Nobres do Grid - Hyperlink (Julho/2011) Print
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Wednesday, 29 June 2011 22:47

 

 

Caros amigos, os bastidores do automobilismo esteve mais quente que muita corrida disputada aqui na terra Brasilis. Interessante – para não usar outro adjetivo – são certas reações que nos deparamos ao ler colunas, artigos reportagens, ao ver programas de televisão ou ouvir os de rádio (sim, eu escuto rádio!). 

 

As vezes parecem que os especialistas estão tratando de assuntos distintos, dadas certas tomadas de posição. Nestas horas, não tem como não se perguntar: quais são os pesos e medidas corretas que devemos atribuir no momento que lemos, ouvimos ou vemos os noticiários? Quando vemos os fatos ao vivo, nas transmissões, e tiramos nossas próprias conclusões, por vezes ainda nos deparamos com comentários que parecem estar tratando de outro assunto e/ou outras pessoas. 

 

No caso da comissão que investigou o acidente que vitimou Gustavo Sondermann, o resultado foi... surpreendente. O documento explicou como aconteceu o acidente, praticamente descrevendo o que pode ser visto nas imagens da TV (ou seja, não muito por conta do spray). Com causas do acidente, foram apontados um toque no carro de Sondermann, que voltou à pista após bater no muro e foi abalroado por outros veículos, que tinham sua visibilidade reduzida devido à chuva, sem se atribuir culpa a nenhum piloto.  

 

 

O acidente de Sondermann: Será que a investigação foi realmente conclusiva? Quem foi ouvido na investigação? Perguntas... 

 

“Embora a Comissão não tenha encontrado problemas técnicos na curva, concluiu-se que a existência de uma área de escape maior poderia ter evitado o acidente”. Uma fonte nossa, andarilho constante do templo, nos fez um comentário muito interessante: “Ou limparam tudo muito rápido ou tem algo estranho... não ficou marcas no softwall com as cores do carro do Sondermann”! A suspeita do ‘rato de autódromo’ é de que, antes de chegar ao muro, o carro de Gustavo Sondermann já tivesse sofrido um outro toque, trazendo-o de volta para o meio da pista para vir a ser acertado na perpendicular. Seria possível? Sim, seria. Mesmo porque, ninguém via nada naquele spray todo. Alguém examinou os outros carros envolvidos na confusão para buscar traços da pintura dos carros uns nos outros? 

 

Em todo caso, a pista vai ganhar uma área de escape no local e vamos torcer, rezar, bater bumbos ou que seja para que nada mais aconteça no local. Se vier a acontecer, vai jogar por terra toda a tese contra o muro flexível... que é eficiente, mas não faz milagre! 

 

 

Charlie Whiting veio ao Brasil. Vai ser feita a tão pedida área de escape... se ela vai ser a solução definitiva, só o tempo dirá. 

 

Milagre mesmo vai ser sair o novo autódromo do Rio de Janeiro. O temo está passando, os prazos se apertando, as raposas imobiliárias e os “olímpicos do COB” loucos para ver o que sobrou do autódromo internacional Nelson Piquet desaparecer e o presidente da Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), Djalma Neves, admitiu em entrevista ao portal UOL que não existe um “plano B” caso as autoridades não cumpram o acordo que determina a construção de um autódromo em Deodoro, Zona Oeste da cidade, para a desativação do circuito de Jacarepaguá. Com ar lacônico, o dirigente confessou, quase em tom de culpa que permitir a construção de três complexos olímpicos na área do autódromo carioca foi um erro... Como se ele tivesse como frear o “menino maluquinho”. 

 

O novo autódromo está orçado em 100 milhões de reais (só a pista) o complexo inteiro sairá por 300 milhões (isso sem contar o superfaturamento e o estouro no orçamento, praxe nas obras executadas em terras tupiniquins). Tudo saindo com a precisão de um sushimen e cronologia suíça, é obra para um ano... dois, se fizerem o complexo inteiro. Surpreendentemente, o arquiteto não é o alemão Hermann Tilke, mas o brasileiro Arthur Katchborian (Importante: ele não é parente do Kia Joorabchian). 

 

 

O "complexo de Deodoro", caso saia do papel, alçará o Rio de Janeiro à condição de candidato para receber a F1 no Brasil. 

 

Teria bastado a “grita” do presidente da FAERJ ecoar que o Secretário de alto rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, viesse a público informar que “nas próximas semanas o projeto básico do autódromo será iniciado, assim como o cronograma para licitação das obras”? Pelo sim, pelo não, o secretário se pronunciou.

 

Segundo ele, a escolha de Deodoro para sede na nova pista foi devido ao fato do bairro já abrigar estruturas construídas para o Pan-americano de 2007 e que deverá receber eventos das Olimpíadas de 2016 (quem sabe assim a pista sai...). “Em poucos anos, Deodoro se tornará um novo pólo esportivo do país, e o autódromo poderá vir a ser a maior atividade econômica da região”, afirmou. Nós aqui, ficamos naquela do São Tomé: Só vendo pra crer! 

 

 

"Abaixo os Tilkódromos!" o projeto do complexo carioca, inclusive a pista, é de um arquiteto brasileiro:Arthur Katchborian.

 

A outra “polêmica” do período foi a discussão em torno do caso de Doping de Tarso Marques. Pelo lado do piloto, tivemos notas de desagravo contra os colegas da imprensa que noticiaram o fato sem que um “recurso” houvesse sido julgado (um lado afirma que o recurso estava lá, outro lado disse que não), que a imprensa era – em parte – marron, etc. O assunto rendeu até “bulling” por conta de um editorial mal interpretado! 

 

A CBA divulgou nota para “esclarecer o escancarado”, depois de tudo já estar devidamente “navegado” nas ondas da internet, divulgando o que, o como e o porque... e deixando de prestar um grande serviço ao não divulgar o “quando”!  Sim, até hoje, não foi divulgado quando o piloto teve as amostras para exame colhidas. 

 

 

Tarso Marques: Redução de pena não é absolvição. Segundo o STJD, o doping foi confirmado, mas o currículo aliviou o piloto.

 

Recurso julgado, a assessoria de imprensa do piloto colocou-o como inocente... mas não foi bem isso. Tarso teve a pena reduzida de dois para um ano. No comunicado do STJD constava a susbstância detectada... e esta era (sensacional) diferente da divulgada na nota da CBA! O resultado final disso é que, intencionalmente ou não (o piloto, sua assessoria e sua família afirmam que não), houve o doping. 

 

Na semana passada, a nadadora Fabiola Molina foi flagrada no exame antidoping em um torneio de natação que antecede o mundial da modalidade. No caso de Fabiola, tudo foi feito às claras: A federação divulgou o fato, com data, hora e local. Informou a substância e a suspensão da atleta. A nadadora veio a público, relatou os fatos, assumiu o erro e deixou seu recado: “Que sirva de exemplo”. E que sirva de exemplo mesmo, a todos os envolvidos (CBA, família do piloto, piloto, mídia e opinião pública), que nada é melhor que a transparência para se evitar suposições, “interpretações”, acusações e confusões. 

 

Provavelmente, por conta da confusão em torno do assunto, a CBA criou uma nova Comissão Médica. Chefiada pelo Dr. Dino Altmann (e que conta com os médicos Fernando Novo, Pedro Rozolen Júnior, Dorival de Carlucci Filho, Cláudio Birolini e Marcelo Fontenelle Ribeiro), anunciou que uma nova ficha médica padrão entrará em vigor em 2012, baseada em recomendações de segurança emitidas pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e de diversos códigos de trânsito. Certamente a medida está seguindo as mais recentes determinações da FIA, que distribuirá um envelope com uma carta lembrando aos pilotos dos principais pontos sobre o assunto e de que eles são responsáveis por aquilo que ingerem, seja intencionalmente ou não. 

 

 

Dr. Dino Altmann vai liderar o novo grupo de controle de condições físicas dos pilotos brasileiros. A FIA também aperta o cerco. 

 

De acordo com a nota da CBA, o exame médico no início da próxima temporada (que deve ser feito na sede de cada federação estadual a que o piloto for filiado e terá duração de 15 a 20 minutos, tendo o competidor que garantir a veracidade das informações apresentadas, ficando ciente de que poderá ser submetido a exames antidoping durante o ano) será obrigatório para que haja a emissão de autorização para participar de eventos supervisionados pela entidade. O comunicado diz também que a medida servirá para proporcionar “sigilo e segurança aos competidores”. Segundo Dr. Dino Altmann, o exame é para todos, sem exceções e abrangerá o kart, inclusive. Que funcione! 

 

Agora vamos pra pista, certo? Estes assuntos que falamos – e que tem que ser falados – são deprimentes! 

 

E já que vamos falar de pista, seja bem vindo de volta aos eventos nacionais, Tarumã! O Brasileiro de Marcas – que recebeu o nome de “Copa Petrobrás de Marcas” – teve sua abertura no tradicional autódromo da cidade de Viamão, que passou a sofrer uma dura concorrência do também próximo à capital gaúcha, Velopark.  

 

 

No início do novo brasileiro de marcas, a Chevrolet largou na frente, vencendo as duas primeiras provas, disputadas em Tarumã. 

 

Muitas caras, equipes, pilotos, dirigentes que circulam no circo da Stock estava lá (pudera, o mecenas é o mesmo). O formato da competição está mais para WTCC que para TC 2000, com duas baterias de 30 minutos (no WTCC são 25), a segunda com grid invertido nos oito primeiros. 

 

Na pista, a disputa foi dominada pelos Astra (três marcas estão oficialmente represantadas – GM, Ford e Honda – e uma outra, a Toyota, participa mas sem envolvimento direto. Todas equipadas com o mesmo motor Berta da TC2000), que venceram as duas provas, com Valdeno Brito e Thiago Camilo. Contudo, foi Daniel Serra quem saiu líder do campeonato com os dois 2º lugares. A pontuação é a mesma da Stock Cars. 

 

O regulamento trás coisas interessantes, como a aplicação de lastro nos vencedores e seguintes a partir do segundo evento (bem mais simples que o TC 2000) e um grid com no máximo 20 carros, além do incentivo aos pilotos regionais, com etapas em paralelo prêmio para o melhor piloto dos regionais, com subsídio para ele participar do campeonato de marcas no ano seguinte, além da super corrida na última etapa, com pontuação dobrada. 

 

 

Maurício Slaviero, Diretor da VICAR: Assim como na Stock Car, não é permitido criticar o esquema montado para a categoria. 

 

De negativo, a vigência da “lei da mordaça”... vejam o texto do regulamento: “(…) Que tem ciência da proibição de manifestação por parte do piloto ou equipe através de qualquer de seus membros, por qualquer meio, que venha a agredir, ofender, deixar dúvidas quanto ao comportamento ou posicionamento de outros pilotos, equipes, organizadores, direção de prova, comissários da prova, bem como comentários negativos sobre o desempenho ou qualidade dos produtos fornecidos tais como pneus, freios, carrocerias, motores, combustíveis, etc. O não cumprimento deste item implica na pena de suspensão ou desclassificação alem de multa de 100 (cem) up’s.” 

 

 

Já na “categoria grande”, teve corrida no ‘poeirão’ de Campo Grande (com tempo seco, aquilo fica um horror. Bem que a prefeitura, que administra o autódromo e que é tão bem cuidado, poderia plantar mais grama e cobrir as “superfícies carecas”), com direito a emoções e confusões. 

 

 

 

 

Em Campo Grande, o tempo seco levou muita terra vermelha para a pista. Khodair vacilou e perdeu a primeira posição. 

 

 

Largando melhor que o pole – Allam Khodair – Luciano Burti tomou a ponta e só a perdeu na 12ª volta quando foi fazer a sua parada obrigatória (desta vez sem “cascata de suor” nos olhos ou “pseudomigués”), retomando-a depois de todos pararem... e foi justamente nas paradas de boxes que se deu o ‘quiprocó’. 

 

 

 

Os dois pilotos da Red Bull, de Andreas Mattheis foram punidos com passagens pelos boxes por excederem a velocidade quando entraram nos mesmos para fazer suas paradas de troca de pneus e reabastecimento, onde a velocidade máxima é 50 Km/h. A equipe protestou e mostrava-se injuriada com os dados da cronometragem que apontavam 74 Km/h para Daniel Serra e absurdos 137 Km/h para a passagem de Cacá Bueno (Anos atrás, em Belô, um radar autuou um Chevette 76 numa lombada à 215 Km/h) – algo impossível de ser feito naquele ponto. 

 

 

 

O pequenino Andreas Mattheis estava furioso. Apresentou o mapa de sua telemetria, mostrando os dois carros em 1ª marcha e –contrariando a “lei da mordaça” – colocou a “boca no trombone”! Segundo o chefe de equipe, “por si só, a incoerência nos critérios já seria amadorismo puro e simples. Porém, o fato de em ambos os casos a equipe Red Bull Racing ter sido diretamente prejudicados por essa inconstância serve para deixar nossas cabeças cheias de interrogações. (E nossos sacos bastante cheios, também)”.A pergunta é: A VICAR vai aplicar a “lei da mordaça” e punir a equipe e/ou o Andreas Mattheis cassando-lhe a credencial para entrar nos boxes? 

 

 

 

Sem maiores problemas durante a prova, Luciano Burti levou a Boetteger com tranquilidade rumo ao local mais alto do pódio. 

 

 

Na pista, enquanto Burti seguia tranquilo rumo à bandeirada, mas atrás os dois carros da RC Eurofarma se degladiavam, trocavam tintas e aletas até que Ricardo Maurício conseguisse ultrapassar o “companheiro” Max Wilson. Pelo rádio, e para a TV, o campeão de 2009 teve seu diálogo com o chefe de equipe colocado no ar... “os outros ele deixa passar, eu não!” Meinha, por seu lado, evitou dar a ordem para a troca de posições.  

 

 

 

O campeonato, após 5 etapas, tem um novo líder: Thiago Camilo, com 81 pontos. Por conta da “zerada” de Campo grande, Atila Abreu agora é o 2º colocado. Fechando o “top 5”, temos Max Wilson, Cacá Bueno e Ricardo Maurício. A próxima etapa da Stock será no Rio de Janeiro e a seguinte, a 7ª, em São Paulo, será a “corrida do milhão” que vai ser financiada por um banco. 

 

 

 

Como o assunto foi poeira, em Goiânia, também numa secura danada, a Fórmula Truck pode ter dado o “canto dos cisnes” de uma das melhores pistas do país. Como é de praxe, a categoria dá uma “levantada” nos autódromos em que corre e não seria diferente no abandonado e moribundo autódromo – que nem conta como existente no site da CBA (no site da entidade constam umas “pistinhas de 500 metros no Paraná... e não consta o Velopark!!!). 

 

 

 

 

Em um "recauchutado" autódromo de Goiânia, a Fórmula Truck arrastou mais uma multidão para um de seus eventos. 

 

 

 

O novo projeto – assinado por ninguém menos que Hermann Tilke – para construir um outro autódromo, mais distante de onde o atual está e que hoje é uma valorizada área (onde será que já lemos isso?), já está... digamos... pronto. Agora falta “apenas” o governo do estado liberar a área, liberar a verba, “liberar as liberações” para que as máquinas – tratores, rolos compressores e outros menos velozes – entrem em ação. Mesmo assim, ainda faremos o Raio X do que lá existe e que, segundo os organizadores, recebeu mais de 50 mil pessoas. 

 

 

 

Na corrida, parece que a galera do “vamos secar o Roberval” anda forte. O campeão do ano passado sofreu com problemas em seu caminhão e penou para conseguir marcar uns pontinhos depois de ter largado na pole e completado os primeiros 20 minutos de corrida na frente. 

 

 

 

Os favoritos, Robreval Andrade e Felipe Giaffone, tiveram problemas. Roberval, ainda conseguiu chegar ao final. Felipe, nem isso. Melhor para Wellington Cirino, que inverteu a dobradinha da etapa do Rio, com Geraldo Piquet chegando em segundo e Regis Boessio conseguindo seu melhor resultado com o 3º lugar. 

 

 

 

Mais uma vez, depois da quebradeira geral dos favoritos Roberval Andrade e Felipe Giaffone a Mercedes aproveita e vence. 

 

 

Após a corrida, o dono da equipe DF – Djalma Fogaça – estava inconformado com o que disse ser um desrespeito à ele e à categoria: “A CBA não cumpriu seu papel de fazer valer o regulamento, e até mesmo os representantes da Volkswagen, liderados por Renato Martins, exigiam que se cumprisse o regulamento e que todos os caminhões, inclusive os deles, fossem desclassificados”, bradou. A CBA, por sua vez, limitou-se a aplicar multas aos participantes, mas deixou a opção de recurso nos tribunais em aberto para quem se sentiu prejudicado.

 

 

 

O campeonato brasileiro tem como líder Wellington Cirino, com 54 pontos, seguido de Piquet com 48 e Regis Boessio com 40. No sulamericano, que teve apenas 1 das suas 3 etapas, Felipe giaffone é o líder, seguido de Danilo Dirani e Renato Martins. A próxima etapa será dia 3/7 em São Paulo.

 

 

 

 

Brad Kaselowsky recebe a quadriculada em Kansas, deixando Dale Jr. em segundo e mantendo a pesada cruz do jejum de vitórias. 

 

 

Subindo para o hemisfério norte, o gigantesco espetáculo da NASCAR continua sua peregrinação pelas 36 etapas do campeonato. Neste mês de junho foram quatro etapas, em Kansas, Pocono, Michigan (todos ovais) e Sonoma, um dos dois únicos mistos da categoria.

 

 

 

Em Kansas, Brad Kaselowski e sua equipe optaram por não ir aos boxes nas voltas finais. Com um final de prova dramático, sendo bem mais lento que os adversários, o piloto da Penske conseguiu se manter na pista e terminar a prova com uma pequena vantagem para Dale Earnhardt Jr. Com isso, Kaselowsky obteve sua segunda vitória da carreira e deixou Dale Jr. na sua “seca”de mais de 100 provas sem vencer. Infelicidade das infelicidades, na etapa em que tentou fazer isso, Earnhardt ficou sem combustível! 

 

 

 

 

Jeff Gordon fez história em Pocono. Agora, à sua frente, apenas Richard Petty e David Pearson, os maiores vencedores. 

 

 

Em Pocono, Jeff Gordon atingiu uma marca memorável ao vencer sua 84ª vitória, igualando-se a Darrell Walktrip e Bobby Alisson como o terceiro maior vencedor na história da categoria. Para atingir este feito, foi preciso paciência e aquela famosa “sorte dos campeões. Gordon só assumiu a ponta após a última rodada de pit stops, quando voltou atrás apenas do nosso hermano “Gordito Montoya”, que vacilou e perdeu a ponta. Kurt Busch o seguiu, mas sem conseguir se aproximar. Quem trocou só dois pneus, caso de Montoya, se deu mal e Kyle Busch terminou em terceiro. 

 

 

 

A corrida ainda teve um episódio não muito comum. Kyle Busch foi punido após ter seu carro flagrado com uma irregularidade na inspeção técnica realizada após a prova. Os comissários constataram que a parte dianteira esquerda do carro estava abaixo do limite permitido pelo regulamento. A punição é que pareceu estranha... apenas 6 pontos! Em termos de NASCAR. 

 

 

 

 

De pintura nova, Denny Hamlin venceu de forma incontestável a etapa de Michigan e manteve-se na briga pela ponta. 

 

 

Em Michigan, depois de muitas trocas de posição e alternâncias entre os líderes e as estratégias, no final, com uma bandeira amarela provocada por Dale Jr. faltando dez voltas para o final, foram as equipes de mecânicos que “decidiram a corrida”. Denny Hamlin foi o mais rápido e voltou na ponta para o sprint final, seguido de Mark Kenseth e Carl Edwards. Na bandeira verde, o único que vacilou foi Edwards, que perdeu a posição para Kyle Busch. 

 

 

 

Com todos com tudo para poder dar tudo, ninguém economizou mais nada e para vercer a prova, menos ainda: Matt Kenseth colou em Denny Hamlin, tentando até o último metro, tendo emparelhado com o líder... mas não teve jeito. Hamlin conseguiu segurar e recebeu a bandeirada em 1º. 

 

 

 

Kurt Busch dominou a primeira das duas etapas em mistos da NASCAR. Atenção para o detalhe da altura dos carros... 

 

 

No misto de Sonoma, como peixes fora d’água, lá foram os pilotos que andam em cículos ter que faze curvas para a direita. Kurt Busch foi “o cara” da prova, depois de assumir a liderança ainda antes da primeira rodada de paradas, só perdida quando uma daquelas bandeiras amarelas que só americano entende – uma pane seca de Casey Mears – colocou Hamlin na ponta momentaneamente. Interessante que isso aconteceu novamente depois, com Clint Bowyer. 

 

 

 

Busch realmente parecia ter mais carro que a concorrência e venceu com boa vantagem para Carl Edwards.  Com o resultado em Sonoma, Edwards segue líder da pontuação, com 573 pontos. Kevin Harvick é o segundo com 548 e Jimmie Johnson o terceiro, com 540. Com a vitória, Kurt Busch passou para 4º, com 539 pontos e seu irmão mais novo, Kyle, completa os cinco primeiros. Em Julho, mais 4 etapas para que gosta de ver os carrões andando em círculos. 

 

 

 

Na Indy, depois da “overdose de emoções de Indianápolis, tivemos três etapas em junho: Texas, Milwalkee e Iowa.  

 

 

 

Na rodada dupla do "atípico" evento do Texas, os brasileiros andaram perto da vitória, mas viram os adversários chegar na Frente.

 

 

A prova do Texas teve algo como “duas baterias”, com uma daquelas coisas “pra americano ver”, que foi o sorteio de posições para a segunda prova. Com sorteio ou sem sorteio, uma coisa não mudou: a outrora “rainha dos ovais”, a Penske, faz tempo que está devendo neste tipo de circuito. Apesar dos progressos de Will Power, a vitória parece ainda andar distante e na “primeira bateria”, deu dobradinha da Ganassi, com Dario Franchitti e Scott Dixon. 

 

 

 

Depois da xaropada do sorteio, com os pilotos e pilotas sendo chamado um a um para um palco para “virar uma plaquinha dentro de um pneu” e assim saber sua posição no grid, quem saiu no prejuízo foi justamente a Ganassi, com seus pilotos saindo lá trás... enquanto os pilotos da Penske até tiveram sorte, mas a pole caiu no colo de Tony Kanaan. 

 

 

 

Mas como a sorte, sozinha, não ganha corridas e bastou o pessoal ir para a pista e as coisas foram mudando. Tony Kanaan fez o que podia para segurar a ponta, mas Will Power tinha um carro melhor e conseguiu ultrapassá-lo e conquistar uma vitória para Penske em um oval. Scott Dixon escalou o pelotão e terminou em segundo (se tivessem mais algumas voltas...), seguido pelos outros dois Penske, de Briscoe e Helinho, e Tony Kanaan foi o 5º. 

 

 

 

A Ganassi vem mostrando ter o melhor carro para andar nos ovais, mas este ano, Will Power mostrou melhoras nestes circuitos. 

 

 

Em Milwalkee não teve gracejos nem promoções. Foi pau puro no oval e quando o assunto é só performance, é difícil segurar Dario Franchitti. O escocês liderou a maior parte das mais de 200 voltas e mesmo com seis bandeiras amarelas, em momento algum sua vitória parecia ameaçada. 

 

 

 

Durante boa parte da prova, os brasileiros Helio Castro Neves e Tony Kanaan disputaram a posição de “melhor do resto”, uma vez que Franchitti sobrava. Naquela máxima do futebol de que “quem não faz, leva”, como os brasileiros não conseguiam avançar. Pontualmente, Tony Kanaan ainda conseguiu andar na frente, mas parecia que Franchitti tinha a situação sob controle mesmo quando não estava na ponta. 

 

 

 

Tirando mais do que podia do carro, Kanaan acabou escapando quando faltavam 30 voltas para o final e acabou no muro! Helinho foi para os pits com um pneu furado e mesmos andando mais rápido, nada deu pra fazer milagre. Franchitti venceu, com Graham Rahal em 2º e Oriol Servia em 3º. Helinho que andou entre os primeiros a prova toda, amargou um nono lugar. 

 

 

 

Helio Castro Neves e Tony Kanaan: Os brasileiros tem andado entre os primeiros depois de Indianápolis, mas vencer... 

 

 

Em Iowa, onde o vencedor recebe uma guitarra como troféu, quem deu o acorde final foi Marco Andretti, que numa arrancada fenomenal no último terço da prova, tirando aquela que seria uma redentora vitória de Tony Kanaan. 

 

 

 

Hélio Castro Neves sofreu com mais um pneu furado para deixá-lo longe da disputa pelas melhores posições, se bem que, nos ovais a vitória tem se mostrado um objetivo um tanto quanto distante para os carros de Roger Penske, especialmente quando as coisas correm mal como foi para Will Power, que envolveu-se em um acidente nos pits e depois bateu forte. Mesmo saindo bem do carro, foi constatada uma lesão de menor gravidade com o australiano. 

 

 

 

Mesmo andando bem, desta vez os carros da Ganassi não conseguiram muita coisa na prova em si, mas o 3º lugar de Dixon e o 5º de Franchitti foram suficientes para manter a liderança e o terceiro posto no campeonato. Quem andou bem foi o grande perdedor, o “Hildebrando”, que levou o carro da panther ao 4º lugar. E para nosso desgosto, a Bia Figueiredo acabou mais uma corrida no muro. 

 

 

 

Marco Andretti surpreendeu e acabou por "roubar a vitória" de Tony Kanaan. Faz tempo que um brasileiro não vence na Indy. 

 

 

O campeonato da Indy tem Dario Franchitti com 303 pontos, seguido de Will Power com 283 e Scott Dixon com 230. Dos brasileiros, Tony é o 5 com 211 pontos, Helinho o 12º com 159, Vitor Meira é o 16º com 141 e a Bia a 23ª com 92. Em julho teremos duas etapas, em Toronto e Edmonton. 

 

 

 

Seguindo para a Europa, No DTM Martin Tomczyk não só encerrou sua “seca” de dois anos sem vencer como foi logo vencendo duas etapas em sequência – Zeltweg (que agora é ‘Red Bull Ring’) e Lausitz – virando a maré a favor da Audi na disputa com a Mercedes. 

 

 

 

A Audi vem reagindo bem ao domínio imposto pela Mercedes na temporada anterior. Martin Tomczyk venceu em Zewteg... 

 

 

Quem parece que finalmente tá acertando a mão com os carrões do campeonato é o exF1 Ralf Schumacher. Apesar de algumas “rateadas”, ele vem fazendo algumas provas interessantes e na Austria, conseguiu um excelente segundo lugar. O mico continua nas mãos do Couthard (será que ele coloca aquele ‘saiote’ por baixo do macacão? Pior que a gente não pode nem brincar muito com isso pra não ser chamado de homófobo, preconceituoso ou outras coisas. 

 

 

 

A etapa de Lausitz teve um desfalque e um retorno em grande estilo. Como Mike Rockenfeller não teve tempo de recuperar-se do grave acidente sofrido nas 24 horas de Le Mans, uma semana antes, a Audi foi buscar na experiência do dinamarquês Tom Kristensen um substituto à altura e o veterano piloto não decepcionou. Mesmo estando fora da categoria há um bom tempo, foi o 7º colocado, melhor que muito “piloto de nome”. 

 

 

 

...e repetiu a a vitória em em Lausitz, assumindo a liderança da pontuação. A etapa marcou a volta de Tom Kristensen.

 

 

O campeonato, apesar das duas vitórias de Tomczyk, continua equilibrado uma vez que Bruno Sprengler continua pontuando bem, mesmo sem vencer, está apenas 1 ponto atrás do novo líder, Tomczyk, que tem 30. A próxima etapa vai ser em Norisring, no dia 3 de julho. 

 

 

 

Do DTM para o WTCC... está difícil segurar o Robert Huff. O inglês, que sempre pareceu ser o 3º piloto da equipe, atrás de Muller e Menu, é quem vem dando as cartas este ano no trio da equipe dominante do campeonato, a Chevrolet. A coisa está tão gritante que Huff tem mais do que o dobro dos pontos do quarto colocado, Gabriele Tarquini, “o melhor do resto”! 

 

 

 

O circo do WTCC foi para a Hungria depois de "babar" a etapa no circuito de rua de Marakesh no Marrocos... e a GM venceu de novo! 

 

 

Nas duas rodadas duplas realizadas em Hungaroring (a etapa estava inicialmente marcada para Marakesh, no Marrocos, mas problemas com os organizadores atrapalharam a vida dos torcedores) e na República Tcheca, a vantagem de Huff diminuiu. Na pista magiar, Huff, que teve problemas nos treinos teve que assistir seus companheiros largarem na primeira fila, mas enquanto Menu pulava na ponta, Muller se enrolava com Tom Coronel, terminando em 5. Huff “precisou remar” muito para avançar até o quarto posto.  

 

 

 

Na corrida 2, que foi interrompida com a chuva, Huff avançou um pouco mais, terminando em 2º, mas o dia foi mesmo de Yvan Muller, que venceu mais uma vez e encostou no líder do campeonato, seguindo cheio de esperanças para Brno, na República Tcheca. 

 

 

 

Esta cena estava deixando saudades: os pilotos do WTCC passando da conta e "misturando as tintas" com os adversários. 

 

 

É, a esperança até pode ser “a última que morre”... e Huff estava disposto a mata-la! Na prova 1, pulou na frente, resistiu aos ataques e segurou Muller atrás de si, vencendo pela 5ª vez este ano. Na prova 2, com o grid invertido em função dos treinos, como manda a regra deste ano, os Cruze vem avançando de trás e engolindo todo mundo.  

 

 

 

Mas em matéria de apetite, ninguém parecia ter mais que Yvan Muller, que saiu de 8º para 3º em apenas uma volta. Huff e Menu não conseguiram avançar tão rápido e viram Muller tomar a ponta de Tom Coronel e seguir para a vitória. Coronel e Menu trocaram posições – e tintas – mas, no final, o holandês da BMW terminou em 2º. 

 

 

 

Na temporada 2011, a GM não vem dando chances aos adversários. Dos três pilotos da marca, este ano é Menu o mais lento. 

 

 

No ano que vem – ou em breve – poderemos ter uma nova equipe, no caso montadora, no WTCC: a Ford. A montadora já vem participando do BTCC, o campeonato inglês de turismo, com uma equipe e carros Focus. Apesar de haver apenas rumores sobre esta entrada, em termos de WTCC, onde há fumaça, realmente há fogo. 

 

 

No Gran Turismo, junho é o mês das 24 horas de Le Mans (não deixe de ler a sensacional pesquisa do nosso companheiro Willy Möller que conta a história deste templo do automobilismo), mas antes desta prova tradicionalíssima, tivemos a etapa de Silverstone do FIA GT e a dupla brasileira foi mais uma vez “desfalcada” para a pista, com Bernoldi correndo ao lado de Hughes mais uma vez enquanto Ricardo Zonta se concentrava na Stock (que prestigio,heim, Carlos Col!). 

 

 

Nosso representante sofreu com a má largada de Hughes, que caiu para 13º. Mesmo recuperando posições, foi na parada, quando Bernoldi assumiu que as coisas melhoraram. O brasileiro chegou a estar em 4º – a posição de largada – mas um toque de Clivio Piccione o jogou novamente para trás e ele terminou apenas em 7º.

 

A prova de Silverstone teve um final eletrizante, mas outros momentos durante as voltas, em especial na prova do domingo, foram – no mínimo – inusitados. Richard Westbrook tentando ultrapassar Stefan Mücke, acabou tocando no adversário em uma freada, mandando o Aston Martin para fora da pista. Mücke, furiosocom o incidente, saiu em perseguição ao Nissan Westbrook. Gesticulado e esbravejando, o alemão não percebeu que o carro do rival estava mais lento e acertou-o em cheio! Os dois acabaram abandonando na sequência. 

 

 

A etapa de Silverstone do FIA GT foi emocionante... até a última volta! Mais uma vez, Enrique Bernoldi foi abalroado na prova. 

 

Na volta final, três carros estavam separados por menos de 1s. Lucas Luhr (Nissan) resistiu bravamente aos ataques de Alex Müller (Aston Martin) e Andreas Zuber (Corvete) para cruzar a linha de chegada em primeiro. Müller foi o segundo e Zuber o 3º, com os três carros separados por menos de meio segundo. 

 

No campeonato, a dupla da Nissan Lucas Luhr e Micahel Krumm soma 70 pontos, seguidos de Markus Winkelhock e Marcus Basseng (Lamborghini), com 67 e Christian Hohenadel e Andrea Piccini (Aston Martin) é o terceiro, com 61. Com 7º lugar Enrique Bernoldi passou ao décimo posto no campeonato, com 33 pontos. A próxima etapa do GT1 é dia 3 de julho, em Navarra, Espanha. 

 

 

 

Durante os treinos, a diferença entre Audi e Peugeot não parecia ser muito grande. Menos de 1 segundo separou os 6 carros. 

 

 

As 24 horas de Le Mans teve uma alteração importante em relação ao ano passado: os carros da categoria GT, antes divididos  em GT1 e GT2 passaram a ser divididos em GT-PRO e GT-AM, para pilotos profissionais e “amadores”... se bem que sem nenhum bobo na roda. Nos 56 classificados para a prova, todos sabiam o que iriam enfrentar. 

 

 

 

O favoritismo da Audi com os novos R-18 TDI não se mostrou tão grande nos treinos, com os Peugeot 908 andando perto (os 6 primeiros estavam dentro do mesmo segundo). Contudo, na prova, as coisas mostraram ser bem diferentes e os carros alemães “despacharam a concorrência”... só que isso em Le Mans e numa corrida de 24 horas é muito relativo. 

 

 

 

O acidente de Alan McNish poderia ter tido consequências mais graves do que as que vimos pelas imagens. O piloto saiu bem. 

 

 

 

Os carros da “senhora dos anéis” se envolveram em dois acidentes (um ainda no sábado à tarde e o outro na noite que deixou todos os membros da equipe apreensivos. O primeiro, de Alan McNish, foi impressionante, especialmente porque, no segundo toque no guardrail, o Audi Nº 3 foi na altura da  foi na altura da última lâmina. Um palmo a mais e o carro teria atingido os fotógrafos, que ainda assim precisaram se esquivar dos destroços! O piloto sair andando do carro arrancou suspiros e aplausos de torcedores e equipes nos boxes. 

 

 

 

Durante a noite, outro acidente com um carro da Audi. Mike Rockenfeller não teve a mesma sorte que o seu colega McNish.

 

 

Na noite, Mike Rockenfeller, que é piloto da equipe no DTM, bateu de frente no guard rail da reta Mulsanne quando tentou passar um carro de outra categoria. Este foi mais duro para o piloto, que está afastado das competições, recuperando-se dos ferimentos. Com isso, apenas o carro 2, de Lotterer/Fässler/Treluyer foi o único que restou. Seus pilotos levaram “na ponta dos dedos”, evitando ao máximo os riscos – se é que se pode fazer isso – e acabaram vencendo, com uma diferença “minúscula” para o Peugeot de Bourdais/Pagenaud/Lamy. 

 

 

 

Dos brasileiros, Na categoria P2, Thomas Erdos foi o 4º, ao lado de Mike Newton e Bem Collins. Augusto Farfus e Jaime Melo, que correram respectivamente por BMW e Ferrari na GT-PRO, abandonaram. A se salientar, a transmissão ao vivo e na íntegra do canal Eurosport. Enquanto isso, aqui no Brasil, tiraram do ar o “Limite”, da ESPN Brasil e o “Linha de Chegada” passa à meia noite... quando tem “um monte de gente assistindo”! 

 

 

 

Com apenas mais um carro na prova, a Audi cercou-se de cuidados para não jogar pela janela a vitória. No final, deu certo.  

 

 

No GT nacional, tivemos na etapa de Santa Cruz do Sul, para presentear o chefe de equipe, o decano Washington Bezerra, aniversariante no domingo, a dupla Matheus Stumpf e e Valdeno Brito foram soberanos no circuito gaúcho, vencendo as duas provas, no sábado e no domingo, com grande tranquilidade. O Ford GT 40 da equipe parecia não ter adversários capazes de enfrentá-los, se bem que a prova do sábado foi mais apertada, com a Ferrari de Daniel Serra e Chico Longo. 

 

 

 

Com as duas vitórias, a dupla assumiu a liderança do campeonato com 90 pontos, ficando à frente de Cleber Faria no critério de vitórias. Rafael Derani e Claudio Ricci vem em 3º, com 87 pontos e a família Negrão em 4º com 84. Pedro Queirolo caiu para 5º, com 79. A próxima etapa será novamente em Curitiba, dia 24. 

 

 

 

Na etapa de Santa Cruz do Sul, a dupla Matheus Stumpf e Valdeno Brito assumiu a liderança da GT3 aqui no Brasil. 

 

 

Fora da pistas, e nas trilhas pelo mundo, tivemos o Rally de Acrópolis na quase falida Grécia (a Comunidade Européia vai assumir e lotear para os que tem dinheiro passar o verão!), a Citroen ganhou de novo... mas o barraco não foi pequeno, na etapa e na escuderia por conta das táticas de corrida.  

 

 

 

Sebastien Loeb não gostou nem um pouco da "tática" adotada pela equipe para a etapa grega. O assunto deu o que falar. 

 

 

Se na sexta-feira Peter Solberg não quis saber e arregaçou 51s de frente na 1ª posição. O problema é que, na Grécia, quem sai na frente se ferra por conta do tipo de piso e com isso a equipe de Loeb e Ogier trabalharam para compensar as perdas no sábado. Deu certo, mas Loeb ficou na frente. A Ford protestou, dizendo que era jogo para favorecer o campeão...  

 

 

 

Bem, no domingo, Loeb largou na frente... e “limpando a trilha”, perdeu tempo. A vitória ficou com Ogier! Loeb “chiou uma barbaridade”, dizendo que a equipe tem que pensar melhor suas táticas. Ogier ficou calado e o diretor da Ford, meio aborrecido, meio de sacanagem, disse que adoraria ter um problema assim! Em todo caso, Loeb continua líder do campeonato e rumo ao octa! A próxima etapa será na Finlândia, no último final de semana de agosto.  

 

 

 

Sebastien Ogier, o beneficiado, preferiu o silêncio à polêmica. O segundo piloto da equipe é também o vice líder do campeonato. 

 

 

E a Volkswagen, tudo indica, vai dar seus primeiros passos no WRC na etapa finlandesa, com os carros de sua subsidiária – a Skoda, com o modelo Fábia. De acordo com a revista britânica Autosport, a Volkswagen pretende participar, além do Rally da Finlândia, de mais quatro etapas da temporada, Alemanha, França, Espanha e Inglaterra, ficando de fora apenas da etapa australiana. O objetivo seria dar experiência à equipe e avaliar o comportamento dos carros da Skoda para desenvolver melhor o Pólo-R visando 2013. 

 

 

 

O mundo das categorias escolas continua tendo seu destaque na F3 inglesa, que neste ano está sendo dominada pelos pilotos brasileiros. Em Brands Hatch, foram mais duas dobradinhas entre Lucas Foresti e Felipe Nasr, com uma vitória de cada nas provas 1 e 3 da rodada tripla. Na prova 2, o melhor brasileiro foi Felipe Nasr com um 6º lugar.  

 

 

 

Felipe Nasr sai de Brands Hatch cada vez mais líder no disputado campeonato da F3 inglesa. Na tripla, mais 2 dobradinhas.

 

 

Com mais esta rodada tripla, Nasr abriu ainda mais na liderança, com 154 pontos, tendo 45 pontos de vantagem para Lucas Foresti, o vice-líder. O colombiano Carlos Huertas ocupa a terceira colocação, com 95, seguido de perto por Jaafar, com 94. Os outros brasileiros, Pietro Fantin é o oitavo; Pipo Derani, o 14º e Yann Cunha, o 16º. 

 

 

 

Enquanto isso, na nossa combalida Sudam, mais uma tentativa de arrumar o calendário vai sendo feita e com uma proximidade maior entre as etapas. Depois da abertura em março, agora a 2ª etapa está marcada para São Paulo em 17/7 indo depois para o Rio, dia 31. Duas etapas em agosto (caruaru dia 12 e Campo Grande dia 28), Londrina dia 11/9 e três etapas em outubro, em Rosário, Piriápolis e Brasília, dias 2; 9 e 30. Uma etapa extra será corrida no dia 27/11, como preliminar da F1 em São Paulo. 

 

 

 

Lucas Foresti também venceu uma das três etapas corridas em Brands Hatch. O brasileiro segue em 2º, 45 pontos atrás de Nasr. 

 

 

Na tentativa de atrair o interesse dos argentinos para a categoria, Fernando Croceri trouxe para o Brasil 3 jovens pilotos para treinar com os carros da Cesário Fórmula no autódromo de Interlagos, Com carros da categoria light. Hernán Bueno, Bruno Etman e Augusto Scalbi andaram durante três dias. 

 

 

 

Segundo Croceri, os testes são a primeira fase de um projeto que tem como objetivo recolocar pilotos argentinos na F3 Sul-Americana. “Estes testes são a primeira parte do projeto. A segunda fase é ver se algum dos três pode participar de corridas do campeonato sul-americano ainda este ano. A terceira seria estabelecer num futuro próximo uma equipe na Argentina, onde possam correr não apenas pilotos argentinos, mas também de outros países da América do Sul”, declarou. 

 

 

 

Pilotos argentinos andando com carros da F3 Sudam. Depois da "..."que tirou o título de Helinho, os hermanos podem voltar. 

 

 

Depois do intervalo por conta do GP do Canadá, a GP2 voltou pra pista em Valencia... e algumas coisas não mudaram. A precipitação dos pilotos que hoje correm na categoria é algo difícil de encarar, especialmente pelo fato de alguns deles estarem lá há anos. 

 

 

 

Giedo Van Der Garde era o líder, com a vitória nas mãos... e passou um retardatário em trecho de bandeira amarela, coisa que o piloto aprende – desde o kart – que não pode. Punido, deu o alto do pódio de bandeja para Romain Grosjean... que não fez bobagem desta vez! Já o piloto de (crash) testes da Ferrari, Jules Bianchi... não só bateu como acabou punido depois da prova pelos comissários. Ele e mais 3 por “acidentes evitáveis”!  

 

 

 

Em Valência, acidentes e punições para os afoitos pilotos da GP2. Jules Bianchi, mais uma vez, foi um dos pilotos envolvidos. 

 

 

No domingo, Luiz Razia, que fez uma ótima corrida no sábado, chegando em 6º mas brigando pelo 4º lugar, tinha tudo para conseguir um bom resultado... até mesmo a vitória. Na largada, pulou para segundo, mas não conseguiu acompanhar o ritmo do mexicano Esteban Gutierrez, em parte por ter que se defender de Van Der Garde, “babando no seu câmbio”.  

 

 

 

Dos males o menor. O baiano “tirou a zica”, marcou 8 pontos e agora é o 8º colocado da tabela, com 11. O líder é Grosjean, com 34, seguido por Van Der Garde com 33 e Valsechi com 30. A próxima rodada é em Silverstone. 

 

 

 

Quando consegue manter a cabeça no lugar, Romain Grosjean consegue andar na frente. Saiu da Espanha como líder do campeonato. 

 

 

Na F1, a temperatura andou subindo nas últimas semanas... em alguns casos, mais fora do que dentro da pista! A temporada nem chegou na metade e já tem equipe “chutando o balde em relação à temporada em curso. A Williams está trocando todo seu corpo técnico. O Hugo Chávez enterrou uma baba de dinheiro numa equipe que pouco tem conseguido oferecer ao seu pupilo, Pastor Maldonado, um equipamento competitivo. A coisa é tão feia que o próprio Patrick Head vai se afastar da direção técnica! 

 

 

 

Se quem ta andando no “meião do pelotão” há um tempão anda enrolado, imaginem o clima que ronda a poderosa Ferrari... Aldo Costa, que foi um dos homens a substituir um dos pilares dos tempos de vitória acabou rodando. Ele agora é um dos mais bem pagos membros do departamento de design dos carros de rua da marca italiana (não mexeram no seu salário). O engenheiro foi retirado do cargo na direção do time após o desapontamento da cúpula da Ferrari com o desempenho da equipe nesse início de temporada. Hoje, dentro de Maranello já há uma dúvida: vale a pena continuar apostando no carro de 2011 ou é melhor começar a pensar o carro de 2012. 

 

 

 

A Ferrari está em dúvidas sobre o que fazer: se parte para 2012 ou continua apostando em 2011. Nisso, Aldo Costa "dançou". 

 

 

Do lado da FIA, a coisa chegou às raias da insanidade – e da cara de pau – se colocarmos o nosso velhinho favorito. Ele insistiu, rodou, mexeu e conseguiu incluir – mesmo que por alguns dias – o GP do Bahrein de volta no calendário. Deu um jeito de mexer os pauzinhos e a FIA mandou para o emirado o presidente da Federação Espanhola, o “Sargento Garcia”, que voltou de lá dizendo que estava tudo bien! A repulsa foi geral. Fazia tempo que um piloto não abria a boca para falar algo fora do programado. Mark Webber o fez! E outras vozes se insurgiram. A FIA voltou atrás e Bernie Ecclestone – na maior cara de pau – disse que era contra a realização da corrida este ano... 

 

 

 

Na área técnica, decisões para o futuro próximo vão sendo tomadas. os times se reuniram no final de semana do GP da Turquia e aprovaram um novo pacote de medidas criado por Rory Byrne, ex-projetista da Ferrari na época de Michael Schumacher. Além disso, o diretor da FIA, Charlie Whiting, também concordou com as sugestões como a diminuição da asa dianteira de 1800mm para 1650mm; uma asa traseira menor, como a utilizada em circuitos de baixa downforce; bicos mais baixos, para evitar que carros decolem; a manutenção da asa traseira móvel; apêndices na carenagem restritos à lateral dos “sidepods”; limitações na asa dianteira; e as rodas continuarem em 13 polegadas até o final de 2013. 

 

 

 

Heim? quem? Eu? Na maior cara de pau, ele negou a insistência no Bahrein e agora usa os circuitos para barrar os novos motores. 

 

 

Mas a medida mais polêmica, a da redução dos motores, rendeu por mais algumas semanas... e acabou saindo um pouco diferente do que era o plano inicial da FIA, que vinham sendo repudiadas por Bernie Ecclestone e pelo presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo. O motor vai ter 1.6L, mas terá 6 ao invés de 4 cilindros, com giros em torno de 15000 rpm. Ao invés de serem adotados em 2013, será apenas em 2014 que os novos motores serão adotados. De certa forma isso atrapalha a Renault, que já vinha trabalhando nos motores de 4 cilindros e a Audi era uma candidata em potencial a fornecer motores, ao menos nos sonhos de Bernie Ecclestone.  

 

 

 

O bom velhinho, que dizia que os motores perderiam o “ronco da F1” arranjou uns “laranjas” para protestar contra a mudança dos motores. Uma “associação de circuitos” que ameaçaram não querer a F1 sem o “ronco dos motores”... o baixinho realmente é capaz de manobras inimagináveis. 17 dos 19 circuitos – Interlagos entre eles – estariam unidos nesta cruzada. Pergunta: E desde quando a Indy iria correr tantas etapas no exterior?  

 

 

 

A corrida do Canadá teve dois protagonistas: Lewis Hamilton, o rei da lambança e Jenson Button, o rei do asfalto e vencedor do GP. 

 

 

Na pista, tivemos no Canadá uma das corridas mais cheias de alternativas dos últimos anos, com a chuva aparecendo e embaralhando o grid, dando chances de diversas possíveis combinações. A chuva fez do GP o mais longo dos tempos da F1 moderna. Da largada à chegada, foram mais de 4 horas... claro, com a paralisação que houve por conta da chuva.  

 

 

 

Com os carros andando, tivemos o Shummy mostrando sua habilidade como nos bons tempos, Vettel andando na frente, como de costume e um Lewis Hamilton completamente surtado, como foi em Mônaco. O piloto da McLaren envolveu-se em situações que culminaram com o toque com o companheiro Jenson Button e um “pito” no bastidores dado pelo próprio Ron Dennis. 

 

 

 

O momento crítico: Hamilton força a passagem sobre Button, quase tira os dois carros da equipe da prova e acaba fora. 

 

 

Button foi o grande protagonista da prova, com o dobro de paradas nos boxes, punição, ousadia e a recompensa na parte final da prova, partindo para o ataque em cima de Sebastian Vettel que acabou cometendo um erro faltando poucas curvas para o final da corrida. Normalmente contido, Button era uma explosão de alegria ao final de prova. 

 

 

 

A paralisação por conta da chuva quase provocou o cancelamento da prova. Foram quase duas horas esperando condições.

 

 

Enquanto Button comemorava e a Red Bull minimizava a perda da vitória, na Ferrari, Fernando Alonso, o rei das lamúrias, lamentava a chance perdida de um resultado melhor. Felipe Massa reclamava do retardatário, que deixou-o na parte molhada da pista quando ele tentou ultrapassá-lo. Massa perdeu o controle do carro e quebrou a asa dianteira, perdendo um possível pódio. 

 

 

 

Se a prova no Canadá foi emoção do começo ao fim, no GP da Europa, em Valência, tivemos a prova mais monótona da temporada... na verdade, a única prova “sonolenta” até agora. A prova teve um feito que não lembramos quando foi a última vez que isso aconteceu: todos os carros que largaram, terminaram a prova! Os tanques de guerra da F1 de hoje raramente quebram e como ninguém bateu... Nem Mônaco, com sua tradicional “corrida trenzinho” conseguiu superar o GP da Europa... mas terá sido apenas culpa do circuito? 

 

 

 

A FIA mudou a regra sobre mapeamento dos motores... mas isso não impediu as Red Bull de fazer a primeira fila na corrida. 

 

 

A FIA determinou uma mudança no regulamento sobre o mapeamento dos motores com o intuito de reduzir ou acabar com o efeito da descarga de gases no difusor dos carros, o que criava um efeito aerodinâmico talvez mais eficiente que o difusor duplo do ano passado. Ambos aumentavam o downforce dos carros e, em teoria, a Red Bull era quem melhor se valia do recurso, assim sendo, seria quem teria mais a perder... 

 

 

 

Alonso à frente de Massa. A condição de "segundão" é cada vez mais escancarada e os erros nos pits são uma constante. 

 

 

Teria. Nos treinos, os touros fizeram a primeira fila, na corrida, Vettel só perdeu a liderança nas paradas de box. Apagaram-se as luzes vermelhas e “adeus viola”! O campeão controlou a prova que mesmo com KERS,  com dois pontos de abertura de asa e os pneus de farinha da Pirelli teve o menor número de ultrapassagens, numa dependência das paradas de trocas de pneus como era nos anos anteriores. 

 

 

 

O GP da Europa teve um fato que há muito não acontecia: todos terminaram a prova. Os F1 atuais são tanques de guerra!

 

 

A Ferrari, que em teoria seria a maior beneficiada, até colheu alguns frutos. Alonso aproveitou-se dos problemas de Mark Webber e colocou-se entre os touros vermelhos enquanto Felipe Massa... bem, sabendo-se que, quando se troca os pneus o carro vira bem mais rápido, quem pode explicar porque Massa permaneceu na pista por 3 voltas na pista depois da parada de Lewis Hamilton? A Ferrari entregou a 4ª posição para o inglês. No final, na última parada, tratou de dar aquele “sossega leão” com mais uma parada desastrosa para o brasileiro. E o filme se repete... 

 

 

 

Sem dar bola para as manobras da cartolagem, Sebastian Vettel venceu mais uma e abriu 77 pontos de frente no campeonato. 

 

 

Para a Inglaterra, os escapamentos não vão mais lançar seus gases para baixo. Mais uma tentativa de mudar o jogo que, no ritmo que vai, a F1 volta para o oriente com seu campeão já definido. Falando da velha ilha, uma notícia abalou o mundo sobre rodas: Sir Stirling Moss “pendurou o capacete”. Aos 81 anos, na prova de carros históricos de Le Mans o “nunca campeão de F1”, mas super respeitado piloto declarou que não mais correria. 

 

 

 

Aos 81 anos, Moss abandona as pistas no ano do centenário de um dos maiores de todos os tempos: Juan Manuel Fangio. 

 

 

 

 

Este mês comemoramos o centenário do nascimento de uma das maiores lendas do esporte a motor de todos os tempos: Juan Manuel Fangio. Falar do pentacampeão do mundo iria requerer um artigo duas vezes maior que esta coluna, mas ao invés de escrever, vou convidar o amigo leitor a visitar a Balcarce de Fangio, clicando no link e indo conosco até a sua cidade natal como o site dos Nobres do Grid foi em 2009. 

 

 

 

Até a próxima,

 

 

Contribuiram para esta coluna: Mauricio Paiva, Paulo Alencar, Willy Möller e Fernando Paiva.

 

Last Updated ( Thursday, 30 June 2011 17:30 )