Bruno Senna e seu penico Print
Written by Administrator   
Wednesday, 07 November 2012 02:07

 

 

Pois é pessoal, o Toni está de férias e a gente vai escrevendo a coluna dele. Caiçara, em janeiro eu vou pra Guarapari, a praia dos mineiros, e aí vc retribui a camaradagem fazendo uma coluna Pit Wall com areia e pimenta, certo?

 

Depois de mais uma “rodada dupla” – GPs da Índia (chato pra cacete) e Abu Dhabi (surpreendente bom) – o assunto mais focado pelo pessoal da transmissão na TV foi o melancólico desfecho de mais uma temporada do “sobrinhozinho do Brasil” (os mais velhos vão lembrar de quando a Regina Duarte, hoje uma simpática vovó, saiu nas capas das revistas com o título de “a namoradinha do Brasil”). Foi uma dúvida tremenda entre tirar o volume da televisão ou ver até onde a turma da RGT e seu fleumático narrador iriam chegar para tentam passar a idéia de que Bruno Senna ainda não estaria a pé (A Williams já deixou isso isso claro).

 

O rapaz até que não é mau piloto. Apesar de estar tomando uma surra do nada brilhante, mas capaz de algumas corridas excelentes, Pastor Maldonado (quem tem dúvidas sobre a evolução dos hominídeos da idade da pedra para o homem atual, pode dar uma olhada na queixada do ‘Hijo do Chavez’... aquele capacete deve ser feito por encomenda, sem dúvidas), que deixa a desejar em matéria de juízo, mas que de vez em quando acerta. Sem patriotada, no geral, até que o “sobrinhozinho” não tem deixado a desejar.

 

Agora, como diz o velho ditado, nesse mundo – em geral e na Fórmula 1 em particular – quem não tem padrinho, morre pagão. E Bruno Senna precisa de um padrinho... ou vários. Quando se fala “padrinho” é ter que enfie pelo menos 15 milhões de dólares no cockpit de alguma equipe para que Bruno tenha onde correr em 2013.

 

A coisa é tão complicada que, antes da definição da eleição presidencial na Venezuela, Pastor Maldonado afirmou que não sabia sobre seu futuro na Williams. A coisa mudou com a nova reeleição do “Comandante Bolivariano”.

 

Pobre menino rico... a família nada em dinheiro. Bem administrada, a fortuna que o tio ganhou nas pistas foi multiplicada e, mesmo sendo discretos, no final de cada ano, algumas centenas de milhões são faturados. Uma vez que atrapalharam o desenvolvimento do garoto, deixando-o longe das pistas por mais de uma década, a família Senna tem sim uma dívida com Bruno, que no momento está de penico na mão pra receber qualquer tostão.

 

Agora, se eu tivesse dinheiro e fosse patrocinar um piloto, eu bancava o Kobayashi. Esse tem, além do talento, não tem de onde tirar dinheiro, não tem família rica e tem mostrado que é Piloto com P maiúsculo. Esse tem tudo para acabar fora do grid no ano que vem e vai ser uma baixa e tanto na temporada de 2013. Não fosse o dinheiro, talvez a McLaren levasse ele e não o Perez.

 

Não torço contra o Bruno Senna. Tomara que ele consiga quem o banque e o mantenha no grid, de preferência fora das equipes nanicas. Só falta agora fazerem uma campanha na televisão, estilo “Piloto Esperança”, para arrecadarem uns trocados para ele. O mais difícil mesmo foi ver gente que é considerada séria dizendo amém para o “discurso oficial”.

 

Abraços,

 

Mauricio Paiva

 

 

Last Updated ( Thursday, 08 November 2012 00:20 )