Um balão de ensaio para a Fórmula 1? Print
Written by Administrator   
Wednesday, 04 August 2021 21:36

Caros Amigos, Envolvido com o Nobres do Grid desde 2010, onde comecei como colunista até chegar ao cargo de gestor de todo o projeto, descobri o quanto é apaixonante este mundo do jornalismo. Tive a oportunidade de conviver – ainda que virtualmente – com grandes jornalistas que escreveram e ainda escrevem para nós.

 

Este convívio me proporcionou um grande aprendizado – em diversos sentidos – e um deles em especial, considerei interessantemente apaixonante: os “jargões”! Jargão significa uma linguagem pouco compreensível, em muitos casos por ser específica de determinado grupo profissional ou sociocultural. O termo tem sua origem na palavra francesa "jargon".

 

No jornalismo os jargões costumam ser utilizados com certa frequência, mas não é apenas no jornalismo que eles são usados. Um que tenho visto com alguma continuidade nos últimos meses – anos, na verdade – é o “balão de ensaio”. No jornalismo, ele tem sido usado para traduzir, por exemplo, A tática de levantar um boato para sentir a opinião pública, este utilizado por alguns políticos. Entretanto, ele pode ter uma aplicação bem positiva uma vez que assim são chamados os pequenos balões lançados na atmosfera para aferir a direção e velocidade dos ventos.

 

A declaração de Jean Todt esta semana, reafirmando seu total apoio ao Campeonato Mundial de Kark das categorias OK e OK Jr que vão acontecer no Brasil em dezembro deste ano, apenas quatro semanas depois da data programada para a etapa brasileira do mundial de Fórmula 1, o GP Brasil, que já teve um lote de ingressos vendidos, mas que vem gerando preocupação por parte do Grupo Liberty Media, que reconhece a importância da realização da corrida no Brasil.

 

Mesmo sem ter um piloto titular em alguma equipe desde a temporada de 2017, quando Felipe Massa deixou a equipe Williams, o Brasil ainda é um mercado de grande importância para a Fórmula 1 e o contrato assinado para os próximos 5 anos precisam superar as dificuldades sanitárias que o país vem passando – sem falar nas dificuldades políticas – e que, assim como vem sendo a situação no México.

 

Com o cancelamento do GP da Austrália e a indefinição – até o momento – e a indefinição de quem poderia substituir esta corrida (a Turquia ainda é a possibilidade mais concreta), mas não foi definida até o momento, perder mais uma ou duas corridas é algo que a Fórmula 1 não precisa e o posicionamento de Jean Todt, politicamente, pode ser não apenas um balão de ensaio, mas um endosso ante ao mundo para o automobilismo brasileiro e sua capacidade de organização.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva