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Thursday, 06 February 2014 21:31

Maks Weiser nasceu no dia 24 de março de 1931 na cidade de Tabatinga, perto de Araraquara. Seus pais, Inácio Weiser, era comerciante local – com um daqueles típicos armazéns que vendia de tudo – enquanto a sua esposa, Fanny Weiser, cuidava das coisas do lar. Os Weiser tinham uma vida bem tranquila naquela pequena cidade e Maks veio ser o caçula da família, tendo uma irmã – Lili – sete anos mais velha.

 

O pequeno Maks estudou seus primeiros anos no Grupo Escolar da cidade até terminar o ensino primário, o equivalente a metade do ensino fundamental no linguajar de hoje. Sua irmã casou-se antes disso e foi morar em São Paulo, onde vive até hoje e Maks, buscando novas e maiores perspectivas de vida, foi estudar na cidade de Itápolis, fazer os antigos ginasial e científico (completar o ensino fundamental e fazer o ensino médio).

 

Toda semana Maks tomava o trem e seguia de Tabatinga para Itápolis na segunda-feira, retornando na sexta-feira para passar o final de semana com os pais. Depois de alguns anos, vendo o carro do pai passar mais tempo parado na garagem do que rodando, convenceu ‘seu’ Inácio e passou a ir de carro para Itápolis. O detalhe é que Maks não tinha sequer 14 anos completos e – claro – não tinha habilitação. Contudo, era um bom motorista e o seu pai sabia disso. A carteira – ou carta como se fala em alguns estados – só veio em 1949, quando completou 18 anos.

 

Nas férias, a família costumava ir para Poços de Caldas. Fechava a loja e seguiam viagem. Numa das férias, ‘seu’ Inácio precisou ir a São Paulo e deixou Maks na cidade mineira, com um crédito no hotel e o carro da família, um Ford 1934. Na época havia cassinos no Brasil. Um senhor que perdera muito dinheiro no jogo queria vender um Ford 1939 e Maks viu a oportunidade de fazer um bom negócio.

 

Na estação ferroviária da pequena Tabatinga, Maks toma o destino de Itápolis, onde estudou por 7 anos.

 

Depois de negociar com o endividado proprietário, Maks fechou o valor da compra em 35 mil Reis. Aí precisava do dinheiro junto com o gerente do banco. O gerente relutou em dar o dinheiro, mas acabou cedendo. Maks comprou o carro e quando retornaram para Tabatinga, ele vendeu o carro por 41 mil Reis. Foi seu primeiro negócio! Detalhe: Maks tinha apenas 14 anos quando fez isso!

 

Após terminar os estudos em Itápolis, Maks se viu diante da vida adulta e queria continuar estudando. A opção mais interessante era a cidade de Piracicaba, que tinha boas escolas e Maks estava disposto a continuar passando os dias de semana longe da família, estudando, e voltando nos finais de semana.

 

Contudo, ‘seu’ Inácio chegou para o filho e disse que, depois de 7 anos morando longe, e vendo-o com perspectivas para fazer algo maior, era hora da família retribuir o seu esforço e disse que, caso ele fosse para Piracicaba, a família iria junto. Assim, ‘seu’ Inácio vendeu o seu comércio em Tabatinga, a casa que moravam e em 1950 a família seguiu para Piracicaba.

 

Perto de Tabatinga, Piracicaba era uma metrópole e ‘seu’ Inácio percebeu que aquela tranquilidade do ritmo do comércio de Tabatinga era coisa do passado. Comerciante como ele era, ficou em dúvida de que ramo seguir, te que Maks sugeriu que ele comprasse um posto de gasolina, ao qual se comprometeu a cuidar.

 

Foto com a mãe em uma das viagens da família. Maks aqui tinha 15 anos.

 

Os postos de gasolina daquele época costumavam ser uma espécie de “posto de serviços”, onde também se faziam alguns reparos e Maks tinha adquirido um bom conhecimento em mecânica em Itápolis, por conta da pensão onde ele morava ter como vizinho – nos fundos – uma oficina mecânica. Nem é preciso dizer onde Maks costumava passar seu tempo livre, não é mesmo?

 

‘Seu’ Inácio seguiu a sugestão de Maks e comprou um posto no centro da cidade de Piracicaba por 350 mil. Deu 100 mil de suas economias,  mais 100 mil da venda da loja em Tabatinga – à  vista – e parcelou os 150 mil restantes. Alugaram uma casa em frente ao posto e ali Maks começou a trabalhar.

 

Por conta das compras para seu comércio em Tabatinga, ‘seu’ Inácio ia, vez por outra, a São Paulo e a outras cidades, mas por pouco tempo, sempre retornando à pacata Tabatinga. O ritmo constantemente agitado de Piracicaba não lhe fez bem e apenas 3 meses após a mudança para Piracicaba, ‘seu’ Inácio sofreu um infarto fulminante e veio a falecer.

 

Era o início de 1951 e Maks ficou, aos 20 anos, responsável por cuidar de sua mãe, do negócio que sugeriu ao pai para comprar e ainda com a sua perspective pessoal de continuar os estudos, naquela altura comprometida! O dono do posto, vendo o jovem da cidade pequena atormentado, foi muito honesto: ofereceu pegar o posto de volta, devolver os 200 mil já pagos e desfazer o negócio.

 

O posto de gasolina que o pai comprou em 1951, em Piracicaba, onde Maks começou a trilhar seu caminho de sucesso. 

 

Logicamente atordoado e fragilizado pela perda do pai, Maks pediu para pensar e mesmo aconselhado pelo gerente do banco, decidiu não desfazer o negócio e continuar com o posto. A vida ia mudar... e mudou. Maks trabalhou duro no posto e na parte de serviços, lavando, polindo e cuidando de carros. Vendeu o carro da família pra fazer mais algum dinheiro e assim as coias foram prosperando.

 

Maks comprou um Fusca 1951, que na época era um carro que não atraía muito o público. Deu uma bela arrumada no besouro, deixando-o com uma bela aparência. Vendeu e ganhou um dinheiro no negócio. Depois comprou um Chevrolet. Um sedan que veio do interior do Paraná... coberto daquele barro vermelho, típico da região. Maks chegou a desmontar o teto para lavá-lo e deixá-lo na cor original. Deu certo e ele vendeu por um bom preço. O tino de comerciante do menino que comprou um Ford 1939 aos 14 anos era bom.

 

Em 1952 Maks conheceu Ester, cansando-se no ano de 1954. Com ela teve três filhos (duas meninas e um menino). 

 

O comércio de revenda de carros prosperou, Maks pagou a dívida do posto e, junto com ele, tinha seu comércio de “arrumar” carros que não estavam bons para vender. Anos se passaram e um dia, apareceu um DKW no posto com o proprietário querendo vendê-lo. Maks olhou para aquele carro, com motor de 2 tempos e 3 cilindros, torceu o nariz e não fez negócio. Ele não acreditou que fosse boa coisa.

 

Alguns meses depois, em 1957, estando na Praia Grande, litoral paulista, depois de uns dias de sol e mar, voltando pra Santos com um amigo, viu um DKW dar ‘sinal de luz’ para ultrapassá-lo em seu Fusca. Ele riu e comentou com o amigo que tinha um DKW atrás pedindo passagem. O DKW passou e sumiu na frente deles! Aquilo chamou a atenção de Maks.

 

Naquela noite, no jornal, Maks viu um grande anúncio dos DKW, para pronta entrega e começou a pensar se aquilo, aquele carro, não seria um bom negócio, mesmo porque não havia concessionária da marca em Piracicaba. Maks visitou uma concessionária em Santos e perguntou o que ele precisava fazer para tornar-se revendedor da DKW.

 

Depois de impressionar-se com o desempenho dos DKW, Maks abriu a União de Veículos, para vender os carros na cidade.

 

Recebida as dicas do proprietário santista, Maks foi a São Paulo conversar com o pessoal da DKW. Depois de contar sua vida, o diretor disse que não podia dar a concessão para um posto de gasolina e que aks, caso montasse uma firma, uma empresa, ele poderia dar a concessão. Maks conseguiu abrir a firma, um galpão onde instalou a loja, a oficina nos fundos e um escritório e assim abriu a concessionária DKW em Piracicaba.

 

Até então, Maks era apenas um jovem que vinha se dando bem nos negócios, que guiava bem, mas corridas não passavam pela sua cabeça... até que numa ida à Poços de Caldas, em 1959, Maks viu o nosso Nobre do Grid Marinho Camargo vencer uma corrida pelas ruas da cidade ao volante de um DKW, derrotando carros muito mais potentes que o seu. Aquilo o empolgou em dois sentidos.

 

Retornando à Piracicaba, Maks procurou o prefeito, Francisco Salgot Castillon e disse que queria organizar uma corrida de automóveis pelas ruas da cidade! O prefeito topou e perguntou o que seria necessário. Maks deu uma descrição do que tinha visto em Poços de Caldas e o prefeito deu aquilo que seria o apoio necessário.

 

Depois de assistir um show de Marinho em Piracicaba, Maks procurou o prefeito para organizar uma corrida em Piracicaba.

 

O que Maks não sabia era que precisava da autorização da Federação Paulista de Automobilismo, do Automóvel Clube do Brasil, que alguém fosse até Piracicaba para escolher o traçado, além de fazer toda a parte de publicidade e organizacional. Para isso Maks contratou Baby Barioni, que organizou os primeiros Jogos Abertos do Interior e assim a corrida aconteceu.

 

O presidente do ACB, Ângelo Giuliano, compareceu à corrida e Maks fez sua estreia como piloto na categoria Novatos, ao volante de um DKW e venceu na categoria, com Marinho Camargo vencendo na categoria principal. Ainda teve a corrida dos monopostos, os “Mecânica Nacional” e os Fórmula Jr, que eram muito parecidos com os F1 da época. A prova teve a vitória de Camillo Christófaro.

 

A corrida de 1960 foi um sucesso em, correndo na categoria novatos, Maks (14b) venceu em sua estreia como piloto novato.

 

A nota triste foi que a corrida, apesar do sucesso de presenças e de público, teve o falecimento de um piloto – Claudio Iberê. Aquilo deixou Maks arrasado, sentindo-se culpado, ele foi consolado pelo próprio Ângelo Giuliano, que disse-lhe que ele tinha sorte. Primeiro por não ter sido ele e segundo porque, assim como numa tourada, ninguém vai ver toureiro matar o touro, mas o touro pegar o toureiro e que, no ano seguinte, a corrida seria um sucesso ainda maior! Refeito do susto das palavras, Maks seguiu em frente.

 

Sentido-se confiante, Maks Weiser decidiu partir para desafios como piloto, e foi disputar a primeira corrida da nova capital federal: Brasília. Depois de ir dirigindo de Piracicaba até Brasília, como o carro que iria correr, Maks ainda conquistou um 4º lugar depois de tomar seu primeiro susto. Com a pista molhada, um Fusca rodou e capotou à sua frente e o induziu a rodar também.

 

Uma das curvas mais perigosas era a que cruzava a linha do trem. Aqui, Maks a contorna... em 3 rodas!

 

Maks realmente abraçou a carreira de piloto, disputando todas as corridas que tinha oportunidade de disputar pelas cidades do interior do sul e sudeste do país, conquistando diversas vitórias. Para Maks, além da pilotagem precisa, o fato de poder contar com bons motores era fundamental. Além disso, as corridas de Piracicaba eram sempre um sucesso enorme.

 

Em 1964, Maks Weiser for a Rivera, no Uruguai, com seu carro de passeio, assistir uma corrida e acabou indo para a pista. Os pilotos brasileiros lá presentes incentivaram Maks a participar da corrida na categoria de novatos.

 

Acima, em 1960, ao lado de Chico Landi. Abaixo, com Bird Clemente (centro) e Frodoaldo Arouca, o Volante 13.

 

Maks aceitou o convite, daí o carro foi preparado e Maks conquistou o primeiro lugar da categoria em uma prova internacional vencendo um modelo que os uruguaios usavam – o Dyna Panhard – que era extremamente rápido. Na categoria principal, mais uma vitória de Marinho Camargo.

 

Maks disputou uma prova internacional, em Rivera, Uruguai, onde conheceu um belo circuito e o Dyna Panhard, carro uruguaio.

 

Durante a estada no Uruguai, Maks observou que o autódromo de Rivera era fora da cidade, e tinha 1500 metros de comprimento, contra os quase 8000 de Interlagos. Maks contratou um avião e fez umas fotos aéreas do circuito e voltou para Piracicaba com uma outra ideia na cabeça: construir um autódromo!

 

Maks procurou o prefeito – Luciano Guidotti – com a proposta para construção de um autódromo em Piracicaba em 1965, numa época em que, autódromo permanente, só havia Interlagos no país. O prefeito perguntou o que ele precisaria e Maks disse: o terreno e máquinas para fazer a terraplanagem e o traçado; o resto eu resolvo.

 

Inspirado pelo que viu no Uruguai, conseguiu dar a partida num audacioso projeto: a construção de um autódromo em Piracicaba.

 

Depois de encontrar o terreno e tendo o prefeito apalavrado, um arquiteto da cidade – Dr. João Chadad – fez o traçado e este foi levado para ser aprovado pela federação paulista e pela CBA. Aprovado o traçado, as máquinas começaram a trabalhar. Foi feito um coquetel de lançamento e as obras seguiram sem interrupção até o traçado estar pronto, faltando ser feito o asfaltamento.

 

O autódromo tinha uma reta de 800 metros, com o misto, ficou com pouco mais de 2000 metros. Daí Maks saiu em busca de parceiros para a conclusão do autódromo. Com a Pirelli, conseguiu o dinheiro para fazer o asfaltamento. Com a Shell, a verba para fazer os muros. Tudo corria bem e o autódromo era notícia nas revistas de automobilismo da época.

 

Em 1967, pouco antes da corrida da cidade, o traçado estava pronto, faltando ser asfaltado e murado.

 

Antes da corrida da cidade em 1967, o comitê de organização se reuniu e Maks propôs que a corrida fosse feita no autódromo, numa pista de terra batida, molhada, mas foi voto vencido. A corrida aconteceu no circuito das ruas da cidade, mas o comitê considerou fazer a corrida do ano seguinte no autódromo, e usar a edição daquele ano para fazer propaganda da pista.

 

O prefeito convidou Luiz Antônio Greco para conhecer o autódromo e, andando pela pista, a pé, o chefe da equipe Willys vira-se para o prefeito e fala: “O Maks Weiser está metido nisso, não?” o prefeito não negou nem confirmou, mas perguntou: “porque?”. Greco respondeu: “isso é autódromo para ele ganhar corrida com seus carros!”

 

Maks (foto de 1965) era, além de empresário na cidade, um piloto difícil de ser batido nas provas da cidade.

 

Havia uma rivalidade enorme entre a Willys e a Vemag e Luiz Antônio Greco achou que aquele traçado favoreceria os carros da Vemag. Terminada a corrida, na segunda-feira, o prefeito chama Maks Weiser ao seu gabinete e – furioso – repetiu as palavras do Greco. Maks tentou argumentar que ele não teve influência no desenho do traçado e que a pista havia sido aprovada pela federação paulista e pela CBA. Ali morreu o autódromo de Piracicaba.

 

Em 1967 Maks Weiser foi campeão paulista correndo de DKW em Interlagos na categoria até 1000cc e, quando a Vemag fechou o departamento de competições, Maks Weiser comprou os carros que eram utilizados, além dos motores e sobressalentes. Assim, equipamento de qualidade não faltaria para ele.

 

Em 1966, Maks conquistou o campeonato paulista na categoria até 1000cc. Acima, com Perrone (centro) e Elias.

 

O automobilismo começou a se profissionalizar ao longo dos anos 60, mas para Maks Weiser as corridas eram um prazer, sem planos de ganho financeiro. Tanto que o ”patrocinador do seu carro” era ele mesmo, com seus negócios. Mas a saída da Vemag e o posterior acidente na fatídica prova de Petrópolis acabaram levando a já existente CBA a não mais permitir as corridas de rua nas cidades brasileiras.

 

Depois que a Volkswagen comprou a Vemag e o Departamento de Competições foi fechado, Maks ainda correu algumas provas. Mas com o fechamento de Interlagos para as obras, com a proibição das corridas de rua pelas cidades do interior do país, Maks praticamente parou com a carreira de piloto.

 

Em 1967 foi realizada a última corrida no circuito de rua de Piracicaba. Depois da tragédia de Petrópolis elas foram proibidas.

 

Sua última corrida foi em Goiânia em 1968, ao volante de uma BMW, a convite dos organizadores. Maks foi até a CEBEM, que ficava na Av. Paulista e que era do Aguinaldo Góes, que tinha como gerente ninguém menos que Chico Landi. Maks foi pedir que o carro sofresse uma preparação  de motor para a prova, recebesse pneus novos, ficasse em condições de correr.

 

Chico Landi pediu alguns dias e, quando chamou Maks de volta à CEBEM, na quarta-feira anterior a corrida, que seria no domingo e falou que a CEBEM iria fazer a corrida, cedendo um carro para ele correr e que ele podia seguir viagem que ele mesmo enviaria o carro para Goiânia.

 

Em 1968, Maks disputou sua última corrida, em Goiânia, ao volante de um BMW da CEBEM veículos.

 

O carro chegou na sexta-feira à noite, antevéspera da corrida, sob os cuidados do mecânico Sergio ‘Cabeleira’.  Era um circuito de rua, mas que eram praticamente duas retas, com dois contornos... e o prefeito decidiu reasfaltar o traçado na véspera da corrida, cancelando o treino. A classificação foi por sorteio. Maks largaria em 17º, de 32 participantes.

 

Bastaram 3 voltas para Maks tomar a ponta. A partir daí, foi controlar a prova para ir ao final, mas naqueles tempos as coisas não eram assim e, numa das freadas, para reduzir  a marcha, o pedal da embreagem foi e não voltou. Parada nos boxes e Sergio Cabeleira viu que um dos suportes do motor havia quebrado.

 

O grid foi sorteado, mas isso não foi problema para Maks e seu BMW, que voou no circuito goiano.

 

O reparo demorou e Maks voltou em último. Voou pelas retas e no final, na última volta, superou o então líder, um piloto de Brasília que ele não se recorda o nome e venceu a corrida. Na volta para São Paulo, Maks disse que queria comprar o carro. Chico Landi falou com Aguinaldo Góes e ofereceram o carro a preço de custo: 80 mil! Maks sabia que o custo de um DKW de corrida era 8 vezes menor e apesar de ter se encantado com o carro, seria um investimento muito alto. Assim, Maks Weiser despediu-se das competições assim como as iniciou: vencendo.

 

Em 1972 Maks viveu uma tragédia pessoal: Sua esposa e seus filhos sofreram um grave acidente, onde o carro da família chocou-se de frente com um caminhão. A esposa e a filha mais velha, de 16 anos, faleceram. Dos outros dois filhos, o menino ficou muito tempo hospitalizado, mas recuperou-se.

 

Em 1974 Maks casou-se novamente, com Celina, com quem teve dois filhos (uma menina e um menino)

 

Maks, em seu escritório, com parte dos troféus conquistados ao longo dos seus anos como piloto de competição.

 

Os negócios em Piracicaba iam bem. Com a compra da Vemag pela Volkswagen, Maks tornou-se revendedor da marca alemã e por muitas décadas foi um dos maiores revendedores da marca no interior paulista, até 2005 em Piracicaba e até 2008 em Tietê. Maks também expandiu os negócios, tornando-se revendedor da Yamaha e até hoje mantém-se ativo, com um estacionamento no centro da cidade.

 

Maks Weiser é muito mais do que um cidadão respeitado na cidade que abraçou há mais de 60 anos. Seu legado para a história da cidade ficará para sempre registrado. Que os jovens piracicabanos o tenham como exemplo e que os promotores do automobilismo brasileiro inspirem-se em sua iniciativa e ousadia.

 

 

 

Fontes e Fotos: Depoimentos do piloto; Livro "Corridas e pilotos de Piracicaba.

 

Last Updated ( Friday, 07 February 2014 11:55 )