Hamilton renasce no Canadá! Print
Written by Administrator   
Sunday, 07 June 2015 22:27

Olá leitores!

 

Hoje em dia as redes sociais preenchem um espaço razoável na vida de cada um de nós. Eu aprendi que um jeito muito legal de acompanhar coberturas esportivas é assistir a corrida (pode ser jogo do esporte que você quiser, leitor, o resultado prático é o mesmo. O que tornou suportável o Brasil X Alemanha na copa de 2014 foi o volume de piadas a respeito que estava aparecendo no Twitter e no Facebook ao mesmo tempo em que a ‘selecinha do Bigode’ tinha pane em campo) acompanhando o que postam os especialistas no assunto. E ao final do GP do Canadá eu tive a certeza que teve gente que assistiu a duas corridas diferentes, pois tinham os que gostaram da corrida e os que detestaram.

 

O resultado, evidentemente, tem de ser relativizado: aqueles que querem ver os brasileiros em boas posições (ou ao menos vencendo seu mais direto rival, o companheiro de equipe) se frustraram, assim como se frustraram os que queriam ver disputas diretas pela primeira posição. Contudo, para as posições intermediárias e no pelotão do fundo, tivemos boas disputas, pelo que devo confessar que estou entre os que não acharam a corrida ruim. Já vi edições mais disputadas? Sim, com certeza sim. Agora, seria extremamente injusto comparar o GP do Canadá com o GP da Espanha (esse sim, intragável) ou o GP da China, outro ótimo remédio contra a insônia. Foi uma corrida nota 5,5, talvez 6. Ao menos não se confirmou minha previsão pós classificação de um strike na largada, devido à proximidade de largarem Grosjean em 5º, Maldonado em 6º e Hülkemberg em 7º.

 

Primeiro lugar, mais ou menos previsível, Hamilton. Mesmo tendo que economizar combustível, nunca permitiu que o companheiro de equipe Rosberg (2º) se aproximasse o suficiente para tentar algo. Nico bem que tentou, mas teve que poupar os freios, e não saíram disso.

 

Em 3º uma novidade, Bottas, que aproveitou bem as longas retas do Circuit Gilles Villeneuve para se manter próximo da Ferrari do Kimi, e quando esse parou nos boxes conquistou a 3ª posição para não mais a perder. Boa corrida. Seu companheiro Massa (6º) teve problemas com a válvula de pressão do turbo na classificação, largou lá atrás (15º) e fez, provavelmente, sua melhor corrida em muito tempo, com muitas ultrapassagens e disputas acirradas de posição. Pena que esse trabalho todo não “apareceu” como deveria no resultado final, mas a corrida foi “de gente grande”.

 

Em 4º chegou Räikkönen, que deixou passar uma ótima oportunidade de um pódio ao ser ultrapassado nos boxes pelo Bottas e depois rodando sozinho no Hairpin. Ele alegou problema mecânico, mas tenho minhas dúvidas... seu companheiro Vettel chegou em 5º, após fazer uma ótima corrida de recuperação após largar em 18º lugar. Teve certa dificuldade na disputa de posição com Alonso, mas nada que pudesse prejudicar muito o ritmo geral dele. Ao todo, ganhou 13 posições, o que nos dias de hoje é louvável.

 

Em 7º, para surpresa geral, chegou Maldonado. Dessa vez ele não bateu nem foi batido por ninguém, e teve a chance de mostrar o quão acertada foi para a Lotus a mudança dos motores Renault para os Mercedes, já que a marca de maior velocidade máxima foi da Lotus de Grosjean, e a de Maldonado foi o 5º carro mais veloz nas retas canadenses. A disputa de Maldonado com Hülkemberg foi muito boa. Dessa vez quem fez papelão foi o Grosjean (10º), que vinha se mostrando um piloto mais centrado esse ano até que... bateu em uma Marussia!! Fala sério, bater na Marussia é que nem bater em carro estacionado... sem maiores comentários.

 

Em 8º chegou o Nico Hülkemberg, que fez uma boa corrida levando em conta as condições do carro, que tem ótimo motor e grande velocidade de reta, mas sofre um pouco nas curvas. Esteve envolvido em um incidente de corrida com o Vettel que o fez perder algum tempo, mas nada exagerado. Seu companheiro Pérez (11º) não se encontrou com o carro o final de semana inteiro, não tinha muito o que fazer.

 

Em 9º, salvando a honra da Red Bull, chegou Kvyat, sofrendo com a impotência do motor Renault. Seu companheiro Ricciardo foi ainda pior, apenas o 13º colocado. Dia para esquecer.

 

Próxima etapa dia 21 de junho na Áustria, no Red Bull Ring (para desespero da RGT, que não gosta de falar nomes de empresas na transmissão...), uma pista que para mim não traz boas lembranças, afinal eu lembro do quão lindo o traçado era antes do Tilke esquartejar a pista.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini