Novos ares, nomes, rostos e mentalidade Print
Written by Administrator   
Wednesday, 16 June 2021 20:10

Caros Amigos, Como constatamos dia a dia, tudo na vida é um ciclo e todo ciclo possui um início, um meio e um fim. Muitos dos meus estimados leitores, acredito, são da chamada “Geração Y”. Esta chamada Geração Y é um termo usado para designar as pessoas que nasceram nos últimos anos da década de 1970 até o início da década de 1990.

 

Ela representa um divisor de águas, uma mudança de comportamento marcante – muito influenciada pelo contexto socioeconômico e cultural da época. A geração Y é a primeira a ter contato mais direto com a tecnologia, pois ela nasce pouco depois da criação da internet, que começou a dar os seus primeiros passos em 1969.

 

Assim esta geração foi “batizada” com esta indicação alfabética (Y), as gerações anteriores e posteriores também o foram, com a “Geração X”, para os nascidos nos anos 60 até meados dos anos 70, e a “Geração Z”, que seriam os irmãos mais novos ou mesmo filhos destas gerações anteriores, nascidos a partir da segunda metade dos anos 90 e já entrando nos novo século, onde passaram a ser chamados de “Milenials”!

 

Nos últimos anos estamos vivenciando, como testemunhas, o surgimento de uma geração de pilotos da chamada “Geração Z” e “Milenials” que tomaram de assalto as duas principais categorias de monopostos do automobilismo mundial: a Fórmula  e a Fórmula Indy. Este avanço foi rápido e avassalador, alterando o equilíbrio de forças em ambas as categorias e projetando um domínio de ambas as categorias nos próximos anos, deixando para trás não apenas a geração atual, mas passando por cima dos membros da “Geração Y”.

 

Se olharmos para a Fórmula 1, mais da metade do grid tem menos de 26 anos. Ou seja, nasceram depois de 1994, após a morte de Ayrton Senna, de quem só viram vídeos e corridas gravadas. Eles estão tomando lugar na principal categoria do automobilismo mundial chegando na mesma com 20 anos ou pouco mais. Quando a minha geração começou a assistir corridas de Fórmula 1 na televisão, 25 ou 26 anos era a idade que os pilotos começavam a chegar na categoria, com algumas poucas exceções.

 

Na Fórmula Indy a transição era ainda mais lenta, mas agora tempos uma geração empolgante, com Pato O’Ward, Colton Herta, Rinus Veekay, Alex Palou, Scott McLaughlin, Oliver Askew, já fazendo sombra à geração de Alexander Rossi, Connor Daly, Max Chilton, Felix Rosenqvist e Josef Newgarden. A categoria tem um campeão veterano – Scott Dixon – de 40 anos de idade, mas seu domínio parece estar com o término marcado.

 

Na Fórmula 1 Charles Leclerc e Carlos Sainz são os donos da Ferrari, Lando Norris é um desafio imenso para Daniel Ricciardo. Max Verstappen é um destruidor de companheiros de equipe, independente da idade deste. Quando surgiu, Sérgio Perez era uma exceção a fazer frente, eventualmente, aos campeões da categoria. Agora eles são a regra e a geração de Sebastian Vettel e Lewis Hamilton está sendo forçada a ver esta transição acontecer como uma avalanche de neve que desce a montanha e, no seu caminho, engoliu a geração intermediária, a dos pilotos na faixa dos 30 anos de idade.

 

Ledo engano de quem pensa ser este movimento algo restrito ao automobilismo. Uma nova mentalidade chegou para ficar e ocupar o protagonismo.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva