Um caminho sem volta? Print
Written by Administrator   
Wednesday, 06 March 2019 22:54

Caros Amigos, quando eu tinha perfeitas condições físicas, sempre fui um desportista e um admirador de todos os esportes, apesar da falta de habilidade para a prática de muitos deles.

 

Mesmo não sendo praticante, sempre procurei acompanhar competições de várias modalidades, sem distinção, e sempre observando o quanto os atletas foram se aperfeiçoando no desenvolver de suas modalidades, assim como as transmissões de TV foram ficando cada vez melhores.

 

Há algum tempo temos experimentado um novo meio de transmissões, não apenas esportivas, mas de diversos e variados seguimentos: o streaming. Para os meus estimados leitores menos familiarizados com o termo e com a forma de comunicação que é o streaming, talvez caiba uma explicação.

 

A tecnologia streaming é uma forma de transmissão instantânea de dados de áudio e vídeo através de redes. Por meio do serviço, é possível assistir a filmes ou escutar música sem a necessidade de fazer download, o que torna mais rápido o acesso aos conteúdos online. O streaming se desenvolveu no Brasil nos últimos anos principalmente pela melhora em um dos seus principais pré-requisitos: a melhora na velocidade das conexões com a Internet. Com isso, os dados são armazenados temporariamente na máquina e vão sendo exibidos ao usuário em velocidade quase instantânea.

 

A tecnologia, entretanto, não é recente. O mecanismo já existia desde a década de 90, mas não se popularizava por conta da baixa velocidade das conexões com a web, que não permitia o carregamento instantâneo. Muitos até nem tenham ideia, mesmo sendo usuários de um meio de transmissão. Um exemplo do uso do streaming com funções on-demand é o Netflix, que cobra uma assinatura mensal e disponibiliza filmes e séries que podem ser assistidos em diversos dispositivos a qualquer hora.

 

Muitos dos fãs de automobilismo já vem, há alguns anos, usando os links para canais de streaming de transmissões de corridas como as do Mundial de Endurance ou de eventos específicos com as 24 Horas de Le Mans, 24 Horas de Daytona e como eu mesmo fiz assistindo as 12 horas de Bathrust, na Austrália algumas semanas atrás.

 

Aqui no Brasil teremos a “novidade” da transmissão da Fórmula Indy, além da transmissão regular da TV aberta e seu canal por assinatura que há vários anos vem transmitindo a categoria, ter a competição de um destes canais de streaming pela internet, algo que veremos deste o próximo final de semana, quando teremos a abertura do campeonato em Saint Petersburg, na Florida.

 

Recentemente, sem saber, assisti uma partida de futebol pela televisão que foi transmitida por este canal de streaming que vai transmitir a Fórmula Indy. Não sou um profundo conhecedor do assunto, mas na transmissão pela televisão de sinal aberto que mostrou o jogo Racing x Corinthians, pela Copa Sulamericana de Futebol, achei que a imagem deixou a desejar. Não sei se o problema foi da reprodução da imagem da internet pelo canal de TV ou se a velocidade de banda da transmissão em si.

 

Em todo caso, irei observar a transmissão pelos dois meios no próximo domingo com apenas uma certeza: não me surpreenderei se a competição desta nova forma de transmissão com as tradicionais formas as quais estamos acostumados não serão o início de uma transição de muitos dos eventos aos quais nos acostumamos a assistir pela televisão para a internet.

 

Resta saber, em especial aqui para o Brasil, o quão democrático será o acesso a estas formas de transmissão ou se, assim como alguns canais específicos mesmo na já paga TV por assinatura, teremos que pagar um valor adicional para ter acesso ao que queremos assistir e – o mais importante – o quanto custará este acesso.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva 
Last Updated ( Thursday, 07 March 2019 09:45 )