Carro Híbrido precisa de bateria? Print
Written by Administrator   
Wednesday, 06 November 2019 11:16

Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid,

 

Como eu prometi no mês passado, vamos continuar falando sobre a geração de energia. Vou deixar uma pergunta para vocês: Um carro híbrido, que tem uma bateria e um motor elétrico precisa ter bateria e alternador?

 

Toda bateria é conceituada como um conjunto de células eletroquímicas. Essas células podem armazenar a energia elétrica em pequenas quantidades. Nesses dispositivos, a eletricidade é armazenada sob a forma de energia química.

 

Por meio de processos de oxidação e redução, podemos dizer que uma bateria funciona como um conjunto de pilhas associadas em série, em que o polo positivo de uma está ligado ao polo negativo da outra. Todavia, vale ressaltar que nem sempre elas seguem esse padrão.

 

Dentro do dispositivo ocorrem uma reação de oxidação e outra de redução, o que gera produção de corrente elétrica. Sendo assim, à medida que o dispositivo vai sendo utilizado, a quantidade do material que sofre oxidação (redutor) vai diminuindo. Quando a quantidade do redutor chega ao fim, o dispositivo para de gerar corrente elétrica. o conectarmos a bateria ou acumulador a um fonte elétrica externa, a corrente elétrica faz com que a reação de oxidação e redução torne-se reversível. Dessa forma, os componentes do redutor voltam a ser originados. Quando a quantidade do redutor retorna totalmente à quantidade anterior, dizemos que a bateria foi recarregada.

 

   Sim, mesmo o carro híbrido, com suas baterias para o motor elétrico, precisa ter uma bateria para o motor a combustão.

 

A grande pergunta para o caso dos carros híbridos, que já são equipados com baterias e que, em um raciocínio simples, acumulariam energia, portanto, tendo como gerar energia para acionar o motor de combustão interna, porque não fazem isso?

 

A resposta é relativamente simples: O carro híbrido (boa parte dos modelos) não dá partida diretamente com o motor elétrico ou de baterias, mas sim com o motor de combustão interna e, para isso, precisa da bateria para alimentar o motor de arranque, as luzes e o sistema de ignição. Até mesmo em alguns modelos que trabalham mais com o motor elétrico ou baterias usam um motor de combustão interna para acionar o outro motor.

 

Híbrido não é tudo igual.

 

Muito pouca gente sabe, mas o primeiro veículo híbrido foi para as ruas em 1900! Um dos pais do carro hibrido foi um construtor famoso: Ferdinand Porsche. Um ano antes, no Salão do Automóvel de Berlim, a empresa belga Pieper apresentou o que seria hoje considerado um híbrido em paralelo: motor elétrico central conectado por embreagem a um motor a combustão que movia as rodas por uma transmissão convencional. Porém, esse carro nunca chegou a funcionar de forma satisfatória. Atualmente temos três tipos de carros com propulsão híbrida: Os com sistema em série, os com sistema em paralelo e os com sistemas mistos.

 

   Muito pouca gente sabe, mas o primeiro carro híbrido tem mais de 100 anos de idade e ninguém pensava em meio ambiente.

 

Os carros com sistema híbrido-série, apenas o motor elétrico gera tração, e o motor a combustão é usado para alimentar a bateria. Como o carro não é capaz de andar diretamente com gasolina ou etanol, ele precisa de uma bateria maior que o híbrido-paralelo, e por isso será mais caro.

 

Nos híbridos paralelos, tanto o motor elétrico quanto o motor a combustão geram tração para mover as rodas do carro. Por isso, diz-se que os dois funcionam paralelamente. Geralmente, o elétrico está conectado ao eixo dianteiro, e o eixo traseiro é movido pelo motor a combustão. Também é possível que ambos estejam no mesmo eixo, mas isso encarece o sistema, pois exige controladores eletrônicos mais sofisticados.

 

   Ali, aquela caixa preta no canto superior direito da foto é a bateria para dar partida no motor a combustão interna.

 

O híbrido-misto tem a estrutura mais complexa dos três. O conjunto eletrônico intrincado avalia, o tempo inteiro, as condições do veículo e do percurso. Ele decide qual é o melhor momento de se usar o motor a combustão ou o elétrico. O motorista também pode escolher com qual dos dois quer rodar através de um menu.

 

Em todos os três tipos de carros híbridos é comum ser instalada a tecnologia de freios regenerativos. Ela permite que a energia dispersada quando o freio é usado seja reutilizada para recarregar as baterias, contribuindo para a eficiência do conjunto.

 

  A Nissan está investindo em um novo sistema híbrido, mas mesmo assim, a bateria para o motor de combustão está lá. 

 

Mas como nosso assunto iniciado no mês passado é a geração de energia, no próximo mês pretendo falar sobre os alternadores. Sem eles, os motores dos nossos veículos não dão partida.

 

Muito axé pra todo mundo,

 

Maria da Graça