Allez Le Mans... e muito mais! Print
Written by Administrator   
Sunday, 14 June 2015 23:11

Olá leitores!

 

Final de semana importante, com corridas para todos os gostos e algumas agradáveis surpresas.

 

Comecemos pela mais importante corrida, as 24 Horas de Le Mans, que foi a oportunidade para o excelente Nico Hülkemberg se reencontrar com o degrau mais alto do pódio. A respeito da dobradinha da Porsche no pódio (1-2), se fosse futebol haveria a clássica frase “o campeão voltou”. Evidentemente uma marca que já venceu tantas vezes a mais importante prova de longa duração do planeta não iria “desaprender” a receita: a estreia do modelo híbrido ano passado já prometia bons frutos, e eles vieram esse ano, com um carro que não necessariamente é mais veloz que os Audi mas que anda no mesmo ritmo e consome um pouco menos (mesmo sendo a gasolina, ao invés do diesel utilizado pelos Audi). Some-se a isso a qualidade dos pilotos (e Hülkemberg foi fundamental logo após um safety-car que agrupou dois Porsches e dois Audis em disputa direta) e o trio de estreantes em Le Mans formado pelo alemão Hülkemberg, o neozelandês Bamber e o inglês Tandy ficou com os louros da vitória na geral, seguidos pelo outro carro da Porsche pilotado pelo australiano Webber, o alemão Bernhardt e o neozelandês Hartley, que chegou 1 volta atrás. Em 3º chegou o melhor dos Audi, aquele pilotado pelo suíço Fässler, pelo alemão Lotterer e pelo francês Tréluyer, 2 voltas atrás do vencedor. Tivemos mais um Audi em 4º, outro Porsche em 5º, e o melhor dos Toyota apenas em 6º lugar, 8 voltas atrás. Isso tudo na categoria principal, a P1. Na P2, vitória do Oreca dos ingleses Howson e Bradley e do francês Lapierre. Na GTE-Pro, após longas disputas e algumas quebras, o vencedor foi o Corvette C7R do trio composto pelo inglês Gavin e pelos americanos Millner e Taylor, e na GTE-Am vitória da Ferrari F458 do trio Shaytar, Basov e Bertolini (2 russos e 1 italiano). A ser notado o excelente trabalho da equipe Dempsey-Proton, que como o nome indica teve como um dos pilotos o ator Patrick Dempsey, que chegou em 2º na GTE-Am à frente de pilotos muito mais experientes do que ele. Dempsey dividiu o carro com o americano Long e o alemão Seefried. Para encerrar o capítulo Le Mans, vamos lembrar que o plano original da Porsche era ter no mesmo carro o Hülkemberg e o Alonso, mas a Honda vetou a participação do espanhol na prova... imaginem o espanhol chiliquento tendo piti ao saber do resultado da corrida...

 

Evidentemente a prova mais importante foi a de Le Mans, mas o mundo do esporte a motor não se reduziu apenas a essa prova. Vamos às outras.

 

Mais uma etapa da World Series, dessa vez no kartó... ops, autódromo de Hungaroring. No sábado a vitória ficou com Orudzhev (esse espero que não chegue na F-1, por motivo óbvio: escrever esse nome é de lascar), com Merhi (aquele mesmo da Manor-Marussia) em segundo e Rowland em 3º. No domingo a vitória foi Rowland, seguido por Vaxivière (imaginem o Galvão pronunciando isso...) em 2º e do estreante Majla em 3º.

 

Também tivemos etapa do WRC, dessa vez o Rali da Itália. O vencedor foi um velho conhecido do degrau mais alto do pódio, Sébastien Ogier (VW Polo), mas dessa vez a vitória não foi fácil: o surpreendente neozelandês Hayden Paddon (Hyundai i20) esteve na liderança no sábado, e apenas nas últimas especiais do rali o francês conseguiu se aproveitar dos erros do jovem Paddon para assumir a liderança. Em 3º chegou outro Hyundai, pilotado por Thierry Neuville.

 

Nesse domingo tivemos o equivalente Fórmula Truck da etapa de Martinsville da NASCAR: os caminhões foram correr na curta pista do Velopark, assim como as barcas da NASCAR se espremem no acanhado oval de meia milha de Martinsville. A prova da Truck foi surpreendentemente boa, muito limpa (nenhum toque intencional entre os pilotos, apenas os não evitáveis mesmo), e com disputas do começo ao final. De quebra, o problema mecânico que causou o abandono do Leandro Totti deu uma bela embolada no campeonato, o que com certeza torna as provas seguintes mais interessantes. A vitória ficou com Paulo Salustiano (Mercedes), que fez a pole position, largou muito bem e de lá não saiu, resistindo com sabedoria aos ataques do Felipe Giaffone (VW-MAN), que atacou com muita vontade mas não conseguiu lograr êxito nos ataques. Completando o pódio tivemos André Marques (VW-MAN) em 3º, Diogo Pachenki (Mercedes “bicudo”) em 4º e David Mufatto em 5º, dando o primeiro pódio do ano para a Scania.

 

E já que citei a NASCAR, tivemos uma etapa bem conturbada pela chuva em Michigan, tendo sido interrompida logo no começo, depois parou de chover, secaram a pista, e faltando pouco mais de 60 voltas para o final a chuva voltou, com a direção da prova optando por encerrar a corrida ali mesmo (já tinham percorrido mais da metade das voltas, garantindo pontuação integral). A vitória ficou nas mãos de Kurt Busch, seguido por Dale Jr. em 2º, Truex Jr. em 3º (3 Chevrolet nas 3 primeiras posições), Kenseth (Toyota) em 4º e Logano (Ford) em 5º.

 

Tivemos também a tradicional etapa da F-Indy em Toronto, com tempo instável, e que propiciou uma dobradinha da equipe da Sarah Fisher, com Josef Newgarden em 1º e o jovem italiano Luca Filippi em 2º. Em 3º chegou Helio Castroneves, se aproveitando de uma correta estratégia de boxes para ficar à frente do companheiro Will Power (4º lugar). Outro que usou bem a tática de boxes foi o Tony Kanaan, 6º colocado e melhor dos carros da Ganassi na prova.

 

E para encerrar, MotoGP na Catalunha. A mesma pista que produziu a corrida mais chata da F-1 nessa temporada (e acho que dos últimos 3 ou 4 anos) propiciou uma corrida decente no motociclismo, com a 4ª vitória seguida do Lorenzo, que está naquela fase iluminada onde tudo dá certo para ele. Em 2º chegou Rossi e em 3º Pedrosa. O “menino prodígio” Márquez mais uma vez caiu no meio da prova.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini