Olá leitores!

Final de semana sem Fórmula 1, mas com muita coisa boa para o fã de esporte a motor acompanhar. Duas ou quatro rodas, provas curtas ou longas, dia ou noite, asfalto ou terra, muita coisa aconteceu mundo afora.

Começando com a mais importante e mais tradicional corrida de longa duração do planeta, as 24 Horas de Le Mans: tendo 4 categorias de carros, esse ano mais do que nos anteriores vimos 4 corridas diferentes em um evento só acontecendo ao mesmo tempo. Na categoria principal, surpresa zero: a Toyota conseguiu sua 3ª vitória consecutiva em La Sarthe, apesar das dificuldades enfrentadas pelo carro vencedor (o #8, do trio Sébastien Buemi/Brendon Hartley/Kazuki Nakajima) com os freios nas primeiras horas da corrida. Para sorte do trio, os problemas aconteceram em um momento da corrida em que havia espaço ainda para a recuperação, ao contrário do outro carro da equipe, o #7, de Mike Conway/Kamui Kobayashi/José Maria “Pechito” López, cujos problemas apareceram mais próximo do final da corrida e os atrasaram o suficiente para ficarem “apenas” com o 3º lugar na bandeirada final, a 6 voltas do carro vencedor. Separando os dois Toyota chegou o Rebellion #1 pilotado por Gustavo Menezes/Norman Nato/Bruno Senna, a 5 voltas do líder. Basicamente, a “emoção” da LPM1 foi a disputa dos pilotos contra os problemas apresentados pelos carros... já na LMP2, com muito mais carros disputando, a disputa foi mais intensa. A comemoração deve ter sido boa em Portugal, que teve piloto subindo no pódio da categoria em 1º e 2º lugares. O carro vencedor, o #22 da United Motorsports pilotado pelo trio Filipe Albuquerque/Phil Hanson/Paul Di Resta, chegou pouco mais de 30 segundos adiante do carro #38 da equipe Jota, pilotado por António Félix da Costa/Anthony Davidson/Roberto González, e com as equipes se digladiando na estratégia de uma maneira bonita de se acompanhar. Completando o pódio da categoria chegou o carro #31 da Paniz Racing, dos pilotos Julien Canal/Nicolas Jamin/Matthieu Vaxiviere. Menção mais do que honrosa para a Richard Mille Racing, que com um trio feminino sem experiência em Le Mans (Tatiana Calderón/Sophia Flörsch/Beitske Visser) conseguiu um 13º lugar na geral e 9º na categoria. O “Momento Pastelão” ficou por conta do piloto Gabriel Aubry, da Jackie Chan Racing: o carro parou na pista com problemas mecânicos. O regulamento é claro: NÃO pode ter ajuda externa para voltar aos boxes. O piloto pegou o celular, mandou mensagem de Whatsapp para os boxes, e aí veio um mecânico que entregou a peça para o piloto substituir e retornar aos boxes... claro e evidentemente o carro foi desclassificado.

Entre os GTs, na categoria LMGTE-Pro houve disputa pela liderança praticamente a prova toda, sendo que ao final a vitória ficou com o Aston Martin Vantage #97 do trio Alex Lynn/ Maxime Martin/ Harry Tincknell, com o Ferrari 488 GTE Evo #51 do trio James Calado/ Alessandro Pier Guidi/ Daniel Serra em 2º lugar e com o Aston Martin #95 do trio Marco Sorensen/ Nicki Thiim/ Richard Westbrook fechando o pódio em 3º lugar. Já a LMGTE-Am também teve vitória Aston Martin, com o carro #90 do trio Jonathan Adam/Charlie Eastwood/ Salih Yoluc se sobrepujando ao Porsche 911 RSR de Matt Campbell/ Riccardo Pera/Christian Ried em 2º lugar e com o Ferrari 488 pilotado por Emmanuel Collard/Nicklas Nielsen/Francois Perrodo fechando o pódio em 3º lugar. Osvaldo Negri acabou terminando a corrida em 7º na classe, ao passo que Augusto Farfus deu um azar lascado: após disputar a liderança da classe por praticamente metade da corrida, o carro acabou entrando nos boxes para reparos na parte traseira do carro e perdeu 7 voltas em relação ao líder da categoria. No final, o trio de pilotos do carro acabou ficando em 8º lugar na categoria, 6 voltas atrás do Aston #90.

A MotoGP fez sua segunda etapa consecutiva em Misano, dessa vez o GP da Emilia-Romagna, e tivemos mais um vencedor diferente: desta vez foi Maverick Viñalez a ocupar o degrau mais alto do pódio, favorecido pela queda de Francesco Bagnaia nas voltas finais. Em 2º chegou Joan Mir (que teve um desempenho excelente nas voltas finais, fazendo belas ultrapassagens) e oficialmente Pol Espargaró chegou em 3º e subiu ao pódio. Digo oficialmente, pois na pista quem cruzou em 3º foi Fabio Quartararo, mas como ele não obedeceu à sinalização de punição de “volta longa” o seu tempo final foi acrescido em 3 segundos e ele acabou em 4º lugar... curiosamente achei essa corrida menos emocionante que a anterior nessa mesma pista semana passada.

Sábado à noite a NASCAR foi até Bristol para mais uma etapa dos playoffs, e se prova no “Coliseu” já costuma ser tensa, nos playoffs é mais ainda. 1º estágio ficou com Chase Elliott, o segundo com Kyle Busch, e quando os espectadores começaram a achar que finalmente o Buschinho iria “desencantar” na temporada... veio Kevin Harvick e venceu mais uma, a 9ª vitória do ano sendo que a 2ª nos playoffs. Em 2º chegou Kyle Busch, em 3º Erik Jones (ainda em busca de um carro para pilotar ano que vem), em 4º Tyler Reddick e fechando o Top-5 chegou Aric Almirola. No geral, foi uma boa prova.

E o WRC foi até a Turquia para mais uma etapa, duríssima por sinal, com uma quantidade razoável de abandonos e que coroou como vencedor aquele que soube dosar a necessidade de levar o carro até o final com a velocidade para se manter na frente, e esse vencedor foi Elfyn Evans (Toyota), que com essa vitória assume a liderança do campeonato. Em 2º chegou Thierry Neuville (Hyundai) e em 3º a grande lenda Sébastien Loeb (Hyundai) em 3º lugar. Bom ver Loeb no pódio após tanto tempo. Para maiores e melhores informações, recomendo a leitura da coluna de nossos especialistas em rally...

Até a próxima!