Nobres do Grid - Hyperlink (Maio/2010) Print
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Monday, 26 April 2010 04:09

 

Iniciemos o nosso papo pelos mundiais da FIA... 

 

A benzedeira (ver edição passada) do Vettel foi o Johnny Herbert! A presença do expiloto da Benetton pode ter salvo o alemãozinho de uma punição que tiraria sua vitória no GP Malaio. Vettel passou por uma das chicanes ambulantes – neste caso, a Lotus de Jarno Trulli – onde estavam sendo agitadas bandeiras amarelas devido ao carro parado do espanhol Fernando Alonso.  

 

 

Vettel vence e mostra que pode ser campeão. O companheiro, Mark Webber, está fadado a ser apenas um coadjuvante. 

 

Herbert agiu junto aos comissários neste novo projeto da FIA de ter um piloto como membro da equipe que analisa as atitudes dos pilotos na pista e, segundo o inglês os dados da telemetria mostravam que Trulli estava muito mais lento – não diga! – que o líder da prova e que a ultrapassagem não deveria ser considerada como uma violação das regras. Nem tudo está perdido, existem luzes nos sinuosos corredores do prédio da FIA! 

 

Mas, se por um lado existem luzes, em outro existe uma tenebrosa escuridão. Nem sequer completo 1 ano do fim do período de Max Mosley à frente da entidade, um arranjo político envolvendo Bernie Ecclestone, Jean Todt e – certamente – chefes de equipe está, como dizemos no Brasil, transformando em pizza uma das maiores – quiçá a maior – marmelada da história da categoria: O caso GP Singapura 2008. 

 

 

Symonds e Briatore. Depois do banimento pelas mãos de Mosley, a clemência de Todt sob as hostes de Bernie Ecclestone. 

 

Flavio Briatore e Pat Simonds tiveram suas penas retiradas e poderão voltar as atividades a partir do ano que vem. Deviam convidar o antigo chefe dos mecânicos da Ferrari, o Nigel Stepney, responsável pelo caso de espionagem entre as equipes Ferrari e McLaren para algum cargo técnico na FIA, não? Afinal, vale tudo! 

 

A verdade é que o Bernie Ecclestone, de alguma forma, via e vê o Briatore como um potencial sucessor nos negócios da Fórmula 1 quando da sua retirada. O rolo que se deu em Singapura e a ira de Max Mosley – que chegou à presidência da FIA após Jean Marie Balestre, com as bênçãos de Bernie Ecclestone – de certa forma deixou a “cadeia sucessória” sem um nome de peso (certamente o baixinho grisalho tem uma excelente acessória, mas que não aparece). É, e no final, quem foi o único “punido”? Aquele que é “somente um brasileirinho”... pelo menos "o da vez".

 

A largada na China, a última das provas na primeira fase oriental foi marcada por alternativas... e mais uma prova com chuva. 

 

Encerrou-se o primeiro “tour oriental” da temporada de 2010. Tirando a enfadonha corrida de abertura, as corridas seguintes foram – como todo torcedor que gosta de corrida, independentemente de para quem torça – emocionantes, disputadas, cheias de alternativas... uma delícia! Até mesmo a da Malásia, em que as Red Bull sumiram na frente. Do terceiro para trás a coisa pegou fogo. 

 

A vitória dos carros da Red Bull foi maiúscula, claro que muito ajudada pelas “bobagens estratégicas” cometidas por Ferrari e McLaren. No ano passado a Ferrari abusou em errar. Este ano, estando lado a lado nos boxes, será que vão fazer bobagens em dupla? Vai ver é algo contagioso... 

 

 

Nos boxes, a confusão foi grande... as disputas também. Entre equipes e entre pilotos da mesma equipe, como Massa e Alonso.

 

Na China, esperava-se o mesmo, mas aí foi a chuva quem “embaralhou tudo”, levando-nos a pensar que aquela idéia estapafúrdia de um “sistema de irrigação” pode até ser divertido. Mas, como é tão simples e partiu de um pobre mortal, é possível que nem chegue ao “olímpo” dos homens que mandam na categoria. 

 

Podemos dizer que a Red Bull é mesmo a equipe a ser batida? Melhor não descuidarem da McLaren, onde Jenson Button vem mostrando como se guia com a cabeça, vencendo o impetuoso Hamilton e tendo já duas vitórias no mundial, sem contar que eles descobriram “o difusor duplo de 2010”, no caso, o sistema de ventilação dos pilotos, “operado com os joelhos” para melhorar a passagem de ar, possivelmente sobrealimentar o motor (que ninguém jamais admitirá), e “refrescar” os pilotos. Ilegal? Não: Genial! Se o regulamento é omisso, problema dele. 

 

 

Jenson Button está mostrando que nem sempre correr mais rápido significa conquistar a vitória. Com a cabeça, venceu a segunda!

 

Agora em maio, de volta à Europa, seu berço, quem sabe numa corrida normal (se é que se poderá chamar de normal uma corrida com ameaça chuva de cinzas de um vulcão numa ilha no meio do mar – a Islândia), sem bobagens de estratégia, sem chuva e numa pista onde todo mundo treina, veremos melhor o potencial de cada carro, de cada equipe e de cada piloto. 

 

A Ferrari, que parecia ser a favorita após os treinos na Espanha, vem mostrando uma fragilidade nos motores que preocupa os tifosi... mas a direção da equipe diz que está tudo bem!. No final, entre as misturas de resultados, problemas camuflados e uma briga entre os pilotos prestes a explodir, a equipe segue na luta pelo campeonato. 

 

Racha, sim, não duvidem. O Massa não vai abrir a boca na TV ou nos jornais nem sob tortura, mas dentro da equipe, entre 4 paredes, o sangue italiano do baixinho deve ter entrado em ebulição. É a segunda q ele “deixa barato” para o espanhol... se os dois forem dividir mais alguma curva, nem sei o que pode acontecer (ou quem vai “pastar” na grama, fora da pista). 

 

Nos treinos, o acidente de Sebastien Buemi foi grave no aspecto segurança. Os sinais de que os carros estão frágeis aparecem...

 

A cena destes 4 GPs será a do estranhíssimo incidente com o Sebastien Buemi... parecia os desenhos animados da corrida maluca. Já vimos rodas derem mal apertadas e caírem, mas pneus sendo “ejetados” como mostrou a câmera do carro, ninguém viu, certamente. 

 

Pegando o gancho do “isso ninguém viu”, digam-nos... alguém viu o Kimi Raikkonen com um sorriso deste (ou de qualquer) tamanho nos seus anos de Fórmula 1? Se alguém tiver uma foto, por favor, publique. 

 

 

Kimi Raikkonen parece estar feliz como nunca correndo no mundial de rally e, aos poucos, vai ficando mais longe da Fórmula 1. 

 

O cara parece estar feliz como nunca... e não se enganem... ele está “se encontrando” no Rally. Na quarta etapa, na Turquia, conseguiu um brilhante 5º lugar, em mais uma “sessão de poeira” aplicada pelo super Sebastian (Loeb) na concorrência. 

 

Após o “troco” dado no México, a Citroen e Loeb continuaram se impondo no piso seco, com pedras e areia como na Jordânia e da Turquia, a concorrência da marca francesa não conseguiu igualar as ações na pista. Resultado: Loeb está disparado na liderança e, caso não sofra os infortúnios do meio da temporada passada, pode levar o campeonato com algumas etapas de antecipação. 

 

 

Loeb venceu mais duas provas em terreno de pedras, areia e cascalho, disparou na liderança e caminha para mais um título.

 

Grande feito também o de Kimi Raikkonen, que conseguiu uma 5ª colocação, à frente do segundo Ford Focus de Jarvi Latvala. Parece que o finlandês está “pegando a mão” e com isso, vai ficando cada vez mais distante de um retorno à Fórmula 1.  

 

A próxima etapa será na Nova Zelândia, um piso diferente, um continente diferente... e o resultado, será diferente? Com a palavra, Sebastian Loeb! 

 

A dupla Romain Grosjean e Thomas Mutsch completou a primeira etapa da história do Mundial de FIA GT1, em Abu Dhabi neste sábado, com uma vitória soberba, ao volante do Ford GT, da Matech Competition.  

 

 

O mundial de carros de gran turismo, o FIA GT1, deu a largada em Abu Dhabi e trouxe de volta o sorriso ao rosto de Grosjean.

 

Mutsch aguentou um forte ataque, nos estágios inicias da prova principal, vindo de Andrea Bertolini pilotando uma Maserati do Vitaphone Racing Team Maserati, antes de passar o volante à Grosjean.  

 

O jovem franco-suíço, tão criticado pelo seu pífio desempenho ao volante da Renault na temporada passada da Fórmula 1, levou seu Ford GT à bandeira quadriculada, com vantagem superior à 23 segundos, sobre os vencedores da Prova de Qualificação, Andreas Zuber e Marc Hennerici, em seu Corvette. Andrea Piccini e Mike Hezemans tomaram  o último lugar do pódio, vindos do fim do grid, com seu Corvette.  

