Nobres do Grid - Hyperlink (Setembro 2010) Print
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Tuesday, 31 August 2010 05:36

 

Olá amigos! Estamos de volta com a nossa coluna em tempos de corridas e corridas... entre elas, a eleitoral. Mas como nosso foco não são as promessas políticas, mas as de atiçar os leitores, vamos falar de velocidade. 

 

A NASCAR se aproxima de sua fase final da disputa. O “playoff” está prestes a começar e o tetra campeão Jimmy Johnson esta vendo a possibilidade de um incrível pentacampeonato ficar cada vez mais distante. 

 

Foram quatro etapas corridas no mês de agosto – Pocono, Watkins Glen, Michigan e Bristol – e apesar de ter andado rápido nos treinos, valeu aqui aquela máxima do futebol: treino é treino, jogo é jogo. No caso, corrida é corrida! Tanto em Pocono como em Bristol, onde mostrou ter o carro rápido, isso não foi o suficiente para dar ao campeão uma boa colocação ao final das corridas. 

 

 

Montoya saiu de três anos de "seca" para ganhar em Watkins Glen. Contudo, para o playoff final, está difícil este ano.

Em Watkins Glen, prova em circuito misto, tivemos a vitória – depois de um enorme jejum... de vitórias, claro, por que de hamburgers, nem pensar – do colombiano Juan Pablo Montoya. Mesmo assim, parece que este ano o simpático gordinho vai ficar de fora dos playoffs. 

 

Por falar em apetite, na última prova do mês, quem papou tudo e não deixou nada para ninguém foi Kyle Busch. O piloto venceu as 3 provas disputadas no final de semana: a Truck Series, a Nationalwide (uma espécie de divisão menor) e a Sprint Cup. O piloto da Joe Gibbs estava impossível! Enquanto isso, o campeão sofria com a volta da “maré de azar”. Desta feita, foi abalroado por Montoya. 

 

 

Kyle Busch fez barba, cabelo e bigode em Bristol, vencendo nas 3 provas dar 3 categorias que lá correram.

No campeonato, Kevin Harvick, com 3521 pontos, Está mais líder do que nunca, com 279 pontos de vantagem para Jeff Gordon, o segundo. Ambos já estão matematicamente garantidos no playoff. Com a vitória Kyle Busch pulou para terceiro, com 3170, seguido por Carl Edwards, com 3113, e por Danny Hamlin, com 3108. Jimmy Johnson foi o grande perdedor do mês e agora está em nono, com 3077. se cuida, campeão. 

 

No DTM, tivemos duas provas este mês. Mudou o vencedor, mas não mudou o carro! A Mercedes bateu a Audi mais uma vez em agosto. 

 

Dia 8, em Nurburgring, o líder do campeonato, Bruno Spengler venceu praticamente de ponta a ponta, tirando a hora dos pits. Mattias Ekström foi o pole-position, mas não conseguiu manter a liderança. O sueco caiu para a sétima posição depois de fazer a primeira curva em uma trajetória muito aberta. Paul Di Resta aproveitou-se disso e pulou para segundo, seguindo de perto o líder e deixando para trás o pelotão. Gary Paffet fechou o pódio e fez ferver a cabeça dos chefes da Audi. 

 

Em Zandvoort, na Holanda, mais uma vez o pole da Audi, desta vez Timo Scheider, largou mal e caiu para décimo. Gary Paffet e Paul di Resta aproveitaram e pularam na ponta. Scheider ainda conseguiu se recuperar, voando baixo na pista e alterando a estratégia de parada para subir até o terceiro posto. 

 

 

Enquanto a Mercedes vence mais uma vez e dispara no campeonato, a Audi vê-se mais uma vez envolvida em um "ridículo" jogo de equipe.

A prova teve seu “momento ridículo” quando, mais uma vez, a Audi armou – descaradamente – um jogo de equipe para favorecer Matias Ekström. O Espanhol Miguel Molina cedeu passagem não apenas uma, mas duas vezes para o companheiro, o mais bem colocado dos pilotos das quatro argolas na temporada. É a terceira vez em quatro anos que a marca se envolve neste tipo de polêmica. 

 

No campeonato, Spengler (que não foi além de um sétimo lugar na Holanda) lidera com 44 pontos, mas a diferença para Paffet (35) caiu para apenas nove. Di Resta aparece em terceiro, com 33, seguido por Ekström, melhor representante da Audi, com 28. Jamie Green tem 26 e Scheider aparece com apenas 23 pontos. O inédito tricampeonato seguido está cada vez mais longe. Em setembro teremos mais duas etapas, em Brands Hatch e Oschersleben. 

 

Há sérios rumores de uma possível volta da Opel ao DTM para 2011. Por trás deste retorno estaria um apoio técnico da F1 Williams. Esta notícia é mais uma lufada de ar fresco à categoria que há anos tem apenas a Audi e a Mercedes no Grid. E se a BMW também entrar, o campeonato vai pegar fogo! 

 

 

A Chevrolet continua "mandando" na corrida 1, mas o "revezamento" dos vencedores só é bom no campeonato por equipes.

A República Tcheca e o autódromo de Brno foram o palco de mais uma etapa do WTCC... e de mais uma demonstração de força da Chevrolet. Desta vez foi Robert Huff quem dominou as ações e levou a melhor. O piloto da britânico saiu na pole pela primeira vez na temporada. Na largada, defendeu-se de Gabriele Tarquini e seguiu com tranquilidade para receber a bandeira quadriculada. 

 

Voltando ao bom e velho estilo dos Carros de Combate como costumamos chamá-los, um acidente ainda na primeira volta fez com que os carros da Seat de Jordi Gené e Tom Coronel abandonassem a prova, deixando ainda os carros de Andy Priaulx, Kristian Poulsen e Fredy Barth danificados. Isso fez com que o safety car entrasse na pista. Na relargada, Colin Turkington e Norbert Michelisz se tocaram na curva 1, com o britânico passando reto e acertando Yvan Muller, líder do campeonato, que precisou ir aos boxes para fazer os reparos. Michelisz abandonou ali mesmo. 

 

Na segunda prova a vitória coube a Andy Priaulx, que largando da segunda fila (na primeira prova foram tantas confusões que ele ainda conseguiu terminar em quinto), já contornou a primeira curva em segundo. Quem largou mal foi Augusto Farfus, perdendo várias posições depois de ter terminado a primeira prova em terceiro. 

 

 

Andy Priaulx vem usando o grid invertido da corrida 2 para conquistar vitórias e manter-se na lutapelo título este ano.

A corrida foi marcada por diversos incidentes, mas sem grandes colisões. Michel Nykjaer rodou na curva 4, depois Franz Engstler deu uma escapada e, por fim, foi a vez de Kristian Poulsen rodar na curva 9 e tocar em Mehdi Benani. Colin Turkington e Alain Menu completaram o pódio. Em setembro teremos etapas em Oschersleben e Valência. 

 

Assim como na política, muitas promessas, blefes e conchavos estão sendo feitos nas duas principais categorias de turismo – digamos – europeu.  Todos os indícios apontam para uma volta da BMW ao DTM depois de 20 anos de ausência, em 2012. Entretanto, para que o retorno à categoria seja viável financeiramente, o chefão da divisão de esporte, Mario Thiessen, afirmou à Autosport, publicação inglesa, que a montadora deve deixar a disputa do WTCC ou do Le Mans Series – GT2. O motivo alegado é que não há condições de participar das três competições simultaneamente. A montadora ainda não acertou sua permanência no WTCC para a próxima temporada, enquanto a permanência na Le Mans Series está  confirmada até o fim de 2011.  

 

Apesar da BMW vir trabalhando no desenvolvimento do novo motor de 1,6 litro para as novas configurações para 2011, tanto no Rally quanto no WTCC, Theissen negou que isso signifique a permanência da fábrica no Mundial de Carros de Turismo com uma equipe de fábrica como tem no momento. De acordo com o alemão, os novos propulsores serão concebidos para uso em carros de equipes clientes da montadora. 

 

A nossa categoria de turismo, a Stock Car, voltou às atividades depois de um recesso bem longo... deu tempo de muita gente colocar a cabeça no lugar, acalmar os ânimos, mas não deu para segurar a moçada quando o negócio foi descer a bota nas ruas do circuito – agora chamado de Ayrton Senna (nessas horas parece que o Brasil só teve um piloto na história, os demais eram todos chofer de praça) – no centro administrativo de Salvador.  

 

Fizeram algumas reformas no circuito, o que até permitiu algumas ultrapassagens para alegrar o público... que foi bem menor do que o certamente esperado. Em diversas tomadas aéreas eram claros os lugares vazios em algumas arquibancadas, em algumas mesmo tinha menos da metade da lotação.  

 

 

Os patuás da Bahia espantaram a "zica" de Cacá Bueno e, com a combinação de resultados, o campeonato ficou mais apertado.

Uma boa razão para isso podemos atribuir à chuva, que caiu impiedosamente na capital baiana nos últimos meses e que se fez presente na semana dos treinos e na noite que antecedeu a prova. Isso – a princípio – levou a direção de prova por optar em fazer uma largada com Safety Car, uma vez que haviam alguns pontos com água empoçada. 

 

Vantagem para quem largava na frente e a pole foi conquistada por Cacá Bueno, que só perdeu a liderança durante as paradas obrigatórias para reabastecimento – ninguém trocou pneus! 

 

Apesar das entradas do safety car, as interrupções foram bastante rápidas, nada como o que ocorreu no estreitíssimo traçado de Ribeirão Preto. 

 

O resultado da prova, que teve alguns acidentes, alguns abandonos e alguns pilotos que se deram mal nos treinos ajudou a dar uma embolada no campeonato. Um bom resultado do líder, Átila Abreu, junto com os demais resultados apenas o afastaria dos demais na tábua de pontuação. Como isso não aconteceu, todos – exceto ele – saíram ganhando. 

 

Em setembro a Stock corre em São Paulo, no dia 5, último evento antes do fechamento para a preparação para o GP do Brasil de Fórmula 1 e dia 19 em Campo Grande. 

 

A “Stock dos hermanos”, a TC 2000, correu na bela região de La Rioja... e o “encanto” da Honda foi quebrado! O TC 2000 voltava à cidade depois de 29 anos de ausência. Um evento assim merecia uma grande corrida e um final diferenciado. 

 

A corrida principal, bem como a classificatória para o grid (no complicado método argentino de fazer cada etapa) teve os “totós” e as “trocas de tinta” comuns em toda corrida de carro de turismo, mas a vitória final de Christian Ledesma foi a primeira do piloto este ano, bem como para a equipe Elaion-Chevrolet. O pódio foi completado por Martin Basso, da Berta Motorsports e pelo líder do campeonato, Leonel Pérnia, da Petrobras-Honda. 

 

 

Christian Ledesma saiu do zero, assim como a Chevrolet no campeonato deste ano, quebrando a sequência da Honda.

O Campeonato, após sete etapas, tem Pérnia ainda mais líder, com 89 pontos, 23 à frente de Mariano Altuna (66) e 31 a mais que José Maria ‘Pechito’ Lopez (58), todos da equipe Petrobras-Honda. Norberto Fontana tem 56, bem como Christian Ledesma. A próxima etapa será em Santa Fé, dia 12 de setembro. 

 

Aumentando a potência para os carros de Gran Turismo, tivemos mais uma etapa da GTBrasil, torneio financiado e divulgado pela Itaipava. Há que se elogiar o trabalho que vem sendo feito, pois a cada evento o público vem aumentando. Ainda está longe de ser aquilo que tanto os organizadores desejariam na verdade e o quanto os pilotos e equipes merecem. 

 

A rodada do dia 8 de agosto teve duas corridas bastante distintas: No sábado o carro da equipe Lamborghini Cimed largou na pole position com Daniel Serra e ele conseguiu abrir uma vantagem de quase 18s até a sua parada obrigatória para passar o carro para Chico Longo. Na segunda metade da corrida, Longo conseguia manter a boa vantagem e negociava bem as ultrapassagens sobre os retardatários. Depois de pouco mais de 50 minutos de corrida, a dupla conquistou a vitória. A dupla Marcelo Hahn/Allan Khodair com outra Lamborghini terminou em segundo, com a duo do Ford GT40 de Valdeno Brito / Matheus Stumpf fechando os três primeiros. 

 

 

A GTBrasil continua proporcionando grndes corridas, com grandes disputas. Quem ainda não foi, precisar ir ao autódromo.

Já a corrida do domingo, dia dos pais, teve um cenário completamente diferente: Atuais campeões do Itaipava GT Brasil, Claudio Ricci e Rafael Derani com a Ferrari venceram a prova depois de assumirem a liderança com os problemas sofridos pelos então líderes Valdeno Brito e Matheus Stumpf.  

 

Após a parada para troca de pilotos, Valdeno passou reto na freada da descida do lago. O problema também comprometeu o restante da prova e o paraibano acabou superado por Daniel Serra, que quase conseguiu tirar a diferença para o líder, Derani.  

 

O campeonato teve até agora 7 vencedores distintos e isso vem fazendo da disputa algo extremamente excitante.  Mais ainda se levarmos em conta que, a nível internacional, o Brasil voltou a brilhar no mundial de Gran Turismo da FIA.  

 

Ricardo Zonta venceu a quinta etapa do FIA GT, que aconteceu no tradicional circuito belga de Spa-Francorchamps. Nesta prova Zonta teve como parceiro o alemão Frank Kechele, em substituição a Rafael Daniel. Largando em segundo, Zonta tomou a ponta na primeira curva e desceu para a Eau Rouge puxando o pelotão. Contudo, perdeu a liderança após algumas voltas. Na janela programada de pit stops, entregou o Lamborghini Murcielago 670 R-S em segundo para Kechele, que assumiu a liderança logo depois e rumou para a vitória.  

 

 

Zonta vence em Spa e tira a sua equipe de um jejum de 11 anos. O paranaense já foi campeão da categoria nos anos 90.

A equipe Reiter não vencia há 11 anos e esta foi a primeira da Lamborghini na temporada. O Pódio foi completado pelos alemães Altfrid Heger e Alex Muller, que largaram em 12° com uma Maserati, e em 3º chegou o Ford GT de Thomas Mutsch e Richard Westbrook. Enrique Bernoldi, em parceria com o português Miguel Ramos, em outro Maserati, terminaram em quarto. 

 

Em Nurburgring tudo deu errado. Apesar da classificação dos brasileiros ter sido boa (Zonta largando em 4º e Bernoldi em 7º), na corrida não faltaram problemas e até um drive through por bater e tirar da prova outro competidor, na verdade, sem intenção, devido a um problema de freios. No final, 12º para Zonta e 14º para Bernoldi. 

 

Saindo um pouco dos circuitos, mas sem deixar a tradição de lado, o WRC teve duas etapas em agosto: O tradicional Rally da Finlândia, com décadas de história, e o Rally da Alemanha, disputado em trechos de asfalto. 

 

 

Enquanto Latvala quebrava a sequência de vitórias da Citroen, Hirvonen quebra (em mil pedaços) seu Ford Focus!

No Rally nórdico, a vitória ficou “em casa”. Jari-Matti Latvala, quebrou a sequência da Citroen e tornou-se o mais jovem a faturar a tradicional prova, desde que esta passou a integrar o calendário do WRC, em 1973. O piloto disse que a vitória foi a realização de um sonho de criança. “É um sonho e até agora eu não acredito nisso. É algo que eu tenho sonhado desde a infância. Os torcedores finlandeses são fantásticos, e eu ganhei na frente dos espectadores do meu país. É incrível, um grande alívio e um rali fantástico. Nossa equipe trabalhou duro e a vitória é para eles”, vibrou Latvala. 

 

Por outro lado, seu companheiro e também finlandês Mirko Hirvonen não vai levar boas lembranças da etapa doméstica. O primeiro piloto da Ford protagonizou um espetacular acidente. Felizmente, tanto ele quanto o navegador saíram ilesos. O público correu para socorrer os dois depois do ocorrido. 

 

Sébastien Loeb fez um rali apenas discreto na Finlândia. O gaulês terminou em terceiro, a 26s de Latvala. Conhecedor de suas chances reduzidas de vitória, principalmente pelos problemas de direção apresentados no primeiro dia de competições, Loeb procurou somar pontos para o WRC. 

 

 

E não é que ele está "pegando a mão"... Kimi Raikkonen venceu a última especial do Rally da Finlândia.

Um destaque especial deve ser dado ao veterano Juha Kankkunen, tetracampeão mundial que voltou ao WRC especialmente para o Rally da Finlândia. Kankkunen tinha como objetivo traçado, ficar entre os dez primeiros na etapa. O piloto de 51 anos venceu o duelo particular com Kimi Raikkonen e foi o oitavo. 

 

No PWRC, a dupla brasileira, Paulo Nobre e Edu Paula, teve muitos problemas desde o primeiro dia e acabou por não concluir a prova. 

 

Na etapa alemã, só deu Loeb. Aparentemente totalmente “desencanado” de uma possível – mas pouco provável – ida para a F1, o francês voou na Alemanha e conquistou sua oitava vitória neste país.  

 

 

Na Alemanha Loeb recolocou as coisas nos devidos lugares. No ritmo que a coisa vai, o campeonato acaba mais cedo este ano.

A Citroen fez barba, cabelo e bigode, com Daniel Sordo garantindo a segunda colocação e Sébastien Ogier fechando o pódio. Jari-Matti Latvala salvou o dia da Ford e assegurou a quarta colocação na prova alemã, seguido por Petter Solberg, que venceu dois dos cinco estágios finais. Destaque para Kimi Raikkonen, que conquistou a vitória na última especial do dia. 

 

Com o resultado da etapa alemã, Loeb soma agora 191 pontos, contra 133 de Ogier e 117 de Latvala. A próxima prova do Mundial acontece no Japão, entre os dias 10 e 12 de setembro. 

 

O desafiante Rally dos Sertões foi – mais uma vez – um sucesso, com suas motos, carros, quadricíclos e caminhões percorrendo este que é o segundo maior Raid (conforme nos explicaram Paulo Nobre e Edu Paula) do mundo, perdendo apenas para o Rally Dakar (que tem sido “De Cá”, há duas edições). 

 

 

Certamente nem 10.000 fotos seriam capazes de mostrar todas as imagens do que é o Rally dos Sertões...

Este ano não tivemos a participação de nenhuma das grandes equipes internacionais como no ano passado, mas nem por isso o nível da competição diminuiu. No final de quase duas semanas de trilhas pelo cerrado, sertão e agreste do país, a vitória ficou com Guilherme Spinelli. 

 

Tudo bem que a regra e para todos e que todos sabiam das regras... mas em um rally de velocidades tem que ter radar para que? Foram justamente estes radares, 3 de fato, que acabaram tirando a vitória de Paulo Nobre. Ele terminou em 3º, 40 minutos atrás de Spinelli, graças a três punições de 20 minutos por “excesso de velocidade”. 

 

 

Carro verde, equipe verde, bandeira do Palmeiras... mas esse cavanhaque verde?!? Palmeirinha acabou como @campeão moral".

Descrever os “Sertões” em palavras é praticamente impossível. Um “mosaico” de fotos retrata melhor o desafio... agora, nem um “discurso do Fidel Castro” vai conseguir explicar este cavanhaque verde do Palmeirinha... 

 

Do Rally para os Brutos: O “caminhão do timão” venceu mais uma. Roberval Andrade, mesmo com um problema mecânico no final, venceu a etapa de Londrina da Fórmula Truck, diminuindo consideravelmente a distância na pontuação para a dupla da Volkswagen, Felipe Giaffone / Valdir Benavides.  

 

Danilo Dirani, que largava na pole, foi surpreendido pela queimada de largada do experiente Adalberto Jardim, que pulou na ponta na primeira curva. Mais atrás, um toque envolvendo Paulo Salustiano e Pedro Muffato causou confusão e vários pilotos saíram da pista, entre eles: Wellington Cirino, Cristiano da Matta e Bruno Junqueira. Bandeira amarela acionada! 

 

 

Se a fiel fosse para o autódromo, gritaria: "ôô. ôô... é o caminhão do timão..." Roberval começa a incomodar os líderes.

Após a relargada, Adalberto teve que pagar um ‘drive through’ e Dirani voltou à ponta e só a perdeu quando foi alcançado por Roberval Andrade. Danilo Dirani, cruzou em segundo, logo à frente de Felipe Giaffone.  

 

Com o resultado, Giaffone ainda permanece na liderança do campeonato, com 115 pontos. Benavides é o segundo, com 113, enquanto Andrade pulou para terceiro e soma 101. A próxima etapa será no dia 19 de setembro, em Buenos Aires, na Argentina, junto com a Top Race V6. 

 

No mundo dos monopostos, a F3 Inglesa já tem seu campeão: Jean-Eric Vergne conquistou o campeonato com duas rodadas de antecipação, ao abrir 114 para James Calado, não podendo mais ser alcançado com as rodadas restantes. 

 

Aproveitando-se por largar na frente, o novo piloto de testes da Red Bull venceu a corrida de ponta a ponta. Nem mesmo os ataques de Adriano Buzaid logo depois da saída do safety-car – que entrou devido ao acidente com Max Snegirev na primeira volta – foram uma ameaça ao domínio do campeão. 

 

 

Gabriel Dias é o brasileiro mais bem colocado no inglês de fórmula 3 este ano... mas o campeonato "já acabou".

O domínio da Carlin, que colocou cinco carros entre os seis primeiros foi completado por Lucas Foresti e Rupert Svendsen-Cook. Entre os brasileiros, Gabriel Dias foi o sétimo, Felipe Nasr o 12º, Yann  Cunha o 22º e Pietro Fantin o 23º.

 

Na que aconteceu nos dias 29 e 30 de agosto, em Snetterton, já sem valer grandes coisas, a bandeira brasileira voltou ao alto do pódio. Teve uma dobradinha brasileira, com Gabriel dias e Adriano Buzaid. 

 

No nosso continente, F3 Sudam, Piero Fantin fez uma estréia de gala na etapa do Velopark, conquistando 50 pontos e andando a maior parte do tempo sem ser incomodado. 

 

O líder do campeonato ainda é Bruno Andrade, apesar de, durante o final de semana ele ter perdido-a momentaneamente devido aos maus resultados iniciais. O Piloto da Cesário Fórmula ainda teve problemas na largada da última etapa quando simplesmente não partiu e caiu para o 10º lugar. Numa recuperação sensacional, em parte ajudada por uma entrada do safety car, Bruno ainda chegou à vice liderança da prova. 

 

 

A fórmula 3 Sudam mudou de cenário com os problemas de Bruno Andrade nas últimas provas. O campeonato está aberto.

Pietro Fantin largou da pole de forma perfeita, liderou toda a prova, fez diversas vezes a volta mais rápida e mostrou que tanto ele como a equipe inglesa Hitech são sérios candidatos a mais vitórias. A estada desta equipe inglesa e a vinda de outras pode vir a fazer muito bem para nosso automobilismo, incluindo pilotos, mecânicos, engenheiros e donos de equipes. 

 

O campeonato tem, após a etapa gaúcha, Bruno Andrade com 192 pontos, Yann Cunha com 189 e Lu Boesel com 146. A próxima rodada tripla será Curitiba, dias 28 e 29 de agosto e que nós comentaremos junto com a rodada de Santa Fé, na Argentina, nos dias 11 e 12 de setembro. Faltando cinco rodadas pela frente, até Pietro Fantin, que marcou 50 pontos no final de semana no sul, tem chances de ser campeão. Campeão este que vai ganhar um teste na FRenault 3.5. um belo prêmio. 

 

A etapa gaúcha também serviu para mostrar o que é o nível de profissionalismo dos administradores do Velopark. Depois de alguns comentários por parte dos pilotos que fizeram as primeiras provas no novo circuito, algumas pessoas que acompanham automobilismo há anos e nós, que fizemos o Raio X do autódromo, a equipe do Velopark refez a problemática curva. Com isso o traçado passou a ter 2.278m. 

 

 

Velopark: sinônimo de profissionalismo e agilidade (além de "caixa", claro) para fazer obras de melhoria do autódromo.

Todo o percurso entre o final da reta, que ficou um pouco mais curta e a passagem sobre o viaduto tem agora uma sequência de curvas que vão exigir ainda mais dos pilotos e dará mais segurança  para a passagem sob o viaduto de acesso, praticamente eliminando o “efeito funil” que existia. Tudo com o padrão de qualidade Velopark e sempre pensando no melhor para os pilotos, o público e quem trabalha fora dos cockpits.  

 

Na Fórmula Indy, Roger Penske e o australiano Will Power vão ter que fazer muita bobagem para perder o campeonato deste ano.  

 

 

Will Power só perde o campeonato para ele mesmo na atual temporada da Indy. Dario Franchitti ainda incomoda.

Nas 3 provas realizadas em agosto (Mid Ohio, Sonoma e Chicago), duas em circuito misto e ambas com Will Power como vencedor. Na prova de Chicago, o australiano também estava disputando a liderança... quando teve que fazer um “splash and go”. Tudo indica que a equipe errou no último pit stop, ocorrido na volta 170.  

 

Além das vitórias em Mid Ohio e Sonoma, a combinação de resultados dos seus adversários deixou Power numa condição privilegiada, com uma grande vantagem para as provas restantes. 

 

 

E Franchitti não perde chances. No problema do piloto da Penske, venceu e reduziu bastante a diferença.

Contudo, como corrida só termina quando acaba e o ser humano é falível, não apenas o piloto pode cometer erros, mas a equipe também! No último pit de Chicago, Power entrou na frente de Dario Franchitti... e saiu atrás! Não bastasse isso, seu retorno aos boxes – em bandeira verde – fez com que ele terminasse a prova na 16ª posição e a vitória de Franchitti ainda pode dar um certo alento ao campeão e a seu chefe, Chip Ganassi. 

 

A lufada de ar fresco da etapa foi a volta da nossa menina prodígio, Bia Figueiredo, correndo em substituição a Mike Conway na Dreyer & Reinbold ... só que ela acabou dando uma “limada” no muro da curva 4 e acabou indo para a parte de trás dos boxes, para tentar recuperar o carro e ainda voltar para a pista. A assessoria da piloto, a possibilidade de Bia fazer a temporada completa em 2011 é grande. Vamos torcer. 

 

 

Bia Figueiredo: na batalha por uma vaga permanente na temporada de 2011. A possibilidade existe.

A liderança do campeonato é de Will Power, menos folgado do que poderia, com 528 pontos, 23 à frente de Dario Franchitti com 505 e 85 para Scott Dixon. Ryan Briscoe (406) e Helio Castro Neves (398) completam o top 5. Em setembro a categoria vai correr nos ovais de Kentucky e Montegi, no Japão. 

 

Mais acirrada do que as disputas na pista está a briga nos bastidores por conta do novo carro que a categoria quer. A Dallara é a construtora e o custo de cada unidade vai ser de 350 mil dólares, metade do que custa um dos carros atuais. O problema é que todos teriam que comprar carros novos e ninguém quer meter a mão no bolso.

 

Chip Ganassi e Roger Penske estão “chorando miséria” e estando os dois mais abonados fazendo isso, dá-se margem para todos os outros fazerem o mesmo. Que o carro é bonito, não há dúvidas, mas a sobrevivência de qualquer categoria passa primeiro pelo bolso, não pelos olhos. 

 

A GP2 já tem um virtual campeão: Pastor Maldonado. Se contassem apenas as provas do sábado a fatura já estaria consolidada. O problema é passar 7 carros no domingo para vencer a segunda. Na Hungria e na Bélgica foi a mesma história, tocou o hino da Venezuela. 

 

 

A GP2 também caminha para um "final antecipado" por conta da sequência de vitórias de Pastor Maldonado.

Entre os brasileiros, a coisa não anda bem. Agora, inclusive, não são mais “brasileiros” e sim apenas um brasileiro: Luiz Razia. Alberto Valério teve um “divórcio ‘si, pero no mucho’ amigável” com a Coloni e já ficou de fora da rodada dupla de Spa. Luiz Razia, por sua vez, continua sem marcar pontos e sofrendo com as batidas dos concorrentes.  

 

Na próxima etapa, em Monza, Maldonado pode garantir o título ainda na corrida do sábado e ser o mais novo campeão da categoria. 

 

Agora, vamos falar de Fórmula 1... como todo mundo já leu todos os comentários de todos os colunistas, escribas, blogueiros, metidos e afins, não vamos “chover no molhado” para falar as mesmas coisas, contudo, não dá para ficar calado diante do festival de bobagens que a Red Bull – equipe e pilotos – continua fazendo.  

 

Nas últimas duas provas Mark Webber largou mal... em Spa então, muito mal. Na Hungria, teve a corrida salva por uma bandeira amarela e pela – má – orientação dada a Sebastian Vettel, que tinha tudo para vencer a prova e acabou punido com um “drive through” pr ter ficado longe demais de Webber e do safety car antes da relargada. A cara do alemão depois de amargar a falta de chances de ultrapassagem sobre Alonso era notória. 

 

 

Schumacher espremendo Barrichello contra o muro na Hungria. Aonde está o limite entre competitividade e racionalidade?

Mas o grande episódio da corrida foi mesmo o “espreme” do Schumacher no Barrichello no muro dos boxes na reta do circuito. Todo mundo sabe que o alemão é do tipo que não gosta de perder nem par ou impar, quanto mais uma posição em corrida. Defender-se? Tudo bem. Até onde? Vai de cada um. Arriscar? Idem. Foi bonito? Foi. Podia ter sido feio? Podia... se a fórmula 1 não proporcionasse este tipo de emoção, alguém ainda assistiria corridas? Provavelmente não! 

 

Na Bélgica, como sempre, a grande estrela foi a chuva. Ela deu emoção aos treinos, provocou rodadas, saídas de pista e, na corrida, foi responsável por alguns acidentes que mudaram todo o panorama do campeonato. 

 

 

Vettel pagando pela "estratégia" da equipe. Melhor para Mark Webber, que ficou com a vitória que era certa para o alemão.

Desta vez, largando na pole, Mark Webber “caprichou” na má largada... caiupara o meio do bolo e passou no final da primeira volta em sexto. Melhor para Hamilton, que tomou a ponta. Button foi quem fez a grande largada, pulou para 4º.  

 

Barrichello, que completava 300 GPs, ficou na primeira volta depois de acertar a Ferrari de Fernando Alonso e atrapalhar a vida do espanhol. Impossível não lembrar da “campanha” nas arquibancadas do GP de Interlagos de 2008. “Bate nele, Rubinho”, para o Barrichello tirar o Hamilton da corrida e favorecer Felipe Massa. 

 

Lewis Hamilton foi soberbo em Spa. Pulou na ponta na largada e venceu a prova, como sempre, "animada" pela chuva.

Alguém precisa levar o Vettel num psicólogo... o menino precisa de ajuda. Não é possível a quantidade de bobagens que ele faz para alguém que tem tanto potencial para ser campeão do mundo.  

 

Com o resultado da corrida, onde Mark Webber recuperou-se e ainda conseguiu ser segundo colocado, atrás apenas de Lewis Hamilton e com os abandonos de Jenson Button (atingido pelo Vettel), Fernando Alonso, que no final bateu sozinho e provocou a segunda bandeira amarela, e do Vettel, fora dos 10 primeiros, o campeonato que parecia ter 5 candidatos ao título agora aponta numa disputa polarizada entre Hamilton e Webber... a menos que algo aconteça nas próximas provas. 

 

 

O Safety Car entrou na pista duas vezes... Mark Webber soube como tirar proveito e recuperou-se da má largada.

Este final de mês foi repleto de notícias na “radio paddock”.  

 

Em tempos de campanha política no Brasil, Bernie Ecclestone ameaçou não renovar o contrato com Interlagos caso não sejam feitas grandes reformas no autódromo. De acordo com ele Interlagos é o pior para as equipes (alguém já viu algum diretor de equipe reclamando?). dizendo que reformas são necessárias e que as equipes reclamam de espaço, funcionalidade (realmente, o espaço ali atrás dos boxes é apertado).

 

Mas a melhor parte da entrevista que ele deu ao Estadão (Jornal “O Estado de São Paulo”) foi: “O Brasil vai organizar a próxima Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016. Faz sentido. Muito tempo atrás, acreditei no Brasil e levei a F1 para lá em 1972”. Alguém lembra quem era Bernie Ecclestone em 1972? Ele não era presidente de FOM, FOCA ou voz ativa em nada na categoria. Era dono de uma equipe média, a Brabham, que até ganhava corridas, mas não disputava o título. São os efeitos multiplicadores de competência típicos dos nossos candidatos em ano de eleição! 

 

 

Bernie Ecclestone, demagogia, chantagem barata e tentativa explícita de tirar proveito da copa e das olimpíadas para a F1. 

Por falar em autódromos, o futuro O autódromo de Austin, no Texas, onde pretende-se que ocorra o GP dos Estados Unidos a partir de 2012, deve custar quase 200 milhões de dólares!  

 

Como americano só faz coisa para ganhar dinheiro, a perspectifa de lucro é de mais de duas vezes este valor.  O escritório de engenharia de Hermann Tilke está à frente do projeto (mais um tilkódromo vem aí) Segundo os cabeças da empreitada, existe o terreno, existe o dinheiro, existe um contrato com a F1”... sei... a USF1 também existia.  

 

Além do circuito, é preciso toda uma infra estrutura já que o local é no meio do nada! É preciso calcular quantos edifícios e rodovias de acesso são necessárias, detalhar como lidar com o suprimento de água, de drenagem e energia. Mas como os americanos fizeram Las Vegas no meio do nada... quem sabe?  

 

 

O mal tempo não anda ajudando as obras do autódromo da Coreia... mas os organizadorez garantem que tudo estará pronto.

Quem anda correndo atrás do prejuízo são os coreanos... menos de dois meses para o primeiro GP da Coreia do Sul, uma foto de 20 de agosto divulgada pela emissora britânica “BBC” mostra que há grande atraso nas obras do autódromo de Yeongam, o que ameaça definitivamente a realização da prova no país. 

 

A primeira data para abertura da pista, que seria no final de agosto, já foi para o espaço. O excesso de chuvas já gerou um atraso de pelo menos 2 semanas (a data agora é “inicio de setembro”). 

 

Os organizadores do evento garantam agora que o autódromo de 5,62 km será inaugurado em 5 de setembro, trataram de divulgar outras fotos do circuito para mostrar que “está quase tudo pronto”... mas as fotos de grande parte da pista sem asfalto atiça a ganância do vice presidente da FIA que teria “oferecido o circuito de Motorland em Aragon, mediante um pagamento de 22 milhões de euros... e como o Bernie adora dinheiro... aguardemos.  

 

Mas é inegável que a grande expectativa para o início de setembro é mesmo o julgamento da Ferrari pelo jogo de equipe no GP da Alemanha. 

 

 

Esta simpática camisa está à venda por um site na Europa. O pessoal da direção da Ferrari deveria adotar como uniforme... 

De acordo com o jornal, “La Gazzetta dello Sport”, a Ferrari – se condenada – apelaria para a mesma tática adotada por Flavio Briatore, condenado ao banimento pela FIA após o caso da batida planejada em Singapura. O controverso fanfarrão foi vitorioso na ação civil movida contra a entidade e foi autorizado a voltar à F1 em 2013. Jurisprudência existe, mas há mais. 

 

Alguém imagina um mundial de F1 sem a Ferrari? E se, condenada, ela ameaçar retirar-se em 2012, após o final do pacto da concórdia? Em todo caso, certamente o que está rolando nos bastidores passa longe da imprensa e de nós, pobres mortais. 

 

Como alguém sempre aproveita as casualidades, um site lançou uma série de camisetas, cachecóis e adesivos logo após o GP alemão. Quem sabe o Sr. Luca de montezemolo não estará vestindo uma por baixo do paletó no dia 8 de setembro?  

 

Talvez mesmo sejamos nós, que amamos este esporte, os ridículos em continuar assistindo, torcendo e até acreditando em sua lisura. O forno para assarem a pizza já queima lenha.

 

Até o mês que vem,

 

 

Colaboraram na redação deste mês: Fernando Paiva; Paulo Alencar e Willy Möller.

Last Updated ( Wednesday, 01 September 2010 00:50 )