Já disse e reitero que desde o início da primeira temporada tem me surpreendido muito, positivamente, claro, a subida dos caminhões Scania na Copa Truck. Roberval Andrade entrou para a história como o primeiro vencedor da mais nova categoria e brigou até o final por vitórias. Agora, na mais recente corrida, em Campo Grande, tirou todas as dúvidas - se é que alguém ainda as tinha - sobre a competitividade do caminhão Scania. Dele, que tem dois títulos de caminhões, nem é preciso falar, certo?

Numa das mais belas cidades do Brasil (na minha opinião, claro!) Felipe Giaffone e Roberval Andrade fizeram a festa. Felipe levou a primeira corrida depois de fazer a pole, com Roberval em segundo. na última prova, Roberval venceu, com Felipe em segundo. Resultado do equilíbrio: ambos com 38 pontos na liderança da Copa Centro-Oeste, que termina em Goiânia no próximo dia 26 de agosto. Claro que André Marques, o terceiro colocado com 29 pontos, e Giuliano Losacco, o quarto com 26, ainda possuem chances de chegar ao título, mas a vantagem dos dois é muito boa.

Voltando ao assunto da sensacional melhora dos caminhões Scania do Roberval, fica a grande dúvida: o que aconteceu, já que na extinta Fórmula Truck eles davam pouco trabalho, pelo menos nos últimos anos? Será que uma boa conversa sobre competitividade levou os donos das equipes a aceitarem um equilíbrio maior para a categoria não ficar somente com vitórias de Volkswagem e Mercedes-Benz, como ocorreu em praticamente todas as temporadas de 2015 e 2016, as que valeram para a F Truck? A de 2017 nem vale a pena comentar.

 Roberval Andrade volta aos caminhões Scania e faz as pazes oom a vitória em Campo Grande.

Esse era um assunto corrente nos boxes e até mesmo fora deles nesses anos citados acima, pois, em situação normal, ninguém conseguia superar os Volks. Além da competência de Leandro Totti e de Giaffone, os últimos campeões, os caminhões também eram bem superiores. Muita gente reclamava de que eles estariam fora da regra em alguns itens do regulamento, mas nunca se comprovou e restou o choro dos perdedores. Coisa da vida, pois corridas de carros e caminhões só têm um vencedor. Todos os outros são perdedores, O primeiro da lista de derrotados é o segundo colocado, como profetizou muito bem o tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet.

Nem bem acabou a festa em Campo Grande e já teremos a Stock Car domingo em Goiânia, na mais disputada corrida da temporada, pois além da mais alta premiação do esporte brasileiro, a etapa ainda dá mais pontos do que todas as outras, exceção da última, quando a pontuação é dobrada. Além de R$ 1 milhão, serão 35 pontos para o vencedor, 30 para o segundo e daí em diante, 25, 21, 18, 15, 13, 11, 9, 7, 5, 4, 3, 2 e 1 para o 15º. 

A liderança continua com Daniel Serra, que busca o bicampeonato consecutivo, que tem 152 pontos. Curiosamente, os quatro primeiros brigam pelo bicampeonato. Campeão de 2015, Marcos Gomes ocupa o segundo lugar com 109 pontos. O terceiro na classificação geral é Felipe Fraga, vencedor em 2016, que tem 92 pontos, com Max Wilson, campeão de 2010, com 90, e Julio Campos, que tenta a primeira conquista, com 89. A briga promete.

Só para não passar batido, a organização da Stock Car ainda continua sem definir o local da etapa do dia 4 de novembro. Lamentável! De novo, lamentável!

Milton Alves