O poder australiano no duelo dos tri vices Print
Written by Administrator   
Sunday, 31 August 2014 23:16

Olá leitores!

 

Mais um final de semana com emoções e decisões fora do mundinho da Fórmula 1 – que se ainda é a mais importante categoria do automobilismo mundial não é a única fonte de adrenalina para o fã do esporte a motor.

 

Na madrugada de sábado para domingo tivemos a última etapa da temporada da Fórmula Indy (fora do Brasil, Indycar Series), e após bater na trave por três vezes dessa vez o Will Power não deixou o campeonato escapar. Aliás, a categoria chegou à última prova com o campeonato rigorosamente aberto, com Will Power, Hélio Castroneves e Simon Pagenaud correndo como mega azarão no páreo. E Hélio Castroneves teve todas as chances para ser campeão, em que pese a liderança do campeonato estar com Power. Fez a pole, andou no pelotão dos primeiros colocados boa parte da corrida, liderou quase 40 voltas, mas... na última série de paradas para trocas de pneus e reabastecimento, forçou demais a freada para entrar nos boxes já com pneus bem gastos, passou sobre a faixa branca no acesso e tomou uma punição. Faz parte do jogo. A vitória, merecidamente, ficou com Tony Kanaan, que fez uma primeira metade do campeonato muito ruim, mas depois veio crescendo na segunda metade da temporada e perdeu algumas corridas nas últimas voltas. Dessa vez nada o atrapalhou e ele conquistou sua merecida primeira vitória com a equipe Ganassi, sendo efusivamente recepcionado no pódio pelo dono da equipe e pelo amigo Franchitti, que deveria ser o piloto do carro nº 10 essa temporada mas preferiu encerrar a carreira após os ferimentos sofridos na penúltima etapa da categoria no ano passado. Bela cena.

 

Na manhã desse domingo tivemos mais uma etapa da MotoGP, disputada no tradicional circuito inglês de Silverstone, onde tivemos mais uma vitória do Marc Márquez... só que dessa vez a vitória não foi tão fácil assim: Jorge Lorenzo, em um dia muito inspirado, vendeu muito caro a vitória, tendo liderado boa parte da corrida e sendo definitivamente ultrapassado em uma manobra “de força”, com Márquez mergulhando por dentro em uma curva de baixa velocidade na base do “feche-me se tiver coragem” a 3 voltas do final. Na curva anterior, os dois passaram muito perto de tocarem as carenagens de suas motos. Duelo de encher os olhos dos fãs da categoria. E pouco atrás deles a briga pela 3ª posição também foi árdua, com Valentino Rossi (de Yamaha), Pedrosa (de Honda) e Dovizioso (de Ducati) dividindo freadas, tomadas de curvas e reacelerações como se estivessem na Moto2. Coitados dos responsáveis pela geração de imagens, que tinham que ficar pulando de uma disputa para outra e, mais de uma vez, mostrar alguma ultrapassagem do segundo pelotão em replay pois estavam mostrando os dois primeiros duelando. Se não foi a melhor corrida da temporada, passou bem perto. Na Moto3 o brasileiro Eric Granado continua com sua briga contra a falta de velocidade da moto em retas. Largou em 21º lugar, perdeu algumas posições, chegou a estar em 20º mas em uma pista com boas retas como Silverstone a falta de velocidade final acabou sendo fatal e ele terminou em 26º lugar. Eu procuraria outra equipe para o próximo ano. A titulo de curiosidade, o Mundial de Motovelocidade não utilizou os novos e nababescos boxes construídos para a Fórmula 1 para a corrida de Silverstone, mas sim os boxes antigos – e em minha opinião melhor localizados.

 

E aproveitando a folga no DTM, Augusto Farfus foi disputar a tradicional corrida de 1000 km de Suzuka do Super GT japonês em parceria com Jörg Müller (com quem ele já correu de Endurance na Europa) e o local Seiji Ara, se revezando ao volante de um BMW Z4 GT3 na categoria GT 300. E mesmo sendo a primeira vez que ele correu em Suzuka o trio conseguiu um 3º lugar na classificação final, o que deve evidentemente ser comemorado haja vista a enorme competitividade do campeonato e o profundo conhecimento da pista pelos pilotos locais.

 

Em Curitiba ocorreu mais uma etapa da Stock Car, com participação decisiva de São Pedro, que mandou água para ninguém reclamar de seca alguma. A primeira corrida do dia começou sob bandeira amarela, pois a chuva era muito forte, e teve alguns momentos de bandeira verde. As condições da pista eram muito difíceis para a configuração dos carros atuais da categoria, e as aquaplanagens e acidentes foram parte da rotina da corrida, que acabou sendo encerrada com bandeira vermelha devido à pequena porém convincente demonstração do Dilúvio Universal. A vitória ficou com Daniel Serra (Red Bull – Chevrolet), seguido por Valdeno Brito (WA Mattheis – Chevrolet) em segundo e Allam Khodair (Full Time – Chevrolet) em terceiro. Para a segunda corrida do dia a chuva deu uma trégua e foi possível ter uma corrida em condições razoáveis. Mesmo assim, por precaução, a corrida também começou com bandeira amarela, o que não evitou a entrada do safety-car devido a saída de pista provocada pela condição difícil da pista. Numa corrida de 20 minutos, meio complicado... ao final a vitória ficou com Ricardo Maurício (RC – Chevrolet), seguido por Barrichello (Full Time – Chevrolet) e Galid Osman (RCM – Chevrolet).

 

Semana que vem teremos o GP da Itália de F-1, e o clima entre Rosberg e Hamilton promete estar quente, esperemos para ver o resultado.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini