Investimento e retorno Print
Written by Administrator   
Wednesday, 28 April 2021 21:57

Caros Amigos, Quando um cliente procura nosso escritório para fazer um investimento, a primeira coisa que explicamos é a taxa de retorno sobre investimento, designada pela sigla em inglês ROI ou Return On Investment, consiste em uma métrica utilizada para mensurar o rendimento obtido com uma dada quantia de recursos. O ROI é dado pela razão entre o lucro líquido alcançado e o investimento efetuado dentro de um dado período.

 

Uma segunda abordagem é sobre os riscos que qualquer operação financeira envolve. Todo investimento pressupõe um retorno financeiro, mas também um risco, correto? Sendo ele em maior ou menor grau. Agora, como avaliar risco e retorno de investimentos de forma a tomar uma decisão requer alguns passos. Começamos pelo conceito de risco e eles não são poucos. Com tantos tipos diferentes de riscos em jogo, nem é preciso dizer que quantificar o risco de um investimento é muito difícil.

 

A Stock Car está tomando, desde o final de 2020, diversas medidas que estão alterando consideravelmente a forma como a categoria vinha conduzindo seu modelo de negócios quando fazia parte do grupo T4F. A chegada do CEO Fernando Julianelli seguiu-se de uma série de medidas comerciais e administrativas, investimentos em seu próprio produto, nunca antes tomadas dentro do automobilismo brasileiro.

 

No mercado financeiro trabalhamos com uma coisa chamada “Prazo de Retorno do Investimento” (PRI). Este é calculado sob a forma de unidade de tempo e consiste, basicamente, numa modalidade de cálculo inversa à da rentabilidade. Por exemplo, se uma empresa tem um PRI de 2,5 anos, isso significa que dois anos e seis meses após o início das atividades o empresário terá recuperado, sob a forma de lucro, tudo o que gastou no empreendimento.

 

Desde antes de sua chegada, quando a direção da VICAR decidiu fazer uma mudança audaciosa em sua relação com a mídia televisiva e passar a expor seu produto fora do pacote onde era limitada pelos interesses da detentora única dos direitos de transmissão e tê-lo exposto em uma emissora de sinal aberto. Nesta semana, depois do sucesso da estreia do modelo de transmissão, os criadores do produto e os responsáveis por sua exposição decidiram avançar, aumentando a exposição do produto, visando o aumento do retorno, com base nas demandas de mercado. As corridas da Stock Car ficarão mais longas, o tempo de exposição será maior, ampliando o retorno dos investidores da área de marketing.

 

Paralelo a isso, a mesma emissora tem feito um enorme investimento para exposição da Fórmula 1, indo na direção contrária da antiga detentora dos direitos de transmissão. Em 2021 temos sinal aberto em termos globais, exposição de marcas e patrocinadores por mais tempo, Pré e Pós-corrida como o Grupo Liberty Media solicitava, mas ainda há uma questão a ser ajustada e a questão financeira é fundamental neste processo. A emissora precisa ter retorno do investimento feito para poder manter o padrão de excelência do produto que entrega. O investimento foi alto e não basta “se pagar”. Assim como no mercado financeiro, o investidor não busca apenas “proteger o investimento feito da corrosão da inflação”. Sem um retorno que seja compensador, o investidor não manterá deu investimento em um determinado ativo ou carteira apenas por paixão ou convicção.

 

O produto esporte a motor, se bem trabalhado, difundido e apresentado, pode gerar um retorno satisfatório a quem nele investir. Existem modelos de sucesso pelo mundo que podem inspirar e serem adaptados a uma realidade onde há menos disponibilidade de recursos iniciais como é o caso no Brasil, especialmente após crises sucessivas que vem atingindo a economia como um todo desde o final de 2008.

 

O mercado não é fácil nem simples e ser “arrojado” não é sinônimo de ser estúpido. Existem caminhos e caminhos possíveis para um retorno com o esporte a motor no Brasil. Os primeiros passos foram dados na direção certa.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva