Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Finalmente voltamos a ter ação nas pistas. Ainda sob o fantasma dessa praga chamada covid19, que pegou até esse parceiro de vocês, mas estamos de volta às atividades com as categorias de suporte da F1, mas de um jeito diferente. Mas antes de falar sobre a F2, que vai pra pista esta semana, vamos falar sobre dois brasileiros que tiveram os holofotes apontados contra eles nestes últimos dias, mostrando que nós temos no Brasil uma verdadeira fábrica de talentos. O problema é o fator financeiro ou algum deles ser “adotado” por um dos grandes programas de jovens pilotos. O primeiro carrega o nome e o sobrenome do pai (e vai ser cobrado por isso, certamente). Emmo Fittipaldi fará sua estreia no automobilismo pela Fórmula 4 Dinamarquesa (que usa motores Renault, de 160 cv) no mês abril, na abertura da temporada na pista de Padborg Park no final de semana 24 e 25 de abril. O filho de Emerson Fittipaldi completou 14 anos neste mês, o que permite que ele dispute o campeonato dinamarquês. Além disso, ficando fora dos holofotes dos campeonatos italiano, alemão, francês ou inglês, os mais disputados, dará quilometragem antes de voos mais altos. Fittipaldi também pode participar de algumas corridas NACAM F4 no México, que costuma ter início em outubro e corre até março do ano seguinte, já tendo recebido outros pilotos brasileiros em anos anteriores. Quem também sentou em um Fórmula 4 foi o pernambucano Rafael Câmara. Testando um carro da F4 Italiana pela Cram Motorsport no Autódromo Riccardo Paletti, em Varano, na Itália. O líder da categoria OK no WSK Super Masters Series, nunca tinha testado um monoposto até esta oportunidade, onde encarou um carro de 160 cv em um motor de 1400cc e câmbio de 5 marchas. Mesmo sem cronometragem oficial, o brasileiro surpreendeu, marcando tempos melhores do que muitos titulares da F4 Italiana, incluindo o titular da equipe em 2020, Andrea Rosso, vencedor de três provas e sétimo colocado no campeonato. Comparando tempos com outro novato, que também compete no kart, ele conseguiu ser 1s mais rápido com o rival tendo pneus mais novos. O chefe da Cram Motorsport chegou a questionar se realmente ele não havia tido qualquer experiência nos carros. Além deles, o já “veterano” Eduardo Barrichello, agora no velho continente, fez sua estreia na Fórmula Regional Europeia nos primeiros testes pré-temporada, realizados no circuito de Ímola, após os de dias de preparação na academia e nos simuladores, Barrichello finalmente acelerou o novo carro com o mesmo #91 das temporadas nos Estados Unidos, agora estampado do monoposto da equipe italiana JD Motorsport. A categoria está turbinada, com a nova gerência da Alpine que fundiu a F. Renault Europeia com a antiga F. Regional que era organizada pelos italianos. O grid engordou, com expectativa de ter 30 pilotos como é a FIA F3. Com isso, o teste teve a presença de pilotos novatos e outros que já correm na Europa há alguns anos. Em dois dias foram 125 voltas. 65 no primeiro dia, onde fechou o dia em 27º lugar a 1.589s da melhor marca. No segundo dia, foram mais 60 voltas, fazendo o 12° tempo. No somatório dos dois dias, Barrichello ficou a 0s751 da melhor volta dos dois dias de testes sendo o 20°, mas a evolução em dois dias foi bem animadora. Em 2021 a F2 e a F3 não correrão mais no mesmo final de semana. A F2 correrá em 8 finais de semana e a F3 em outros 7. Em cada um deles, três corridas, duas curtas e uma longa. As coisas vão ser bem diferentes e a gente vai explicar tudo por aqui, na Coluna Radar. Formato de fim de semana: Não haverá alterações nas sessões de sexta-feira, com uma sessão de treinos livres de 45 minutos e uma sessão de qualificação de 30 minutos. Ao invés de duas corridas, serão três provas no final de semana. Duas corridas “Sprint” (ou curtas). Ambas acontecerão no sábado, com uma distância a percorrer de 120 quilômetros (ou 45 minutos), o que ocorrer primeiro. Exceção feita à etapa de Mônaco, que ainda não teve os detalhes definidos. A corrida principal, que acontecia no sábado, agora acontecerá na manhã de domingo, antes do Grande Prêmio de Fórmula 1. Ainda terá uma hora de duração ou 170 quilômetros (o que ocorrer primeiro), exceto em Mônaco, que pode ser diferente, mas é algo ainda não decidido. Nesta corrida teremos o pitstop obrigatório au qual nos acostumamos, com a troca de compostos dos quatro pneus, exceto se houver uso de pneus para chuva durante a corrida. O cronograma será emitido antes de cada rodada para determinar os horários de cada sessão. Definição dos Grids. Com três corridas e apenas uma sessão de qualificação ocorrendo por evento, os resultados da classificação final de sexta-feira da sessão de qualificação determinarão o grid de largada para a corrida principal, no domingo, como era a definição para a corrida principal quando esta acontecia no sábado. Até aqui, tudo bem, tudo claro, certo? Agora vem a muvuca! O grid de largada para a 1ª corrida curta, que deve acontecer nas manhãs do sábado, terá a inversão dos 10 primeiros classificados dos resultados da sessão de qualificação de sexta-feira, com os restantes seguindo a mesma classificação. Para a definição do grid da segunda corrida do dia, teremos a inversão dos 10 primeiros colocados da corrida 1, com os demais seguindo a ordem de chegada/nº de voltas completadas. Pontuação. O piloto que conquistar a pole position após a classificação final da sessão de qualificação de sexta-feira receberá quatro pontos, mantendo o regulamento do ano anterior. Em relação a pontuação por corrida, os oito primeiros colocados das corridas curtas 1 e 2 receberão pontos: (15, 12, 10, 8, 6, 4, 2, 1). Para a corrida principal, os dez primeiros colocados pontuarão da mesma forma dos anos anteriores: (25, 18, 15, 12 , 10, 8, 6, 4, 2, 1). Dois pontos serão atribuídos ao piloto que fizer a volta mais rápida em cada corrida. Qualquer piloto que não esteja classificado nas dez primeiras posições no final da corrida não terá direito aos pontos atribuídos para a volta mais rápida. O máximo de pontos que um piloto poderá marcar em um fim de semana de corrida aumentou de 48 para 65. E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal e na semana que vem, temos ação na pista novamente. Um abraço a todos, Genilson Santos |