 

Os brasileiros desta vez terminaram bem na prova. Em quinto veio a dupla de brasileiros, Ricardo Zonta e Rafael Daniel, em seu Lamborghini Murcielago, enquanto Enrique Bernoldi, com sua Maserati, terminou em sexto lugar.  

 

Após um mês de testes e sem corridas pelo mundial, o WTCC abre o mês com a segunda etapa, em Marrakesh, no Marrocos. Hora da BMW tentar correr atrás – para passar – suas concorrentes... se bem que, desde o ano passado eles passaram a integrar o conselho técnico da DTM e a volta pode acontecer em 2012, exatos 20 anos depois que eles se retiraram do certame. 

 

 

Helinho voltou a vencer e a fazer a alegria da torcida e dos fotógrafos com sua costumaz subida na tela de proteção. 

 

Na Fórmula Indy, finalmente foram quebradas as hegemonias inicias e que pareciam levar o campeonato ao tédio, algo nada normal na categoria americana. 

 

Primeiro foi o Brasileiro Helio Castro Neves, que voltou a escalar o lugar mais alto do pódio – e, claro, a tela de proteção para delírio do público – na etapa do Alabama, a terceira do ano.  

 

Mudou o piloto, mas continuou a equipe: a Penske parece que não mascarou performance como fazem algumas equipes de Fórmula 1 na pretemporada. Foi a melhor na época, está sendo a melhor agora no início do certame. Por enquanto, Ganassi e Andretti estão em desvantagem. 

 

 

Depois de perder a vitória nas últimas voltas na São Paulo 300, Ryan Hunter-Ray venceu, quebrando a sequência da Penske.

 

Apesar de ter uma superioridade, qualquer pessoa, piloto ou equipe pode cometer erros... e foi por um erro que Will Power permitiu a quebra da equipe de Roger Penske no campeonato. Assim, Ryan Hunter-Ray “deu o troco” pela derrota na São Paulo 300. Com uma estratégia perfeita, levou a Andretti a sua primeira vitória do ano e a diminuição da vantagem da Penske com sua vitória no charmoso GP de Long Beach. 

 

Abrindo o mês, no sábado, teremos a 5ª etapa, no Kansas, para – aí sim – termos aquele mês especialíssimo, culminando no dia 30 com as 500 milhas de Indianápolis. 

 

Para fecharmos o setor de monopostos, finalmente saiu o calendário e a definição sobre o sulamericano de Fórmula 3. A abertura será em Brasília e a PETROBRAS vai patrocinar o certame. Até o presente momento, apuramos 17 pilotos inscritos, mas este número deve subir. 

 

 

Os campeonatos de Fórmula 3 começam por todo o mundo e os brasileiros já vão se destacando, como Rafael Suzuki, no Japão. 

 

Na Europa, o Inglês da categoria já começou e, mostrando que experiência conta, quem vem se saindo melhor entre os brasileiro é Adriano Buzaid, que disputou o certame da categoria na divisão principal no ano passado. Gabriel Dias e Felipe Nasr estão tentando se encontrar, mas com boas possibilidades de melhoras até o final do ano. 

 

No Japão, Rafael Suzuki foi terceiro e subiu ao pódio na última prova da F3 local.

 

Turismo em alta... (para todos?) 

 

Após a primeira etapa do torneio da GT Brasil, os organizadores, preocupados com a competitividade, buscaram fazer em Interlagos um comparativo para tentar equalizar os motores e deixar “nas mãos dos pilotos” o poder de mostrar quem será o malhor ao final do campeonato. 

 

A etapa do domingo passado, dia 25, em Curitiba, mostrou que o ecento, se bem organizado, pode atrair o interesse de quem realmente quer competir. O retrato disso foram os 26 carros inscritos para a etapa de Curitiba, a 2ª do ano.  

 

 

Em Curitiba, a GT Brasil deu mais um show de velocidade... infelizmente para um público pequeno, em parte devido a chuva. 

 

Apesar do show de velocidade e competitividade, o público – mais uma vez – ficou aquém do que a categoria merece. Desta vez, podemos por a culma no mau humor do tempo na cidade, mas a organização precisa ficar atenta para que o campeonato não se esvazie. Patrocinador quer retorno e sem público, não há retorno, mesmo com a transmissão pela TV aberta. 

 

Neste mesmo dia, tivemos a abertuta do DTM, em Hochenhiem. Ao contrário do que ocorreu no ano passado, a Mercedes “enfiou um 4x0” na sua concorrente, a Audi.  

 

 

A foto na primeira curva após a largada mostra bem o que foi a primeira etapa do DTM: Um verdadeiro banho da Mercedes na Audi! 

 

Gary Paffet, que penou para voltar da China por conta do vulão da Islândia – que parou os aeroportos europeus – junto com o seu companheiro, Paul di Resta, liderou praticamente de ponta a ponta. 

 

Desoladora é a nota para a performance de dois expilotos de Fórmula 1, Ralf Schumacher e David Couthard, que largaram nas últimas filas e chegaram ambos fora dos pontos... Couthard foi o penúltimo. 

 

 

Enquanto a chuva tem sido uma dádiva para a Fórmula 1, na NASCAR e seus ovais, a água é um imenso transtorno. 

 

No super extenuante campeonato da NASCAR, enquanto a chuva tem sido bem vinda nas corridas de Fórmula 1, nos Estados Unidos a água tem sido um transtorno. Afinal, no molhado não se corre em oval. Assim, a corrida do Texas ficou mais uma vez para a segunda-feira (e a etapa seguinte esteve bem perto disto). Danny Hamlin acabou levando a melhor na pista lavada. 

 

A liderança do campeonato continuava nas mãos do Jimmy Johnson, mas o tetracampeão perdeu um pouco da vantagem que tinha (uma das coisas que muito se estranha aqui no Brasil é a pontuação da NASCAR... pode parecer estranho, mas funciona). 

 

 

A prova de Talladega é uma das mais badaladas dentre as 36 etapas da NASCAR e a edição deste ano teve um final fantástico. 

 

A super corrida de Talladega, uma das maiores premiações do certame e que – claro – todos estão de olho, foi decidida nos milésimos de segundo, com Kevin Harwick vencendo Jamie McMurray por um bico de carro. A definição dos favoritos – tirando Johnson – também está longe. A próxima prova será em Richmond, dia 1º de maio. O "destaque by NASCAR" vem da Nationalwide, com um acidente daqueles que só eles conseguem produzir... e sem ninguém morrer!

 

 

Nunca a frase feita "uma imagem vale mais do que mil palavras" pode ser tão propriamente utilizada... que baita pancada!

 

A nossa Stock Cars vive momentos de emoções dentro e fora das pistas.  

 

A segunda corrida do campeonato, em Curitiba, no último dia 11 de abril, foi disputada com temperatura amena... pelo menos para os termômetros... na pista, uma desclassificação – correta, porém polêmica – colocou o campeão de 2009 sob os holofotes mais uma vez e Cacá Bueno não se fez de rogado: botou a boca no trombone... e soprou com força! 

 

O caso da bomba dupla de combustível tinha passado em branco em Interlagos e, na prova seguinte, tirou os dois carros da equipe Red Bull do top 6, lançando-os para o fim do grid. Cacá na questionava o erro da equipe e nem a punição em si, mas a forma como o assunto foi tratado e os casos anteriores em que, comissários ao invés de desclassificar, exigiam a retirada ou alteração. 

 

 

A disputa na segunda etapa da Stock Cars em Curitiba foi de levantar o público nas arquibancadas... e a tv não mostrou. 

 

Parece que há algo deteriorado – e muito deteriorado – nas relações dentro da categoria. Será que o fato das provas não estarem sendo transmitidas tem a ver com a presente situação? Afinal, aquele “compacto” intercalado com matérias “importantíssimas” do programa de esportes dominical da emissora e que não podem deixar de ser exibidas não deve estar agradando em nada os fãs de automobilismo, que garantiam os pontos do horário no IBOPE. 

 

Na corrida, a vitória de Allan Kodair mostrou que o pequeno samurai anda forte em Curitiba. Parece realmente haver uma “química” entre ele e o AIC. Ricardo Maurício foi o segundo, numa corrida sensacional, com Nonô Figueiredo mais uma vez fechando o pódio, como foi na abertura em Interlagos. 

 

 

A disputa doméstica entre Allan Khodair e Marcos Gomes acabou por decidir a prova em favor do piloto do carro 18. 

 

O líder do campeonato continua sendo Max Wilson, que chegou em 4º na etapa e mostrou que a equipe RC Eurofarma veio ainda mais forte para a temporada de 2010. 

 

A próxima etapa do campeonato será também a inauguração do novo autódromo do país, localizado no complexo do Velopark. Uma fantástica iniciativa de um grupo privado, na cidade de Nova Santa Rita, próxima a Porto Alegre-RS. O local é, certamente, uma das melhores infraestruturas do Brasil e um exemplo a ser seguido. 

 

 

A segunda etapa da TC 2000 em San Martin foi marcada por uma disputa intensa e a redenção da equipe Berta Motorsports. 

 

Na “Stock dos hermanos”, no mesmo dia da nossa segunda etapa, também ocorreu a deles, em San Martin, na província de Mendoza, famosa pelos seus vinhos. 

 

A vitória ficou com Norberto Fontana, da equipe Ford-Berta-YPF, sendo a primeira dele na equipe, em sua segunda corrida, numa prova em que ele dominou com categoria a todo o final de semana, desbancando o favoritismo e o recente domínio estabelecido pela equipe Petrobras-Honda. 

 

No pódio, Fontana foi ladeado por dois dos pilotos da equipe, mas sem a presença do líder do campeonato, Jose Maria Lopez, que não teve um bom final de semana.  

 

 

Norberto Fontana, no alto do pódio, trouxe de volta a vitória a equipe de Alta Grácia, local onde será a próxima etapa. 

 

Se a prova foi tranquila para Fontana, o segundo pelotão foi o responsável pelas emoções, com uma intensa disputa entre Guilherme Ortelli, Facundo Ardusso, Gabriel Ponce de Leon, Matias Rossi e Mariano Altuna. 

 

A vitória da equipe de Alta Gracia foi bem vinda e o campeonato, até o momento, segue com uma pontuação bem disputada, com apenas 9 pontos entre os 5 primeiros na tabela. 

 

A verdade e a mentira. 

 

Diferente do que fazemos normalmente, quando fechamos a matéria com a Fórmula 1, o fechamento da coluna deste mês merece um destaque mais próximo, doméstico, com mais emoção. 

 

Existe um ditado que diz: “Uma mentira contata muitas e muitas vezes acaba se tornando uma verdade”. Durante anos e anos pessoas importantes dos meios políticos e esportivos alardeavam, como se fosse uma verdade absoluta, que “o carioca não gosta de corridas”!  

 

"Domingão de sol, carioca ir para o autódromo? Hahaha.... que nada, carioca vai é para a praia, e no final da tarde para o Maracanã..." 

 

 

Danilo Dirani conquistou sua primeira pole no Rio de Janeiro. Na corrida, sua felicidade durou menos de uma reta. 

 

O domingo dia 18 de abril mostrou, para todo Brasil, ao vivo, sem cortes para matérias mixurucas, um domingo de sol na cidade do Rio de Janeiro, com 34 graus de temperatura, sem uma nuvem no céu de que o carioca gosta sim, de automobilismo. Que o carioca gosta de emoção, de velocidade, de organização e de espetáculo. 

 

O que foi – como é sua marca registrada – a segunda etapa do campeonato sulamenricano de Fórmula Truck, correndo pela primeira vez no “meio autódromo” de Jacarepaguá, precisa servir para as autoridades esportivas do país abrirem os olhos e verem que, seriedade e profissionalismo são capazes de fazer de um espetáculo automobilístico um programa atrativo para o carioca, para o mineiro, para o goiano... para todos os brasileiros.

 

Mais de 50 mil pessoas tomaram as arquibancadas (as que ficam na reta, a partir do “hairpin”, ou a “curva da derrota” - para os elefantes brancos do Pan - até um pouco além da curva sul), que tantas emoções nos deram com Emerson Fittipadi - a corrida épica de 1978 com o F5-A - Nelson Piquet e Ayrton Senna, além das demais dependências (camarotes e paddock). Se tivesse mais espaço, e mais ingressos, teria mais gente! 

 

O “show da Truck” encantou e empolgou os cariocas e a arquibancada levantou várias vezes com os malabarismos dos caminhões, das motos e principalmente com a corrida.

 

 

Roberval Andrade conquistou a primeira vitória do "Timão" diante de um público de 50 mil pessoas que lotaram o autódromo. 

 

Danilo Dirani, que marcou sua primeira pole, teve um problema de câmbio ainda na largada, abrindo espaço para Roberval Andrade e seu caminhão corintiano tomar a ponta e dela não mais sair, apesar de ter sido muito pressionado na primeira metade da prova.

 

Sensacional foi a corrida de recuperação de Felipe Giaffone, que largou em último devido a sua desclassificação na classificação e chegou em 5º, mesmo depois de ter que fazer um “drive thru” por “queimar o radar”... o qual foi “carbonizado” por Cristiano da Matta (o mineirinho passou acima dos 160 Km/h 5 vezes durante a prova), que ainda está se adaptando à categoria. 

 

Que fiquem as imagens, o exemplo e a lição para os governantes desgovernados, os esportistas egoístas e os especuladores imobiliários. Carioca gosta de corridas, sim! Gosta de automobilismo, de motociclismo e de respeito.

 

 

Assinam este artigo: Fernando Paiva, Flavio Pinheiro e Paulo Alencar.

 

Last Updated ( Thursday, 29 April 2010 10:33 )