Mais um domingo de grandes vitórias Print
Written by Administrator   
Monday, 12 August 2019 04:58

Olá leitores!

 

Mais um final de semana com muitas opções para entreter o apaixonado por esporte a motor! Sobre duas ou quatro rodas, não faltou emoção.

 

Começando com o DTM, campeonato alemão que mais uma vez foi fazer uma prova fora da Alemanha, desta vez no histórico circuito de Brands Hatch. Aliás, vou levantar uma “lebre” que apareceu em rede social: os carros atuais estão tão grandes que Brands Hatch, que antigamente era uma pista das mais competitivas, ficou “estreita”... sinceramente, não acho que o problema seja a pista, mas sim o surto de elefantíase que tomou conta da produção atual de veículos... enfim, continua sendo uma pista desafiadora e que não tem muita consideração para com os erros de pilotagem ou falhas mecânicas. Que o diga Pietro Fittipaldi: nos treinos classificatórios para a corrida de sábado perdeu a traseira em um dos pontos mais difíceis da pista, a freada da primeira curva (Paddock Hill, aquela que você freia, vira o volante e mergulha...), e a caixa de brita fez um bom trabalho reduzindo a velocidade do carro, mas ainda assim os danos foram suficientes para que a equipe não conseguisse recuperar o carro a tempo da largada. Sábado a vitória ficou com Marco Wittmann (BMW), que contou não apenas com sua velocidade mas com a valiosa cooperação dos erros alheios para converter sua pole position em vitória. Primeiro Paul di Resta (Aston Martin), que queimou a largada quase como um iniciante (e depois teve que cumprir punição de 5 segundos na parada de troca de pneus), depois Jamie Green (Audi) perdeu o controle e foi passear fora da pista... mas ainda assim Marco teve um grande trabalho no final da corrida para segurar as investidas de René Rast (Audi), que estava muito rápido e não conseguiu ultrapassar por conta de essa ser uma pista “de verdade” e não aquelas coisas pavorosas criadas por Hermann Tilke. De qualquer maneira, foi uma bela disputa. Pouco mais de 8 segundos atrás chegou o 3º colocado para fechar o pódio, Nico Müller (Audi), que terminou a prova sem fazer e sem sofrer pressão (tinha cerca de 7 segundos de vantagem para o adversário atrás). No domingo, um BANHO da Audi: os 8 primeiros colocados na largada e os 4 primeiros na chegada... era para ser os 5 primeiros colocados com a marca das 4 argolas, mas Phillip Eng e seu BMW defenderam bem a 5ª posição das investidas do Audi de Mike Rockenfeller. O pódio Audi foi formado por René Rast em 1º, Nico Müller em 2º (tentou bravamente lutar pela liderança nas voltas finais, mas parecia estar com pneus em piores condições que Rast) e Robin Frijns em 3º. Domingo Pietro largou e fez uma prova cautelosa, tentando não perder novamente o controle do carro, compreensível levando em conta a juventude dele e a falta de intimidade com um carro que, apesar de já estarmos na segunda metade da temporada, é diferente de quase tudo que ele pilotou até ano passado. Sim, eu sei que a torcida brasileira precisa de novos ídolos, mas... vamos dar tempo ao tempo. Não é justo comparar o Pietro com o Emerson, da mesma maneira que não me parece justo comparar o Mick Schumacher ao Michael...

 

A Stock Car voltou ao Mato Grosso do Sul para mais uma rodada dupla, no “técnico” circuito de Campo Grande (eu prefiro ser direto e chamar de travado, mas brasileiros preferem chamar de “técnico”), e a primeira corrida teve a vitória do pole position Thiago Camilo, que poderia ter vencido de maneira mais tranquila, mas... para sorte do público cometeu um deslize e permitiu a aproximação do 2º colocado Júlio Campos, que pressionou mas não encontrou espaço para ultrapassar. Em 3º chegou Cacá Bueno, que aparenta estar saindo da má fase em que vinha mergulhado nos últimos tempos. A segunda corrida do dia foi uma lição: lição de pilotagem de Rubens Barrichello, que ao ver que não conseguiria grande resultado na primeira corrida se preparou para a segunda e... saiu do 14º lugar para a vitória. Irretocável. Em 2º lugar chegou Ricardo Maurício, que também fez grande apresentação, mas não teve muita sorte, e o pódio ficou completo com Gabriel Casagrande, outro que preferiu se dedicar à segunda corrida do dia. Claro que em pleno Dia dos Pais no Brasil, Barrichello não deixaria de comemorar esse dia no melhor lugar, o topo do pódio.

 

Por falar em pais, o melhor da corrida da NASCAR em Michigan foi após a bandeirada: o vencedor Kevin Harvick foi até o pit lane, pegou seu filho de 7 anos Keelan (que disse pro pai que levaria para a pista a bandeira quadriculada da vitória na mesma pista ano passado) e foi comemorar a vitória com o garoto. Além disso, o levou para a entrevista coletiva após a corrida. Não sou fã do Harvick, mas ele ganhou muito respeito comigo depois dessa... Kevin fez valer a estratégia de economia de combustível planejada pelos boxes, e agora está em 3º no campeonato e em 6º na projeção para os playoffs (fico imaginando o sulista americano mediano tentando entender essas contas estranhas da NASCAR, mas tudo bem...). A propósito, o 1º estágio foi vencido por Martin Truex Jr. e o 2º por Kyle Busch. Em 2º chegou Denny Hamlin, cujo carro estava ótimo na primeira metade da prova, com o asfalto mais quente, mas que perdeu um pouco de rendimento no final com asfalto mais frio. Em 3º terminou Kyle Larson, mais uma vez o melhor Chevrolet da prova, e um piloto que para “deslanchar” de vez falta apenas a vitória. Garoto muito bom, mas... ainda está faltando aquele “pelinho” no final da corrida para conseguir o que ele merece. Em 4º chegou Martin Truex Jr. e fechando o Top-5 tivemos o mexicano Daniel Suarez, outro cuja pilotagem vem se aperfeiçoando corrida a corrida.

 

E a MotoGP foi para a Áustria correr em Red Bull Ring, que é uma pista menos adequada para motos que Salzburgring mas... é de propriedade de um dos principais patrocinadores da categoria. Menos mal que o público assistiu a uma GRANDE corrida, com emoção – literalmente – até a última curva, e ainda presenciou uma enorme festa italiana nos boxes, cortesia do pessoal da Ducati e de Andrea Dovizioso, primeiro piloto que não Marc Márquez a vencer mais de uma corrida esse ano. No final parecia que o pequeno gênio espanhol finalmente conseguiria sua vitória na única pista em que ainda não tinha vencido, mas Dovi não se deixou abater e na última curva deu o bote certeiro para assumir a liderança. Mais lá atrás, evidenciado o inferno astral que se abateu sobre a equipe oficial da Yamaha, afinal tivemos Yamaha no pódio... mas a moto privada de Fabio Quartararo, que não tem as mesmas atualizações das motos de Valentino Rossi (4º) e Maverick Viñalez (5º). O pessoal técnico da marca do diapasão está tão perdido que não sei se não seria o momento de trocar todo o corpo de projetistas, mas... enfim, teoricamente o pessoal da marca sabe o que faz. Teoricamente. Destaque para o português Miguel Oliveira, que conseguiu um 8º lugar para a KTM “em casa”. Por falar em KTM, parece que Johan Zarco pediu pra sair. Aparentemente a pressão de ser o principal piloto de uma equipe de fábrica em desenvolvimento foi muito grande para ele, e solicitou uma rescisão amigável do contrato. Vamos ver se ele continua até o final da temporada ou não, a diretoria da fábrica deixou para ele decidir.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini 
Last Updated ( Monday, 12 August 2019 05:05 )