WRC: A Fantástica temporada de 2017 Print
Written by Administrator   
Tuesday, 11 April 2017 10:38

Nem mesmo o mais fanático rallyzeiro de plantão poderia prever um início de temporada tão espetacular como o deste ano.

 

A expectativa em relação ao novo regulamento com carros mais largos, leves e potentes era grande, mas daí a imaginar que teríamos quatro vencedores, de quatro marcas diferentes, nas quatro primeiras provas da temporada, soaria como uma utopia total. Seria demais até mesmo para o profético Nostradamus.

 

Mas foi exatamente o que aconteceu, com o belga Thierry Neuville da Hyundai faturando a etapa da Córsega, após os dois então lideres, e vencedores de etapas anteriores enfrentarem problemas mecânicos.

 

O primeiro piloto de ponta a dar adeus à prova foi o britânico Kris Meeke, após o motor de seu Citroen C3 WRC apresentar problemas forçando seu abandono.

 

Meeke acabou traido pelo motor de seu C3 WRC quando estava na liderança da prova.

 

Com isso, Thierry Neuville acabou assumindo a ponta, mas disputando  segundo a segundo com Ogier, até que ao final do segundo dia o francês acabou sofrendo uma pane hidráulica em seu Ford Fiesta, a qual acabou acarretando problemas no diferencial e a perda da tração traseira, além de o obrigar a ter que realizar as mudanças de marcha de maneira manual, fazendo-o perder preciosos 36,7 segundos em relação à Neuville.

 

Isso tornou praticamente impossível uma recuperação no ultimo dia de disputa, sendo que Neuville não só consolidou sua liderança, como conseguiu ampliar, visto que acabou a prova com 54,7 segundos de vantagem sobre Ogier, o qual chegou com apenas 1,3 segundos a frente do espanhol da Hyundai, Dani Sordo, que completou o pódio.

 

A Toyota não conseguiu acompanhar o ritmo das demais equipes, mas Latvala se mantém na vice-liderança da competição.

 

Por outro lado, quem não conseguiu obter um bom desempenho nessa etapa, foi a equipe Toyota, já que em nenhum momento seus pilotos chegaram a flertar com as primeiras posições na etapa, ao contrário das outras três equipes que demonstraram um grande ímpeto em sair com a vitória, havendo um grande equilíbrio nas disputas, sendo que o vencedor foi definido, não só devido ao seu desempenho, mas também por problemas mecânicos dos principais concorrentes.

 

Na verdade, o equilíbrio do campeonato começou antes mesmo da abertura da temporada, com o inesperado abandono da equipe VW, a qual levou com ela também a monotonia dos últimos anos, quando os vencedores, salvo algum acontecimento isolado, todos sabiam por antecipação, seria um dos pilotos do trio da VW.

 

Após a realização desta quarta etapa, já foram percorridos todos os tipos de pisos, e ficou claro que algumas equipes se dão melhores em determinado tipo de superfície, sem desconsiderar o fato que também os pilotos têm suas preferências e seu desempenho também pode vaiar de acordo com o tipo de superfície.

 

Ogier enfrentou problemas hidráulicos mas conseguiu terminar e se manter na liderança do campeonato.

 

Já tivemos belas disputas no asfalto gelado de Monte Carlo, na neve da Suécia, no cascalho aliado a grandes altitudes e ao calor escaldante do México e, por último, no asfalto traiçoeiro de uma ilha francesa encravada no mar Mediterrâneo.

 

Mesmo com a Toyota não conseguindo obter um bom desempenho na Córsega, mas com a quarta colocação obtida na etapa, mais os pontos obtidos ao vencer o Power Stage, o finlandês Jari-Matti Latvala, mantem-se na vice-liderança do campeonato, apenas 13 pontos atrás do líder Sebastién Ogier, mas restando nove etapas para o final da temporada, tudo pode acontecer, conforme demonstrado  até agora.

 

Thierry Neuville conquistou a tão sonhada primeira vitória para a Hyundai na temporada.

 

Para a próxima etapa, a ser realizada na região de Córdoba na vizinha Argentina, a única certeza que temos é que uma das quatro montadoras irá conseguir triunfar pela segunda vez na competição, só resta saber quem terá essa honra.

 

Até a próxima!

 

Marcos Tokarski


Last Updated ( Wednesday, 19 April 2017 21:36 )