Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Velocidade marca o surdo, esquenta os tamborins, repiques e invade a avenida da reta dos boxes para o desfile de carnaval com o que de melhor aconteceu nas categorias de base que correram neste período intertemporadas nos EUA e Europa. Terminamos o mês com motivos para comemorar – e muito – como vocês vão ler a seguir, com os nossos jovens pilotos mostrando seu talento, conquistando vitórias, títulos e atingindo objetivos traçados para alavancar suas carreiras em busca das categorias top no mundo. Comecemos pelo terceiro final de semana de competição no Toyota Racing Series, que aconteceu no circuito de Hampton Downs. O circuito de 2630 metros tem um trecho de velocidade e um misto bem complicado. Os brasileiros continuaram mostrando entre os mais rápidos e no treino classificatório conquistaram a 2ª fila, sendo Igor fraga o dono do 3° tempo e Caio Collet o 4°. O problema continua sendo o piloto da casa. Lian Lawson ficou com o 2° tempo. Entre o 1° e o 18° foram menos de 8 décimos! Caio Collet na primeira corrida em Hampton Downs. Apagadas as luzes vermelhas, Os brasileiros largaram muito bem, com Igor Fraga pulando para a ponta e Caio Collet para terceiro, com o pole, Petr Ptacek, entre eles e Liam Lawson largando mal, caindo pra 5°. Uma batida no fundo do pelotão provocou a entrada do safety car logo de cara. Duas voltas de carro de segurança e tivemos a relargada. Os brasileiros largaram bem, com Fraga conseguindo abrir nas primeiras curvas. Collet veio em terceiro, brigando pelo 2° lugar, mas não demorou a ser atacado por Liam Lawson... que o passou duas voltas depois. Fraga foi abrindo e Collet não conseguia acompanhar Lawson nas voltas seguintes. 3 voltas depois o neozelandês passou para segundo. Parece que só ele sabe como e onde ultrapassar nos circuitos de seu país. Na metade final da prova não tivemos mudanças de posição. Vitória de Igor Fraga, com Petr Ptacek em 2°, Lian Lawson em 3°. Caio Collet foi o 4°. Felipe Fraga na corrida 1 em Hampton Downs conquistou uma importante vitória na luta pelo título. A corrida 2, na manhã de domingo, com o grid definido pela inversão dos 6 primeiros na corrida do sábado, podem proporcionar alguma diversão para pilotos e espectadores. Segundo os comentaristas da Sky Sports, é o circuito que mais chances propicia para ultrapassagens, mas na corrida 1, o homem das ultrapassagens foi Liam Lawson, que conhece todos os atalhos destes 5 circuitos. No grid, Caio Collet largava em 3° e Igor Fraga em 6°. Dada a largada, os brasileiros não foram tão bem. Caio Collet largou mal, foi ultrapassado por Liam Lawson, forçou na primeira curva e levou um toque qie o jogou para o fundo do pelotão. Igor Fraga evitou confusões, inicialmente caiu pra 7°, mas com os problemas a sua frente subiu para 5° e começou uma luta dura contra Yuki Tsunoda. Caio Collet veio em uma recuperação feroz e em 3 voltas já estava em 10°. Caio Collet na segunda corrida em Hampton Downs precisou fazer uma corrida de recuperação para ser o 7°. Faltando 10 voltas, metade da corrida, Collet já era o 8° enquanto Fraga perdia contato com os 5 primeiros e estava sob ataque de Gregorie Saucy. Mas em uma forçada de ultrapassagem que jogou Alex Gnos para uma das caixas de brita e colocou o safety car na pista, uma nova chance para todos acabaria sendo dada. O serviço de retirada tomou 3 voltas da corrida. Retomada a corrida, que perdeu mais uma volta para deixar Ido Cohen torar a volta de atraso, Lawson achou um caminho pra pular pra 2° e Caio Collet também ganhou uma posição, indo para 7°. Tsunoda, em 4°, defendia e bloqueava o caminho de forma dura, mas correta e isso afastou a disputa entre o 4° e o 7° dos 3 primeiros e assim, Franco Colapinto, venceu de ponta a ponta, com Igor Fraga em 5° e Caio Collet, numa grande recuperação, em 7°. Mesmo sendo apenas 5° na corrida 2, Igor Fraga continuava na briga. Quatro horas depois veio a corrida 3, na tarde e com o grid definido pela segunda qualificação, Igor Fraga foi insuperável e cravou a pole position, mas teria