Que fazer conta, que nada! Print
Written by Administrator   
Tuesday, 15 August 2017 12:15

Não falei que a segunda quinzena de agosto seria bem agitada? Pois é, estou aqui hoje participando de um evento em Orlando, na Flórida, amanhã viajarei de novo para outro compromisso na quinta com patrocinadores e só depois vou para Pocono, onde no sábado e domingo acontecem as atividades da ABC Supply Pocono 500, prova de 500 milhas válida pela 14ª etapa do Verizon IndyCar Series.

 

O sábado será preenchido com duas sessões de treinos livre e a classificação para a prova do domingo, com largada às 15h30 (de Brasília), com transmissão pelo canal Band Sports. Essa pista localizada no estado da Pennsylvania, tem o mesmo tamanho de Indianapolis, ou seja, 2,5 milhas. Mas enquanto a pista da Indy 500 tem quatro curvas, Pocono três e eles aqui classificam a pista como oval triangular.

 

Desde que voltou para o calendário da Indy, em 2013, as corridas passaram a ter 400 milhas no primeiro ano e 500 milhas de 2014 para cá, num total de 200 voltas nessa fase atual. Nesse período, fiz a pole em 2015 e cheguei em 2º na corrida de 2014.

 

No ano passado, choveu no domingo e a corrida passou para a segunda-feira. Na corrida, estava bem até ser atropelado nos pits por uma batida entre o Alexander Rossi e o Charlie Kimball. O Rossi, aliás, passou com o carro dele de raspão na minha cabeça. Lembram-se? Foi um susto danado, mas graças a Deus eu não me machuquei. Em 2015, liderei várias voltas, mas acabei batendo no muro na prova marcada por aquele acidente terrível com o Justin Wilson e o seu falecimento.

 

Essa onda de problemas em Pocono precisa ser revertida, ou seja, nada de acidentes como nos dois anos anteriores. A coisa está tão apertada no campeonato que qualquer detalhe pode fazer uma diferença brutal, a favor ou contra. O meu teammate Josef Newgarden está liderando com 453 pontos e eu sou o vice-líder com 446.

 

Como é uma diferença muito pequena, diante da quantidade de pontos ainda em jogo, seria a coisa mais normal do mundo haver uma mudança na liderança. Acontece que não somos apenas eu e ele disputando o título. Tem o Scott Dixon, o Simon Pagenaud, o Will Power, o Graham Rahal e mais gente com chance de ser campeão.

 

É por isso que sob o ponto de vista do espetáculo, todas as corridas serão muito emocionantes até a rodada final, em Sonoma. Vai ser um tal de disputas eletrizantes e gente fazendo todo tipo de contas, que eu não quero nem ver.

 

O que quero mesmo é acelerar e ganhar as corridas. Se não der, obter os melhores resultados possíveis. Conta, mesmo, a gente faz no final. Forte abraço e vamos que vamos!

 

Helio Castroneves

 

Esta Coluna é uma reprodução autorizada da coluna publicada no Jornal Metro.

O website NOBRES DO GRID integra o grupo de veículos de comunicação, em língua portuguesa, que publica semanalmente a coluna do piloto de Fórmula Indy Helio Castroneves, sob licença da Castroneves Racing, Miami, USA. Todos os direitos reservados.

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