Felizmente quem me acompanha aqui neste generoso espaço do site dos Nobres do Grid sabe que sempre alerto para as previsões feitas por mim mesmo e por outros, digamos assim, profetas das teclas do computador. Foi exatamente isso o que aconteceu na abertura da Copa Truck, neste último domingo. Eu disse que Felipe Giaffone era o cara a ser batido e dei com a cara no muro. Felipe foi bem até as primeiras voltas da corrida, quando foi ultrapassado por Wellington Cirino, numa disputa com nove títulos de caminhões: cinco de Giaffone e quatro de Cirino. No entanto, vale destacar que Felipe perdeu a liderança depois de o câmbio do seu caminhão Volkswagen ter travado na quinta marcha. Ainda assim, numa demonstração de grande habilidade, conseguiu ficar em segundo lugar. No entanto, nem teve como correr na segunda prova do dia. Um detalhe nesta ultrapassagem: o narrador da SporTv disse que foi sensacional. Uma questão discutível, pois Felipe estava claramente com problemas (basta entender uma beiradinha para ver e falar) e Cirino, que pressionava bastante, foi para cima mesmo e venceu a primeira do ano. Na segunda prova, Cirino manteve o bom rendimento e com a inversão dos oito primeiros, deveria ter saído em oitavo lugar, mas os problemas de Débora Rodrigues, que largaria na pole, e de Witold Ramasauskas, o levaram a ter somente seis na frente. Coisas de corrida. Giuliano Losacco, que não vencia uma etapa a nível nacional desde 2006, em Tarumã, quando ganhou o seu segundo título na Stock Car, e não chegava ao pódio desde 2008, com um segundo lugar em Londrina, mostrou que veio para ficar. Braço e competência ele tem de sobra. A Copa Truck teve seu início de temporada no tradicional Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel. Experiente, o estreante na Truck não se assustou nem quando Cirino encostou nele quase no final da corrida. Giuliano manteve a ponta com tranquilidade e cruzou a linha de chegada para festejar muito sua primeira vitória na Copa Truck. Sem ousar dizer que estou profetizando: se Losacco fizer toda a temporada, com certeza vai dar trabalho aos favoritos. Isso não é profecia. É obviedade. Para não dizerem que fujo da raia, mantenho a opinião de que Felipe Giaffone, que dominou os treinos na cidade do Oeste paranaense, é o cara a ser batido na temporada. Pode não ser mais na Copa Sul, mas em 2018 continuará como o piloto a ser alcançado. Desde que sem problemas, claro. Agora, pela classificação, Cirino está na frente e é outro com experiência de sobra para lutar pelo título da Copa Sul, que termina dia 15 de abril na bela e fria cidade gaúcha de Guaporé. Milton Alves
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