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Bravo Gianluca! Campeão e com Superlicença PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 06 December 2020 15:37

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos a hora da decisão na Fórmula 2 e na Fórmula Regional Europeia (na Fórmula 4 italiana o título já está decidido em favor de Gabriele Mini). Teremos 5 brasileiros envolvidos nas três categorias e acompanhamos as oito corridas pelos nossos canais de streaming.

 

Uma das coisas que fui muito cobrado nestes últimos dias foi sobre como tinha ficado a final do “Girls on Track”, onde as brasileiras Antonella Bassani e Juila Ayoub chegaram à fase final com a francesa Doriane Pin e a belgo/holandesa Maya Weug. Na semana em que iam iniciar a etapa decisiva em Maranello, uma das competidoras (tenho um compromisso com minha fonte de não revelar o nome) testou positivo para o covid19.

 

A decisão da FIA junto com a Academia de Pilotos da Ferrari foi a se suspender o processo até segunda ordem. Todas as candidatas voltaram às suas atividades onde estão correndo e ficaram de ser informadas sobre quando aconteceria a fase final, ainda sem data definida. Aos nossos leitores, deixo o compromisso de informar assim que tiver a confirmação de novidades e não deixar ninguém no vácuo.

 

Uma grande notícia para nós, brasileiros, já adiantando a série “silly season” que vai começar ao final dos campeonatos, Felipe Drugovich fará os testes pós-temporada na equipe Uni Virtuosi, onde está Callum Ilott, uma das mais fortes do grid. Caso se concretize esta mudança, será a “oportunidade da vida” para Drugovich mostrar ao mundo do que é capaz com um carro de ponta e, quem sabe, despertar o interesse de alguma equipe da F1 sem ter que levar um caminhão de dinheiro.

 

Fórmula 2

A categoria continuou no Bahrain para o segundo final de semana e fazer a corrida no traçado externo. O treino classificatório aconteceu entre os dois treinos livres da F1, com a luz dos refletores. Luz que estiveram sobre Felipe Drugovich na transmissão da Sky Sports durante boa parte da primeira metade do treino, com o brasileiro virando entre os 5 primeiros. Pedro Piquet também estava andando bem, estando boa parte do tempo entre os 10 primeiros até os carros da Prema, numa estratégia diferente, começarem suas voltas rápidas com a pista mais vazia.

 

Com ou sem luz natural, os pilotos e equipes – de uma forma geral – fizeram “o de sempre” em suas estratégias, com 2 stints e uma parada entre elas para ajustes e voltar na parte final para colocar o carro o mais a frente possível no grid nessa corrida no circuito externo, com pé no fundo e voltas na casa de 1m12s. Drugovich fechou essa primeira parte na P4, Piquet na P12 e Samaia na P21.

 

 Foi mais um final de semana onde Guilherme Samaia viveu dificuldades com o carro da Campos Racing.

 

Faltando 10 minutos para o fim do treino foram praticamente todos para a pista fazerem suas tentativas finais. Como diria Teo José, era “chegada a hora da verdade” no último treino do último final de semana do campeonato. Uma bandeira vermelha faltando 4 minutos para o final atrapalhou a vida de muita gente e transformou a volta à bandeira verde numa corrida desesperada. Nessa altura Drugovich era P5, Piquet P13 e Samaia P21.

 

Nessa altura a situação era a do “tudo pode acontecer”. 20 carros separados por 7 décimos de segundo e um pequeno erro tiraria o piloto da pole para o final do pelotão. Com a liberação da pista, virou corrida maluca contra o relógio e bastaria uma bandeira amarela em um dos setores para o sonho da pole virar pesadelo. Oo treino virou corrida e com freadas, rodas bloqueadas, toques, ia dar BO... e deu! Schumacher foi acertado pelo braço duro do Nissany, chamando outra bandeira vermelha e o treino acabou. Com Drugovich na P5, Piquet P13 e Samaia P21. Nas brigas pela Superlicença e pelo título, Tsunoda fez a Pole, Mazepin foi P2 e Shwartzman P4. Ilott foi o P9 e Schumacher apenas o P18.

 

 Pedro Piquet poderia ter uma melhor resultado não fosse a bandeira vermelha no final do treino.

 

Apesar de terem treinado sob a luz dos holofotes, a corrida seria disputada com a luz natural e isso acrescentaria o desafio da temperatura mais alta do asfalto e do ar, alterando o comportamento dos carros. O asfalto abrasivo, o elevado número de voltas e de carro com pé no fundo faria da estratégia de pneus algo fundamental e as opções foram extremas: pilotos largando com pneus macios e pilotos largando com pneus duros. Drugovich era o P5, Piquet o P13 e Samaia o P21. Só Samaia foi de pneus duros. Drugovich e Piquet estavam de macios.

 

Apagadas as luzes vermelhas para as 48 voltas, Drugovich largou bem, pulou para 4°, mas quando tentou passar Tsunoda, perdeu a posição para Markelov. Piquet largou muito bem, pulando para 10°. Samaia era o 22°. As voltas eram curtas e rápidas e na 9ª volta Drugovich superou Markelov e foi para 4°. Piquet continuava em 10° e Samaia, com um furo de pneu, era o 22° e tinha 1 volta de atraso.

 

 DRugovich recuperava a posição para Markelov e saia em busca dos 3 primeiros colocados na corrida.

 

Os 3 primeiros tinham uma boa vantagem para Drugovich, que estava a salvo do DRS de Markelov com 12 voltas começaríamos a ver quem gerenciaria melhor os pneus. Os pneus duros começavam a ser mais rápidos e Piquet caia para 11°. Na volta 14 o primeiro dos carros da frente, Daruvala, parou para trocar pneus. Na volta 15, veio Shwartzman. Na seguinte, o líder, Mazepin e na seguinte Tsunoda. Na volta 17, Drugovich era o líder e era hora de mostrar como gerenciar pneus para retardar a parada como na semana anterior. Piquet foi para os boxes e voltou na P17.

 

A vantagem para Zhou caiu de 2s e na volta 21 Drugovich foi para a parada, voltando em 11°, logo atrás de Tsunoda. Um bom trabalho da equipe MP e agora ele tinha pneus 5 a 6 voltas mais novos. Piquet era o 15° e Samaia continuava em 22°. Com as paradas seguintes, Drugovich subiu para 10° e Piquet para 14° na exata metade da corrida. Os 6 primeiros ainda não haviam parado em suas táticas de pneus duros. Samaia tinha 1 volta atrás de todo o grid naquele momento.

 

 Depois de uma boa largada, Pedro Piquet vinha em um ritmo consistente para chegar nos pontos e até ter a pole da corrida 2.

 

Na volta 27 Ticktum veio para os boxes. Na volta seguinte, Zhou e Ghiotto. Com isso Drugovich ia para 6° e Piquet para 11°. Faltavam parar Shummacher e Pourchaire. Na volta 30 vieram os dois e com isso Drugovich era o 4° novamente e Piquet o 8° na volta 32. Drugovich começava a se aproximar dos 3 primeiros enquanto Piquet segurava como podia sua pole no grid invertido.

 

Faltando 10 voltas para o fim, Drugovich colou na briga pela ponta enquanto Piquet era caçado por Schumacher. Enquanto Drugovich ganhava a P3, Piquet perdia a P8 para Schumacher. Lundgaard, com uma volta de atraso, se metia na disputa dos líderes atrapalhando o Brasileiro, mas depois de passar Tsunoda, ajudou o brasileiro. Enquanto isso, Piquet ia ficando longe na P9.

 

 Por muitas voltas Piquet conseguiu estar na P8, mas nas voltas finais foi superado por Schumacher e Ticktum, caindo à P10.


Faltando 6 voltas, os 3 primeiros estavam compactos na disputa pela vitória e a briga dos 4 primeiro ficou selvagem. Drugovich passou para 2°, mas levou um toque de Zhou e caiu para 4° novamente. Zhou já tinha uma punição de 5s da parada nos boxes e na volta seguinte, Drugovich superou Mazepin, mas eram só 2 voltas para alcançar Tsunoda. Piquet era superado por Ticktum e caia para 10°. Na volta 47 Mazepin recuperou a P3 e Mazepin jogou o brasileiro pra fora da pista.

 

A disputa permitiu Zhou abrir mais de 5s e segurar na pista a P2. Drugovich terminou em 4° e Piquet em 10°, fazendo mais um ponto. O incidente de Mazepin sobre Drugovich ficou para ser analisado após a corrida e também teve o ataque sobre Tsunoda. Mais de 3 horas após o fim da corrida, Nikita Mazpin foi punido com 5 segundos por cada uma de suas atitudes antidesportivas e caiu da P3 pra P9. Com isso Drugovich somou 15 pontos do 3° lugar.

 

 Masepin foi antidesportivo com Tsunoda e Drugovich. Tomou 2 punições de 5s. Drugovich subiu para P3, pas poderia ter pego a P2.

 

Depois das punições do sábado, lá estava Felipe Drugovich largando na 6ª posição para a corrida deste domingo. Todos com pneus duros para as 34 voltas. Pedro Piquet estava na P10 e Guilherme Samaia na P22. Apagadas as luzes vermelhas, para uma corrida com uma visão embaçada pela areia. Drugovich largou bem e manteve sua posição.  Pedro Piquet largou mal e caiu para 15° e Samaia continuou em 22°.

 

No final da primeira volta Zhou superou Drugovich que caiu para 7°, mas continuava colado no chinês. Piquet e Deletraz trocavam posições. Tinhamos um pelotão com os 3 primeiros e outro com os 4 seguintes, afastados do 8° colocado. O problema é que Drugovich não conseguia mais encostar em Zhou. A sorte é que a briga pela P8 mantinha o pelotão longe dele.

 

 A corrida 2 foi bem mais complexa em termos de estratégias do que a corrida 1 e o pelotão esteve sempre agrupado.

 

Daruvala, em 2°, estava segurando o ritmo e o pelotão do 1° ao 7° foi se compactando. Enquanto Tsunoda, o 8°, tentava encostar. Piquet ganhava posições lá no meio do pelotão grande e subia para 13° na 10ª volta. Na volta 12 tivemos um rápido virtual safaty car para retirada de um pedaço de carro na pista. Na reomada, Mazepin passou Tsunoda e a briga os mantinham longe de Drugovich. Menos de 4 segundos separavam os 7 primeiros. E Tsunoda voltava a ser o 8° na volta 14.

 

A briga acirrou-se entre o 3° e o 7°. Schumacher fritava pneus como se não houvesse amanhã e o ritmo lento do pelotão permitiu a chegada de Tsunoda, qye acabou superando o brasileiro. Na volta 20, Schumacher foi para os boxes e colocou pneus macios. Drugovich continuava em 7° com isso, mas o pelotão agora ia do 3° ao 10°. Piquet brigava com Ghiotto pela 11ª posição. Samaia era o 19° com as paradas nos boxes dos pilotos.

 

 Uma tentativa de ultrapassagem não concretizada podia resultar em perder uma ou mais posições. Foi uma loteria.


Faltando 10 voltas, no perde e ganha do pelotão do 3° ao 10°, Drugovich caiu para 8°, sendo atacado por Alesi, seu companheiro de equipe. Tentando passar Armstrong, Drugovich foi jogado pra fora da pista e caiu para 11° Piquet era o 12°. Samaia era o 18° enquanto Deletraz passava Piquet na volta 30.

 

Na volta seguinte, Schumacher passava Samaia enquanto Drugovich voltava pra briga nas voltas finais buscando alguns pontos. Armstrong tomou 5s de punição por sua manobra sobre Drugovich, que subia para 8° no final da corrida. Piquet foi o 12° e Samaia o 19°. Schumacher sagrou-se campeão da temporada, com Ilott em 2° e Tsunoda em 3°. Felipe Drugovich foi o 9°, com 121 pontos e 3 vitórias.

 

Fórmula Regional Europeia

Era chegada a hora da decisão. Apenas dois pontos separando Gianluca Petecof e Arthur Leclerc e 75 pontos em jogo na rodada tripla final em Vallelunga. Nas duas últimas etapas o brasileiro não foi bem nos treinos de classificação e precisou contar com uma trabalho duro nas corridas – e uma daquelas “sortes de campeão” – para chegar nesta etapa ainda líder do campeonato.

 

A primeira parte do treino, na manhã do sábado, contou com apenas 10 carros marcando tempo e Gianluca Petecof foi apenas o 5°, numa condição estranha devido a variação da condição de umidade da pista, tornando as diferenças pouco reais. Que se deu mal foi Arthur Leclerc, que não conseguiu estabelecer nenhuma volta rápida. Com isso o francês teria que largar apenas em 11°, à frente apenas de Andrea Cola, o que era ótimo para Petecof.

 

 Repetindo o que aconteceu nas últimas etapas, Gianluca Petecof ficou longe da pole em Vallelunga. E ainda teve a pista molhada.

 

A segunda parte do treino, como é feita logo em seguida, Leclerc continuou no prejuízo, mas Gianluca Petecof não conseguiu aproveitar completamente essa vantagem, ficando com o 4° tempo na sessão, mostrando que continuava com dificuldades para acertar seu carro, o que veio acontecendo nas últimas etapas do campeonato. Mesmo assim, tendo novamente Leclerc em 11° era uma boa vantagem na disputa pelo título e a culpa do francês estar onde estava era uma falha no seu motor (novamente a tal “sorte de campeão” para Petecof?).

 

A corrida 1 aconteceu no início da tarde deste mesmo sábado teve uma abertura de transmissão irada, com os três pilotos (sim, Rasmussen também tem chances de ser campeão, mas precisa de muita sorte para tirar os 34 pontos de desvantagem, mas ele conquistou a pole nos dois treinos e vem sendo o mais rápido dos pilotos da Prema nas últimas etapas. A pista estava úmida e todos no grid estavam com pneus de chuva por determinação do diretor de prova. Andrea Cola não veio para o grid e só 11 carros largaram.

 

 No começo da prova, ainda na primeira volta, Petecof superou Pasma para tomar a P3 e por mais pressão sobre seu oponente.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Petecof largou bem e ganhou a 4ª posição de Jamie Chadwick, indo pra cima de Patrick Pasma pela P3, conseguindo superar o finlandês antes de completada a primeira volta. Na frente, Dennis Hauger tomou a ponta de Rasmussen (bom para Petecof) e o melhor veio no enrosco de Leclerc, que já era o 8°, rodando e perdendo muito tempo.

 

Petecof estabeleceu uma diferença segura para Pasma e não atacava Rasmussen, tendo começado a procurar água para conservar seus pneus já na terceira volta uma vez que o “trilho” começava a se formar. Enquanto isso, Leclerc subia para 7° no final da volta 4. Com 1/3 de corrida, os 6 primeiros eram os mesmos embora Rasmussen atacasse duramente Hauger pela ponta e Pasma atacasse Chovet pela P4, que o havia superado na volta 6.

 

 Com uma tocada segura ao longo da corrida, Petecof foi se aproximando dos dois primeiros colocados, mas cum cuidado.

 

Chovet abandonou a corrida na volta 8, o que era bom para Leclerc, que subia uma posição e que tentava buscar a P5 andando rápido enquanto nas voltas finais, Pasma começou a se aproximar perigosamente do piloto brasileiro enquanto Leclerc estava a menos de 2s de Lappalainen. Gianluca Petecof vacilou na volta 12 e deu a chance para Pasma tomar a P3 de volta faltando 5 minutos de corrida.

 

Pasma cuidou bem de seus pneus e duas voltas depois superou Rasmussen enquanto Leclerc passava Lappalainen, e subia para 5°. Quem perdia rendimento era Rasmussen e Petecof precisava se aproveitar disso para conseguir retomar a P3 e aumentar a distância na pontuação para Leclerc, que no final da prova, subia de 2 para 4 pontos, o que era muito pouco. Na última volta ele tentou em 2 freadas, mas não conseguiu sair da P4.

 

 Na volta final ele ainda atacou Rasmussen buscando a P3, mas o dinamarquês defendeu bem a posição e garantiu o pódio.

 

Na manhã do domingo os pilotos da categoria europeia voltaram à pista para encarar s segunda corrida da rodada tripla decisiva para o campeonato. Gianluca Petecof largando na 4ª posição e com Arthur Leclerc em 12°. A chuva pesada atrasou a largada e com isso toda a programação do dia estava comprometida. Depois de 40 minutos, a direção de prova deu a corrida como suspensa e uma hora depois como cancelada, o que ajudava o brasileiro.

 

A chuva parou para termos a corrida 3 na hora da programação. A largada foi dada atrás do safety car com Gianluca Petecof largando na 6ª posição e Arthur Leclerc na 11ª. O relógio corria a favor do brasileiro e contra o francês nos primeiros minutos de corrida com Petecof tendo 4 pontos de vantagem no campeonato. Caso não haja a corrida 2 (e não haveria), esta seria a corrida decisiva do campeonato.

 

 A corrida 3 (a 2 foi cancelada) teve algumas intervenções do safety car e isso ajudava Petecof que estava à frente de Leclerc.

 

O carro de segurança saiu com 22 munutos de corrida para serem disputados. Com a bandeira verde Petecof foi cauteloso e segurou sua posição enquanto Leclerc atacava. Petecof avançou para P5 deixando Lappalainen para trás enquanto o francês já era o 8°. Petecof precisava ter o cuidado com as condições de pista e manter um olho no retrovisor com o avanço de seu adversário.

 

Sob pressão, Leclerc errou sozinho (e esta não foi a primeira falha do tipo cometida pelo francês), rodou e atolou na brita, abandonando a corrida. O Safety car veio pra pista enquanto Leclerc jogava longe o volante e esmurrava o halo de seu carro. Logo Petecof recebeu a informação pelo rádio e a não volta de Leclerc garantia o título para o brasileiro.

 

 Quando precisou, o brasileiro atacou e fez ultrapassagens. Com o francês fora da prova, controlou a situação e foi pra bandeirada.

 

O safety car saiu depois de 3 voltas e com a bandeira verde, Petacof largou bem e de forma segura, segurando sua posição nas primeiras curvas quando faltavam 13 minutos de corrida, mas foi para o ataque sobre Patrick Pasma e passou o finlandês antes de completar a volta. Seria o plano do campeão ir para o pódio e comemorar lá o seu título?

 

Na verdade, ele iria ao pódio de toda forma uma vez que, além do título no geral, Petecof também venceu o campeonato dos novatos... sobre Leclerc! Petecof não mostrava estar preocupado com uma aproximação à Pasma e nem mesmo com a aproximação de Lappalainen nos minutos finais. Na Frente, Rasmussen e Hauger brigavam pela ponta, enquanto isso, Petecof não parecia disposto a brigar por algo que não faria diferença e terminou em 5°, com o carro inteiro e as 4 rodas entre as duas linhas brancas.

 

  Nas últimas voltas, com o título garantido, não se preocupou com a posição final. Levou o carro "pra casa" e extravasou!  

Na chegada nos boxes, o piloto brasileiro não segurou a emoção, gritou, bateu no peito, abraçou a equipe, agradeceu a Deus e pegou uma bandeira brasileira na melhor tradição dos nossos maiores campeões (Fittipaldi, Piquet e Senna)

 

Em 2021 a categoria vai mudar de “patrocinador”. Quem vai assumir a categoria é a francesa Renault, que vai equipar os carros com um motor aspirado com a marca esportiva da montadora, a Alpine. Esse pode ser o próximo passo de Caio Collet caso ele não consiga uma equipe competitiva na F3. Mas agora era hora de comemorar e mesmo não indo ao pódio, o título da categoria é nosso. É brasileiro!

 

  Depois de fazer questão de levantar a bandeira do Brasil, Petecof teve seu momento de refletir como foi dura essa conquista. 

O campeonato terminou com Petecof (campeão) totalizando 359. pontos. Leclerc ficou com o vice (343 pontos) empatado com Rasmussen, mas com mais vitórias que o dinamarquês. Com o sobrenome e o apoio da Ferrari, Leclerc vai dar o passo seguinte, indo para o FIA F3 em 2021. Por mérito, Petecof merece ir também, mas tem dois problemas nesse processo: a posição da Ferrari em colocar o brasileiro na Prema e ele ter um aporte financeiro pra fechar a conta. A “promessa” da Ferrari no início da temporada era colocar o campeão (se fosse um de seus pilotos) na equipe Prema na F3. Vamos ver se a promessa será cumprida.

 

Fórmula 4 Italiana

Na mesma pista de Vallelunga, logo após o treino da Fórmula Regional Europeia o grid gigante da categoria italiana foi para pista com 33 inscritos para duas baterias de 20 minutos de treinos, cada uma separada da outra para formação dos grids das três corridas deste último final de semana do ano. Onde Gabriel Bortoleto vai buscar mais pontos, mais corridas com grande performance.

 

 No primeiro treino livre as condições meteorológicas ainda estavam boas. no sábado e no domingo, foi chuva todo o tempo.

 

No treino 1 o brasileiro ficou com o 13° melhor tempo, mas no segundo, o brasileiro deu um verdadeiro show e cravou a pole position com as condições de pista mais adversas e enfiou 822 milésimos de segundo no campeão da temporada e seu colega de equipe Prema, Gabriele Mini. O grid da terceira corrida também é definido nesse treino então serão duas poles nas corridas do domingo.

 

A pista estava visivelmente mais seca na hora da corrida dos carros da F4 depois de termos tido duas corridas anteriores a dos jovens pilotos da categoria, mas ainda havia água em alguns pontos, e isso não foi o suficiente para o diretor de prova classificar a corrida como “wet race” e, com isso, alguns partiram para a pista, mesmo ela continuando, com pneus de chuva, mas a maioria optou pelos slicks.

 

 Saindo do meio do pelotão, Gabriel Bortoleo fez uma grande largada e avanõu rápido para o grupo da frente na corrida.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto deu aquela famosa “largada de dragster” e foi engolindo quem podia à sua frente no grid, ganhando várias posições, passando na primeira volta na P9. Não demorou muito para termos o safety car na pista com um dos competidores (Vitorio Catino) atolado em uma das caixas de brita. Bortoleto já era o 7° colocado e vinha num ritmo alucinante para a corrida.

 

Três voltas depois tivemos a relargada e Bortoleto relargou muito bem, indo para o ataque numa disputa que foi do 4° ao 7° colocado e o brasileiro negociou bem as ultrapassagens, subindo para 5°, mas na volta seguinte, superou Leonardo Fornaroli e assumiu a P4. O problema é que os 3 primeiros abriram uma boa vantagem, com o P3 2 segundos à frente. Mas Nicolas Baptiste foi para a brita na volta 6 e isso trouxe o safety car de volta. Isso agrupou o pelotão na metade da corrida.

 

 O Safety Car entrou várias vezes durante a corrida e atrapalhou o progresso de Bortoleto para chegar à vitória.

 

Três voltas depois tivemos a bandeira verde e na relargada Gabriel Bortoleto fez uma aproximação equivocada na curva que antecedeu a reta e foi superado por Beganovic, tendo que lutar muito para recuperar a posição nas curvas seguintes e envolvido em outra briga do 4° ao 7°. Isso ajudou os 3 primeiros a fugirem novamente. A disputa não durou muito com Jack Crawford tendo rodado enquanto atacava Bortoleto. Safety car na pista novamente.

 

A bandeira verde demorou demais e não veio para termos pelo menos 1 volta (que seria sinistro, com os moleques partindo para o tudo ou nada). Assim Gabriel Bortoleto terminou na 4ª posição somando ótimos 12 pontos para sua colocação no campeonato.

 

 No final, uma P4 pra quem largou na P15 pode ser considerado um ótimo resultado nas condições que se viu na corrida.

 

Na manhã de domingo os competidores voltaram para a pista e desta vez o brasileiro Gabriel Bortoleto estaria largando na pole position. A chuva pesada que caiu desde a madrugada em Vallelunga comprometeu toda a programação de eventos do domingo. A corrida 2 da Fórmula Regional foi suspensa e, consequentemente, a da F4 também foi.

 

Para a corrida 3 da F4 italiana, uma vez que a corrida 2 também foi cancelada, tivemos o grid formado poucos minutos depois do final da Formula Regional Europeia. A chuva voltou a cair mais forte e, no grid, lá na pole position, estava Gabriel Bortoleto, que também seria o pole na corrida 2, em uma condição de pista que ele se mostrou muito confortável nas corridas com pista molhada nesta temporada.

 

 No domingo, seriam duas largadas na pole. Ficou apenas 1, mas foi uma grande forma de fechar o ano, mesmo com tanta água. 

A direção de prova, sabiamente, determinou a largada atrás do safety car como foi na corrida da Fórmula Regional Europeia. Assim, o cronômetro disparou para os 30 minutos +1 volta. Se na ida para o alinhamento já teve gente indo pra brita, imaginem o que esperava-se pra corrida. A chuva virou toró na primeira volta e a direção de prova acionou a bandeira vermelha, com os carros voltando para o pit lane.

 

20 minutos depois o medical car foi pra pista, depois que o totó voltou a ser chuvisco para dar uma checada na condição de pista e ver se tinha como por a molecada pra correr e não terminar o campeonato no anticlímax “modo hard” de uma bandeira vermelha. Gabriel Bortoleto estava focado no carro enquanto outros pilotos da Prema estavam “de boa” no Box da equipe. Sebastian Montoya fazendo dancinhas para as câmeras pra quebrar o gelo.

 

  Foco! Esse é Gabriel Bortoleto. Ele aguardava no carro enquanto os companheiros de equipe estavam no box da Prema. 

Depois de quase 50 minutos de espera os carros foram para pista atrás do safety car. Mesmo em baixa velocidade, teve gente passeando na grama. Os pilotos voltaram para suas posições de grid para começar todo o processo de largada, mas certamente seria atrás do safety car como foi na primeira tentativa. Menos de 10 minutos depois a corrida foi retomada com o cronômetro na regressiva, com pouco mais de 25 minutos (ou seja, o tempo anterior contou no tempo de corrida).

 

Em alguns pontos a pista não estava tão ruim, mas em outros tinha água pra se colocar um Jet ski! Depois de 3 voltas o safety car deixou a pista e tivemos ação de verdade. Gabriel Bortoleto largou muito bem e deixou a briga pela P2 sendo uma coisa a seu favor para abrir vantagem nas primeiras curvas. O ritmo era bem lento e ponderado por parte dos pilotos. Incrível nada ter “acontecido” na primeira volta.

 

 A relargada aconteceu quase uma hora depois e tivemos o safety car na pista algumas vezes novamente.

 

Na segunda volta Jonny Edgard tompo a P2 e foi pra cima de Bortoleto num bom ritmo. Na segunda volta tivemos rodadas e alguns “passeios” fora da pista, mas nada que colocasse o safety car na pista. Na volta 3 o inglês superou Bortoleto e tomou a ponta. Apesar de perder a ponta, o brasileiro continuava perto e a vantagem para o 3° colocado era de mais de 3s. Os dois primeiros faziam a diferença na pista.

 

Não demorou para termos gente na brita e foi Francesco Pizzi. Isso colocou o safety car de volta na pista faltando 9 minutos para o final da prova e agrupando o pelotão. O resgate foi rápido e teríamos muita ação. Bortoleto largou mal e caiu para 4°, mas continuou numa briga onde do 2° ao 5° ninguém era de ninguém e lógico que teríamos toques. Bortoleto se deu bem e assumiu a P3 enquanto Mini rodava. Apesar de termos carros na brita, pedaços de carro na pista, carro na barreira de pneus, nada de safety car no final da competição. O diretor de prova mandou logo uma bandeira vermelha e acabou com a brincadeira.

 

 Na pista Bortoleto conquistou o pódio, mas o regulamento é o regulamento e com a corrida terminando em bandeira vermelha...

 

Dobradinha da Red Bull com Jonny Edgar e Jack Crawford em segundo. Gabriel Bortoleto seria o 3° foi o resultado de pista, mas a bandeira vermelha colocou como resultado a colocação da volta anterior, numa patriotada do diretor de prova para colocar o campeão italiano no pódio e o brasileiro ficando em 4°. Foi uma boa estreia de Gabriel Bortoleto no automobilismo internacional (terminou o campeonato em 5°, com 157 pontos, uma vitória e algumas belas corridas) e, certamente, continuando na Prema, será um dos grandes nomes para a temporada de 2021.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando três categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional e um título para comemorar. Agora, que não temos mais corridas todos os finais de semana, vou respirar um pouco e voltaremos, eventualmente, com a nossa “silly season” e o que vai acontecer com nossos jovens pilotos para 2021. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

  
Last Updated ( Monday, 07 December 2020 17:38 )