pelotão escalou Grundtvig, Com isso Roberto Faria foi para a P4. Na volta seguinte, o brasileiro foi para 3° e tentava a todo momento atacar o líder do campeonato, O’Sullivan, que vinha à sua frente e que passou para a P2. Roberto Faria ainda tentou um ataque na última volta, mas teve que se contentar com a P3. Com os resultados deste final de semana Roberto Faria colou no japonês Reece Ushijima e está apenas um ponto atrás (231 x 230) na briga pela 3ª posição do campeonato. Zak O’Sullivan lidera com folga (347 pontos) e a próxima corrida vai acontecer na semana que vem, em Silverstone. E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. Um abraço a todos, Genilson Santos Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |