O Mercedes Challenge Renasce em Interlagos Print
Written by Administrator   
Monday, 10 August 2020 20:00

E aê Galera... agora é comigo!

 

Na semana passada eu quebrei um antigo paradigma dessa coluna que, além das divertidas histórias do meu inspirador, Milton ‘Carranca’ Alves, costumava concentrar seus comentários nas duas principais categorias do país: a Stock Car e a Copa Truck. Eu fugi disso e escrevi sobre outra categoria nacional (o Brasileiro de Endurance) e uma categoria que, oficialmente, não tem o “status” de categoria nacional, mas que reúne pilotos de diversos estados, além de vir evoluindo temporada após temporada.

 

No primeiro semestre nos fizemos no site dos Nobres do Grid duas matérias sobre o Mercedes Challenge. A primeira, mostrando os problemas que vieram a tona ao longo da temporada passada e que quase acabou com a categoria. A segunda, com a história do trabalho de bastidores que uniu pilotos, equipes, investidores, patrocinadores e repaginaram a categoria, mudando o visual dos carros, baixando custos, mas também tirando algo do “status” de categoria nacional, fazendo dela uma categoria grande, com disputas programadas em alguns estados, mas sem ter os custos de uma categoria nacional.

 

Neste final de semana os carrões estilosos para aquele público diferenciado foram para a pista... e não foi pra qualquer pista. Foram para Interlagos, que com o cancelamento da Fórmula 1 em 2020, vai poder liberar mais datas para as competições regionais e nacionais, algo que no meu trabalho de pesquisa fiquei sabendo ser uma reivindicação dos automobilistas de São Paulo.

 

As corridas foram transmitidas por um canal de TV por assinatura ao vivo, mas também foi transmitida pela internet. Como eu estava com a TV ligada na Fórmula 1 e depois na Fórmula E, exercitei minhas habilidades como camaleão para ter um olho em cada tela enquanto meu filho cuidava da carne na churrasqueira (primeiro churrasco feito por ele, presente do dia dos pais. Ficou muito bom). O grid de 22 carros na primeira prova e 23 na segunda foi um bom começo. A categoria tem potencial para mais, mas com a pandemia ainda com força, ter mais de duas dezenas de carros largando já foi uma vitória.

 

 O Mercedes Challenge abriu sua temporada 2020 com boas disputas e um bom grid em Interlagos.

 

E na próxima semana teremos a volta da Copa Truck, que segue para Goiânia – mais uma vez com todos os protocolos de prevenção ao covid-19 para o próximo final de semana e teremos quatro corridas, sendo duas no sábado e duas no domingo, com cada uma das rodadas duplas classificando os pilotos para a decisão, que deve acontecer em dezembro.

 

O que podemos esperar destas novas disputas? Com o caminhão inteiro, Paulo Salustiano vai se unir a Beto Monteiro na equipe RM-VW para enfrentar os pilotos da equipe AM-Mercedes, de André Marques, Wellington Cirino, Waldeno Brito, que brigaram pela vitória, além de Roberval Andrade, o corintiano palmeirense (ou vice versa), que corre em equipe própria com um caminhão da marca além da anunciada estreia de Danilo Dirani na equipe PP-Mercedes. As disputas prometem e na semana que vem eu terei muito assunto para comentar.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Com o computador ligado, vi a transmissão das corridas em Interlagos. Muito boa a transmissão, muito boa a narração, muito superior ao que vimos na F1, onde o narrador de futebol atrapalha os rádios, atrapalha o comentarista e irrita os telespectadores.

- Se a narração foi boa, as medidas de segurança de protocolo para prevenção de contágio do covid-19 foram um bagunça (o adjetivo não era bem esse...). Tumulto de gente sem máscara, proximidades, tudo que a gente não viu na Stock, Truck, Endurance e GT Sprint Race. Se eu vi, mais gente viu e com isso pode melar as etapas seguintes.

- Renato Martins, dono da equipe RM-VW, que foi hospitalizado no final do mês com uma suspeita de AVC deixou a UTI na semana passada. Não era AVC e logo ele deverá estar de volta em casa. Logicamente não deverá correr Goiânia.

- Nessas corridas que passaram pela internet, vi grids com 30 carros, com 20 carros, como vi um outro com 3 carros e mais um com 4. Sendo os dois últimos de monopostos. Podiam ser mais inteligentes e, mesmo com as diferenças de carros e de potência, colocava pra largar junto... iam ganhar tempo na programação.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar