Nobres do Grid - Hyperlink (Junho/2011) Print
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Tuesday, 31 May 2011 05:18

 

Caros amigos, o mês de maio é um mês de grande tradição nas pistas do mundo. Afinal, é quando acontecem duas das mais tradicionais corridas de automóveis: o GP de Mônaco e as 500 milhas de Indianápolis!

 

 

O GP Mongagesco começou a ser disputado em 1929, muito antes de se falar em um campeonato mundial ou em algo como a Fórmula 1. Um charme para uns, um estorvo para a modernidade da categoria na visão de outros, Mônaco segue para mais uma edição em 2011.

 

 

As 500 Milhas de Indianápolis completam este ano 100 anos de sua primeira edição... apesar de que, devido à fatores extra provas e guerras, este ano estará acontecendo “apenas” a nonagésima quinta edição da mítica prova. Contudo, uma grande festividade vai ser realizada no “Motor Speedway”. Bem, festa é mesmo a “praia” dos americanos. Eles sabem promover uma festa como ninguém.

 

 

E para entrar no clima da festa, vamos começar a nossa seção falando do campeonato dos monopostos americanos... mas por uma outra festa, que infelizmente não teve toda a sua celebração como deveria em função da chuva que caiu pouco antes do início da prova.

 

 

Os organizadores conseguiram mudar a data da prova, para fugir da proximidade do carnaval e assim ter mais tempo de preparar o circuito de rua, em especial o sanbódromo, para receber a prova. Um novo asfalto foi aplicado na reta da marginal do rio Tietê. De uma forma geral, o piso melhorou, com menos ondulações que no ano passado.

 

 

 

 

No sábado, com sol e pista seca, os carros rasgavam a reta do sambódromo sem o famigerado poeirão do ano passado.

 

Comparado ao que vimos na corrida de Long Beach, a pista estava “um tapete”. Os pilotos compararam o traçado aos dos mistos em que correm nos EUA e Canadá. Contudo, algumas “mancadas” foram cometidas como pintar toda a área de escape no final da reta – que não teve ‘poeirão’ – com as cores da patrocinadora do evento e que, molhada, virou um verdadeiro ringue de patinação.

 

 

O problema é que a chuva é uma coisa que não dá para controlar e, mesmo tentando escapar das “águas de março”, a chuva caiu e caiu forte na tarde do domingo... e aí não teve jeito. Talvez, se fosse num autódromo, onde a pista é projetada para ter uma drenagem que escoe a água rapidamente, a prova pudesse ser realizada. Já em circuitos de rua, a coisa é bem diferente... e não é uma exclusividade da etapa paulistana. No ano passado, a prova de St. Petersburg – que fez a abertura da temporada este ano – passou pelo mesmo problema vivido em São Paulo este ano, com a prova acontecendo apenas no dia seguinte.

 

 

 

 

 

Já no domingo, a chuva acabou estragando o espetáculo e os pilotos da Indy mostraram que pista molhada não é a praia deles (e delas). 

 

 

 

Por mais que os organizadores insistissem na “beleza do espetáculo”, ficou um gosto amargo para todos os mais de 40 mil espectadores que compraram ingresso para assistir a prova no domingo. Pouquíssimos puderam retornar na segunda-feira para assistir pouco mais de 1 hora de corrida... que teve chuva novamente.  Na disputa entre São Paulo e “São Pedro”, perdemos nós!

 

 

 

A prova, com os brasileiros já sem chances de almejar algo mais do que concluí-la, devido aos acidentes nos quais se envolveram nas poucas voltas dadas no domingo, antes da interrupção definitiva e do adiamento para a manhã do dia seguinte.  A vitória de Will Power, depois do erro de estratégia da KV que tirou Takuma Sato da liderança, foi o desfecho de um final de semana que, apesar dos progressos em relação à primeira prova, ainda tem o que melhorar.

 

 

 

 

Na segunda-feira, para um público diminuto - e novamente com chuva - os pilotos voltaram para completar a corrida... realmente, uma pena.

 

 

Em Indianápolis acontece aquela corrida que é diferente... em tudo! Testes diários, tensões, classificação em mais de um dia numa “emoção” que, ao final do final de semana, deixou todos da equipe se sentindo os seres mais insensíveis da mídia eletrônica nacional.

 

 

A expressão “Davi e Golias” teve duas conotações ao final dos treinos classificatórios: primeiro, no sábado, Alex Tagliani (que mesmo com esse nome ‘macarrônico’ é canadense), com o carro da pequena Sam Schimidt superou as gigantes Ganassi, Penske e Andretti e cravou a pole para a prova. A Andretti foi quem pior saiu-se pior nos treinos. Dos 5 carros que tentou classificar, 2 ficaram fora e outros 2 precisaram da “repescagem”, que eles chamam de “Bump Day” para entrar.

 

 

 

 

AJ Foyt, Ricky Mears (ao centro) e Mario Andretti. Tudo bem entre amigos... até mesmo uma bagatela de meio milhão sai na boa.

 

Dois pilotos iriam ficar de fora, mas como o americano é amigo – e corporativista – o decano e famoso AJ Foyt “rifou” a vaga do pobre brasileirinho Bruno Junqueira para o americano Ryan Hunter-Reay (ou Hi Hunter para o narrador oficial da prova aqui no Brasil). Na maior cara de pau, o tetra campeão das 500 milhas disse que não podia “dar as costas” para os Andretti (o bolso do ‘cachê’ pelo carro deve ter sido o da frente... talvez todos eles para caber meio milhão de dólares, o “preço da camaradagem”!). No “jogo da volta”, o Golias bateu feito no Davi!

 

 

As 500 milhas de Indianápolis, comemoraram seu centenário com uma prova simplesmente épica. Nem o melhor roteirista de Hollywood conseguiria ter criado tanta emoção, suspense, alternativas e drama para aquelas 200 voltas diante de arquibancadas completamente lotadas.

 

 

 

 

Scott Dixon e Dario Franchitti: Os carros da Ganassi eram fortes candidatos, andaram na frente, mas no final, a estratégia falhou.

 

 

A Ganassi mostrou que era a equipe favorita para vencer a prova. Seus carros – nas mãos de Scott Dixon e Dario Franchitti andavam mais rápido que os demais... só que em provas disputadas em circuitos ovais – e em especial nas longas como as 500 milhas – isso não costuma ser o fator preponderante para vencer... e no final, o resultado dos dois foi pior que o do “convidado” Graham Rahal, que terminou em 3º com um carro da equipe de Mr. Chip.

 

 

A Andretti também não teve o que comemorar. Tirando o final, onde a exqueridinha Danica Patrick – que tomou uma vaia colossal do público presente na apresentação dos pilotos antes da prova – liderar parte das voltas finais até entrar nos boxes à 7 voltas do final, apenas por conta da estratégia diferente, Michael não teve alegrias nas quase 3 horas de corrida... além de ter ficado meio milhão mais pobre.

 

 

Outro que deve ter saído de cara amarrada do superspeedway foi Roger Penske. Seus três carros estiveram longe da vitória durante toda a prova. Quem ainda tentou tirar a diferença para os concorrentes foi Will Power... mas um trabalho de boxes desastroso tirou do australiano qualquer chance de andar na frente.

 

 

 

 

O momento inacreditável do final da prova: JR Hildebrand bate e Dan Weldon ultrapassa-o a menos de 330 metros da linha de chegada.

 

 

Dos brasileiros, Helio Castro Neves e Vitor Meira foram meros coadjuvantes ao longo das 200 voltas. Bia Figueiredo conseguiu terminar a prova sem bater (nas suas últimas passagens por ovais, o muro acabou sendo seu destino), mas longe de ficar sequer entre os 15 primeiros. Quem conseguiu mostrar que “panela velha faz comida boa” foi o baiano Tony Kanaan, mandando aquele “inté meu rei” para o antigo patrão, conseguiu fazer uma grande corrida e poderia até ter vencido, mesmo não tendo um carro tão rápido quanto as Ganassi.

 

 

O final da prova foi eletrizante, com os carros que apostaram na economia de combustível se segurando na pista e os que fizeram pits faltando 30 a 20 voltas para o fim, voando para buscá-los. Nas 10 voltas finais a liderança passou pelas mãos de Danica Patrick, depois para o “anônimo” Bertrand Baguette (nos EUA ninguém sabe quem é o belga), da Rahal Letterman... que ficou na pista até faltarem 2 voltas para o final... e a liderança caiu no colo de JR Hildebrand, da Panther.

 

 

Hildebrand é um jovem piloto de valor. Foi campeão da Indy Lights em 2009 e anda bem em ovais. A tática parecia estar certa, o carro vinha redondo, economizando mas com uma boa vantagem para Dan Weldon, Graham Rahal e Tony Kanaan... mas na última curva, com um retardatário pela frente, o líder tirou por fora para passar... e foi para a farofa... e foi para o muro... e a vitória “foi para o saco”!

 

 

 

 

Na comemoração, vale tudo e este beijo na famosa e centenária faixa de tijolos ficará marcado para sempre na história do motorspeedway.

 

 

Com o carro semidestruído, arrastando-se, Hildebrand viu Wheldon ultrapassá-lo a menos de 300 metros da linha de chegada para vencer a prova... certamente esse será o 2º lugar mais amargo de sua vida. Weldon venceu, beijou os tijolos do piso onde foram disputadas as 1as 500 milhas, bebeu leite, “encheu a burra” de dinheiro e entrou para história.

 

 

Na outra categoria americana, além do calendário com incríveis 36 provas eles ainda arranjam tempo para fazer uma “All Star Race”, como fazem nos outros esportes. O campeonato continua disputadíssimo... em certos aspectos, disputado até demais, ultrapassando os limites da carenagem e do bom senso!

 

 

 

 

Denny Hamlin bem que tentou, mas foi impossível segurar Kyle Busch no oval de 3/4 de milha de Richmond. Os pequenos são dele!

 

 

Se em Richmond Kyle Busch “soprou as velinhas” com mais vontade, vencendo a etapa que coincidiu com seu aniversário, e batendo o outro “papa tudo dos ‘ovinhos’”, Denny Hamlin (a dupla chegou com 11 segundos de vantagem para o 3º colocado (mais de meia volta), a etapa seguinte iria reservar outro tipo de situação...

 

 

No final da etapa de Darlington, Kyle Busch e Kevin Harvick, que trocaram algumas cores da pintura nas voltas finais e o “papa tudo” da Truck Series – Busch – deu um “chega pra lá em Harvick, que tirou o carro 33 da prova. Depois disso, Busch acertou a traseira de Harvick e tirou-o da briga pela ponta. Terminada a prova, Harvick foi tomar satisfações com Busch, “caçou” o adversário no caminho de volta aos boxes e lá dentro. Os dois foram multados em 25 mil dólares e ficarão “sob observação” por quatro etapas.

 

 

 

 

Mas em Darlington, depois do toque na pista, Kevin Harvick foi tirar satisfações com Kyle Busch ainda no carro. Quase saiu Porrada!

 

 

Todos sabem que são categorias diferentes, administrações diferentes, mas é meio sem sentido a NASCAR fazer – e todo ano eles fazem – uma corrida no mesmo dia das 500 milhas de Indianápolis... e não é uma “corridinha qualquer”: em Charlotte a prova tem extenuantes 600 milhas e 400 voltas... mais “prorrogação”!!! Deu para ficar tonto de tanto olhar para tela. 

 

 

Mas tonto mesmo deve estar o pessoal da Guarda Nacional Americana, que patrocina carros não apenas na Indy, mas também na NASCAR, onde o patrocinado é ninguém menos que o “queridinho” Dale Earnhardt Jr. Bem, assim como o destino foi destino foi cruel com JR Hildebrand em Indianápolis, na “estonteante” prova de Charlotte, foi a vez do Impala nº 88 deixar a torcida com aquele “ohhh!”

 

 

 

 

Não era mesmo dia da Guarda Nacional... depois de Hildebrand estampar o muro, Dale Jr. ficou sem combustível na última curva em Charlotte.

 

Dale Jr. Arriscou não enteando para ao menos um “splash and go” na última bandeira amarela e continuou na pista. O final teve até um inusitado “não acionamento” da bandeira amarela quando uma colisão envolvendo Kasey Khane, Brad Kaselowsky e Jeff Burton. Earnhardt recebeu a bandeira branca, entrando na última volta, mas na saída da curva 4 – assim como Hildebrand – veio o “castigo”... pane seca! Kevin Harvick passou, agradeceu e venceu. Se em Indianápolis hildebrand ainda foi o 2º, em Charlotte Dale cruzou apenas em 7º.

 

 

 

Ao final das três etapas (sem contar a corrida festiva),disputadas em Darlington Dover e Charlotte, o campeonato trás na liderança Carl Edwards com 445 pontos, com Harvick subindo para segundo, com 409. Johnson aparece em terceiro com um ponto a menos e o malfadado Dale Jr é o quarto com 402. O "complicado" Kyle Busch é o quinto. Em junho teremos corridas em todos os finais de semana e a primeira das duas provas em circuitos mistos – Sonoma. 

 

 

Descendo pelo continente até a Argentina, no campeonato de turismo dos hermanos, a TC 2000, teve duas etapas no mês de maio, em San Martin e San Juan. Favoritismo é uma palavra muito relativa no TC2000 argentino. Se no começo da temporada, tudo parecia apontar para o sucesso da atual equipe campeã – a Berta Motorsport – e Juan Manuel Silva. Depois de uma arrancada sensacional, eis que nas duas últimas etapas, foi o experiente Matias Rossi, da equipe Toyota que disparou na pontuação e na liderança do campeonato com os excelentes resultados obtidos nas etapas de Mendoza e San Juan.

 

 

 

 

Em Samartin, na provincia de Mendoza, o "vinho mais doce" foi servido para Guilhermo Ortelli e seu Renault, vencedores da etapa.

 

Mas Matias não foi o vencedor das duas provas, em Mendoza a vitória coube ao piloto da Renault, Guilhermo Ortelli. No campeonato, em quatro etapas, tivemos 5 vencedores diferentes de 5 equipes diferentes. Ops... mas se tivemos 4 etapas, como podem ter havido 5 vencedores? É que a etapa de Santa Fé teve sua pontuação dividida entre a corrida noturna e a diurna. À noite venceu Mariano Altuna, da Honda. De dia, Emiliano Spataro, da Fiat. 

 

 

Com os 55 pontos acumulados nas duas últimas etapas, Matias Rossi abriu quase 30 pontos de vantagem para Juan Manuel Silva, o vice líder, que vem embolado com Leonel Pernia e Mariano Altuna na briga pelo segundo lugar. O campeão, Norberto Fontana ”parece que que acordou” na última etapa, com o segundo lugar, mas ainda está longe, apenas em 9º na tabela.

 

 

 

 

Na prova de San Martin, Matias Rossi não deu chances para a concorrência. Venceu a prova com seu Toyota e disparou no campeonato.

 

O campeonato sofreu algumas alterações no calendário: Depois da próxima etapa, que será disputada no Chaco (mas a pista é seca, ok?) no dia 5 de junho, as etapas de Córdoba e Termas do Rio Hondo foram antecipadas para 26/06 e 17/07, respectivamente. Assim, a 8ª etapa passa a ficar em aberto. A seguinte, ainda não confirmada, pode ser em Trelew. Buenos Aires continua fora do calendário deste ano.

 

 

 

Foi na Argentina que terminou a jornada de maio do WRC, que começou na Itália, disputado na ilha da Sardenha, com uma vitória de Sebastien Loeb que tratou de “por ordem na casa” depois dos excelentes desempenhos de seu companheiro – Sebastien Ogier. A prova também marcou a estreia de Daniel Sordo e do carro principal da Mini. SE levarmos em conta que era uma estreia, o 6º lugar pode ser considerado um bom começo. Em contrapartida, o carro do brasileiro Daniel Oliveira passou por diversos problemas de direção e transmissão.

 

 

 

 

Não adiantou nada Daniel Sordo e Mirko Hirvonem quase levantarem voo. No final da etapa italiana, vitória de Loeb... e a VW vem aí, de Polo! 

 

Na etapa portenha não faltou emoção... e percalços. Se no início Sebastien Loeb parecia que não daria chances aos concorrentes. Aliás, a Citroen parecia que iria “detonar” a Ford quando cravou um 1-2-3, com os dois carros da equipe e mais o Peter Solberg dominando o primeiro dia das disputas.

 

 

O que ninguém – ao menos nas equipes de carros franceses – esperavam era a reação de Jari-Matti Latvalae  Latvala no sábado. Além de voar pelas especiais, o finlandês contou com uma punição imposta à Loeb que foi “derrubado” do topo para a 5ª posição. Mas naquela famosa máxima de “sorte de campeão”, No final do dia Latvala sofreu um acidente e praticamente deu adeus à etapa, deixando a liderança nas mãos de Sebastien Ogier.

 

 

No final do dia, Loeb já tinha tirado metade da diferença – em tempo – para o líder e, na pressão, o piloto nº 2 da equipe e uma saída do traçado danificou a direção hidráulica de Ogier, que acabou perdendo também a 2ª colocação para Mirko Hirvonen. Loeb lidera tranquilo o campeonato e segue para o octa!

 

 

 

 

Na Argentina, nem a punição de 1minuto no tempo cronometrado ainda no sábado foi capaz de tirar a vitória de Sebastien Loeb.

 

 

E no ano que vem, agora é oficial, a Volkswagen vai entrar na categoria. Em 2012 serão algumas provas e em 2013 o time participará de todo o campeonato. O carro já está definido: será o Polo WRC, apresentado com pompa pela montadora com uma pintura já estilizada. Os pilotos devem ser mesmo o nobre do Qatar, Nasser Al-Attiyah e o norueguês Peter Solberg. A montadora já deve ficar fora do “DE CÁ” no ano que vem.

 

 

Para ficar no continente americano, o campeonato da Fórmula Truck teve mais uma etapa do campeonato brasileiro, no agreste pernambucano, em Caruaru. Apesar das chuvas que vem assolando a região, na hora da prova a pista estava seca, enchente só nas arquibancadas: não tinha um espaço vazio.

 

 

A corrida foi disputada... do segundo lugar para trás! Na largada, o pole, Felipe Giaffone, manteve a ponta e não precisou se esforçar muito para mantê-la. Seu adversário direto, o campeão de 2010, Roberval Andrade teve um problema e passou reto logo na terceira volta, acertando uma das torres de som e atolando no lamaçal que eram as áreas de escape por conta das chuvas. Mesmo que tivesse ficado na pista, Roberval seria punido por não cumprir o determinado para a largada.

 

 

 

 

E na terra do forró, Felipe Giaffone se consagra como o "rei do agreste". Mais uma vitória em Caruaru e sem chances para os adversários.

 

 

Sem um adversário andando no seu ritmo, Giaffone ditou o ritmo e venceo de ponta a ponta, com mais de 8 segundos de vantagem para o segundo colocado, seu companheiro de equipe – e patrão – Renato Martins. A equipe ainda obteve o 5º lugar com Valdir Benavides.

 

 

A próxima prova será a terceira do campeonato brasileiro e a reativação do autódromo de Goiania, que está novamente envolvido em especulações sobre sua desativação e a construção de um novo local, cerca de 8 km distante do atual circuito e com um projeto assinado por Hermann Tilke.

 

 

 

 

O projeto é bonito, a assinatura é de peso, o governador prometeu... agora é esperar para ver se o novo autódromo de Goiânia sai do papel.

 

 

Projeto que ele procurou manter linhas semelhantes ao autódromo existente, mas com uma extensão de mais de 4 km, poderá – em teoria – vir a receber a Fórmula 1. Agora é esperar para ver se não vai ficar tudo no papel como foi a obra de modernização do autódromo de Caruaru, que foi anunciada, que nós recebemos os planos e a “garantia” do administrador do autódromo que as mesmas seriam feitas no início deste ano. Essa é a dura realidade de quem tem que depender da vontade dos políticos para fazer alguma coisa nesse país.

 

 

Do nordeste para o sul, a etapa da Stock Cars aconteceu no Velopark – a primeira de duas, sendo a segunda no encerramento da temporada – e, como uma ópera, pode ser dividida em três atos. Na primeira metade, tivemos Cacá Bueno liderando e Ricardo Maurício voando. Só que as paradas obrigatórias mudaram tudo. Ricardinho foi mais rápido nos boxes (abastecendo menos), e passou Cacá. Só que outros pilotos que pararam antes encurtaram a distância e Thiago Camilo fez mais ainda: ficou na frente dos antigos líderes, mas ainda havia mais por vir: Atila Abreu era o mais rápido na pista e passou Cacá e Ricardinho, indo para cima do líder.

 

 

 

 

A prova foi boa, mas quando a emoção ia aumentar com a chegada da chuva, o Mirnei interrompeu a prova... uma decisão "Piroca".

 

 

O terceiro ato foi protagonizado pela chuva, que chegou faltando 3 voltas para o fim e Átila Abreu foi para um “tudo ou nada”, arriscando mais e encostando no líder. A chuva apertou e a liderança mudou de mãos na entrada da reta. Thiago não se deu por vencido e atacou, recuperando a liderança duas curvas depois... só que o diretor da prova – Mirnei Piroca – acionou a bandeira amarela entre as ultrapassagens e mandou o safety car para a pista. Thiago teve que devolver a posição e foi para o pódio com cara de pouquíssimos amigos. Um assunto destes certamente daria um belo processo de protestos e contestações. Contudo, com as atuais normas em vigor na categoria...

 

 

Átila Abreu continua líder do campeonato e a próxima prova vai acontecer no início de junho, no autódromo internacional de Campo Grande.

 

 

 

 

Toyotas, Fords, Chevrolets e Hondas passaram o final de semana andando forte no autódromo de Curitiba. A abertura do Marcas é em Tarumã.

 

 

No final de maio, em Curitiba, a VICAR apresentou a “nova estrela de sua constelação”, com os ensaios coletivos dos carros e pilotos que disputarão o renovado Brasileiro de Marcas e Pilotos, contando com diversos pilotos da Stock Cars e quatro montadoras (Toyota, Honda, Ford e Chevrolet). Os carros rodaram em sessões no sábado e no domingo, 28 e 29 de maio... mas a divulgação foi praticamente inexistente e as arquibancadas estavam vazias. A abertura do certame será em Tarumã-RS, no dia 19 de junho, trazendo o antigo palco de volta aos holofotes... que a divulgação seja boa e o público compareça desta vez. 

 

 

Em Curitiba, o Itaipava GT Brasil fez uma festa de charme e velocidade... para um autódromo vazio. É frustrante ver pilotos e carros como os que podemos ver neste campeonato, mas mesmo assim nada parece desanimar os participantes e ninguém alivia o “da direita”.

 

 

 

As provas no AIC foram emocionantes, especialmente a do sábado, que marcou a terceira vitória de Pedro Queirolo (ele venceu as duas etapas disputadas na preliminar da F. Indy em São Paulo) com uma inusitada sequência de fatos nas últimas voltas, em que a liderança mudou de mãos quatro vezes.

 

 

 

Depois do abandono na prova dosábado, Valdeno Brito e Mateus Stumpf venceram no domingo... o campeonato está equilibrado em 2011. 

 

 

Já no domingo, não teve tantos imprevistos e a dupla Matheus Stumph e Valdeno Brito lideraram praticamente todo o tempo e não tiveram como ser alcançados, apesar das entradas do safety car que agrupou os competidores algumas vezes.

 

 

A liderança do campeonato após três rodadas duplas ainda é de Pedro Queirolo, mas com apenas um ponto de vantagem para o vice líder Cleber Faria (os dois pilotos correm sozinhos e cumpre os 50 minutos de prova fazendo uma parada obrigatória de 2 minutos como os carros que tem duplas na pista). A próxima etapa será em Santa Cruz do Sul, no dia 26 de junho.

 

 

Se a GT3 padeceu da falta de público, a F3 SUDAM padeceu da falta de provas! Depois da primeira rodada tripla no final de março, maio foi mais um mês que a categoria “passou em branco”. O campeonato teve seu calendário reorganizado e a prova da Argentina, que foi cancelada, está se tentando encaixá-la como parte do programa da TC2000 em outubro, na etapa de Rosário, como fizeram no ano passado em Santa Fé. Enquanto isso, nossos pilotos ficam vendo a defasagem em relação aos que disputam a categoria em outros lugares aumentar.

 

 

 

Na etapa de Snetterton, "apenas" uma vitõria dos brasileiros, com Lucas Foresti, que agora é o vici líder, atrás apenas de Felipe Nasr. 

 

 

Enquanto isso, na Inglaterra, apesar do final de semana não ter sido tão bom quanto outros (obtivemos “apenas” uma vitória com Lucas Foresti e um segundo lugar com Felipe Nasr), em Snetternon o brasiliense manteve a ponta do campeonato, que tem Foresti como vice líder. A vantagem de Nasr é de 44 pontos.

 

 

Já que fomos para a Europa, é hora de falar dos campeonatos que – finalmente – tiveram o seu início, como o DTM, onde, depois das duas etapas iniciais, em Hockenheim e Zandvoort, parece que o equilíbrio voltará às disputas entre Mercedes e Audi... no ano passado, para quem não acompanhou, a marca da estrela de três pontas deu uma verdadeira ‘lavada’, na “senhora dos anéis”.

 

 

 

Na abertura do DTM, a Mercedes ameaçou continuar o massacrante domínio de 2010... venceu, mas a Audi mostrou que reagiu paea 2011. 

 

 

Nos treinos, a Mercedes marcou as duas poles, sempre com Bruno Spengler, que venceu com autoridade a etapa de abertura, dando a entender de que o domínio da Mercedes poderia continuar, especialmente porque seu – agora – companheiro de equipe, Ralf Schumacher, completou o pódio que teve Mattias Ekström em segundo lugar.

 

 

Na Holanda, se não deu para reagir no treino, na corrida a Audi mostrou sua força, trabalhando na pista e nos boxes para colocar Mike rockenfeller na ponta após as paradas obrigatórias e leva-lo à sua primeira vitória na categoria. Como Bruno Spengler chegou em segundo, manteve a ponta do campeonato, mas com 3 Audis entre os 5 primeiros (pódio também para Martin Tomczyk), a disputa este ano promete. Em tempo: Ralf “voltou ao normal”, terminando em 11º. O outro ExF1, David Couthard continua andando no fundo do pelotão.

 

 

 

Na segunda etapa, em Zandvoort - nem demorou muito - a marca dos quatro anéis, com a estratégia nas paradas, tomou a ponta e venceu.  

 

 

Quem também deu sua partida agora em maio foi a GP2... pelo menos a de verdade, sem aquelas corridas na Ásia. Se bem que, este ano, pelo menos, serviu para os pilotos se ambientarem com o novo carro e os novos pneus da Pirelli – que no caso deles “não se ‘desmancham’ em contato com o asfalto” com a mesma facilidade dos preparados para a F1.

 

 

Com um campeonato marcado por muitas “figurinhas carimbadas”, como o francês Romain Grosjean, que tem ‘quase a obrigação’ de ser campeão e do “menino da Ferrari, o também francês Jules Bianchi, ambos correndo em equipes das mais fortes, nenhum dos dois, até o presente momento, conseguiu se impor, mesmo com a vitória de Grosjean na prova inaugural. Bianchi, pelo contrário, vem se envolvendo em acidentes mostrando estar, nitidamente, sob pressão.

 

 

 

O acidente com Esteban Gutierrez logo na segunda curva da primeira corrida na Turquia assustou... felizmente o piloto nada sofreu. 

 

 

 

As provas da GP2 continuam sendo um festival de arrojo... muitas vezes em excesso! O que aconteceu nas primeiras curvas da prova de abertura, na Turquia. Esteban Gutiérrez errou, perdeu o controle do carro e atingiu Max Chilton, quase capotando em seguida. Contudo, o “campeão da pancadaria” vem sendo mesmo o piloto da Art-Lotus e piloto de teste da Ferrari. Bianchi envolveu-se em acidentes na segunda etapa turca, nas duas espanholas. 

 

 

Na segunda prova, a do domingo, os dois franceses se chocaram e os dois saíram no prejuízo. Outro que vem saindo “no prejuízo” é o brasileiro Luiz Razia. Depois de um promissor sexto lugar na abertura e de largar na segunda fila na prova dominical, Razia não conseguiu se sustentar nos pontos e com as batidas nas quais se envolveu na Espanha, chegou à Mônaco sob pressão... e esta só aumentou depois da vitória do companheiro de equipe, Davide Valsecchi, na prova longa, disputada na sexta-feira. Quem sabe um ‘pai de santo’ bem baiano ajude o nosso único representante na GP2 este ano...

 

 

Em Mônaco, na primeira prova, Grosjean mostrou – por não errar – que é um piloto diferenciado na categoria. Na primeira prova saiu de último para um brilhante quarto lugar... e Jules Bianchi bateu novamente! Contudo, batida – ridícula – foi a dos dois pilotos da ISport, onde o grande prejudicado foi o Sam Bird, que mesmo saindo ainda líder de Mônaco (empatado em pontos, mas perdendo nos critérios) ao lado de Grosjean.

 

 

 

A garotada da GP2 anda querendo mostrar mais serviço do que tem e o resultado é isso: batidas. E Jules bianchi está sentindo a pressão. 

 

 

Ao final desta “overdose” de GP2, com 3 rodadas duplas e seis corridas, Grosjean retornou à liderança do campeonato com 23 pontos, ao lado de Sam Bird, mas à frente nos critérios de desempate. Charles Pic é o terceiro, com 22, seguido por Davide Valsecchi e Giedo Van der Garde com 21. O brasileiro Luiz Razia mais um vez não marcou pontos e é o 16º, com os três obtidos na Turquia. A próxima etapa da GP2 é em Valência, no dia 25 de junho.

 

 

Quem também parece estar precisando de uma “ajuda divina” é a nossa dupla no FIA GT, Ricardo Zonta e Enrique Bernoldi. Apesar de andarem bem nos treinos, na hora de classificar o carro, sempre acontece algo de errado ou – pior – nas provas, todo tipo de infortúnio acontece com os dois na largada.

 

 

O campeonato teve duas provas em maio, No Algarve, em Portugal e em Sachenring, na Alemanha. Em Portugal, nem com 3 dos 4 Nissan largando nas 3 primeiras posições, a dupla brasileira conseguiu fazer mais que um 8º lugar... e isso depois de uma “prova de recuperação”. Na prova do domingo, enquanto os Nissan “dos outros”, davam um show na pista, o dos brasileiros se via novamente envolvido em problemas e sequer conseguiu pontuar.

 

 

 

Mesmo sem Zonta, nada deu certo novamente para o carro dos brasileiros que teve apenas Enrique Bernoldi representando o país.

 

 

Na prova alemã, Zonta abriu mão de participar para poder disputar a etapa da Stock Cars que acontecia no Velopark no mesmo final de Semana. Bernoldi correu com Warren Hughes, mas mesmo assim, as coisas não ficaram muito diferentes do que vieram de Portugal. O campeonato terá a próxima etapa em Silverstone, no dia 5 de junho, mês em que também é disputada as 24 horas de Le Mans.

 

 

Para fecharmos o “pacote turístico”, no WTCC, ninguém segura Robert Huff. O inglês veio para esta temporada como o piloto a ser batido dentro do esquadrão da Chevrolet, a única equipe oficial de fábrica remanescente na categoria. Na etapa realizada na Itália, em Monza, no último dia 15, ninguém deteve Huff.

 

 

Nas duas provas disputadas no mítico circuito italiano, a disputa parecia estar ainda mais restrita aos pilotos da equipe. Na primeira prova, Hull teve em Alain Menu seu adversário no início da prova. A Chevrolet só não fez o “1-2-3” porque – naquelas coisas que só acontecem no WTCC – na disputa pela 2ª posição, o campeão Yvan Muller jogou Menu para fora da pista!

 

 

 

Está realmente difícil acompanhar os Chevrolet Cruze no WTCC. A coisa está tão crítica que até as batidas são entre os carros da equipe! 

 

 

Na prova 2, com os quatro primeiros em grid invertido, os carros da Chevrolet superaram logo o “pole” Tiago Monteiro e disputaram entre si a liderança, com momentos de “intensa emoção” entre Huff e Muller, certamente para desespero do chefe da equipe. No final, sobreviveram em Huff venceu por 0,242 milésimos. 

 

 

No campeonato, Huff disparou na liderança do campeonato e agora soma 120 pontos, contra 84 do atual campeão Muller, que por sua vez, ainda não venceu em 2011. O domínio da Chevrolet, única equipe de fábrica do WTCC, é completo e é evidenciado com o terceiro lugar de Menu, com 79. Monteiro, com 58, e Tarquini, com 52. As próximas provas serão em Marakesh e Brno, dias 5 e 19 de junho, respectivamente. 

 

 

A F1 andou agitada com um mês de 5 finais de semana, três corridas e um noticiário farto para as mais completas – e/ou insanas – divagações, inclusive sobre o futuro da categoria, afinal, em uma galinha poedeira de tantos ovos de ouro – Bernie Ecclestone que o diga – o que não vai faltar serão “raposas” querendo pegá-la.

 

 

 

Rupert Murdoch (acima) fes um "contato amigável" com a CVC, de Mr. Williams (abaixo). Como objetivo, nada menos que "comprar a F1". 

 

 

Uma destas “raposas” atende pelo nome de Rupert Murdoch, CEO da News Corporation, um poderoso grupo de comunicação, firmou uma parceria com o grupo EXOR, um grande grupo de investidores europeus e teria traçado como alvo, comprar as ações e tornar-se o grupo majoritário no controle da categoria, hoje pertencente à CVC. 

 

 

O grupo CVC confirmou a “abordagem amigável” do consórcio Exor-News Corporation, que seria apenas um contato pois eles “reconhecem que a F1 é propriedade do CVC e não está atualmente à venda”, assim falou a nota oficial do grupo CVC à imprensa. Já o “cacique da bagaça”, Bernie Ecclestone, foi direto e contundente, afirmando que aquilo era uma tolice... contudo, deixou claro de que, caso a venda se consumasse, ele deixaria a categoria. Será/

 

 

 

"Não vendo, não troco e não dou"! Nada mais claro para traduzir a posição de Bernie Ecclestone em relação àvenda da categoria. 

 

 

Pelo sim, pelo não, o “cordão dos descontentes, puxado – como sempre – pelo presidente da Ferrari, Luca di Montezemollo, andou agitando os bastidores, mais uma vez, com a intenção de criar um grupo dissidente e fortalecê-lo para pressionar a assinatura do pacto da concórdia – a que vence em 2012 – e, ao invés deste, que se criasse uma categoria para vir a ser a futura nova F1... mais uma vez, a estorieta de sempre: muita conversa e no final...

 

 

Por falar em final, um final – talvez, para muitos – surpreendente no caso da disputa judicial pelo nome Lotus. A corte em Londres deu ganho de causa para Tony Fernandes (o da Lotus verde)... mas disse também que a Proton poderia continuar usando o nome Lotus! Digamos que foi um veredicto “quase salomônico”.


 

 

 

 

Se estivesse nas bolsas de apostas londrinas (possivelmente estava), o veredicto sobre o dono do nome Lotus surpreendeu. Deu Tony Fernandes!

 

 

A situação que seria cômica que não fosse trágica é que a Renault ou a Lotus-Renault (a preta e dourada) está correndo o risco de perder os motores... Renault! A razão disso é o “papagaio” de mais de 10 milhões de euros que a Genii, grupo que comprou a equipe, tem com a fábrica pelo fornecimento de motores. Existe um grande risco da equipe vir a usar motores da Cosworth em 2012 e deixar de vez o nome Renault para trás. Como diria o Chico Buarque, “Joga pedra na Genii...”

 

 

Mas se a questão é dinheiro, nada mais desesperado do que o esforço do nosso velhinho das filhas maravilhosas em colocar o GP do Bahrein de volta no calendário de todo jeito. Depois de conseguir prorrogar o prazo para a decisão final junto à FIA para 3 de junho, a idéia agora é colocá-lo na data onde está o GP da India e transferir este último para o início de dezembro.


 

 

 

E o presidente da Ferrari continua reclamando e articulando... certamente seria mais útil cuidar do próprio "quintal"... a Ferrari está atrás! 

 

 

Como os indianos estão loucos para fazer a corrida e o campeonato já vai estar decidido mesmo (alguém duvida? Eu aposto que antes de Monza a fatura já estará liquidada a favor do Vettel), vai ser mais uma festa do que uma corrida (quem ia gostar era o Max Mosley... podia rolar umas “terapias” à base de chás, roupas de colonizadores ingleses e umas mocinhas para ensinar o kamasutra!).

 

 

 Maio foi o mês do retorno à Europa (apesar do GP da Turquia ser no lado asiático do país). Passado o choque da perda da corrida na China, a Red Bull voltou a dar as ordens e desta vez, fez como dela se esperava: com dobradinha!


 

 

 

Na largada do GP da Turquia, Vettel, com um "olho grego" (que chamaram de turco na TV) pintado no capacete espantou a concorrência. 

 

 

Ficou evidente que, quando tudo dá certo – na largada – e os carros de Adrian Newey pulam na frente (Vettel), nada mais os segura. Eles ditam o ritmo, trabalham a estratégia (Webber), a equipe dá um show de eficiência nos boxes e podem prepara o hino  austríaco para tocar.

 

 

Mesmo assim, a equipe ainda não é o sinônimo da perfeição. O KERS ainda carecia de melhoras, mas na Turquia, com a primeira curva bem perto da largada, isso não foi problema... contudo, na Espanha, com a maior reta da temporada e uma distância enorme até a primeira curva, nem a vantagem astronômica que os touros vermelhos mostraram nos treinos garantiria uma liderança caso algo não saísse como deveria... e não saiu!

 

 

 

Preocupados entre si na Espanha, os pilotos da Red Bull descuidaram de Fernando Alonso, que tomou a ponta e segurou os touros na unha! 

 

 

Correndo em casa, Fernando Alonso parecia ter algo a mais no carro e conseguiu um surpreendente 4º tempo na classificação, que comemorou como uma vitória. Na largada, enquanto Mark Webber – que fez a pole – se preocupava com o companheiro Vettel (e vice versa), Alonso arranjou espaço e contornou a curva na frente!

 

 

Antes dos pneus de farinha, das asas móveis e desde “KERS 2.0”, o GP de Barcelona era uma procissão... e quase acontece o mesmo, com novas regras e tudo! Na pista, Vettel não conseguia passar Alonso de jeito algum e apenas no 2º pit stop foi que a estratégia deu certo e o alemão tomou a ponta e seguiu para a vitória.

 

 

 

Em Mônaco aconteceu de tudo! Até erro bisonho "à lá Ferrari" nos pits da Red Bull e uma disputa inusitada no final... que podia ser melhor.

 

 

A Ferrari ainda conseguiu envolver-se em uma polêmica suspeita de espionagem das mensagens de rádio da Red Bull e a equipe austríaca precisou “blefar”, simulando uma parada para atrair Alonso para os boxes e manter Webber na pista para conseguir ultrapassá-lo. No final da prova, a realidade era clara: Alonso terminou uma volta atrás de Vettel.

 

 

Até a prova de Mônaco teve mais emoções que a etapa espanhola, emoções que começaram antes da prova, com uma discussão sobre o uso ou não da asa móvel. Os pilotos via GPDA, que hoje tem Rubens Barrichello à frente, pediram que a asa não fosse autorizada. Todos foram a favor... menos Schumacher! A relação dos dois anda mais azeda do que nunca. Charlie Whiting cedeu em não liberar no trecho do túnel até a chicane do porto, mas liberou na “reta” dos boxes, fazendo o santo da Saint Devote ficar de “prontidão” todo o final de semana.

 

 

 

Nos treinos do sábado, uma batida forte tirou o mexicano Sergio Perez da corrida, mas o piloto passa bem. A super barreira funcionou. 

 

 

Alguns acidentes sempre acontecem em Monaco, mas nos treinos oficiais a pancada de Sergio Perez preocupou. Afinal, o piloto desmaiou com a pancada e a desaceleração. Felizmente tudo ficou bem e o mexicano apenas ficou fora da prova por recomendação médica.

 

 

As novas regras conseguiram dar emoção à prova. Teve ultrapassagens... mais até que em Barcelona e mesmo em lugares improváveis como a Lowes, a curva mais lenta do circuito e onde “não se passa mesmo” teve ultrapassagens... e confusão. Foi lá que Lewis Hamilton “empurrou” Massa contra o guard rail externo da curva e acabou tomando um drive through por isso. Pior para Felipe, que perdeu parte da pressão aerodinâmica, foi para a sujeira no túnel e acabou batendo... 3 corridas na Europa e nenhum ponto marcado... pior que isso é que Alonso fez 2 pódios neste período.

 

 

 

Que Lewis Hamilton é um piloto agressivo, todos sabem... mas em Mônaco ele passou um pouco dos limites e foi punido duas vezes.   

 

 

A Red Bull, tentando driblar a “espionagem”, tentou “inovar” nos boxes... e se enrolou toda nos pits! Sorte é que o carro é tão bom que mesmo com os pneus trocados na 16ª volta, Vettel mantinha a liderança e suportava a chegada de Alonso e Button, que poderia ter vencido se a equipe tivesse feito apenas duas paradas, colocando o pneu mais duro na última.

 

 

O final da prova estava eletrizante, com os 3 primeiros colados uns nos outros, Vettel com pneus de mais de 50 voltas, Alonso com pneus melhores e Button com pneus mais novos que ambos... mas aí eles chegara, na volta 72, num pelotão com 7 carros disputando os últimos pontos... tinha tudo pra dar “M”... e deu! “Carambola” generalizada, Petrov e Alguersuari fora, Hamilton com a asa traseira torta, destroços por todo lado... e bandeira vermelha. Com a pista no estado que estava, em 6 voltas não daria para limpar e terminar aquela corrida com bandeira amarela seria um pecado.

 

 

 

Felipe Massa foi uma das "vítimas do 'arrojo' de Hamilton. A outra foi Pastor Maldonado, que iria mar seus primeiros pontos na F1.

 

 

É, mas o diretor de prova e os comissários “cometeram outro para compensar”: permitiram que os pilotos trocassem os pneus e assim tiraram o melhor da disputa pela ponta. Permitiram também o reparo na asa traseira do Hamilton, que vitimou mais um antes disso: Pastor Maldonado foi atingido e quase sobrou para o santo na Saint Devote. No fim da prova, Hamilton tomou mais 20s no tempo, mas que não alterou sua posição.

 

 

Vettel venceu, tem 143 pontos contra 85 de Hamilton, o segundo. Barrichello fez uma grande prova, passou o Schumacher na pista e acabou prejudicado com as trocas de pneus nos pits uma vez que ele foi aos boxes antes da bandeira vermelha ser acionada. Mesmo assim, marcou os primeiros pontos da Williams no ano. As corridas estão fantásticas, apesar do campeonato encaminhar-se para um desfecho em breve (não acho que passa da Hungria), o contrario do ano passado, com um campeonato eletrizante, feito de provas chatas!

 

 

Até a próxima,

 

 

Colaboraram nesta coluna: Fernando Paiva; Willy Möller; Paulo Alencar e Mauricio Paiva. 

Last Updated ( Wednesday, 01 June 2011 01:44 )