Mais um super final de semana Print
Written by Administrator   
Sunday, 04 May 2014 22:52

Olá leitores!

 

Nesse domingo tivemos grandes corridas: MotoGP em Jerez de la Frontera, a abertura da temporada da DTM em Hockenheim, WTCC em Hungaroring, Brasileiro de Marcas em Brasilia e a NASCAR em Talladega. Duas rodas, turismo europeu, turismo brasileiro e turismo norte americano, deu para agradar gregos e troianos.

 

Para mim, a grande prova foi a de Talladega. Talladega é talvez uma das maiores demonstrações da megalomania do ser humano, e por isso é tão maravilhoso. Imaginem um oval com mais de 4 km de extensão e com curvas com 33° de inclinação. É o tipo de lugar onde um entusiasta por automóveis pode descobrir a real velocidade máxima de seu carro, pois a não ser que você tenha um carro superesportivo a probabilidade de você ter que levantar o pé do porão durante a volta lançada tende a zero. E a corrida em si também é acirrada, pois é uma das pistas onde eles correm com a placa de restrição na admissão para reduzir a potência e, principalmente, a velocidade máxima dos carros. Já nos anos 80 os carros da categoria, mesmo com aquela aerodinâmica quadradona dos carros americanos da época, passavam das 200 milhas por hora de média. Como ocorreram graves acidentes, optou-se por reduzir a potencia em busca de um pouco mais de segurança. Isso significa que os carros andam muito próximos, e também que é o cenário ideal para o “Big One”, que efetivamente aconteceu. Mais precisamente, 3 “Big Ones”, sendo um deles na última volta, provocando uma rara bandeirada de chegada sob bandeira amarela, afinal quando o acidente começou os dois líderes já tinham recebido a bandeira branca indicativa de última volta. A vitória ficou com o Denny Hamlin (Toyota), que obteve sua primeira vitória em Talladega na sua 300ª largada na categoria principal, com Greg Biffle (Ford) em 2º e Clint Bowyer (Toyota) em 3º. O líder do campeonato, Jeff Gordon (Chevrolet), terminou apenas em 39º lugar, após ter perdido várias voltas na garagem com os mecânicos remendando o carro danificado em um “Big One”.

 

Nas duas rodas, mais uma vitória do Marc Márquez, que fez barba, cabelo e bigode: pole, melhor volta e vitória. Tá bom? Na primeira volta ainda teve um duelo com Valentino Rossi (que terminou em 2º), mas depois começou a abrir vantagem e não foi mais incomodado. Valentino, por sua vez, não teve vida fácil: no começo foi pressionado pelo companheiro Lorenzo (4º) e no final da corrida quase foi ultrapassado pelo Pedrosa (3º). Na Moto3 (antiga 125cc) o brasileiro Eric Granado foi tocado por outro piloto logo na primeira volta e teve de abandonar.

 

Em Brasília tivemos etapa do Brasileiro de Marcas, com menor número de carros do que seria desejável. Na primeira corrida a vitória ficou com Gabriel Casagrande (Chevrolet), seguido por Allam Khodair (Toyota) e Felipe Gama (Toyota) encerrando o pódio. Na segunda corrida do dia, vitória de Ricardo Maurício (Honda), com Alceu Feldmann (Honda) em 2º e Vitor Meira (Ford) em 3º. Próxima etapa dia 25/05 em Interlagos.

 

No travado circuito de Hungaroring, que eu brinco chamando de mega kartódromo, o domínio dos franceses da Citroën enfim foi quebrado. Na primeira corrida deu dobradinha da marca francesa, com Yvan Muller em 1º e José Maria López em 2º, com Tiago Monteiro (Honda) em 3º. Sim, aquele Tiago Monteiro, que passou pela F-1. Já na segunda corrida do dia coube ao experiente italiano Gianni Morbidelli (Chevrolet), que correu de F-1 nos anos 90, quebrar a sequencia de vitórias da Citroën, com Tiago Monteiro (Honda) em 2º e Hugo Valente (que apesar do nome é francês) de Chevrolet em 3º. Verdade seja dita, os Citroën já estão com o “lastro do sucesso”, fórmula usada pela categoria para equalizar os carros..

 

E terminamos a coluna com a corrida mais chata do dia: antigamente DTM era sinônimo de grandes corridas, com o atual regulamento virou uma procissão semelhante à F-1 antes de adotarem KERS e asa móvel – asa essa que por sinal os carros da DTM possuem. E nem assim a corrida foi minimamente interessante. Adrien Tambay largou na pole, foi ultrapassado após algumas voltas por Marco Wittmann, que sumiu na frente e terminou a corrida pilotando de pantufas, tão grande era a vantagem. Houve algumas brigas nos pelotões intermediário e traseiro, mas na frente foi uma corrida modorrenta. Prova chata, muito chata. Espero que seja algo localizado, fruto de uma pista assassinada por Hermann Tilke, e que as próximas provas sejam um pouquinho melhores, pois o começo da temporada foi com o pé esquerdo. Completando o pódio tivemos Mattias Ekström em 2º e Tambay em 3º. Augusto Farfus disputava a 6ª posição, mas ao tentar ultrapassar Timo Scheider este se enroscou com o brasileiro e dois carros os ultrapassaram, terminando a corrida em 8º.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini 

 

 

Last Updated ( Monday, 05 May 2014 13:00 )