Olá leitores!

Após uma semana em que não fiz a coluna por conta da viagem até Mogi-Guaçu (SP) para conferir a interessantíssima prova dos 500 km de São Paulo – e na qual infelizmente a equipe do Nobres do Grid foi vítima de um acidente na estrada, felizmente apenas de consequências materiais, comigo e com o Milton Rubinho conseguindo retornar a SP sem grandes dificuldades, em que pese o estado não muito favorável que ficou meu carro – aqui estamos para mais um final de semana com muita e interessante atividades na pista.

Começando com aquilo que a nossa Stock sonha ser um dia, o DTM, que apesar de ser o campeonato alemão foi correr no kart... ops, autódromo de Hungaroring, e a corrida do sábado foi exatamente aquilo que se espera de uma corrida nessa pista: mais chata que lâmina de barbear. Edoardo Mortara largou na pole, e lá permaneceu. Ponto. Aliás, largaram Mortara, Green e Molina e terminaram assim. Lamentei não ter colocado a corrida para gravar, seria ótimo antídoto para as noites de insônia. Definitivamente, não tem como pista ruim fazer corrida boa. A corrida do domingo pelo menos teve um pouquinho mais de movimentação, com o Mortara fazendo uma largada abaixo da sua média, se enroscando com o líder do campeonato Marco Wittmann e caindo lá para o fundo. Lá pelo final da prova foi instruído pelos boxes a abandonar, já que não conseguiria nada de produtivo na corrida. Dessa maneira, a vitória ficou com Mattias Ekström, em sua temporada de despedida da categoria (vai se dedicar ao Rallycross, como o Petter Solberg), seguido por Adrien Tambay e pelo Daniel Juncadella. Aliás, um parâmetro da falta de qualidade da corrida foi o Tambayzinho em segundo lugar, haja vista ser um dos menos dotados de talento da categoria. Enfim, coisas que acontecem.

E como tudo hoje em dia é feito na China, não há motivos para não se fazer corridas lá também. O WTCC foi para lá esse final de semana, e a pista de Shangai teve a oportunidade de assistir à primeira vitória da Volvo na categoria, pelas mãos e pés do Thed Björk (que não se perca pelo sobrenome...) na corrida de abertura, que se aproveitou de alguns acidentes à sua frente para alcançar o segundo lugar e na última volta fazer uma bela ultrapassagem sobre o húngaro Michelisz e seu Honda para conquistar o degrau mais alto do pódio. Completando o pódio chegou Yvan Müller. Na prova principal, uma exibição de gala do campeão antecipado (de novo...) José Maria “Pechito” López, que largou na frente e desapareceu do raio de visão dos outros pilotos. Em segundo lugar chegou Yvan Müller e completando o pódio totalmente Citroën chegou Mehdi Bennani, que com essa posição conquistou o título entre os pilotos de equipes independentes. Lembrando que o Mennani corre pela equipe do monstro do WRC Sébastien Loeb...

A Espanha foi o palco de mais uma etapa da MotoGP, dessa vez com um resultado absolutamente previsível: vitória do Marc Márquez, piloto que não vencia nela desde 2013 mas tem o modo de pilotagem que mais se adapta ao estilo da pista. Tanto que, se a primeira metade da corrida foi muito emocionante, com constantes trocas de posições entre os pilotos, a partir da metade os competidores foram se “assentando” na pista e a corrida ficou relativamente monótona, dando uma certa saudade da chuva que andou se manifestando em algumas provas dessa temporada. Uma corrida, definitivamente, definida pelos erros: erro do Viñales que o impediu de continuar pressionando o Lorenzo, erro do Rossi na tentativa de reultrapassar o mesmo Lorenzo no final da corrida, e por que não o erro do Pedrosa em não se aposentar, já que com uma poderosa Honda da equipe oficial do HRC ele chegou em 6º, atrás do Cal Crutchlow com sua Honda privada em 5º. OK, confesso que após 8 corridas com 8 vencedores diferentes eu estava ficando meio mal acostumado, mas ainda assim a prova não deixou de ser um anticlímax. Menos para o Márquez, claro, que ampliou sua vantagem no campeonato e agora só perde para ele mesmo o título da temporada. Destaque negativo para as Ducati, que terminaram a corrida atrás até da Aprilia.

Também tivemos mais uma etapa da Stock Car, dessa feita a rodada dupla foi em Londrina. A primeira corrida foi bastante disputada, um espetáculo realmente muito bonito, e que terminou com a vitória do líder do campeonato Felipe Fraga, seguido de perto por Valdeno Brito e um pouco mais atrás pelo Ricardo Maurício. Para aumentar a sorte do garoto Felipe, o até então vice-líder do campeonato Max Wilson abandonou no final da corrida. Já a segunda corrida teve a vitória de Rubens Barrichello, seguido por Átila Abreu e Vitor Genz. Essa vitória do Barrichello, combinada com os resultados do Valdeno (15º) e do Felipe Fraga (13º), fizeram que o ex piloto da F-1 se tornasse o novo vice-líder da temporada, 38 pontos atrás do Felipe. Sim, ainda temos um campeonato relativamente em aberto e prometendo grandes disputas até a última etapa... e a exemplo da primeira prova, as disputas de posição aconteceram do início ao final da prova. Definitivamente o público que foi ao autódromo saiu satisfeito com o espetáculo propiciado.

Enquanto isso, nos EUA, temos Chase para todos. Na etapa da Sprint Cup, realizada no simpático autódromo de Loudon (New Hampshire), a vitória ficou nas mãos de Kevin Harvick, que mesmo sem ter o melhor equipamento descontou “no braço” a diferença para os Toyotas da Joe Gibbs Racing para conquistar no finalzinho a primeira posição. Um belíssimo desempenho, com certeza. Em 2º chegou Matt Kenseth, em 3º Kyle Busch, em 4º Brad Keselowski e fechando o Top-5 chegou Kurt Busch. E pela primeira vez temos o Chase para as categorias de acesso, o que acaba se tornando interessante... por exemplo, na Xfinity Series, disputada sábado no Kentucky, os meninos Ty Dillon e Eric Jones descobrirão que esse tipo de participação com visitas ao muro é rigorosamente improdutiva, já que sua pontuação acabou sendo abaixo do que eles esperavam... a vitória ficou na mão de Elliot Sadler, que usou uma estratégia ousada para alcançar a liderança e ficar bem no Chase.

Até a próxima!