A "Fênix" Barrichello Print
Written by Administrator   
Monday, 12 March 2012 20:31

 

 

Olá amigos do automobilismo,

 

Pode ser que alguns – talvez muitos – de vocês já tenha ouvido falar sobre a “Fênix” ou sobre sua lenda. Meu artigo desta quinzena vai começar recontando a narrativa de Olvídio sobre esta ave de origem oriental.

 

A mítica Fênix, segundo a lenda, tinha a capacidade de se reproduzir sem a necessidade de um parceiro. De fato, a concepção da ave acontecia no momento em que ela, em seus últimos momentos de vida, preparava um ninho e se auto inflamava, com suas penas vermelhas e douradas sendo consumidas pelas chamas. De suas cinzas, nascia uma nova ave, com a capacidade de viver tanto quanto sua genitora.

 

Nas últimas semana de 2011 e nas primeiras de 2012, Rubens Barrichello parecia estar vivendo o ocaso de sua vida nas pistas internacionais, com a protelação da definição da Williams em definir sua dupla de pilotos e a concreta perspectiva – logo confirmada – de que não haveria um lugar para ele no grid.

 

Assim como a ave da mitologia greco-romana, das cinzas das portas fechadas na Fórmula 1 eis que Rubens Barrichello renasceu nos Estados Unidos, levado pelas mãos do amigo Tony Kanaan, Rubinho brilhou intensamente nos testes pré-temporada da Fórmula Indy, tanto em Seabring como em Sonoma. Em algumas sessões, terminou com o melhor tempo, chamando a atenção de todos (pilotos, jornalistas americanos – que pouco ou nada sabem sobre o esporte a motor fora do seu país – chefes de equipe e curiosos torcedores).

 

Rubinho mostrou que, no ano em que completará 40 anos, pilota com a empolgação de um menino de 20. Levando-se em conta que os carros de 2012 são uma novidade para todos, sua quilometragem pelas pistas do mundo pode ser uma grande vantagem, mesmo sem estar em uma das equipes de ponta (Ganassi ou Penske), que tem mais chances de continuar dominando a categoria.

 

Faltava o anúncio oficial daquilo que todos já sabiam: Barrichello iria correr na fórmula Indy em 2012! Agora não falta mais.

 

Mudando de categoria, a exposição na mídia vai mudar também. Pior que isso é que nem sempre as corridas passam na TV aberta. 

 

A rede de televisão que transmite a categoria colocou um anúncio enorme em alguns dos jornais mais importantes do país... agora só falta ela transmitir as corridas ao vivo, sendo que algumas delas coincidem ou tomam parte do “sagrado horário do futebol”. Neste caso, quem não tiver assinatura do canal por assinatura, vai ficar sem ver nada.

 

Também não esperem uma farta cobertura por parte daquela emissora que, em 1994, “jogou Rubinho aos leões”, querendo fazer dele um “substituto para o herói morto”. Quando muito, divulgarão as vitórias que vierem a ocorrer ou então – toc, toc, toc na madeira – um acidente grave ou fatal.

 

Na apresentação oficial da equipe KV, pudemos ver as novas cores com as quais Rubinho correrá na Indy (muito legal, por sinal, essa coisa dos carros da mesma equipe poderem usar cores diferentes, com patrocinadores diferentes). Está linda a combinação de preto com azul!

 

Assim como aconteceu com Nigel Mansell em 1993, apesar de não estar numa equipe de ponta, Rubinho pode conquistar os EUA. 

 

Assim como o Juan Pablo Montoya, que não teve uma chance real no início da carreira na Fórmula 1, que consagrou-se na Indy e depois voltou “por cima” para seu objetivo original, quem sabe em 2013, depois de um ano esplendoroso, não teremos Rubinho de volta à “sua categoria”? O contrato do Mark Webber termina este ano, não? Seria muito bom ver o Rubinho com um carro da Adrian Newey...

 

Antes de me despedir, vou fazer só um pedido: Rubinho, por favor, quando subir no pódio nas corridas da Indy, deixa pra lá aquela tal da “sambadinha”...

 

Beijos do meu divã,

 

Catarina Soares

 

 

Last Updated ( Tuesday, 13 March 2012 19:30 )