Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Nesse período entre as temporadas, vivemos aquilo que no mundo da Fórmula 1 alguns chamam de ‘Silly Season’, onde se falava muita bobagem e entre as bobagens, algumas coisas sérias, projeções ou mesmo previsões do que iria acontecer... e que muitas vezes acontecia. O ano começou com uma má notícia: o prestigiado Toyota Racing Series, torneio na Nova Zelândia que reúne pilotos do mundo inteiro enquanto o hemisfério norte encontra-se sob neve, frio (e agora vírus) os pilotos entre 15 e 18 anos invadem as ilhas do pacífico sul para se enfrentarem e buscar pontos para a superlicença da FIA pra correr na F1. Devido ao coronavírus, e as rígidas regras de controle sanitário daquele país, que tem um dos menores índices de contágio no mundo, a organização do evento que acontecerá em 5 finais de semana consecutivos, iniciando dia 22 de janeiro, ficará limitado aos pilotos locais por razões sanitárias e isso certamente vai diminuir o nível técnico da competição, assim como o tamanho do grid, que no ano passado teve 20 pilotos de 17 países na disputa, onde o vencedor foi o brasileiro Igor Fraga. Mas temos notícias boas. Muito boas. Depois de fazer um teste com um carro da Indy Pro200, segundo degrau do “Road to Indy” nos Estados Unidos com a sua equipe onde foi vice campeão da USF2000, o primeiro degrau, Eduardo Barrichello participou de uma coletiva de imprensa (online) para anunciar onde iria correr a temporada de 2021. Depois do teste na Pro200, muitos poderiam estar pensando no passo seguinte rumo a F-Indy. Afinal, Barrichello fez uma grande temporada em 2020, vencendo três corridas e estando no pódio em nove oportunidades, mas os planos são outros. Contando com o patrocínio da Toyota, que patrocina seu pai, Rubens Barrichello, que defende a montadora em campeonatos de turismo na Argentina (TC2000 e Top Race), além da Stock Car, o mais velho dos herdeiros vai para o velho continente enfrentar os desafios da Fórmula Regional Europeia, que passou por uma mudança e uma “fusão” com a F. Renault Eurocup e em 2021 se chamará “Formula Regional European Championship by Alpine”. A fusão das duas categorias deve aumentar o grid da categoria, que no ano passado teve apenas 12 carros. A categoria francesa tinha outros 19 e isso gera uma ótima perspectiva para um grid com mais de 25 carros. Barrichello vai correr na equipe italiana JD Motorsport nas 10 rodadas duplas do calendário, com algumas estando previstas para programação preliminar da F1. O campeão da categoria soma 25 pontos para obter a superlicença. Quem vai continuar nas pistas norte americanas é o piloto pernambucano Francisco Porto. Kiko, como é conhecido, conseguiu renovar contrato com seu principal patrocinador – o Banco Daycoval – e fará a segunda temporada a bordo do carro número 12 da equipe DEForce Racing, na busca pelo grande sonho de conseguir vencer o campeonato da categoria em 2021. O ano de 2020 não foi nada fácil para Kiko Porto. Primeiro ele não teve autorização para embarcar de Recife, sua cidade natal, para os Estados Unidos devido às restrições que o governo norte americano impôs no início do ano passado para viajantes do Brasil em direção ao seu território. Com isso ele perdeu a primeira etapa do campeonato, uma rodada dupla. Depois de conseguir seguir para os Estados Unidos, no meio do campeonato Kiko contraiu o covid19 e acabou ficando fora de outra etapa, dessa vez uma rodada tripla. Ainda assim, o pernambucano terminou a temporada entre os 10 primeiros colocados, com uma vitória em St. Petersburg e outros 3 pódios, sendo um forte candidato ao título para essa temporada. E após um intervalo por conta de um caso de covid19 e uma reorganização, a grande final do FIA Girls on Track - Rising Stars está sendo retomada. A fase decisiva da seletiva inédita em todo mundo vai acontecer entre os dias 11 e 15 de janeiro em Maranello, na cidade-sede da Scuderia Ferrari, na Itália. As quatro finalistas, entre elas as Brasileiras Antonella Bassani e Julia Ayoub. As estrangeiras são a francesa Doriane Pin e a holandesa Maya Weug. As atividades nos próximos dias serão com diversos testes físicos e mentais, além de desafios no simulador e dois dias com as finalistas acelerando um carro da equipe Prema de F4, associada da Ferrari, em Fiorano, autódromo que é de propriedade da equipe. A vencedora terá como prêmio uma temporada no campeonato italiano da categoria, o mais disputado do mundo. Desse período entre as temporadas não deveremos ter coluna todo final de semana, mas sempre que tivermos novidades sobre o destino dos jovens pilotos brasileiros para a temporada de 2021. Aqui o colunista de “silly” não tem nada! Um abraço a todos, Genilson Santos |