Lian Lawson ao seu lado. Caio Collet consegui apenas a 5ª posição. Mesmo se recuperando em relação a problemática primeira rodada tripla, o piloto do programa da Renault ainda estava longe de poder brigar pelo campeonato. Apagada as luzes vermelhas, Igor fraga largou muito bem e pulou na Ponta. Lian Lawson patinou e perdeu o 2° lugar. Caio Collet largou muito bem, chegou a brigar com Lawson pelo 3° lugar, mas perdeu uma posição após a disputa para Tsunoda, caindo para 5°. Na segunda volta, Lawson passou Saucy e tomou a segunda posição, mas Fraga já havia aberto uma pequena vantagem. Caio Collet fez da terceira corrida em Hampton Downs seu melhor resultado com um 4° lugar. A direção de prova foi excessivamente cuidadosa e colocou o safety car na pista na 3ª volta quando o carro de Emilien Denner parou em uma área de escape asfaltada e numa posição que “colocar os outros em risco” foi algo nada parecido com as entradas nas outras provas da rodada tripla. Isso acabou dando a oportunidade para Lawson, o “piloto da casa”, encostar em Fraga. Tanto que o carro de segurança ficou só uma volta na pista. Retomada a corrida, Lawson atacou forte, mas Igor Fraga foi fantástico e segurou a liderança. Caio Collet manteve seu 5° lugar. As voltas seguintes foram de um ataque pesado de Lawson sobre Igor Fraga. Duas voltas depois, Lawson perdeu rendimento e começou a cair na saída de uma curva do miolo foi acertado pelo piloto americano Luke Kohlbecker. o carro de segurança foi acionado novamente e, dessa vez, com dois carros na caixa de brita, o trabalho iria demorar. Com o acidente, Caio Collet subiu para 4°. Com segurança e velocidade Igor Fraga venceu a corrida 3 em Hampton Down e assumiu a liderança do TRS. A bandeira verde foi acionada quando faltavam 8 voltas para o final. Fraga largou bem, Caio Collet manteve o 4° lugar, mas no meio da fila para largar 4 carros bateram uns nos outros e o safety car foi acionado mais uma vez. Foram mais A corrida foi retomada faltando 2 voltas para o fim e os primeiros mantiveram suas posições. Igor Fraga conquistou a segunda vitória do final de semana e assumiu a liderança do campeonato. Caio Collet foi o 4° colocado. Na quarta rodada tripla, em Pukekohe tivemos pela primeira vez um céu não tão azul como nos últimos final de semana, mas sem chuvas. No treino qualificatório, Igor Fraga conseguiu o 2° melhor tempo, atrás do piloto da casa, Liam Lawson. Caio Collet ficou com a 5ª posição e voltamos a ter uma pista com um maior grau de dificuldade para ultrapassagens e a largada seria fundamental. A vida em Pukekohe não foi fácil para Îgor Fragam nas na primeira corrida ele arrancou um 2° lugar importante. Apagadas as luzes vermelhas, Igor Fraga largou melhor, pulou na ponta, mas ainda no meio da volta Liam Lawson recuperou a ponta e em um toque com Fraga, o brasileiro caiu para 3°, atrás de Tsunoda. Caio Collet perdeu uma posição na largada, mas na seguna volta tinha voltado para o 5° lugar. Igor Fraga passou a atacar Yuki Tsunoda para tentar o 2° lugar. Na 6ª volta, Emillien Denner errou e foi bater em um ponto que forçou a entrada do safety car. Dessa vez os comissários e o diretor de prova radicalizaram com uma bandeira vermelha que normalmente não seria acionada, mas a alegação era o tempo para checar a barreira de pneus, mas isso não parecia ser necessário. Em todo caso, com os carros parados na pista, os mecânicos foram para os carros. O tempo parado teria tomado 2, no máximo 3 voltas, mas... na boa, pra mim foi para favorecer o Lawson. Caio Collet lutou muito na primeira corrida em Pukekohe para andar entre os primeiros. Na relargada, Tsunoda vacilou e Lawson fugiu. Fraga colou no japonês e tentou a ultrapassagem no ponto onde foi ultrapassado, mas tomou o “X” e quase perdeu o 3° lugar. Caio Collet manteve a 5ª posição. Faltando 9 voltas para o final Caio Collet errou sozinho no “S” e bateu forte na barreira de pneus, acionando novamente o safety car. Desta vez não pararam a prova e os carros rodaram por 5 longas voltas. Na relargada, Lawson largou bem novamente e Fraga foi para o