Nobres do Grid - Hyperlink (Maio/2011) Print
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Saturday, 30 April 2011 15:34

 

 

Caros amigos, este mês que vai terminando vai ficar marcado na memória de todos, certamente. Interla-gos, de grande palco do nosso automobilismo passou a ser o alvo das críticas de pra-ticamente toda a impren-sa nacional pelos recentes – e lamentáveis – fatos ocor-ridos, com a morte de dois pilotos. Mudanças serão feitas, mas será isso o suficiente? 

 

Logo após o acidente que vitimou Gustavo Sonder-mann, a CBA reuniu-se com os gestores do autódromo e as modificações na curva do café serão feitas, com a criação de uma área de escape e o afastamento do muro, que – espero – con-tinue com o “soft wall”, tido em parte – ou todo – como vilão do acidente. Uma injustiça com as leis da física. 

 

O dito muro tem pro-priedades mecânicas que levam o carro a seguir sua linha após uma colisão... justamente o que não ocorreu com Sondermann. Se na NASCAR e na Indy nos ovais funciona, porque não funcionou em Interlagos? As leis da física são imutáveis. Se o choque for num “ângulo desfavorável”, não tem como o carro não voltar para a pista e provavelmente foi isso que aconteceu com Gustavo. Após ele ter se tocado com Tiago Giromini, o carro parece guinar para a direita (as imagens não são claras devido ao spray de água da pista molhada) e, caso tenha atingido o muro próximo da perpendicular, não tem como este impedir a volta do carro para a pista. 

 

 

Precisou acontecer mais um acidente na curva do café para que a CBA e a adm. de Interlagos considerassem os riscos do local. 

 

Segundo o que foi decidido, haverá a demolição de parte das arquibancadas próximas ao local do acidente e uma área de escape asfaltada com 15 metros será feita para aumentar a segurança naquele ponto. 

 

Na semana seguinte um piloto de kart veio a morrer em uma prova de rua na cidade de Jarinu, interior de São Paulo. André Luiz Valdo, de 25 anos bateu numa guia (meio fio em alguns lugares) e atingiu uma árvore. O campeonato, conhecido como “circuito das frutas”, que teria mais 5 corridas, foi cancelado. 

 

Não bastasse isso, bastou mais um final de semana de corridas para que o piloto amador Paulo Kunze, de 67 anos, vir a sofrer um grave acidente na curva do sol, em Interlagos, e após 3 dias na UTI, não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer. Kunze corria o campeonato paulista de automobilismo na categoria Stock Cars Light, que usa antigos modelos da marca Ômega, que já foram os carros da categoria nacional de mesmo nome nos anos 90. Neste caso, o chassi é um monobloco ao invés da gaiola de tubos. Mesmo assim, o piloto sofreu graves lesões com a capotagem de seu carro. 

 

O projeto vai "empurrar" o muro mais para fora, demolindo parte da arquibancada, mas o "soft wall" não foi o "vilão" da estória.  

 

Sabemos que o esporte a motor é perigoso, mas quando acidentes fatais começam a acontecer em profusão, definitivamente, está na mais que na hora de se rever conceitos! Aliás, foi por conta deste sentido, mas numa forma – talvez – mal colocada, que o diretor de provas Sérgio Berti acabou sendo duramente criticado por parte de alguns pilotos da Stock Cars após o acidente que vitimou Gustavo Sondermann. Na verdade, ele apenas constatou um fato, mas o calor do momento não era o mais propício para tal. 

 

E como se costuma dizer, “desgraça pouca é bobagem”, o site Grande Prêmio tratou de expor mais uma das mazelas das nossas autoridades desportivas: um piloto acusou o uso de substâncias proibidas no seu exame antidoping e nada foi dito à imprensa! Tarso Marques, que chegou a pilotar na F1 teve o laudo positivo em seu exame no final da temporada de 2009. O piloto continuou correndo até meados de 2010, quando teve uma suspensão decretada por 2 anos.  

 

 

Tarso Marques (aqui, nos tempos de F1) está envolvido com um caso de doping... o pior éque o fato não foi divulgado pela CBA.

Digamos que foi o tempo para contraprovas ou outros exames, mais recursos, etc. A pergunta é simples: Porque nos outros esportes, quando casos desta natureza ocorrem, o atleta é afastado quase imediatamente das competições e TODOS ficam sabendo, uma vez que as autoridades esportivas fazem tal anúncio, e no nosso automobilismo não? É realmente hora de rever conceitos... ou até mais que isso! 

 

Nas disputas na pista, a categoria principal do turismo brasileiro continua enchendo as arquibancadas. Tivemos duas etapas neste mês, a de Interlagos no dia 3 e a de Ribeirão Preto, no dia 17. 

 

Em Interlagos, a corrida foi antes da chuva, o que minimizou o risco de acidentes. A largada foi ordeira e sem incidentes e viu Maurício se segurar na primeira posição, mas Cacá perder a segunda para Marcos Gomes. O primeiro acidente da prova só foi acontecer na 7ª volta. Allam Khodair escapou na Junção e bateu forte na barreira de pneus. Susto grande, mas sem ferir o piloto de Mauro Vogel.  

 

 

Na largada da etapa de Interlagos, Ricardo Mauricio manteve a ponta e parecia seguir para a vitória... até a parada nos boxes. 

 

A corrida só começou a mudar na 9ª volta, quando o Ricardo Maurício fez seu pit obrigatório. Saiu antes do tempo e acabou levando o tanque de reabastecimento preso. Ricardo parou alguns metros depois e um mecânico da RC arrancou o tanque de lá... mas o estrago já estava feito. Duas votas depois, Marcos Gomes parou... e levou uma mangueira de pit-stop pendurada em sua asa! Pouco depois, um problema de motor o fez abandonar.  

 

Vantagem para a dupla de Andreas Matheis, Cacá Bueno e Daniel Serra, que veio passando todo mundo até chegar ao segundo posto. Nos pits tudo correu bem e no final, a dobradinha foi garantida, com Ricardo Maurício terminando em terceiro lugar. 

 

O que chamou a atenção de todos, além da prova sem incidentes – coisa rara na stock – foi o problema generalizado nos freios. A falha nos freios está diretamente relacionada com o desgaste das pastilhas, fornecidas pela Ecopads. No caso dos pilotos da JF Racing - Rodrigo Sperafico Rodrigo Navarro – o problema colocou em risco os próprios pilotos. No carro de Sperafico, as peças da parte traseira do carro aqueceram tanto que o paranaense terminou a corrida ‘no ferro’. Allam Khodair, que abandonou na volta 7, relatou o problema a Zeca Giaffone, um dos comandantes da JL. 

 

 

Depois do problema do líder nos boxes, Cacá assumiu a liderança, seguido de Daniel Serra. Festa em dobro para Andreas Matheis. 

 

Jorge Freitas foi ponderado nas suas críticas (com o risco de ser punido pela lei da mordaça, teve que ser "Jorginho, paz e amor"), mas não ficou calado. “Qualquer categoria do mundo possui falhas também, até a F1”. Segundo ele, não adianta procurar culpados. O que é preciso é a correção dessa falha. Com carros que atingem os 270 km/h, freio é algo que não pode falhar! A Ecopads, fornecedora das pastilhas de freio não se manifestou. 

 

A prova de Ribeirão Preto teve algumas modificações em relação a etapa do ano anterior. Alargaram alguns trechos da pista, tiraram a parte mais lenta e modificaram a saída dos boxes, com mais espaço para os carros na pista passassem naquele ponto sem se espremer entre muros. 

 

Diferente do que foi a corrida do ano passado, os pilotos não passaram pelos apertos e o safety car só entrou duas vezes na pista... e mais por precaução, pois foram acidentes relativamente pequenos.  

 

 

Em Ribeirão Preto, Átila Abreu repetiu a vitória do ano passado... numa corrida extremamente tranquila, sem os acidentes de 2010. 

 

Luciano Burti, que fez uma volta daquelas e conquistou a pole, manteve a ponta, com Cacá logo atrás. Duda Pamplona  e Átila Abreu se espremeram para fazer a primeira curva e o piloto da Office levou a pior, perdendo várias posições. Na segunda volta, Átila usou o push-to-pass – que teve sua potência reduzida para a prova no circuito de rua – e ultrapassou Cacá Bueno, que sofreu durante toda a prova com um problema na caixa de direção. Allam Khodair também passou Cacá duas voltas depois. 

 

O piloto da Red Bull foi para os boxes logo no início da prova. Alguns pilotos que estavam no meio do pelotão também optaram por essa estratégia para tentar pegar pista limpa e ganhar terreno no final. Quem jogou tudo por terra foi Luciano Burti, que “deu um Migué” (ou, pelo menos, tentou dar) na sua entrada dos boxes e passou por dentro dos cones (devia passar por fora) e foi punido com um Drive Through por isso.  

 

Pouco tempo depois, o piloto abandonou a prova e, em entrevista, disse que o suor estava entrando nos olhos e ardendo muito e que ele foi enxugar os olhos e – sem ver – tomou o caminho errado!!! O cara entrou nos boxes em voo cego, tomou o caminho errado e confessou no ar?!?! Não dava para esperar o carro parar? Pelo relato, Burti colocou em risco todos no pit lane. Afinal, não estava vendo para onde ia!

 

Após o primeiro acidente, na relargada tínhamos Átila, Khodair, Max Wilson, Cacá e Marcos Gomes no top 5. Dada a bandeira verde, Khodair bem que tentou tomar a ponta, mas nada conseguiu. No terço final da prova, Alceu Feldmann escapou, bateu no muro, danificou o carro, parou na pista e provocou nova aparição da bandeira amarela. Após a relargada, Allam Khodair parecia não ter mais o mesmo rendimento, perdendo posições para Max Wilson e Cacá Bueno. 

 

 

Luciano Burti e seu "voo cego" dentro da área dos pits: punição com um 'drive through' e risco para todos que trabalhavam ali. 

 

O que mais chamou a atenção mesmo no final de semana da prova de RP foi a carta manifesto dos pilotos, que fizeram uma série de exigências para a VICAR e a CBA, a grande maioria no tocante à segurança. A associação criada pelos pilotos da categoria e liderada por Thiago Camilo. O ponto mais – digamos – polêmico foi o pedido do afastamento de Sergio Berti da direção de prova da categoria. Berti virou alvo depois de ter dito “que os acidentes precisavam acontecer num esporte de risco para que as medidas fossem tomadas”. Na prova ele foi substituído pelo gaúcho Mirnei Piroca. 

 

Deveremos ver outras mudanças ao longo da temporada e, mesmo que informalmente, parece que os pilotos, que são os verdadeiros astros do espetáculo, irão conseguir avanços positivos para a categoria. O campeonato, que tem a liderança de Max Wilson volta à pista no dia 15 de maio, onde teremos a primeira das duas provas que irão acontecer no Velopark.  

 

A – agora – categoria irmã da nossa Stock à nível mundial, o WTCC teve sua segunda etapa em Zolder, na Belgica. Mudou o continente mas não mudou o domínio da Chevrolet, que desde os primeiros treinos mostrou que dificilmente seria superada. Robert Huff foi que melhor se acertou entre os três pilotos titulares do único time de fábrica remanescente na categoria. 

 

 

Robert Huff continuou com o domínio da Chevrolet na etapa de Zolder do WTCC. Parece que nada é capaz de deter os Cruze. 

 

Na prova 1, com largada lançada, os pilotos que largaram por fora tiveram vantagem. Alain Menu tomou a ponta e Gabrielle Tarquini o 3° lugar. Huff logo retomou o seu lugar de direito, mas Yvan Muller não teve vida fácil atrás do piloto da SEAT. 

 

Como a categoria tem provas curtas e disputas acciradas, não demorou muito para o primeiro acidente acontecer... com entrada do safety car. Yukinori Taniguchi, da equipe Bamboo Engineering, foi atingido pelo BMW de Mehdi Bennani, da Proteam, na curva 2. O japonês ainda conseguiu voltar para a corrida, mas o marroquino não teve a mesma sorte e teve de abandonar por causa dos danos no carro. Pouco depois foram Franz Engstler, Tom Coronel e Fredy Barth que decidiram “misturar as tintas” na curva 4. 

 

Tarquini fez o que pode, mas não conseguiu segurar Yvan Muller até o final, caindo para a 4ª colocação. Se isso pode ter frustrado o italiano, ao menos deu a ele uma melhor posição de largada com o grid invertido para a prova 2. 

 

 

Na segunda prova, com raça e habilidade, Gabrielle Tarquini mostrou que é possível vencer os carros azuis... mas não foi fácil. 

 

Na prova com a largada estacionária, Tarquini mostrou toda sua categoria de ex piloto de Fórmula 1 e segurou a trifeta da Chevrolet atrás de si. Claro que tentativas de ultrapassagem aconteceram... mas quem tentou se deu mal e Robert Huff acabou fora da pista quando tentou tomar a ponta.  Quem também ficou pelo caminho foi Alain Menu, que apresentou problemas de motor e acabou não pontuando. Sobrou um Cruze para cruzar a linha de chegada em 2° lugar, seguido do Português Tiago Monteiro. A surpresa ficou para o 4° lugar do Chinês Darryl O’Young. Com os resultados da etapa belga, Huff lidera o campeonato com 70 pontos, um a mais que o companheiro de equipe, Alain Menu. Tarquini aparece em terceiro, com 51 pontos. A próxima rodada da temporada será em Monza, na Itália, no dia 15.

 

Já na “stock dos hermanos”, tivemos na corrida de rua da província de Santa Fé a corrida noturna como parte da programação. Os argentinos, que são seres notívagos por natureza, aprovam com louvor a idéia (imaginem... a dona dos direitos de transmissão passando uma corrida no lugar da novela). Segundo os organizadores, forma mais de 50 mil espectadores no entorno da pista. 

 

 

A etapa de Santa Fé, a segunda do TC2000, teve uma corrida à noite e outra com luz do dia... mas o domínio foi de Spataro. 

 

Assim como no ano passado, o grande nome do final de semana foi Emiliano Spataro, da Equipe Team Fuel Oil FIAT, que venceu as provas de ponta a ponta. Claro que o fato da pista de rua ser um complicador para quem tenta ultrapassar, mas ainda assim, elas aconteceram. O campeão, Norberto Fontana, galgou 5 posições, saindo de 12° para 7°. 

 

Após a segunda etapa do campeonato, a liderança da tabela de pontos está com Manuel Silva, com 41, seguido por Altuna e Yannantuoni com 39, Matias Rossi tem 38,5 e com os êxitos em Santa Fé, Spataro fecha o top 5, com 31 pontos.

 

A próxima data da 3M argentina TC2000 Campeonato será disputada na pista de Jorge Angel Penna San Martín, Mendoza. Segundo o site oficial da categoria, três das 12 etapas ainda estão com local de realização a ser confirmados.  

 

 

Em Martinsville, a Sprint Cup protagonizou mais um daqueles acidentes que só ela protagoniza. Só que, lá, o muro "funciona". 

 

Já nos Estados Unidos, a NASCAR continua acelerando forte... e batendo forte como sempre. Foram quatro etapas em abril, mas os comentários sobre a prova de Richimond, que aconteceu neste sábado 30, vai ter seu comentário no mês que vem... afinal, temos que fechar a edição antes da largada. 

 

No dia 3, em Martinsville, Kevin Harvick repetiu a fórmula de sucesso da prova de Fontana, quando saiu do bolo e alcançou a ponta no final. Dale Jr, o filho da lenda e o queridinho da América quase se livrou da “seca” de quase 100 corridas sem vitória, mas teve que se contentar com o segundo lugar. 

 

Foram 20 minutos de bandeira vermelha para os comissários liberarem a pista... no final, carros amassados e pilotos inteiros.  

 

A corrida foi repleta de bandeiras amarelas... e uma delas, depois da uma forte batida entre Martin Truex Jr e Kasey Kahne, transformou-se em bandeira vermelha. Durante 20 minutos a equipe de limpeza teve que trabalhar duro por conta de fluídos na pista. Os demais acidentes tiveram foram mais consequências de erros cometidos como o de Regan Smith, que acabou sendo coletado por Kurt Busch e outros pilotos, além de um toque entre Paul Menard e Brad Keselowski. 

 

 

Para os sobreviventes dos acidentes, a chance de vitória, que ficou com Kevin Harvick para a tristeza dos fãs de Dale Earnhardt Jr. 

 

Após a última rodada de pits e quando parecia que Dale Earnhardt Jr. encerraria um jejum de 98 corridas sem vitórias... Ele entrou na parte final da corrida na liderança, mas Kevin Harvick o alcançou faltando 4 voltas para o final. No primeiro ataque, Earnhardt reagiu e retomou a ponta, mas no segunso, pouco antes do início da volta final, não teve como. Kyle Busch, da Joe Gibbs, liderou boa parte da prova, mas teve de se contentar com a terceira posição. O colombiano Juan Pablo Montoya foi o 4°. 

 

Na semana seguinte, nos embalos de sábado à noite do Texas, ninguém pareceu ser um adversário à altura para Matt Kenseth. O piloto liderou 169 das 334 voltas e com isso, quebrou o seu jejum pessoal de mais de dois anos sem vencer na categoria principal. 

 

Na prova do Texas, os pits e as estratégias, que normalmente já tem enorme importância, foram ainda mais cruciais. 

 

A prova começou interessante já que as estratégias misturaram bem a corrida, pois teve gente que preferiu ficar na pista depois da primeira bandeira amarela, ainda na 10ª volta. Muita gente parou, muita gente ficou na pista e aí as coisas começaram a ficar incertas após um longo período sem bandeiras amarelas depois da volta 50, voltando apenas na volta 113. 

 

Quem optou por parar no início da prova acabou ficando no prejuízo, tendo que parar antes do final para não ficar pelo caminho. Isso foi fundamental para Kenseth, que estava cerca de 11s atrás de Kurt Busch, o líder. O piloto da Penske fez o que pode para economizar ao máximo o combustível, mas não tinha como fazer mágica e assim, foi obrigado a fazer um splash-and-go faltando 13 voltas para o final. 

 

 

Quem acertou na estratégia, andou rápido no final, como Mark Kenseth. Quem errou, ou fez um "splash and go" ou ficou no caminho. 

 

Com o adversário fora da briga, Kenseth retomou a ponta e seguiu para a vitória.  Clint Bowyer terminou em segundo. Quem tentou se segurar na pista de todo jeito, como e Tony Stewart, que aparecia em terceiro, acabou pagando um preço mais alto do que queria. O piloto do carro 24 ficou sem combustível no último giro e terminou na 12ª colocação. 

 

A prova de Talladega foi aquela prova chata dos pilotos andando em dupla. Com o carro de trás empurrando o carro da frente... só que a “técnica do empurra” tem que ser refinada, caso contrário o piloto da frente pode perder o controle e provocar um acidente. E isso aconteceu algumas vezes, algumas delas protagonizadas por Kurt Busch, que “empurrou mais do que devia”.

 

Talladega daquelas corridas de "empurra que eu vou", com os pilotos andando em dupla. Como no xadrez chato de se ver!

 

Conforme a prova foi passando, as principais duplas estavam sendo formadas e brigando pelo pelotão principal, e os líderes sendo trocados constantemente. Clint Bowyer, Paul Menard, David Ragan, Kasey Kahne, Kyle Busch entre outros, até a primeira intervenção da bandeira amarela na volta 28, justamente quando o Busch mais velho “empurrou” Landon Cassil... e essa foi a primeira de várias amarelas durante a prova. 

 

Kurt Busch andou exagerando na dose dos "empurrões" e andou provocando alguns acidentes. Fumaça, fogo, detritos... e todos vivos! 

 

Em uma prova de muita estratégia, as duplas e trocas na liderança pareciam ser passos medidos por todos os contendores. No Sprint final, faltando 25 voltas para o final, Dave Blaney era o líder. Neste momento, as duplas definitivas pareciam estar formadas, com Greg Biffle empurrando Carl Edwards, Mark Martin empurrando Jeff Gordon, Dale  Jr empurrando Jimmy Johnson e Kevin Harvick empurrando David Bowyer.  

 

As trocas de liderança passam a ficar mais tensas até que na última volta Gordon lidera, mas é superado por Bowyer, e na última reta, quando se dava a vitória para o piloto de Richard Childress, Jimmie Johnson é empurrado para uma vitória espetacular, com diferença de 0.002 para a vitória de número 196 da equipe de Rick Hendrick. Na sequência de Jimmy Johnson chegaram Bowyer, Gordon, Earnhardt Jr., Harvick, Edwards, Biffle, Martin, Gilliand e Logano diferença entre o primeiro e o oitavo colocado, Mark Martin, foi de apenas 0.145 segundos.

 

 

Se a corrida foi chata, o final foi de arrepiar. Quase uma linha quádrupla e a vitória do penta campeão Jimmy Johnson por 0,002s. 

 

Os 5 primeiros colocados do campeonato são Carl Eduards, Jimmie Johnson, Dale Jr. Kevin Harvick e Kurt Busch. 

 

Nossos meninos da Truck series continuam buscando o aprendizado necessário para chegar até a NASCAR. Nas duas provas do mês de abril o melhor resultado foi a “vitória moral” de Nelsinho Piquet em Nashville. Afinal, ele chegou em segundo, atrás apenas do “papa todas” Kyle Busch. Na tabela de pontos, os brasileiros estão “no bolo”, mas a consistência de Paludo e este resultado de Nelsinho dá um ânimo extra... e tudo indica que eles terão companhia em breve, com uma nova equipe sendo montada e tripulada por Kimi “on the rocks” Raikkonen.   

 

 

Em Nashville, Nelsinho Piquet conseguiu o melhor resultado - até agora - dos brasileiros na Camping Series com um 2º lugar. 

 

Do – digamos – turismo convencional para os supercarros do gran turismo no Brasil e no mundial da categoria. 

 

O Itaipava GT Brasil teve sua etapa de abertura em Interlagos com duas corridas bastante distintas. Enquanto a chuva foi um adversário a mais para pilotos e equipes no domingo, a pista esteve seca todo o tempo no sábado. Com os ânimos ainda abalados pela morte de Gustavo Sondermann, muitos dos pilotos da Stock estavam de volta ao palco e ao contorno da curva do café. 

 

Allam Khodair e Marcelo Hahn venceram a primeira corrida da etapa de abertura da temporada2011 do GT Brasil, neste sábado (9), em Interlagos. O triunfo serviu também para que o duo espantasse uma seca de mais de um ano sem vitórias na categoria.

 

Na corrida do sábado, a dupla Allam Khodair e Marcelo Hahn largou com sua Lamborghini na pole-position, mas perderam aponta para Ricardo Sperafico, em um Corvette. A disputa pela ponta ficou pelo caminho quando, ainda na segunda volta, Sperafico teve problemas e Khodair voltou a ponta.

 

 

No sábado, prova de abertura da GT3 em Interlagos, Allam Khodair e Marcelo Hahn encerraram a 'seca' de vitórias na categoria.  

 

Depois da parada obrigatória nos boxes, para a mudança de parceiro, Marcelo Hahn seguiu rumo à bandeira quadriculada, conquistando a primeira vitória na categoria depois de um ano e meio. Khodair comemorou o fim da seca e dedicou a vitória a Gustavo Sondermann. Rodrigo Sperafico e Claudio Dahruj terminaram em segundo e a dupla Juliano Moro e Paulo Bonifácio terminaram em 3°.

 

Na prova do domingo, a chuva que caiu na segunda parte da prova ajudou a dupla pai-e-filho, Xandy Negrão e Xandinho Negrão, a bordo do Audi R8, venceram a segunda prova do torneio GT Brasil. O temporal que atingiu a pista paulistana durante a parte final da corrida forçou a direção de prova a antecipar seu final. 

 

A dupla da família Negrão só conseguiu assumir a ponta graças a estratégia dos boxes. Apesar da parada ser obrigatória para todos, eles pararam justamente no momento em que a chuva começou. Com a antecipação do final da prova, a dupla saiu beneficiada.  Rodrigo Sperafico e Claudio Dahruj chegaram a liderar, mas a chuva jogou a dupla para o pelotão intermediário, terminando na quinta posição, mas herdaram duas posições por conta das punições impostas a Paulo Bonifácio e Juliano Moro, por passagem sobre a linha de entrada/saída de boxes, e Ricardo Ribeiro, quarto colocado, por não cumprir a parada obrigatória de dois minutos. 

 

 

No domingo, a chuva ajudou pai e filho da família Negrão a vencer a segunda prova da rodada dupla de Interlagos.  

 

Numa prova particularmente charmosa e que não faz parte do campeonato, mas sim do brasileiro de endurance, A dupla formada por Chico Longo e Daniel Serra, em uma Ferrari F430, venceu as 3 Horas de Guaporé, disputadas no sábado, dia 23, no belíssimo circuito da pequena cidade gaúcha. 

 

Chico Longo, que começou a prova, cometeu um erro e quase comprometeu a corrida quando deu uma escapada na 6ª volta. Contudo, a superioridade da dupla era tamanha que Daniel Serra provavelmente nem precisaria dos problemas que os seus adversários enfrentaram para recuperar a ponta. A segunda colocação ficou com Tiel de Andrade/Bruno Justo, enquanto Beto Ribeiro e Nilson Cintra, em um protótipo MXR, completaram o pódio. 

 

 

Nas 3 hora de Guaporé, Daniel Serra e Chico Longo, apesar dos problemas no início, receberam a quadriculada em primeiro lugar. 

 

No mundial da FIA, a dupla brasileira da Nissan não tem tido muita sorte. Apesar do carro já ter se mostrado extremamente competitivo, os pilotos nacionais tem enfrentado toda sorte – ou falta dela – durante as etapas.  

 

Nos treinos para a prova classificatória, no sábado, Os brasileiros não fizeram um bom treino classificatório. Ricardo Zonta e Enrique Bernoldi se classificaram em 11º, enquanto Jaime Câmara, em 14º, no Corvette que divide com o francês Michael Rössi. Na prova – que foi vencida por Markus Winkelhock e Marc Basseng, com uma Lamborghini – a dupla da Nissan acabou abandonando a 10 voltas do fina. Contudo, foram tantos abandonos que eles ainda iriam largar na 12ª posição no domingo. 

 

 

Em mais uma etapa em que tudo deu errado para os brasileiros, Markus Winkelhock e Marc Basseng assumiram o 1º lugar no FIA GT. 

 

Se no sábado as coisas foram ruins, no domingo foi ainda pior: A dupla brasileira se envolveu num acidente logo na largada e abandonou. Na largada, um Corvette acertou Zonta, fazendo-o rodar em plena reta. Como tragédia pouca é bobagem, ele ainda acertou outro carro... justamente o outro carro da equipe! Os brasileiros lamentaram muito pois esperavam fazer alguns pontos na etapa, que foi novamente vencida pelos pilotos Markus Winkelhock e Marc Basseng, e sua Lamborghini. 

 

A próxima etapa será disputada em Portugal, no circuito do Algarve, dia 8. O campeonato tem a liderança da dupla Markus Winkelhock e Marc Basseng, seguida da dupla Stef Dusseldorp e Clivio Piccione, com Andrea Piccini e Christian Hohenadel em terceiro. 

 

Antes de entramos no mundo dos monopostos, um momento musical para descrever o que foi a etapa do Rio de Janeiro da Fórmula Truck. Sim, porque se fôssemos escolher uma trilha sonora para a esta prova, a música seria aquela, do Erasmo Carlos – à beira do caminho – tamanha a quantidade de abandonos. 

 

 

Na etapa carioca da Fórmula Truck, nem o tempo encoberto esfriou as emoções ou afastou o público de quase 50 mil pessoas. 

 

Na largada, o pole position Felipe Giaffone conseguiu segurar a ponta, ante o ataque de Roberval Andrade e o “caminhão do timão”, desta feita pintado de roxo. Só que um problema mecânico tirou o piloto da Volkswagen da disputa ainda na segunda volta, abrindo caminho para Roberval. Contudo, a disputa estava longe de terminar, com os outros caminhões da equipe de Renato Martins andando bem e o Isgué parecia que viria mesmo para cima... até ficar também pelo caminho. 

 

Os “caminhões do mengão”, que tiveram direito a festa no sábado, presença da presidente do clube e toda a promoção do mundo não largaram bem, mas o Zé Maria Reis vinha fazendo uma boa prova, chegando a ocupar o terceiro lugar antes da primeira parte da prova... mas também ficou pelo caminho. Relargada dada, foi a vez de Danilo Dirani perseguir Roberval Andrade, que parecia apresentar problemas e gerava a ira de Djalma Fogaça, chefe da equipe Ford. Os protestos não tiveram efeito, mas o problema existia e – para vibração da torcida – Roberval ficou pelo caminho.  

 

 

A prova teve muitos abandonos e, entre eles, os caminhãoes de Corinthians e Flamengo, adiando o "embate da bola" nas pistas. 

 

Parecia que Danilo Dirani teria, um ano depois, a recompensa pelo bom trabalho feito no ano passado, quando marcou a pole, mas teve problemas desde a volta de apresentação. Aparentemente os adversários não tinham caminhão para atacar Dirani... mas um problema no diferencial e também ficou pelo caminho. O menino Dirani chorava copiosamente nos boxes. 

 

Na base do “vence você que eu não tô afim”, os caminhões da Mercedes vieram galgando posições e acabaram por fazer uma dobradinha na etapa carioca, com Geraldo Piquet vencendo a corrida que abriu o campeonato brasileiro (este ano 3 corridas farão o sulamericano e as outras 7 o brasileiro). A próxima corrida será em Caruaru, no dia 15 de maio, válida pelo brasileiro. 

 

 

No final, Geraldo Piquet venceu no que restou do circuito que tem o nome de seu pai. Possivelmente, fora do calendário em 2012. 

 

Quem também quase ficou pelo caminho foi o pessoal do WRC. Devido aos problemas na Síria comas revoltas populares, a categoria precisou alterar o caminho para chegar à Jordânia, local da 3ª etapa do mundial. A maioria das equipes optou pelo transporte marítimo, mas o navio teve problemas de máquinas e atrasou. Para piorar, foi impedido de atracar em Haifa, um porto israelense, até que uma tempestade passasse e isso comprometeu as atividades da quinta-feira, onde são feitos os reconhecimentos e o “shakedown”. Equipe e organizadores precisaram correr atrás do prejuízo. 

 

Na disputa em si, quem correu tudo o que podia foi Sebastien Ogier, que definitivamente entrou na briga pelo campeonato e mostrou que não é o Daniel Sordo para seu companheiro de equipe, o hepta campeão Sebastien Loeb, que terminou apenas em terceiro e perdeu a liderança do campeonato para o companheiro. A próxima etapa será na Itália, no segundo final de semana do mês de maio. Na última, os pilotos cruzarão o atlântico para a disputa na Argentina. 

 

 

Sebastien Ogier venceu mais uma, assumiu a liderança do mundial e mostrou que seu companheiro - Loeb - não vai ter moleza. 

 

E por falar em Argentina, a largada do De Cá – 2012 continua em terras Hermanas, mas com a chegada em terras peruanas, na capital, Lima, pela primeira vez. E assim começa o plano de “expansão territorial” do Raid que, por conta da instabilidade política no continente africano está cada vez mais distante de suas origens. 

 

Quem também parece que está ficando distante é a tricampeã Volkswagen. A montadora de Wolfsburg deve anunciar agora em maio, na Itália, sua entrada no WRC a partir da próxima temporada, quando deverá realizar algumas provas no próximo ano, assim como a Mini está fazendo agora para disputar o campeonato completo em 2013. A consequência imediata será a saída da fábrica alemã do maior rali cross-country. Isto, contudo, não vai impedir o suporte a times privados... claro que sem o mesmo sistema da equipe atual. Quanto ao sonho em ter Loeb na equipe, parece que o alvo agora é Peter Solberg diante dos “sinais” de que o francês pretende abandonar as competições em breve. 

 

 

Com a inclusão do Peru no "De Cá" para 2012, o mais famoso raid do mundo vai fincando raízes no nosso continente.

 

O Brasil é o país da hora na F3 inglesa. Após duas rodadas – seis etapas, no caso – nossos pilotos venceram 4 corridas, com 3 dobradinhas. As etapas foram realizadas em Monza e em Oulton Park (para quem não sabe, o campeonato inglês faz algumas provas fora da ilha. Uma boa escola para que os pilotos tenham oportunidade de conhecer alguns dos circuitos do continente. 

 

Felipe Nasr, que venceu 3 das 4 vencidas por brasileiros (o outro a vencer foi Lucas Foresti) lidera o campeonato, mas o malaio Jaseman Jaafar tem dado trabalho para a esquadra nacional, que ainda tem Pietro Fantin, Yann Cunha e Pipo Derani. Fantin também já conquistou um pódio. 

 

 

Em Oulton Park, Lucas Foresti vence uma das provas da Fórmula 3 Inglesa... com Nasr em segundo. 4 dobradinhas até agora. 

 

O campeonato está só no começo, mas é animador não apenas os resultados, mas o desempenho dos pilotos brasileiros nas provas que vem disputando. Há tempos que nossos “meninos” não vinham tendo oportunidade nas melhores equipes do campeonato, contudo, é bom não ficarmos empolgados demais com este desempenho. Afinal, não é apenas uma questão de habilidade. O dinheiro é quem tem falado alto!

 

Já na F3 Sudam, a etapa que estava marcada para o final de semana 23/24 de abril na Argentina foi cancelada... a situação parece estar indo de mal a pior para os que ficaram por aqui para correr de monopostos. Lástima não é a palavra mais apropriada para o que a categoria vem passando. A questão é bem mais complexa. 

 

 

Em Monza, Felipe Nasr vence a terceira das 6 provas e a quarta dos brasileiros. Liderança do campeonato e holofotes sobre si. 

 

Voltando para os EUA, a F. Indy teve duas provas em abril, antes da esperada etapa brasileira, que ao contrário do ano passado, quando foi bombardeada de críticas por parte da mídia, este ano não vem sofrendo o mesmo assédio... sinal de que as coisas realmente deram certo. 

 

A prova de Barber, no Alabama, teve o desfalque da nossa Bia Figueiredo, que operou o pulso e colocou um pino para acelerar a recuperação da fratura sofrida na abertura do campeonato. Ela foi substituída por Simon Pagenaud, piloto que vem disputando provas de turismo nos últimos anos. 

 

 

Na etapa de Barber, Will Power mostrou porque é o rei dos mistos na atualidade. Em nenhum momento foi ameaçado de preder. 

 

Na prova, se em St. Petersburgo Will Power vacilou na largada e deixou de ganhar a prova, em Barber ninguém foi adversário para o piloto da Penske. Os adversários não encontraram o caminho para buscar um luta direta pela liderança, exceto nas relargadas das bandeiras amarelas.

 

O pseudo pódio foi completado por Scott Dixon e Dario Franchitti (sem ordens de equipe). Mais uma vez Tony Kanaan fez uma corrida fantástica, saindo da 24ª posição para terminar em um brilhante 6º lugar. Humilde, Tony agradeceu ao companheiro de equipe, Takuma Sato, pelo acerto do carro que ele copiou pelos seus problemas enfrentados durante os treinos. 

 

 

Em Long Beach, mais uma pole de Power. A 3ª em três provas. Dentro da estratégia, tudo parecia que iria correr bem... 

 

Na prova seguinte, em Long Beach, Bia voltou... de teimosa! Impressionante a “secura” que piloto – independente do sexo – tem para ir pra pista. Era evidente que ela não teria condições de andar rápido. Não apenas pelas dificuldades do carro, mas a pista era uma coisa impressionante... tamanha a quantidade e o tamanho dos “bumps” que vimos na transmissão da TV. O carro parecia quicar como uma bola. 

 

Mais uma vez Will Power fez a pole, mostrando que nos mistos, ele é o cara. Na largada, o pole não passou aperto e contornou a curva 1 na frente, comandando o ritmo da prova até a primeira parada nos boxes, pela volta 24 com a primeira bandeira amarela. Power voltou atrás de Ryan Hunter-Reay e Marco Andretti acertou Sebastien Bourdais nos pits. 

 

 

Na parte final, antes do ataque a Mike Conway, Will Power foi "acertado" por Helinho. O Brasileiro está sob observação da IRL. 

 

A corrida – quando os carros estavam andando – era uma grande procissão, onde ninguém passava ninguém. Quem perdia posições era quem geralmente tinha algum problema. Foi assim que Hunter Reay perdeu terreno na disputa pela ponta.  

 

Na parte final da prova em uma relargada onde os carros da Penske partiram para o ataque final, com Ryan Briscoe atacando Mike Conway, seguido de Will Power e Helio Castroneves saltando da 5ª para a 4ª posição quando... numa cena insólita o piloto brasileiro acertou seu companheiro de equipe, tirando as chances de um melhor resultado para ambos, que terminaram em 10° e 12° lugar.  

 

 

Fora de confusões e acidentes, Mike Conway seguiu para a vitória e renasceu na categoria depois do acidente de 2009 em Indianapolis. 

 

Conway, que sofreu um dos mais assustadores acidentes dos últimos tempos nas 500 milhas de Indianápolis, conquistou uma vitória emocionante, tanto para ele como para a equipe Andretti. Os brasileiros não conseguiram muita coisa na prova, com Tony Kanaan sendo apenas o 8º e Vitor Meira o 9º. 

 

No Brasil, está tudo pronto para a prova do Anhembi, e a lotação já estava praticamente vendida quando do fechamento desta edição. 

 

No mundo fashion da F1, os franceses (da Renault), que entendem tudo de moda e de coisas fashion mandaram um recado para o bom velhinho Bernie Ecclestone ficar tranquilo com relação ao ruído dos motores 1.6 V4 Turbo que devem ser usados a partir de 2013, mas já faz algumas semanas que o mecenas da categoria mudou seu foco. 

 

 

D. "Quibernie de la Mancha" e sua luta contra os moinhos de vento da FIA de Jean Todt e os manifestantes do emirado do Bahrein.  

 

A disputa e as rusgas com o novo presidente da FIA, Jean Todt (que é francês e, portanto, tem seu lado fashion). Os rounds que além dos motores tem questões de gerenciamento com uma bomba para explodir logo em seguida ao fechamento desta coluna: A FIA colocou como data limite para uma definição sobre o GP do Bahrein o dia 1° de maio. Bernie diz que continua negociando, mas recebeu há poucos dias uma carta dos manifestantes que lutam contra o atual regime do emirado pedindo que ele desistisse e cancelasse definitivamente a etapa barenita. Certamente os manifestantes não sabem com quem estão lidando. Repetindo uma frase antiga da ex ministra Zelia Cardoso de Melo, para os interesses da F1 – leia-se do Bernie – o povo é só um detalhe! 

 

 

A corrida da Malasia foi um passeio para Sebastian Vettel. Webber sofreu sem o KERS e Massa largou melhor que Alonso de novo. 

 

Saindo da política para a pista, tivemos duas etapas na Asia (Malasia e China) antes da categoria tomar o caminho do oeste em direção a Europa. Tudo parecia apontar para uma repetição do que foi a prova de abertura na Austrália, com um domínio incontestável da Red Bull e uma apavorante perspectiva de um campeonato dominado por um piloto, uma equipe e decidido com muita antecedência... o oposto dos últimos anos. 

 

Na verdade, nem tudo são flores no universo taurino da equipe austríaca. A falta de um KERS confiável e eficiente fez Mark Webber ser ‘engolido’ pelos carros que vinham depois dele na largada do GP Malaio. Vettel teve sorte e ainda conseguiu acionar o seu por tempo suficiente para segurar a ponta na primeira curva. 

 

 

Nas paradas de boxe, tudo perfeito com o carro do espanhol. Já com o brasileiro... não é preciso dizer que "já vimos isto antes..." 

 

A superioridade da Red Bull em ritmo de corrida com todos nas mesmas condições de pneus é gritante. Parece que eles até economizam para abrir apenas o suficiente. Os pneus que se esfarelam com uma velocidade absurda (será que isso serve de propaganda positiva para a Pirelli?) tem sido o principal fator de geração de emoções na corrida, muito mais do que a asa móvel... se bem que na Malasia, com as retas longas e a pista larga, o efeito das mesmas foi bem mais significativo que na Austrália. Contudo, foi possível ver alguns carros se defendendo com o uso do KERS contra o ataque ‘quase covarde’ dos sem asa. 

 

Webber precisou remar muito para chegar apenas em 5º lugar e a “Renault da vez” foi a de Nick Heidfield, que fechou o pódio em 3º, atrás Jenson Button. A McLaren mostrou ser a mais perigosa adversária da Red Bull. As Ferraris conseguem manter um bom ritmo de corrida... mas não conseguem classificar bem. Problema semelhante ao vivido no ano passado? Quem descobre este tipo de segredo? 

 

 

E o coitado do Petrov, 3º na Australia, depois de "um voo e uma aterrisagem forçada", virou passageiro com o volante nas mãos. 

 

Dentre todas as coisas interessantes da prova, que foi muito boa, destaque para a chuva – que não caiu – para a disputa entre Alonso e Hamilton depois deste fazer uma analogia entre o que eles viveram com a disputa entre Senna e Prost (Hamilton disse que ‘era o Senna’). Curiosamente, a disputa resultou num toque com o Alonso quebrando a asa e o Hamilton com um pneu furado. Os dói ainda foram punidos em 20s por conta dos “excessos”. 

 

Além disso tivemos Felipe Massa andando com autoridade na frente do “dono” da equipe... até a 1ª parada nos boxes. Naquelas coisas “barrichellianas” que só acontecem na Ferrari (brasileira), um trocador de pneus se atrapalhou e Felipe perdeu 7 segundos, mandando a corrida para o vinagre. Se não fosse o incidente do Alonso com o Hamilton...e, no final, Alonso ainda chegou no brasileiro, que não abriu caminho. Talvez a equipe já estivesse avisada de que vinha coisa dos comissários e não mandaram o “faster than you” de praxe. 

 

 

Na China, por muito pouco Lewis Hamilton n7o teve que largar dos boxes. A eficiência da equipe McLaren teve a recompensa no final. 

 

Mas a mais bizarra mesmo foi a do Petrov, depois de uma saída de pista, decolou num barranco e – ao “aterrisar” – ficou com o volante nas mãos... literalmente! Quebrou algo na coluna de direção e o russo atravessou a pista desgovernado, sem poder fazer nada, mas tentando reencaixar o volante. 

 

Na China, com uma reta de mais de um Km, a combinação Kers/asa flexível deu um novo ar para o campeonato, que já parecia apontar para um tedioso e perigoso super domínio da Red Bull.  A pole de Sebastian Vettel foi tão incontestável que dificilmente alguém pensaria em outro resultado que não mais uma vitória do campeão do mundo. Contudo, o sucesso de Vettel contrastou com o erro grotesco cometido pela equipe quando não mandou Mark Webber a tempo para a pista e o piloto do carro número 2 ficou no Q1. 

 

 

Na largada, a prova definitiva de que o KERS faz falta mesmo quando se tem o melhor carro. Vettel caiu para 3º e quase para 4º. 

 

Na prova chinesa, diga-se de passagem, teve nos boxes um local de fortíssimas emoções – e enormes mancadas. Com um problema que mobilizou toda equipe, por uma fração de minutos Lewis Hamilton não teve que largar dos boxes. O pessoal da Red Bull preparou uma estratégia ousada para Mark Webber, que no final, deu resultado. 

 

Mas foi nos pits que as coisas provocaram risos e choros. Jenson Button entrou na posição de pits da Red Bull. Perdeu tempo e a liderança da prova para Sebastian Vettel. Depois, Jaime Alguesuari perdeu uma roda mal fixada nos boxes e teve que dar uma volta inteira com apenas 3 pneus tocando o asfalto. 

 

 

O inacreditável erro de Jenson Button custou a liderança e o ocorrido parece ter abalado o inglês. No final, nem pódio deu. 

 

Por conta disso, pulamos o fato que mudou todo o enredo da trama: a largada. Sem KERS, Sebastian Vettel não conseguiu manter a ponta. Foi ultrapassado pelas duas McLarens e quase perdeu mais uma posição para Nico Rosberg, que teve um grande papel na prova graças ao seu talento e a seu estrategista... Ross Brawn. Parando antes e andando rápido, Após a primeira troca era a Mercedes quem liderava a prova. O problema foi que colocaram combustível de menos no carro e no final, Rosberg teve que tirar o pé. 

 

Com estratégias diferentes, Red Bull e McLaren buscaram alternativas... e a McLaren acertou ao fazer 3 paradas e não duas. Vitória de Lewis Hamilton, com Vettel quase sem pneus em segundo e sendo alcançado por Mark Webber, que largou do final do grid. Certamente o fato de não ter tido pista limpa e estabelecer a vantagem inicial de corrida foi fundamental para a Red Bull perder a prova. Dificilmente eles errarão assim novamente. 

 

Hamilton comemora a vitória junto ao muro com a equipe. Uma  vitória para dar uma esperança de sobrevida ao campeonato. 

 

Destaque para a prova de Felipe Massa, senhor das ações na largada (pela 3ª vez deixou Alonso para trás) e não deu chances ao espanhol de chegar perto, impedindo assim a famigerada ordem de equipe. Que ele continue assim. Se muitos acham que Prost era o mais completo dos pilotos, Senna o derrotou sendo mais veloz! 

 

O amigo leitou vai estar lendo esta coluna na manhã de domingo, antes da etapa da F. Indy em São Paulo. Que a prova seja um sucesso e que vença um dos nossos pilotos. E comecemos acelerando este mês de maio de muita velocidade... com 3 etapas da F1, 500 milhas de Indianapolis, abertura do DTM e muito mais! 

 

Até a próxima,

 

Colaboraram para esta coluna: Fernando Paiva; Willy Möller; Paulo Alencar e Mauricio Paiva.

 

Last Updated ( Saturday, 30 April 2011 22:20 )