Frustrações, suposições e lamentações! Print
Written by Administrator   
Monday, 15 February 2016 00:47

Olá leitores!

 

Pois é, meus caros, não somos apenas nós aqui no Brasil que estamos sofrendo com o calor... esse final de semana tivemos a 2ª etapa do WRC, o Rali da Suécia, e teve gente defendendo o cancelamento da etapa por falta de neve. Sim, a Escandinávia está com o inverno menos “inverno” (para os padrões deles lá, vamos deixar bem claro) das últimas décadas e trechos que deveriam estar cobertos de neve estavam com uma mistura de pouca neve e muita lama. O resultado? O rali aconteceu, mas diversas especiais foram canceladas e a distância total diminuiu em cerca de 1/3.

 

O que não mudou foi o vencedor: Sébastien Ogier (VW Polo) continua dominante, e soube controlar sem muita dificuldade o ímpeto do competente neozelandês Hayden Paddon (Hyundai i20), que pressionou o quanto pôde mas não conseguiu em momento algum efetivamente colocar uma forte pressão no francês da Volkswagen. Contudo, devemos lembrar que essa foi a melhor performance do Paddon, que definitivamente merece um carro para brigar pela liderança. Completando o pódio tivemos o ótimo Mads Ostberg (Ford Fiesta), outro que sofre muito com a competitividade monomarca da categoria. Dá uma saudade dos tempos que a cada etapa se alternavam na liderança Peugeot, Mitsubishi, Subaru, Ford, Toyota... bons tempos que os cabeças de bagre da FIA pelo jeito não querem fazer voltar, tempos de regulamentos menos complicados.

 

E as atividades da NASCAR já começaram, até que enfim (acham que eu estava com síndrome de abstinência de ouvir motor roncando?). Sábado tivemos a tradicional prova de abertura da temporada, apenas com o pessoal que teve algum desempenho significativo na temporada passada, a Nascar Unlimited, com a participação de 25 carros para uma prova de 75 voltas dividida em duas partes, a primeira com 25 e a segunda com 50 voltas. E o vencedor, com uma arriscada estratégia de parar para reabastecer na bandeira amarela de intervalo entre as duas baterias, por assim dizer, ele conseguiu economizar combustível suficiente para completar a segunda parte e venceu a prova não oficial de abertura dos trabalhos.

 

A surpresa foi a volta do Brian Vickers, que desde 2010 vinha lutando com problemas de saúde (trombose nas pernas) e voltou para assumir o carro #14 do Tony Stewart enquanto esse se recupera de um acidente. É um piloto bastante rápido, gosta de ovais grandes (das suas 3 vitórias em 300 e poucas corridas, uma foi em Talladega e a outra em Michigan), mas também tem uma certa tendência a se envolver em acidentes... e não deu outra: na volta 23 ele perdeu o controle por conta de um pneu furado e envolveu outros 5 carros (sozinho ele tirou pouco mais de 1/5 dos participantes...), fazendo com que o pessoal da equipe tenha um belo trabalho para recuperar o carro para os Duels (que é onde se classifica do 3º lugar para trás). Sim, pois o primeiro e segundo colocados já se garantiram esse domingo, com a pole ficando nas mãos do estreante Chase Elliot (nome maravilhoso para um piloto de NASCAR e com um sobrenome de peso), no carro #24 da Hendrick, seguido pelo ótimo Matt Kenseth (#20, Joe Gibbs). Uma coisa que achei estranho foi a Danica Patrick com um discreto carro azul e branco, vai demorar para acostumar a não procurar o carro verde radioativo que ela usava até ano passado. Gostei muito do desempenho do jovem Kyle Larson com o #42 e do patrocinador do carro #43 do Almirola. Mas já estou divagando, o importante acontecerá domingo que vem.

 

E enquanto as equipes não anunciam oficialmente, ficamos com a “silly season”. Os italianos do “La Republica” disseram que a Ferrari virá com uma pintura semelhante àquela usada nos anos 70, com uma faixa branca. Espero que nem Vettel nem Kimi batam e saiam queimados do carro...

 

E a Williams parece que se entendeu muito bem com o Massa, inclusive aprenderam a chorar como ele: o chororô dessa semana é que “os rivais estão mais fortes e vai ser muito difícil repetir o desempenho de 2015”. Ora, então trabalhem mais e projetem melhor o carro, cáspita! Usem as mesmas porcas de roda dos adversários (ano passado deram como desculpa para os pit-stops horríveis a dilatação da porca de roda), trabalhem duro como os adversários fizeram, e a chance de repetir o desempenho fica maior. É cada uma que aparece...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini