E aê Galera... agora é comigo! Dentro calendário divulgado depois da venda da VICAR para sabe-se lá quem, tivemos a primeira mostra do que nada – pelo menos aos olhos de quem viu na TV – mudou no circo da Stock Car com as corridas em Londrina neste último final de semana. Nos treinos os carros da Toyota continuaram andando mais rápido e não apenas por ter grandes pilotos ao volante de seus carros. Quem pode questionar a capacidade de Daniel Serra, Ricardo Maurício, Gabriel Casagrande, Allam Khodair, Átila Abreu e outros pilotos que estão ao volante de carros da GM? O circuito em forma de salsicha (fui informado que no Paraná chamam salsicha de vina) é estreito e curto, um prato cheio para os pilotos que quando colocam o capacete e restringem seu bom senso passarem da conta e fazerem o que não devem. Foi isso que aconteceu com Thiago Camilo logo no início da corrida 1, entregando a liderança para Gabriel Casagrande e o piloto paranaense, de Cruze, só não venceu a corrida por causa da estratégia adotada por Rafael Suzuki, que sacrificou a segunda corrida para conquistar sua primeira vitória na categoria. A Stock Car deu seguimento ao seu campeonato, agora sob nova propriedade, em Londrina. (Foto: VICAR) Na segunda corrida, Julio Campos, no melhor estilo “piloto sem cabeça”, não teve sucesso em passar Ricardo Mauricio e ainda estragou sua corrida e a de Allam Khodair ao tentar ocupar o mesmo espaço no mesmo instante de tempo. A advertência da direção de provas (na verdade dos “comissácos”) saiu barato se formos considerar o “padrão Stock” (na NASCAR seria “coisa de corrida”). Com a abertura das paradas obrigatórias, o pit lane estreito da salsicha do norte paranaense ficou pequeno e se dessa vez não teve “churrasco” com vapor de combustível, sobrou uma “pneuzada” no coitado do Meinha depois que alguém acertou um pneu parado nas trocas e este voou na direção dos boxes da equipe Eurofarma. Felizmente, foi mais o susto, que ainda foi “anestesiado” pelo bom trabalho da equipe que deu a chance de Ricardo Maurício ir pra cima de Rubens Barrichello, tomar a ponta e levar o Cruze a conquistar sua primeira vitória, agora com a aplicação de dois “puxadinhos” (pacotes aerodinâmicos) recebidos. O campeonato ainda tem mais Corollas do que Cruzes (4x1) no top5 e Rubens Barrichello saiu de Londrina na liderança do campeonato, apostando na sua estratégia de equilibrar as corridas para ter a maior pontuação do final de semana, mas também contou com um mau final de semana de Ricardo Zonta, agora vice-líder. Ricardo Maurício, Cesar Ramos e Nelsinho Piquet fecham os 5 primeiros, mas ainda tem muito campeonato pela frente. Na Stock Light, o grid é pequeno, mas as disputas são grandes e a pista pode até ser estreita. (Foto: VICAR) Nas preliminares, a Stock Light teve dupla vitória de Pietro Rimbano, que na primeira corrida, largando da primeira fila, tomou a ponta do pole Gabriel Robe no início da prova e no final segurou a pressão de Raphael Reis – que saiu de Londrina líder do campeonato – para vencer no sábado. Mas foi no domingo, largando em décimo por conta do grid invertido, que Rimbano mostrou que era o cara do final de semana. Um por um passou os adversários e deixou o pessoal dos boxes da KTF de cabelo em pé com a disputa pela ponta contra Felipe Baptista. Ganhou a disputa, deixou o carro do colega inteiro e garantiu a dobradinha da equipe. A HB20 também foi pra Londrina (como é que coube tanto carro nos boxes só deve ter sido possível pela falta de público, por conta dos procedimentos da pandemia) e garantiu duas boas corridas e uma polêmica. Edgar Favarin, pela categoria Pro, e Keka Teixeira, pela Super, levaram a melhor sobre os rivais na escaldante tarde de sábado, com os termômetros batendo 35 graus na sombra. Como de costume, numa categoria com carro iguais, as disputas foram intensas, como na briga pela ponta entre Edgar Favarin e o pole, Alberto Cattucci, no início da corrida. O atual campeão da categoria, Raphael Abbate, terminou em terceiro, com Thiago Riberi e Christiano Bornemann completando o pódio da divisão principal. Na Super, a vitória ficou nas mãos de Keka Teixeira, 18º no geral, com Rômulo Molinari em 2° e Alexandre Canassa em terceiro. Marcus Indio e Rafa Maeda completaram o pódio. A HB20, que normalmente corre com a Copa Truck, também foi para Londrina (foto: Copa Shell HB20) A polêmica veio no domingo, quando um dos favoritos ao título deste ano na Pro, André Bragantini, com um problema no carro que o tirou do grid e o faria largar dos boxes, abriu mão de correr a prova para poupar pneus para a etapa seguinte (nada impede isso no regulamento, mas isso deu muito o que falar na transmissão do sempre bons Luc Monteiro e Pedro Pimenta). Deixando tudo isso de lado, Edgar Favarin, mesmo com lastro, venceu novamente, deixando o líder do campeonato, Diego Ramos, em segundo e Luciano Viscardi em 3°. Bruno Testa e Raphael Abate completaram o pódio da Pro. Na Super, Antônio Junqueira foi o vencedor, seguido de Keka Teixeira e Raphael Reis. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Nesse final de semana em Londrina a gente ouviu “conversa de narrador” (que é como “conversa de pescador”, com aquelas coisas que ninguém acredita mas não fala pra não perder o amigo). Tanto no sábado como no domingo, colocaram a culpa no calor para justificar os problemas de transmissão das corridas. Se fosse assim a gente não teria televisão em Palmas-TO. - Com o atraso pelas lambanças na F1, todo mundo esperava que fossem adiar a largada da Stock Car, mas não fizeram isso. Pior, com uma importante disputa de pênaltis do Xurupita x Galo Morto, quando apareceu imagens da corrida, já estávamos na volta 4... mas colocaram culpa no calor, no sol, etc. E a F1? ao contrário do que já fizeram no passado, não esperaram o fim da F1 pra dar a largada. Foi um olho no computador, outro na TV! - Eu comecei a rir nos treinos, quando Will Robinson, o narrador, parecia não saber que os Corolla eram produzidos pela Toyota. Precisou Dr. Smith, nos comentários, dar uma muleta pra ele. Dá pra imaginar a situação? Dr. Smith ajudando... - Pra tentar equilibrar a disputa, rolou “puxadinho” 1 e 2 nos Cruze. Além do prolongamento no assoalho na frente e a mudança no gurney atrás, permitiram que os carros da Chevrolet ficassem 7mm mais baixo. Melhorou. Vamos ver em Cascavel como vai ficar. - Nuestro hermano, Mathias Rossi está precisando urgentemente de um amolador de facas para ver se acerta o corte do churrasco. Depois de abandonar na primeira corrida, na segunda, com tanque cheio e pneus mais novos, não conseguiu ir além da 12ª posição. - Na largada da Light no sábado, teve um blackout no autódromo, que a divindade egípcia, Osires, narrador da corrida, e o assessor comentarista disseram ter sido culpa do calor... se fosse assim, Palmas-TO viveria à luz de velas! - Por falar na Light, meu piloto, o Zezinho, não conseguiu repetir o feito de Interlagos... mas não tem problema. A torcida continua #acelerazezinho #tamojunto - Mas a melhor da semana aconteceu em Interlagos, quando o narrador do Mercedes Challenge falou – mais de uma vez – no uso do “pedal do meio” pelos pilotos. Os carros tem câmbio automático... só tem dois pedais!!! Depois os coleguinhas vem reclamar comigo. - Nhônho, vou te dar uma folga nessa semana... o texto já tá muito grande. - A Stock divulgou seu calendário para 2020 depois da venda. E a Copa Truck, que tem como promotor a empresa do diretor da Stock? Se uma consegue fazer isso, porque a outra não consegue? Vanda com V, ajuda a gente aí... - Mas a “pílula da semana” vai para o reluzente presidente, o Vincent Price do bairro da Glória no Rio de Janeiro, que emitiu nota oficial no site da CBA pedindo que tenhamos público nos autódromos... depois reclama das críticas. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar |