Olá leitores!

Essa semana foi menos movimentada que a anterior em termos de acontecimentos, mas confesso que algumas coisas me deixaram surpreso.

Comecemos com a NASCAR, que prometeu e cumpriu (ao menos por enquanto): ao menos teoricamente, desde a prova de quarta feira 10 de junho, está proibida a presença da bandeira confederada nas pistas. Fácil de controlar agora, com provas sem público, e praticamente não deverá ter efeito prático nas corridas realizadas na Califórnia, na região norte (Michigan, Loudon, Pocono, Watkins Glen, etc.) e na Flórida. Eu quero ver quando tiver público em provas no Alabama, Kentucky e redondezas... excelente – e necessária para os dias de hoje – iniciativa, mas eu quero acompanhar os desdobramentos. Na prova do meio da semana, realizada na claustrofóbica pista de Martinsville, Joey Logano demonstrou muita força, vencendo o primeiro segmento, chegando em 3º no segundo – que teve a vitória de Jimmy Johnson – e liderando no total 234 das 500 voltas da corrida, mas ao final a vitória ficou com Martin Truex Jr., o “piloto da vez” da Joe Gibbs Racing que teve o carro em ordem e conseguiu fazer alguma coisa na corrida, já que os outros carros da equipe tiveram atuações desastrosas... em seguida veio o trio da Penske, respectivamente Ryan Blaney em 2º, Brad Keselowski em 3º e Joey Logano em 4º, com Chase Elliott fechando o Top-5. Destaque para a participação de Bubba Wallace, que parecia ao final da prova realmente empolgado com a sua melhor posição de chegada nessa pista em seus tempos de categoria principal (11º, sendo que já venceu por duas vezes em Martinsville nos tempos de Truck Series) e com o belo duelo que protagonizou com Jimmie Johnson pelo 10º lugar nas voltas finais. A propósito, alinhou com um carro caracterizado com as cores e mensagens do movimento Black Lives Matter, também mostrando o alinhamento da NASCAR com os novos tempos e novas realidades.

A prova desse domingo em Homestead foi a famosa “corrida que não queria começar”: primeiro a largada foi adiada por conta de chuva leve na hora em que os carros ligavam os motores, depois a pista foi seca, carros na pista... e tempestade de raios provocou nova interrupção, por quase 3 horas... quando, enfim, os carros tiveram segurança para ir pra pista, vimos uma atuação de gala de Denny Hamlin, que não esteve o tempo todo na liderança mas esteve na liderança nos momentos em que se fazia necessário estar na liderança, ou seja, final dos dois primeiros estágios e na bandeirada final para alcançar sua 3ª vitória nesta temporada e 40ª na carreira. Foi seguido de perto por Chase Elliott (2º) e Ryan Blaney (3º), que valorizaram a vitória de Hamlin com suas consistentes tentativas de alcançar a vitória. Em 4º chegou o novato Tyler Reddick, que venceu em Homestead pela Xfinity Series em 2018 e 2019, com Aric Almirola – natural da Flórida – completando o Top 5. Para completar, uma empresa de design de capacetes que atende alguns pilotos classificou como “lixo” a pintura Black Lives Matter do carro do Bubba em Martinsville... e perdeu não apenas o contrato com o próprio Bubba Wallace como com Ryan Blaney (amigo pessoal de Bubba) e... Jimmie Johnson. É, os outros dois até podem não chamar tanto a atenção assim para o trabalho da empresa, mas o JJ chama. Mais um caso de burrice afetando os bolsos do burro em 2020...

Na Fórmula 1, muita espuma para pouco chopp: o “grande” assunto da semana foi que Toto Wolff teria “garantido” ao Bottas que a Mercedes não tem interesse em contratar o Vettel. Sono, é isso que me dá esse tipo de blá-blá-blá... Hockenheim começou a dar sinais que não vai aguardar indefinidamente a F-1 definir o resto do calendário, e a única proposta interessante foi que uma segunda corrida no Bahrein poderia ser disputada no traçado externo, fazendo um “oval” com 3 freadas fortes e um trecho cheio de esses (justamente na parte em que se “contorna” a parte interna do circuito). Ao menos no simulador, a pista ficou interessante, espero que dê certo. As provas que ocorrerem esse ano, por conta da necessidade de distanciamento social, deverão contar com a ausência da cerimônia de pódio... quase uma homenagem tardia ao Nico Hülkemberg... piadas à parte, não há muito o que fazer no caso. E a lista de GPs cancelados ganhou novos integrantes: Japão, Cingapura e Azerbaijão. As duas últimas, por serem circuitos de rua, era previsível que fossem canceladas, o Japão acabou entrando na lista por conta das restrições efetuadas para as viagens que acabaram inviabilizando a realização da prova.

No mundo virtual, tivemos a última etapa da F-1 virtual no Canadá, com a 4ª vitória (e consequente “título”) para George Russell, seguido por Alex Albon em 2º e Esteban Gutierrez em 3º. Não vejo a hora das corridas “de verdade” voltarem para termos as coisas vagamente próximas ao mundo real de novo... logo se vê que o que foi feito pela Codemasters foi um videogame, não um simulador. OK, não consegue ser mais artificial que aquele jogo da Fórmula E, mas ainda assim está mais para NFS que para Asseto Corsa.

E no mundo virtual as coisas andam tão bem para a Williams que esse final de semana teve a disputa virtual das 24 Horas de Le Mans e a Rebellion-Williams venceu a competição, que contou com pilotos como Fernando Alonso e Rubens Barrichello entre seus quadros. A propósito, o carro em que estavam Alonso e Rubinho terminou em 17º após enfrentar alguns problemas durante a prova.

Até a próxima!