ataque, mas não conseguiu passar Tsunoda. Assim eles terminaram e fecharam o pódio. A surpresa veio depois, com uma punição aplicada a Yuki Tsunoda por procedimento na relargada o que o jogou para 4°. Bom para Fraga, que foi para 2°. Porém, um erro pessoal o fez rodar e bater na barreira de pneus. Estragar a corrida e a posição de largada na corrida 2. Na corrida 2, disputada na manhã do domingo, com o grid definido pela inversão dos 6 primeiros, Igor Fraga largaria na 4ª posição, exatamente à frente de Liam Lawson. O prejuízo ficou inteiro para Caio Collet, que teria que largar apenas em 17º, na última fila e tendo a difícil missão de tentar fazer pontos. A punição de Tsunoda foi até o grid da corrida 2, colocando como último dos 6 do grid invertido. Dada a largada, inicoalmente Fraga largou bem, mas negociou mal as curvas seguintes e caiu para 7°, mas na segunda volta ele já estava em 5°. Caio Collet conseguiu largar sem complicações e começou a escalar o pelotão, e aparecia na 13ª posição no final da 1ª volta. Enquanto Colapinto segurava Lawson fora do pódio, Caio Collet chegava a 12°, mas estava longe de pensar nos 6 primeiros, já bem distantes no meio da prova. Na corrida 3 em Pukekohe Caio Collet mostrou seu talento e fez uma grande corrida de recuperação. O que protegia os 5 primeiros era a briga pela 6ª posição e isso dava a Igor Fraga algum sossego na perseguição a Liam Lawson, mas não parecia que o brasileiro tinha carro para passar o piloto da casa. O ritmo mais lento de Colapinto fez com que 6º, 7° e 8° se juntassem a disputa (Saucy, Tsunoda e Cohen), mas nada mudou até a bandeirada e a vitória de Jackson Walls. Igor Fraga foi o 5° e Caio Collet o 14°. A largada da corrida 3 aconteceria menos de 4 horas desde o final da corrida 2, na tarde do domingo. Enquanto teríamos novamente na primeira fila Liam Lawson e Igor Fraga, Caio Collet parecia não estar com o carro perfeito depois da pancada na corrida 1 e ficou com uma surpreendente ruim 11ª posição. Como parece que apenas Liam Lawson sabe como fazer ultrapassagens nos circuitos de seu país, isso é um complicador. Igor precisava largar ainda melhor do que na corrida 1. Vendo Lawson forte em Pukekohe Igor Fraga jogou duro na corrida 3 e dividiu as primeiras curvas com o neozelandês. Apagadas as luzes vermelhas Igor Fraga largou bem e veio lado a lado com Liam Lawson, mas na saída do “S” ele foi tocado na traseira por Gregorie Saucy e tirado da pista, caindo para o final do pelotão. Caio Collet fez uma grande largada e uma primeira volta soberba, assumindo a 7ª posição. Na segunda volta, com o carro 88 do Lucas Petersson perdendo a asa dianteira em um toque e deixando detritos na pista levou o safety car a ser acionado, que juntou o pelotão, com Fraga no seu final. O problema foi ser tocado por Tsunoda e cair para último. Ainda assim, Fraga fez uma recuperação que seria vital. Na 6ª volta a corrida foi retomada e Lawson largou muito bem, evitando ataques. Caio Collet e Igor Fraga mantiveram suas posições. Saucy perdeu o bico, que deve ter caído por efeito do toque em Fraga. Enquanto isso, Igor Fraga tentava reduzir o prejuízo. Faltando 10 voltas para o fim ele já era o 10° e seguia no ataque. Ele foi até onde era possível, terminando em 8°, logo atrás de Caio Collet. O Toyota Racing Series seguiu para Manfield com o campeonato em aberto e Igor Fraga a 8 pontos do piloto da casa, Liam Lawson, mas na qualificação da corrida 1 os dois concorrentes foram surpreendidos por Franco Colapinto. Igor Fraga teve que se contentar com o 2º lugar e viu o adversário direto ficar em 4°. Caio Collet, tentando se recuperar, ficou com o 6° tempo. Caio Collet foi um dos mais rápidos no final de semana em Manfield, último final de semana do TRS 2020. Dada a largada, Colapinto vacilou e segurou toda a fila atrás dele. Igor Fraga pulou na ponta, com Lawson em 2°. Caio Collet tomou a 5ª posição, mas já passou para 4° no completar da 1ª volta. Igor Fraga foi abrindo vantagem até que na 4ª volta um acidente entre Henning Enqvist e Emiluen Denner colocou o safety car na pista. Considerando a demora na remoção dos carros e checagem da barreira de pneus, a direção de prova acionou a bandeira vermelha. Foram mais de 15 minutos de paralisação até os carros começarem a se mover novamente. O carro de segurança fez 2 voltas até termos bandeira verde. Fraga relargou bem e Caio Collet manteve o 4° lugar e Lawson partia pra cima buscando a liderança, mas o mineirinho controlou a situação e abriu uma pequena vantagem e foi ampliando com Colapinto atacando Lawson. Collet era atacado por Saucy. Até o final, o top 5 continuou o mesmo e com isso Igor Fraga colou em Lawson na disputa do título. Igor Fraga esteve soberbo em Manfield. Ele tinha 8 pontos para descontar na disputa do campeonato e venceu a corrida 1. A corrida 2, na manhã do domingo teve o grid da segunda corrida, invertendo as oito primeiras posições, colocou na terceira fila os dois competidores pelo título, Lian Lawson, o piloto da casa, e Igor Fraga. Largando exatamente à frente de Lawson, na terceira fila, estava Caio Collet. Inverter 8 carros ao invés de 6 pode evitar que, em caso de terminar à frente, Lawson consiga abrir muitos pontos, apesar de que, ele acha pontos de ultrapassagem nos circuitos de seu país que outros não conseguem. Dada a largada, Fraga e Lawson tocaram rodas algumas vezes, com o brasileiro mudando da linha externa para a interna e no final da primeira volta Fraga era o 6° e Lawson o 7°. Caio Collet também largou muito bem e assumiu a 4ª posição. Nas primeiras das 15 voltas da prova todos estavam juntos. Na terceira volta, Colapinto passou Collet enquanto Fraga segurava Lawson como podia. Caio Collet teve a chance de chegar ao pódio na corrida 2 de Manfield, mas não conseguiu segurar Fraga e Lawson. Na volta 7 Fraga e Lawson passaram Collet depois que o piloto da Renault errou na tentativa de passar Lucas Petersson. Na volta seguinte, Fraga passou o sueco e colocou-o entre ele e Lawson, mas foi só por meia volta e Collet veio junto. Fraga, em 4°, escapou um pouco dos ataques de Lawson enquanto Collet atacava o piloto da casa. Nas voltas finais, apenas Colapinto avançou e a briga pelo título ficou ainda mais emocionante: quem chegar à frente na corrida 3 entre Fraga e Lawson iria conquistar o título. A diferença entre eles caiu para 2 pontos. A qualificação para a corrida 3, que largou 4 horas após o fim da corrida 2, foi excelente para Igor Fraga e para o Brasil, que além de ter completando a primeira fila, empurrou Liam Lawson para a terceira posição. Para Fraga, era conseguir se manter à frente do neozelandês para conquistar o campeonato e 12 pontos para a superlicença. Não é possível que ninguém enxergue o talento desse moleque na Europa. Depois de dividir a primeira fila na largada da corrida 3, Collet não conseguiu segurar os ataques de Lawson. Dada a largada para a última e decisiva corrida, não poderia ser melhor para Igor Fraga, que tomou a ponta e Caio Collet manteve a segunda posição, mantendo Liam Lawson em 3°. Desesperado, Lawson partiu com tudo para cima de Collet e conseguiu passar na segunda volta. Aconteceu um acidente com Henning Enqvist algum tempo antes da ultrapassagem enquanto Collet e Lawson disputava a posição com o brasileiro e a direção de prova só acionou a bandeira amarela quando o piloto da casa tomou a posição. A corrida seria longa. 35 voltas e a relargada foi dada faltando 30 voltas para o final. Fraga largou bem e segurou o ataque de Lawson que veio com tudo pra cima. Caio Collet segurou a 3ª posição e enquanto os dois líderes abriram um pouco, Caio Collet se afastou do 4° colocado. Pouco a pouco Igor Fraga foi ganhando alguma vantagem enquanto Caio Collet mantinha a mesma distância para Lawson. Era torcer para não ter mais bandeiras amarelas. Com segurança e muita maturidade Igor Fraga tomou a ponta na corrida 3 e conseguiu evitar todos os ataques de Lawson. Faltando 23 voltas o francês Emilien Denner (ele de novo) rodou sozinho e saiu da pista. Bandeira amarela novamente. Fraga tinha 1,2s de vantagem. Bom para Lawson e também para Franco Colapinto, 4° colocado que colou em Caio Collet. A bandeira verde foi dada faltando 19 voltas para o final e Fraga foi fantástico na relargada, mas foi ainda na primeira curva que o holandês Tijmen van der Helm enfiou o carro na brita e pela terceira vez lá estava o safety car. A relargada foi dada faltando 15 voltas para o final e Lawson foi para o tudo ou nada... e deu nada! Freando pra lá do Deus me livre ele perdeu a tomada e Igor Fraga ganhou uma boa vantagem. Enquanto isso Colapinto atacou Collet por uma volta inteira e tomou a 3ª posição, o que poderia ser ruim para Lawson e bom para Fraga que em 3 voltas já tinha 1s de vantagem. No terço final da corrida, Lawson não ameaçava mais e tinha sido ultrapassado por Colapinto. Fraga corria para o título. Enquanto Igor Fraga abria pouco a pouco na liderança, Colapinto e Collet iam se aproximando de Lawson pouco a pouco. O piloto da casa estava mais perto do argentino do que para o brasileiro. O argentino ia fazendo volta mais rápida sobre volta mais rápida e Collet vinha junto.Faltando 5 voltas para o fim Lawson não mostrou resistência para Colapinto que tomou a 2ª posição. Uma chance seria o argentino alcançar o líder e complicar a corrida de Igor Fraga. A quatro voltas do fim, a diferença era 2,161s. A três voltas, 2,142s. Fraga controlava bem a situação enquanto Caio Collet se aproximava de Liam Lawson para, quem sabe, um pódio sulamericano. Igor Fraga não deu chances e foi seguro até a bandeira quadriculada, conquistando o Toyota Racing Series de 2020 com autoridade e convidando os donos de equipe a abrir os olhos para o talento desse piloto fantástico. Caio Collet terminou na 4ª posição. A vitória de um piloto guerreiro, um título conquistado em cima do "piloto da casa", no puro talento. Esse é Igor Fraga. Depois da corrida foi só emoção. Fabricio Fraga, pai de Igor, que assistiu a corrida em um morrinho, sentado na grama, não conseguia segurar as lágrimas e junto com ele, Roberto Pupo Moreno, que correu em 1982 o TRS ajudava a encharcar o pit lane, abraçados, enquanto Igor dava entrevista para a Sky Sports e todos os membros da equipe de transmissão congratularam Igor pela vitória e pela performance ao longo do torneio. No pódio, o brasileiro recebeu o troféu da corrida, depois o troféu do campeonato e por fim um troféu com a réplica do capacete de Chris Amon, um dos grandes pilotos formados nesta pequena ilha no atlântico sul, mas que todo verão, há muito tempo, faz um grande campeonato de automobilismo para jovens pilotos. A conquista de Igor Fraga precisa chamar a atenção dos chefes de equipe e dos programas de jovens pilotos. Depois de um intervalo de quatro semanas, o Campeonato da Ásia de Fórmula 3 voltou a cena em Sepang, na Malásia para um grande circuito e e um grande desafio: estamos na estação chuvosa e ter a pista molhada é mais do que uma variável neste final de semana da quarta rodada tripla do campeonato onde Pietro Fittipaldi corre atrás de pontos para obter sua Superlicença e poder assumir um cockpit na Fórmula 1. E a corrida da tarde da sexta-feira não fugiu ao esperado, assim como os treinos classificatórios. Chuva! Pietro foi bem, conquistou o 6° melhor tempo na classificação e em uma corrida com tantas variáveis, tudo poderia acontecer. A direção de prova determinou 2 voltas de apresentação para os pilotos entenderem melhor a pista. Alguns pilotos foram para os boxes para arriscar pneus slicks... uma grande aposta para o fundo do grid. Dada a largada, Pietro ficou embolado na briga pela 5ª posição nas primeiras curvas, mas levou a pior e caiu para 7°, mas recuperou a 6ª posição antes de completar a 1ª volta. Na segunda volta vimos os carros que ficaram na pista “procurando água” pra manter os pneus inteiros. Pietro não era atacado, mas não conseguia ser mais rápido e se aproximar da briga entre 3°, 4° e 5°. Com pista molhada na corrida 1 em Sepang equilibrou a corrida e Pietro lutou muito, mas ficou fora do pódio. Na metade da prova Fittipaldi colou em Sasahara que perdeu performance e afastou-se da briga pela 3º posição, mas o japonês era muito sinistro e deu muito trabalho para o brasileiro, mas Fittipaldi conseguiu ganhar a posição. O problema é que faltavam 10 minutos para o fim da prova e ele ficou longe de Nikita Mazepin, o 4° colocado. Numa performance sensacional Pietro tirou a diferença para o russo e conseguiu ultrapassá-lo a duas voltas do fim. Jamie Chadwick estava longe. Não foi desta vez que chegou o pódio. No sábado, um cenário diferente, com algum sol e céu parcialmente encoberto dava uma nova condição de pista para os pilotos. Pietro se mostrou bem confortável em Sepang e conseguiu a segunda posição, sua melhor no campeonato, e uma grande chance de finalmente conseguir um pódio ou mesmo a vitória. Apagadas as luzes vermelhas, Pietro largou mal e caiu para 4°. Em seguida, na sequência de curvas, perdeu mais duas posições. Na passagem da 1ª volta, o brasileiro estava longe do 5° e sendo atacado. As posições se mantiveram estáveis até o último terço da prova quando tivemos 3 carros lado a lado na briga pela 2ª posição e isso juntou do 2° ao 8°. Na corrida 2, com pista seca, depois de uma má largada, uma corrida de recuperação e um bom 5° lugar. Pietro Fittipaldi ganhou uma posição nessa briga, mas depois o pelotão se dividiu e ele ficou longe dos 3 carros à sua frente. Nos 5 minutos finais de corrida Pietro tentou se aproximar da briga pelo 2° lugar novamente, reduziu um pouco a diferença, mas não teve como atacar, terminando em 5°. Como Sasahara não conta pontos para o campeonato, Pietro contará pontos como 4° colocado. Três horas após o encerramento da corrida 2 os carros já estavam alinhados para a largada da terceira e última corrida do final de semana... só pra contrariar o colunista, o sol brilhava forte e Pietro Fittipaldi ficou com a 5ª posição para a largada. Apagadas as luzes vermelhas, Pietro largou bem, mas foi espremido contra o muro dos boxes e perdeu uma melhor condição de brigar por avanços, caindo para 8°. A terceira corrida em Sepang, com sol forte, exigiu outra corrida de recuperação de Pietro Fittipaldi, que terminou em 5°. Formou-se um grupo do 3° ao 8° colocado e ali a briga estava aberta, mas no primeiro terço de prova, só Pietro conseguiu avançar, passando para 7°, superando Jamie Chadwick. A briga continuou e ficou mais dura pela 5ª posição permitiu Pietro se aproximar e tomar o 6° lugar do chinês Kwai Yu. Algumas voltas depois a briga pelo 4° lugar entre Smith e Mazepin permitiu Pietro se aproximar dos dois e após varias curvas lado a lado, o brasileiro ultrapassou Tommy Smith e assumiu o 5° posto, mas não conseguiu avançar além disso. Em pleno nosso carnaval tivemos a decisão do campeonato asiático da F3 em Chang, na Tailândia. Uma rodada tripla decisiva, mas onde Pietro Fittipaldi não tinha mais chance de título, mas precisando subir na classificação geral para conseguir os quatro pontos que faltam para conseguir a superlicença. Na classificação para a corrida 1, Pietro conseguiu o 4° melhor tempo. O piloto chinês Kuay Yu correu com uma réplica do capacete de Ayrton Senna na etapa da Tailândia. Uma notinha “nada a ver, mas tudo a ver”, o piloto chinês Kuai Yu correu o campeonato com “o capacete do Ayrton Senna”. Mais de 25 anos e o tricampeão continua inspirando pilotos. Dada a largada, o chinês largou mal e ainda bloqueou Fittipaldi, que tomou um prejuízo enorme, caindo para 8° (o chinês foi pra 7°) nas primeiras curvas. Mais uma vez o brasileiro precisaria fazer uma grande recuperação. Do 4° colocado ao 10° todos estavam andando juntos, com o 2° e o 3° colocados pouco à frente. Fittipaldi tomou o 7° lugar quando faltavam 18 minutos para o fim e começou o ataque aos pilotos à sua frente. Em pouco tempo quem gerenciou melhor os pneus começou a levar vantagem e três voltas depois Pietro era o 6°. Três voltas depois, ele era o 5°, mas o pódio ficou longe com a disputa, Jamie Chadwick, 4°, havia conseguindo uma boa vantagem de mais de 3s e Nikita Mazepin estava longe. Nas voltas finais a distância entre Mazepin e Chadwick estavam próximos e na última volta, o líder teve um pneu furado e caiu para 8°. Pietro herdou uma posição e terminou em 4°. Depois da prova Nikita Mazepin tomou uma punição de 5s por atitude antidesportiva e Pietro subiu para 3°. Pietro travou um grande duelo com a campeã da W-Series, Jamie Chadwick. Na corrida 1, ela levou a melhor. A corrida 2, na manhã do domingo na Tailândia, sob um sol escaldante para desafiar os pilotos nos 30 minutos de corrida seriam mais uma chance para Pietro Fittipaldi manter a luta pelos pontos que precisa para a superlicença. Ele está em 4° lugar no campeonato, com 102 pontos. Isso dá 10 pontos para se somarem aos 36 que ele possui. Na corrida 2 Pietro ficou com a 5ª posição no grid. Apagadas as luzes vermelhas, Pietro largou muito bem, assumindo a 3ª posição após uma disputa roda a roda por algumas curvas com Jamie Chadwick. No final da primeira volta, ele tinha aberto uma vantagem de quase 1s sobre a piloto britânica. Na 3ª volta, Fittipaldi já atacava Ukyo Sasahara, o 2° colocado, mas com o ritmo mais lento, Chadwick e Befov também encostaram, fazendo uma briga de 4 carros. Com as punições durante a corrida, Pietro herdou a vitória, mas depois da corrida também foi punido e caiu para 2°. No terço final da prova, Chadwick partiu para o ataque em cima de Pietro Fittipaldi, que não conseguia mais atacar Sasahara e passava a se defender, mas os ataques de Belov sobre a britânica ajudaram Pietro, ao menos até o russo passar a campeã da W-Series do ano passado. Não demorou para ele colar no brasileiro e duas voltas depois, passou para 3° e a briga juntou do 3° ao 6°. Inacreditavelmente o líder da prova, Jack Doohan teve o mesmo pneu traseiro direito furado no final da prova. Como Sasahara é piloto convidado e Belov tomou uma punição de 10s por exceder os limites da pista numa disputa no início da prova, a vitória (oficialmente) ficou com o brasileiro, mas depois da prova Pietro também foi punido pelo mesmo motivo e perdeu a vitória, mas ainda ficou com o 2° lugar. Pouco mais de 4 horas depois os pilotos já estavam novamente no grid de largada para a última das três corridas da temporada. O título foi decidido nos dois furos de pneu sofridos por Jack Doohan, e Joey Alders entrou para a corrida como campeão. Mais uma vez Pietro largaria numa boa posição, com os resultados da corrida 2. Ele largou em 3°, com Chadwick em 2°. Apesar de não pontuar no campeonato, Sasahara largou na pole por cruzar a linha de chagada em 1° pela manhã. Com a 3ª posição no grid e boas chances de vitória, um problema no motor na volta de apresentação foi fatal para Pietro. Na volta de apresentação Pietro Fittipaldi levou o carro para os boxes e os mecânicos foram direto verificar um problema de motor. Estranhamente também foram dadas duas voltas de apresentação. Esse problema comprometeu totalmente a corrida do brasileiro, que largou dos boxes, algum tempo depois e terminou em 10° lugar. O campeonato acabou com título para Joey Alders, com 266 pontos, Jack Doohan 229, Nikita Mazepin 186, Jamie Chadwick 139 e Pietro Fittipaldi foi o 5° com 119 pontos. Com isso ele conseguiu 8 pontos para a superlicença e atingiu os 40 pontos exigidos pela FIA. Silly Season. Duas notícias sobre os pilotos mineiros para agitar nosso noticiário. Igor Fraga, que vem dando show no Toyota Racing Series assinou com a equipe Charouz para a disputa do campeonato FIA Fórmula 3, sendo o segundo brasileiro na categoria. Ele vai ter como companheiros de equipe o alemão David Schumacher, filho de Ralf Schumacher, e o finlandês Nico Kari. Igor Graga vai correr na Tcheca Charouz, ao lafo de Nico Kari e David Schumacher no FIA Fórmula 3. Como referência, Igor Fraga já derrotou David Schumacher na pista no ano passado, quando competiram pelo campeonato europeu de Fórmula 3. Os dois vão enfrentar na equipe um piloto bem mais experiente, que já tem três anos na categoria, desde quando ela ainda se chamava GP3. Nico Kari também disputou na temporada passada quatro provas na Fórmula 2. Depois da conquista do Toyota Racing Series na Nova Zelândia, Igor Fraga e seu pai já estão em Praga, na República Tcheca (desculpem, mas “Tchequia” não dá), sede da equipe e devem estabelecer a bela cidade como base para a temporada. Os testes com o carro devem começar ainda este mês (desculpem, mas recebi ordens de fechar a coluna na segunda-feira 24/02 e a chefe é sinistra). Mais detalhes na próxima coluna. Campeão do último Toyota Racing Séries e terceiro colocado da F3 europeia em 2019, Igor deve ser observado. Já Sérgio Sette Câmara, que depois de conseguir os pontos e – consequentemente – ter direito a cobiçada superlicença para poder pilotar na Fórmula 1, entrou por caminhos mais tortos do que qualquer viela de comunidade. A Petrobras tirou o patrocínio que tinha na McLaren, onde o mineirinho foi piloto de testes no ano passado e mesmo com o apoio de Lando Norris, a garantia para 2020 não se confirmou. Um mês atrás tinham algumas boas vagas na Fórmula 2, mas agora já não tem mais e sem a principal vitrine para mostrar seu talento, a única categoria de monopostos com velocidade suficiente era a Fórmula Indy e é lá que veremos Sette Câmara, mas estar ao volante de um carro da Carlin, que não fez uma grande temporada em 2020 e que tem equipe na Fórmula 2, ainda mais que ele vai dividir o carro e as corridas com Felipe Nasr. Uma aposta arriscada para ambos, mas Nasr já tem uma carreira consolidada no IMSA enquanto Sette Câmara ainda tem o que buscar. Sérgio Sette Câmara, de superlicença na mão, vai se dividir entre etapas na F. Indy, Testes na F-E e o simulador da F1. Pouco antes do carnaval tivemos a confirmação de que Sérgio Sette Câmara entrou como piloto de testes e para ser piloto reserva da equipe Dragon, que tem participação da Penske no projeto e com esse homem não tem fórmula errada. É um novo caminho que pode colocar mais um brasileiro no grid da categoria. Depois de um ano de 2019 muito complicado por uma disputa contratual com sua equipe na Euroformula, a Teo Martin Motorsport que acabou interrompendo uma trajetória onde estava sempre entre os 5 mais rápidos da categoria, Guilherme Samaia, campeão brasileiro de F3 em 2017 vai voltar em grande estilo para a temporada de 2020. Depois de um ano conturbado, saindo no meio da temporada da Eurofórmula, Guilherme Samaia vai para a Fórmula 2. Depois de também ter participado dos testes pré-temporada da Fórmula 2 em Abu Dhabi pela equipe Campos e mais de dois meses de negociações com os espanhóis o contrato foi finalmente fechado e ele se junta a Pedro Piquet e Felipe Drugovich para a disputa da categoria vitrine, o último passo antes da Fórmula 1. Outro piloto que também definiu seu destino para essa temporada foi Guilherme Peixoto, que será um dos pilotos da equipe Carlin na temporada 2020 da Fórmula 3 Inglesa. Após sua estreia de destaque no ano passado nos monopostos, correndo pela Fórmula 4 Norte-americana, o piloto de 17 anos decidiu “cruzar o Atlântico” para disputar uma das categorias de base mais importantes e respeitadas da Europa na formação de pilotos. Depois de uma ótima temporada na F4 nos Estados Unidos, Guilerme Peixoto muda de continente e vai para a F3 inglesa. A possibilidade de realizar mais treinos, disputar mais corridas, além da participação de equipes importantes e a chance de correr em pistas icônicas como Silverstone e Spa-Francorchamps foram alguns dos fatores que levaram à tomada de decisão pela categoria. A temporada da F-3 Inglesa contará com oito etapas, sempre em rodada tripla, totalizando 24 corridas. A primeira delas em Oulton Park, entre os dias 11 e 13 de abril. Além de correr nas principais pistas britânicas, como Silverstone, a categoria ainda terá uma etapa especial num dos maiores templos do esporte a motor mundial: Spa-Francorchamps, na Bélgica. É isso aí Galera. Ainda teremos mais pilotos para confirmar participações pelos campeonatos em 2020, mas na próxima coluna, em março, já teremos corridas nos EUA e no programa da F1, com a F2 e F3. Vamos acelerar juntos! Fechando a coluna, não posso deixar de dar os parabéns para Marcos Gomes, campeão asiático de endurance, o Asian Le Mans Series, e também para Chico Serra, 3° colocado na etapa final. Um abraço a todos, Genilson Santos |