O bicho pegou na briga pelo título da Stock Print
Written by Administrator   
Monday, 21 October 2019 20:52

Sem dúvida alguma que as vitórias de Felipe Fraga e de Átila Abreu tiveram sua importância na etapa da Stock Car disputada final de semana em Cascavel, a terra da água santa brasileira. Mas o que valeu mesmo foi a briga direta pelo título entre Ricardo Maurício e Daniel Serra, como digo, os mais diretos candidatos a conquistar o tricampeonato da mais tradicional categoria do automobilismo da América do Sul. O resultado levou Fraguinha, campeão de 2016, a ficar mais perto dos líderes, sim líderes, pois Daniel e Ricardinho estão empatados com 265 pontos. Isso mesmo: faltando três etapas, ou cinco corridas, para o encerramento do campeonato, os dois têm o mesmo número de pontos. Maravilhoso para a competição que terá a próxima corrida dia 10 de novembro no Velo Città, interior paulista.

 

Certo que Thiago Camilo, que apesar de punido por queima de largada na primeira prova, marcou importantíssimos pontos, chegou a 248 e matematicamente ainda está na briga, assim como Rubens Barrichello com seus 239 e até mesmo Fraguinha, com os 224, seguido de Julio Campos com 223. A proximidade entre os seis primeiros demonstra o equilíbrio da Stock, que nos treinos teve pouco mais de um segundo de diferença nos tempos entre os somente 26 pilotos na pista. O resultado final do classificatório, com a inédita pole de Gabriel Casagrande, a vantagem dele para o último, Galid Osman, foi de exatamente meio segundo. Muito bom!

 

   Felipe Fraga (corrida 1) e Átila Abreu (corrida 2) foram os vencedores na etapa de Cascavel (Foto: Stock Car)

 

As corridas foram bem disputadas e Fraguinha se aproveitou de uma demora maior de Casagrande no pit stop obrigatório para assumir a ponta, não dar mais chance ao adversário e conquistar sua 17ª vitória na categoria. Na segunda prova do dia Rafael Suzuki largou na pole devido ao grid invertido entre os dez primeiros, conseguiu segurar a frente algumas voltas, mas foi ultrapassado por vários pilotos. A vitória ficou com Átila (15ª) com Thiago em segundo e Rubinho no terceiro posto. Duas boas corridas, mas com penalizações diferentes.

 

Valdeno Brito quase tirou Daniel Serra da prova ao espremê-lo exageradamente na reta. Nessa disputa Serrinha perdeu várias posições. A direção de prova deu somente uma advertência ao paraibano. Os mesmos comissários usaram de outro peso e outra medida no caso de Lucas Foresti. Ele e Denis Navarro também vinham brigando por posição quando se tocaram lateralmente e Denis saiu da pista. Certo que os comissários desportivos estão ali para julgar esses e outros tipos de atitudes, mas punir Foresti com 20 segundos no tempo final me pareceu exagero dos grandes. A impressão que fica é que, primeiro, os comissários olham para o nome de quem punem. E nem preciso falar que não tenho nada contra Valdeno e nem a favor de Foresti, né? Simples análise.

 

   Ricardo Maurício e Daniel Serra sairam do oeste paranaense empatados na liderança. (Foto: Stock Car)

 

Ponto negativo na corrida foi o de termos somente 26 carros contra 29 na maior parte do ano e em algumas etapas com trinta ou um pouquinho a mais. Estamos no final da temporada e falta dinheiro para alguns pilotos, como Pedro Cardoso, que correu na Hot Car até a etapa anterior e não disputa as provas restantes. Este é só um exemplo, pois Guga Lima também desistiu, fora os outros que fizeram somente etapas esporádicas. A Stock Car precisa pensar no futuro e não simplesmente em ter 30, 35 pilotos em algumas provas e sim em todas as corridas do ano. Tomara vários da Stock Light consigam dinheiro suficiente para correr em 2020!

 

Em tempo: a não renovação do contrato de Max Wilson, campeão de 2010, com a Eurofarma promove uma perda técnica muito grande para a categoria. Max é um dos pilotos mais experientes da categoria e, particularmente, torço para ele conseguir um cockpit em 2020. Com certeza alguma equipe vai aparecer para ele, assim como aconteceu com Marcos Gomes, que neste ano garantiu vaga no início da temporada. Boa sorte pequeno grande Max!

 

Milton Alves