Overdose de talentos brasileiros pelo mundo Print
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Sunday, 02 August 2020 17:49

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Todo mundo gosta de um feriadão, né? Quando o final de semana começa na quinta-feira à noite... ou ainda melhor quando tem aquele “imprensado” e começa na noite da quarta-feira!

 

Esse final de semana de competições pelo mundo foi um “feriadão”, com os nossos pilotos começando a disputar treinos classificatórios e corridas ainda na quarta-feira. Eu não me lembro de uma coisa assim antes, deve ser efeito da pandemia do COVID-19.

 

Feriadão (entre aspas) de velocidade nos EUA.

 

Quando vi que as corridas do “Road to Indy”, no caso a USF2000, tinham sido marcadas para quarta e quinta-feira respirei aliviado. Para quem tem milhões de corridas para assistir e escrever sobre elas nesse final de semana, ter uma antecipação e um arrego pra dar atenção pra namorada.

 

 Depois de enfrentar as dificuldades pra chegar aos EUA, Kiko Porto conseguiu, finalmente, estrear na USF2000.

 

Em Mid-Ohio, agora com o retorno de Kiko Porto a competição, que conseguiu entrar nos Estados Unidos dom seus protocolos de saúde e se juntar a Eduardo Barrichello na disputa do campeonato deste primeiro degrau na busca do caminho para chegar a categoria top de monopostos nas Américas.

 

No início da tarde da quarta-feira tivemos o treino classificatório para a corrida 1, que aconteceria no final da tarde daquele mesmo dia e neste treino tivemos duas situações bem distintas: A parte boa foi a grande pole position conquistada por Eduardo Barrichello, sua primeira na categoria e em monopostos nos Estados Unidos. Kiko Porto foi que destoou um pouco. Ele que é sempre muito rápido não se entendeu com o carro e ficou apenas com a 12ª posição.

 

 Barrichello fez uma volta voadora e conquistou a pole position para a primeira das três corridas programadas.

 

Agitada a bandeira verde, Barrichello largou bem e manteve a ponta, mas na terceira volta foi superado pelo líder do Campeonato, Christian Rasmussen, que sumiu na ponta. Barrichello manteve o segundo lugar sem maiores problemas. Já Kiko Porto, largando no meio do pelotão precisou evitar os problemas de quem larga no meio do pelotão e foi buscando escalar o pelotão. Subiu até onde deu e terminou na 8ª posição.

 

Na manhã da quinta-feira tivemos os treinos para a corrida 2 e as coisas foram um pouco mais complicadas. Uma bandeira vermelha faltando dois minutos para o final da sessão atrapalhou a vida de nossos dois pilotos. Kiko Porto e Eduardo Barrichello tiveram que abortar a última tentativa e ficaram com o 11° e 12° tempos, respectivamente.

 

 No pódio, com o troféu de segundo colocado, Eduardo Barrichello vem se mostrando um candidato ao título de 2020 no USF2000.

 

Kiko porto teve problemas com seu carro durante a corrida inteira e precisou ir aos boxes e isso acabou com qualquer chance para ele conseguir fazer alguma coisa e terminou com duas voltas de desvantagem para o vencedor. Eduardo Barrichello também estava saindo na fila 6 para a largada lançada. Foi uma corrida difícil para ele também, que não conseguiu avançar no pelotão, terminando em 11°. Nem parecia ser o mesmo carro do dia anterior.

 

E o que era complicado ficou ainda mais complicado para a corrida 3, que tem o grid definido com o que o piloto conseguiu fazer na corrida 2 e, como consequência disso, Eduardo Barrichello alinhou para a largada na 8ª posição enquanto Kiko Porto e o pessoal da equipe DEForce, que trabalhou tentando resolver os problemas do carro #12, acabou tendo que largar na 19ª posição.

 

 Piloto sempre rápido, Kiko Porto enfrentou enormes dificuldades durante todo o programa em Mid-Ohio.

 

Antes de ser agitada a bandeira verde, a direção de prova agitou a bandeira vermelha durante as voltas de apresentação após o carro de Matt Garrido parar na pista. Cameron Shields também teve problemas e teve o carro recolhido. Com isso, Eduardo Barrichello passou para 7° e Kiko Porto para 17°. Os carros só deixaram os boxes após 17 minutos parados.

 

Agitada a bandeira verde, os carros passaram inteiros pelas primeiras curvas. Eduardo Barrichello manteve sua 7ª posição enquanto Kiko Porto ganhou 3 posições e no meio da primeira volta já estava em 14°. Barrichello subiu na volta seguinte para 6° enquanto Kiko Porto ia para 12°. Logo se formou um pelotão da frente, um brigando da 5ª a 9ª posição e outro da 10ª a 17ª. Kiko Porto ia avançando e passou para 11° na volta 6, mas o seu pelotão estava ficando distante da luta do pelotão da frente com o 10° colocado segurando o grupo.

 

 Eduardo Barrichello continuou andando entre os primeiros, mas não conseguiu voltar ao pódio nas demais corridas do programa.

 

Barrichello isolou a briga pelo 5° posto e Kiko Porto a pelo 10° lugar na metade das 20 voltas. Nas voltas finais os brasileiros passaram de caçadores a caça, com suas posições atacadas. Apesar disso, eles seguraram suas posições, com Eduardo Barrichello em 6° e Kiko Porto em 11°, saindo da rodada tripla no campeonato com Barrichello em 3°, com 90 pontos e Kiko Porto em 19°, com 26 e mais uma rodada tripla nesse mesmo autódromo na semana seguinte.  

 

Em Barber, no estado do Alabama, a F3 das Américas tivemos mais uma rodada tripla da categoria e na qualificação para a corrida 1 o brasileiro Victor Franzoni mandou muito bem, cravando o segundo melhor tempo, atrás apenas do líder do campeonato, Linus Lundqvist. O coitado do colunista teve que virar um camaleão, com um olho na Itália e outro nos EUA, pois no mesmo horário tinha a corrida da F3 Américas.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Victor Franzoni fez uma largada de Dragster, tomou a ponta e na primeira volta colocou uma vantagem confortável para seis perseguidores e que estão à sua frente no campeonato. Mas 30 minutos de corrida é muito tempo nessas categorias de acesso e depois que se livrou dos perseguidores, Lundqvist partiu para o ataque sobre Franzoni.

 

 Na primeira das três corridas em Barber, Victor Franzoni chegou a liderar a prova, mas não conseguiu segurar Lundqvist.

 

Franzoni resistiu o quanto podia, mas Lundqvist teve o carro mais rápido durante todos os treinos e na 5ª volta o nórdico tomou a liderança. Ainda assim, Franzoni tinha uma vantagem confortável para o terceiro colocado, o norte americano Malukas. Mas com 20 minutos de prova restando, o brasileiro teria que andar com consistência para evitar uma aproximação.

 

O líder foi estabelecendo volta mais rápida sobre volta mais rápida e ia abrindo vantagem enquanto Victor Franzoni ia mantendo Malukas e uma distância confortável, acima de 1s. Nos minutos finais Malukas reduziu a distância para o brasileiro, mas Victor Franzoni segurou o 2° lugar com garra e foi para o pódio, repetindo o feito da corrida de abertura do campeonato.

 

Na manhã do domingo os pilotos voltaram para a pista e o grid na categoria é definido pela volta mais rápida na corrida anterior. Com isso, Franzoni largava na terceira posição. Apagadas as luzes vermelhas, o brasileiro não largou bem. Perdeu a quarta posição e quase perdeu mais uma, tendo que lutar muito para manter o 4° lugar. Franzoni estava ficando para trás na disputa quando tivemos a entrada do Safety Car por detritos na pista.

 

 Na corrida 2, Victor Franzoni não largou bem e durante a corrida não conseguiu avançar para retornar ao pódio.

 

A corrida foi retomada duas voltas depois e Franzoni largou bem, partindo para o ataque em busca da 3ª posição. Enquanto o líder Lundqvist fugia na ponta a disputa pela segunda posição com Nick Hays, David Malukas e Franzoni continuava. Na parte final da prova Franzoni perdeu um pouco do contato com Malukas, mas estava tranquilo em relação ao 5° colocado. Ao fim, o brasileiro foi o 4° colocado.

 

Menos de quatro horas depois os pilotos estavam de volta à pista para a disputa da terceira corrida da rodada. Assim como na segunda corrida, o grid foi definido pelas melhores voltas conseguidas na corrida do domingo de manhã. Com isso, Victor Franzoni alinhou para largar na 4ª posição, precisando largar melhor do que fez pela manhã.

 

 Na corrida 3 Victor Franzoni foi "seguro" por Nick Hays, que conseguiu se defender dos ataques do brasileiro durante toda a prova.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Franzoni largou bem, mas seus adversários igualmente largaram bem e ele manteve a 4ª posição. Nas primeiras voltas o brasileiro tentou forçar uma ultrapassagem sobre Nick Hays, que não acompanhava David Malukas e segurava o pelotão. Ao menos isso mudou em algumas voltas, com a disputa pelo 3° lugar ficando isolada. Apesar das várias tentativas ao longo dos 35 minutos de corrida, Franzoni não conseguiu o lugar no pódio. Linus Lundqvist continua invicto, com 7 vitórias e 200 pontos. Franzoni é o 3°, com 93 pontos.

 

O primeiro final de semana de Silverstone.

 

Passava um pouco das duas da tarde da sexta-feira em Silverstone, com um calor monstro, quando os pilotos da F3 foram pra pista para a qualificação da corrida do Sábado. Nos treinos livres, Igor Fraga andou melhor do que havia até o momento, ficando com o 11° tempo enquanto Enzo Fittipaldi foi o 15°. Nos 30 minutos do treino oficial, até a primeira metade os brasileiros estavam com problemas. No caso da Charouz, os 3 carros estavam mal, com Igor Fraga em 22° e na HWA, Enzo Fittipaldi era o 23° e atrás dos companheiros de time.

 

Depois de retornarem aos boxes, buscarem novos ajustes e colocarem (ou não) novos pneus, os 30 pilotos voltara à pista faltando 8 minutos para o fim. Com o cronômetro zerado, Igor Fraga veio com suas duas melhores parciais até piorar muito no último setor e ficar apenas com o 24° Tempo. Enzo Fittipaldi não conseguiu melhorar e ficou com a posição seguinte.

 

 No treino classificatório para a primeira corrida em Silverstone Felipe Fraga (foto) e Enzo Fittipaldi não conseguiram boas marcas.

 

Passadas duas horas e meia, separados pelo treino da F1, foi a vez dos pilotos da F2 irem para pista na escaldante tarde em Silverstone. No treino livre, mais uma vez o melhor brasileiro na pista foi Felipe Drugovich, que marcou o 3° tempo, quase 1s mais rápido que seu companheiro de equipe. Pedro Piquet ficou 0.6s atrás de seu parceiro de time, na 15ª posição. Guilherme Samaia não se entendeu com o carro e foi o 21°, mas o problema era sério. Seu companheiro de equipe foi o 19°.

 

Com a temperatura ainda bastante alta, às 17:00 horas locais, os pilotos foram buscar a classificação para a corrida do sábado e como vimos nas etapas anteriores os pilotos foram logo para a pista tentar seus tempos, a exceção dos pilotos da Prema, que esperaram a “parada no meio do treino e ficaram com a pista livre para tentar estabelecer seus melhores tempos. Nessa altura Drugovich era o 7° e Pedro Piquet o 11°. Guilherme Samaia ainda era o 21°, embora seu companheiro de equipe tivesse encontrado o melhor caminho.

 

 No treino da Fórmula 2, Felipe Drugovich surpreendeu o grid levando o carro da MP à pole position para a corrida do sábado.

 

Faltando 8 minutos para o fim do treino foram todos pra pista, Prema inclusive, tentar melhorar suas marcas, com Drugovich em 8° e Piquet em 12° até o Brasileiro da MP fazer uma volta sensacional e tomar a pole provisória. Piquet melhorou seu tempo, mas conseguiu apenas subir para 11° enquanto Samaia caía pra último. Ninguém alcançou o “Filho do Dragão” e ele faturou a sua primeira pole na categoria. Pedro Piquet ficou com 14° tempo enquanto Guilherme Samaia amargou a 22ª posição no grid para o sábado.

 

O sábado amanheceu com temperaturas mais amenas e céu nublado para a corrida da F3. Os brasileiros ganharam uma posição com a punição a Lucas Dunner e estavam dividindo a 12ª fila. Apagadas as luzes vermelhas, os carros conseguiram contornar as primeiras curvas sem perder nenhum pedaço. Igor Fraga foi soberbo e pulou para a 17ª posição. Enzo Fittipaldi ganhou uma posição e passou na primeira volta em 23°.

 

 Na primeira das duas corridas, Igor Fraga fez uma boa recuperação, mas insufuciente para chegar aos pontos.

 

O Safety Car veio pra pista pelo carro de Matteo Nanini parado em posição perigosa. Fraga havia sido ultrapassado por Jack Doohan e e caído para 18°. Fittipaldi ainda era o 23°. Bastou uma volta com o carro de segurança e voltamos a ter bandeira verde. Os brasileiros mantiveram suas posições com a volta a ação, mas logo Fraga perdeu mais uma posição, caindo para 19°.

 

O Safety Car voltou à pista na 12ª volta com a batida que envolveu 3 carros na entrada da reta dos boxes. Fraga ganhou duas posições com isso, subindo para 18° e Fittipaldi 3, indo para 20°. Na relargada, na volta 16, Igor Fraga foi para 15° e Fittipaldi para 17°, mas com a “ajuda” de um novo incidente que colocou o safety car de volta à pista pelo acidente com mais 3 carros. Não conseguiram liberar a pista até o final das 20 voltas e a corrida terminou assim. Com Lawson, Piastri e Sargeant no pódio, Fraga em 15° e Fittipaldi em 17°, suas posições de largada para o domingo.

 

 Drugovich não conseguiu manter a performance dos treinos e uma estratégia diferente comprometeu sua corrida.

 

Depois do treino classificatório para a F1, os pilotos da F2 vieram para pista para a corrida do sábado com Felipe Drugovich largando na Pole Position. Pedro Piquet saindo na 7ª fila em 14° e Guilherme Samaia na 22ª posição. As coisas pareciam boas para Drugovich no início, com o P2 tendo problemas pra largar, mas quando apagaram as luzes vermelhas o brasileiro não largou bem e foi logo superado por Mick Schumacher. Ainda na primeira volta ele caiu para 4°. Pedro Piquet caiu uma posição, indo para 15°. Samaia ganhou uma posição e herdou outra, indo para 20°. A aposta de Drugovich era a estratégia diferenciada de largar com pneus duros e não médios. Depois de 3 voltas ele estada no mesmo ritmo dos carros à sua frente. Pedro Piquet ia perdendo posições e na 7ª volta era o 19°enquanto Samaia era o 21°.

 

Os carros começaram a parar para troca de pneus na 7ª das 29 voltas programadas. Os líderes pararam na volta 9, voltando com pneus duros. Drugovich subiu para 2°, estando 1,5s atrás do líder, Lundgaard, que parou na volta seguinte. Era hora de Drugovich correr “de cara para o vento” e virar voltas rápidas. Guilherme Samaia, na mesma estratégia, era o 11° naquele momento. Pedro Piquet, que venceu em Silverstone na F3 ano passado, era o 21° e último na pista.

 

 Pedro Piquet fez uma corrida discreta e não conseguiu sair para melhores posições na corrida do sábado.

 

Drugovich foi para os pits na volta 19 e voltou à pista em 12°, numa parada onde perdeu muito tempo, mas faltando 10 voltas para o fim e estando 19s atrás do “líder” Mazepin, a estratégia não se mostrou a melhor. Pedro Piquet foi subindo e era o 11° enquanto Samaia era o 17°, sem ainda ter parado. Drugovich foi escalando o pelotão e precisava “salvar o prejuízo” da estratégia errada, tentando ficar entre os 8 primeiros para ganhar na inversão do grid. Ele conseguiu a 7ª posição faltando 3 voltas para o fim. Nessa altura Piquet era o 13° e Samaia o 21°. Ná última volta, Piquet ganhou 2 posições e terminou em 11°.

 

O domingo em Silverstone amanheceu com um belo céu azul e a temperatura bem baixa, apenas 16 graus. Igor Fraga largando na 15ª posição e Enzo Fittipaldi na 18ª precisariam fazer grandes corridas de recuperação. Apagadas as luzes vermelhas, os brasileiros não largaram bem e perderam posições. Fraga caiu para 17° e Fittipaldi para 20° após a primeira passagem.

 

 No domingo, Enzo Fittipaldi teve uma atuação melhor do que no sábado, mas não conseguiu chegar à zona de pontos.

 

Enzo Fittipaldi veio acelerando e começou a se recuperar já na segunda volta, ultrapassando adversários e na volta 4 superou Igor Fraga, tomando a 17ª posição. Fraga, acabou com problemas e parou na volta 5, abandonando a corrida e provocando a entrada do Safety Car. Tres voltad depois tivemos a bandeira verde e, passadas algumas curvas Fittipaldi perdeu uma posição, que recuperou 2 voltas depois com uma abandono â sua frente. Contudo, com o passar da prova o brasileiro foi sendo superado e caiu para 19°, posição na qual terminou a corrida. Oscar Piastri lidera o campeonato com 94 pontos. Enzo Fittipaldi é o 18° com 4 e Igor Fraga ainda não pontuou.

 

Menos de uma hora depois o grid da Fórmula 2 estava formado, com Felipe Drugovich largando novamente na primeira fila, Pedro Piquet em 11° e Guilherme Samaia em 21°. Apagadas as luzes vermelhas, Drugovich largou bem, mantendo sua 2ª posição, mas foi superado 2 curvas depois. Piquet foi conservador, evitou problemas, mesmo isso lhe custando duas posições. Samaia, depois da confusão que acionou o Safety Car Virtual, subiu para 18°. Na volta 3 a ação estava de volta e Drugovich perdeu a 3ª posição.

 

 Na corrida do domingo, ficou evidente que a MP tem mais piloto do que carro e Felipe Drugovich fez o que era possível.

 

Na disputa pela 4ª posição, com Illot, punido em 5s, Drugovich parecia ter optado por evitar a disputa, mas o rendimento do brasileiro foi caindo e ele foi sendo superado também por Zhou e Mazepin, caindo para 7°. Ao meio da corrida, Piquet continuava em 13° e Samaia era o 19°.

 

O Safety car veio para pista quando Illot rodou e ficou parado no meio da curva antes dos boxes. Os brasileiros ganharam uma posição com isso, mas foi ruim para Drugovich, que tinha uma boa vantagem para Mick Schumacher. Muitos pilotos optaram por trocar pneus, entre eles Piquet.  Com apenas 3 voltas para o fim, talvez a parada não tivesse tanto efeito. Na bandeira verde, Drugovich era o 6°, Piquet o 11° e Samaia o 15°.

 

 Foi um final de semana difícil para Guilherme Samaia, que teve dificuldades em encontrar o melhor acerto do carro em Silverstone.

 

Daruvala, que trocou pneus, superou Drugovich, mas a rodada de Zhou devolveu a 6ª posição ao brasileiro. Piquet brigava pela 9ª posição e caiu para 17° por uma punição após a saída do Safety Car. Guilherme Samaia foi o 15°. Robert Shwartzman lidera com 81 pontos. Felipe Drugovich é o 8° com 25. Pedro Piquet e Guilherme Samaia ainda não pontuaram.

 

As corridas na Itália.

 

Finalmente, depois dessa terrível pandemia, tivemos a abertura Da F3 europeia e da F4 italiana. Na Fórmula 3 regional teremos Gianluca Petecof, pela equipe Prema, em sua segunda temporada, correndo com a faca no pescoço. O piloto da Academia de Ferrari não conseguiu o que dele se esperava e este ano ele entra – praticamente – com a obrigação do título. Sobre a F4 italiana, escreverei daqui a alguns parágrafos.

 

 O final de semana da F3 Regional em Misano mostrou um enorme domínio da equipe Prema, onde está Gianluca Petecof.

 

Com a categoria bem esvaziada, com apenas 11 carros no grid, Gianluca Petecof (que trocou o número 5 pelo número 10) tem um adversário bastante duro dentro dos boxes e da Academia da Ferrari, com Arthur Leclerc, irmão de Charles Leclerc e a disputa começou quente, com o monegasco fazendo a pole para a corrida 1 apenas 60 milésimos mais rápido que o brasileiro, o segundo colocado. Mas a disputa não deve se limitar aos dois. Tem 4 ou 5 pilotos com chances reais de vencer.

 

Na manhã do sábado os pilotos alinharam sob sol forte para a corrida 1. Apagadas as luzes vermelhas, Petecof largou melhor, tomou a primeira curva na frente, mas Leclerc reagiu, botou de lado e após algumas voltas lado a lado, houve o toque, os dois rodaram e o francês ficou fora da corrida. Melhor para Rasmussen, que tomou a posição de Vips (que largou mal) e assumiu a ponta e para Jamie Chadwick que ficou entre os 3 primeiros.

 

 Na corrida 1, depois de tomar a ponta na largada, bastaram algumas curvas para Petecof e Leclerc se tocarem e saírem da pista.

 

O Safety Car foi pra pista e lá ficou por 3 voltas. Com bandeira verde, a corrida continuou. Petecof, que não deixou o carro morrer, ficou para trás, mas recuperou a proximidade com o pelotão pelo carro de segurança e voltou em 10°, tendo que fazer uma corrida de recuperação numa pista de poucos pontos de ultrapassagem. A briga pela 7ª posição afastou os carros mais à frente e quando Petecof tomou a posição, faltavam pouco mais de 11 minutos de corrida e ele tinha mais de 6s de desvantagem.

 

Para sorte do brasileiro, o outro grande adversário no campeonato, Juri Vips, rodou sozinho ao tentar passar a inglesa e provocou a entrada do Safety Car novamente. Isso agrupou o pelotão com Petecof agora em 6°. A bandeira verde veio faltando 6 minutos e meio para o fim e Petecof foi sensacional, passando para 4° em algumas curvas e partindo para o ataque a Chadwick. A briga no pelotão do fundo continuava feia e o toque finalmente aconteceu. Com mais um carro na brita e a volta do Safety Car faltando 2 minutos de tempo de corrida, isso definiu o resultado da corrida.

 

 Durante a narração dos ingleses e italianos no final de semana, ambos falaram sobre a estabilidade emocional de Petecof.

 

A definição do grid para a corrida 2, programada para a tarde do sábado, Leclerc foi novamente o pole, mas desta vez Petecof não conseguiu o segundo tempo, ficando em 3°, atrás do estoniano Juri Vips, piloto da Academia da Red Bull. Um desafio a mais para o piloto brasileiro.

 

Eram quase 8 da “tarde”, com um fim de tarde e um por do sol bonito em Misano para a última corrida do sábado, a corrida 2 da F3 europeia, com Gianluca Petecof largando na terceira posição e tendo à sua frente dois dos mais fortes candidatos ao título e o colunista teve que virar um camaleão, com um olho na Itália e outro nos EUA, pois no mesmo horário tinha a corrida da F3 Américas.

 

 Com Leclerc conquistando as 3 pole positions, na corrida 2, o segundo lugar de Gianluca Petecof foi um grande resultado.

 

Apagadas as luzes vermelhas, desta vez Arthur Leclerc não vacilou e largou bem, tomando a ponta, com Gianluca Petecof contornando a primeira curva em 2° lugar e sem ser ameaçado por Rasmussen, vencedor da corrida 1, que assumiu a 3ª posição. Vips, com problemas, não alinhou na posição de largada, punido em 3 posições, o que ajudou ao trio da Prema.

 

Diferente do que vimos na primeira corrida, os pilotos tomaram algum fitoterápico para a segunda prova do programa. Nenhuma confusão entre os pilotos, ninguém bateu em ninguém, tirando a briga pelo 5° lugar, quase não teve disputas e nada de Safety Car. Assim, sem ameaçar o ser ameaçado pelos 30 minutos da corrida, Gianluca Petecof subiu ao pódio.

 

 Na corrida 3, Petecof largou melhor que Leclerc na corrida 3 e foi perfeito em sua defesa para conquistar a 1ª vitória de 2020.

 

Na manhã do domingo, os pilotos voltaram para a corrida 3, a última deles neste final de semana. Mais uma vez tivemos a primeira fila dividida por Arthur Leclerc e Gianluca Petecof e em Misano não há vantagem explícita de um lado limpo e outro sujo para a largada. Apagadas as luzes vermelhas, Petecof largou melhor e tomou a ponta na primeira curva, mas os ataques de Leclerc foram duros desde o início, mostrando que o monegasco tinha um carro mais rápido.

 

Os dois foram abrindo distância do terceiro colocado e, surpreendentemente, um acidente na 3ª volta, que normalmente traria o Safety Car pra pista, ficou apenas na bandeira amarela local, mantendo a disputa pela ponta aberta. Depois de um erro de Leclerc, Petecof conseguiu alguma folga e com isso conseguiu impor um melhor ritmo. Com categoria Petecof seguiu para sua primeira vitória no campeonato e saiu de Misano líder do campeonato. Petecof tem 55 pontos, assim como Oliver Rasmussen. Arthur Leclerc tem 43.

 

 No final da tarde de domingo, Gianluca Petecof foi para o alto do pódio em Misano e saiu da primeira etapa líder do campeonato.

 

Na F4 italiana, com um grid um pouco menor do que o que vimos nos anos anteriores, temos a presença do brasileiro Gabriel Bortoleto, correndo pela equipe Prema com o carro 85(?). 22 carros foram para pista no treino classificatório 1, para a corrida da manhã do sábado (madrugada no Brasil) e o brasileiro conseguiu fazer o 8° melhor tempo, 390 milésimos atrás de um de seus companheiros de Prema, Gabriele Mini.

 

Na manhã do sábado logo após a corrida da F3 europeia, a F4 foi para pista com seus 22 carros enquanto, na Alemanha, 11 carros foram para o grid. Faltou inteligência para termos dois campeonatos com os 30 carros do ano passado. Gabriel Bortoleto alinhou na 8ª posição para a corrida 1. Apagada as luzes vermelhas, Bortoleto perdeu uma posição na largada, mas recuperou o 8° posto ainda na primeira volta.

 

Um acidente no fundo do pelotão colocou o Safety Car na pista com 3 minutos de corrida. Foi uma intervenção rápida e 3 minutos depois tivemos bandeira verde. Na volta seguinte, o brasileiro passou pra 7°, mas logo tivemos mais um carro na Brita e novamente o Safety Car acionado. Esse demorou um pouco mais e com 16 minutos para o fim tivemos bandeira verde. Bortoleto foi ultrapassado e caiu para 8°. Logo 2 pelotões se formaram. Os 4 primeiros e o de 5° a 10°. Bortoleto recuperou a posição 2 voltas depois com o grupo já mais espalhado. Ele tirou a diferença e foi em busca da 6ª posição. Nos 3 minutos finais, mas não teve êxito e terminou em 7°. Gabriele Mini venceu de ponta a ponta.

 

 Fazendo sua estreia em monopostos Gabriel Bortoleto teve sua estreia na F4 Italiana pela equipe Prema, a mais forte do grid.

 

A classificação da segunda corrida da rodada tripla, marcada para a manhã do domingo, também aconteceu na sexta-feira. Essa foi um pouco pior para Bortoleto, que conseguiu apenas a 10ª posição no grid, ficando atrás dos outros três carros de sua equipe. A pole foi novamente de Gabriele Mini. O domingo teria duas corridas: uma pela manhã e uma outra à tarde.

 

Na manhã do domingo os pilotos voltaram para a segunda de três corridas da categoria e desta vez o brasileiro Gabriel Bortoleto largaria na 10ª posição e, apagadas as luzes vermelhas, Bortoleto largou bem e foi pra cima, buscando posições e conseguindo avançar, passando na primeira volta em 8°, com uma pilotagem bastante agressiva, atacando o 7° colocado.

 

Com 18 minutos, com um carro parado em uma das caixas de brita, tivemos a entrada do Safety Car poço depois de Bortoleto conquistar a 7ª posição. O carro de segurança saiu em 2 voltas e retomada a corrida, Bortoleto resistiu os ataques e segurou o 8° lugar, mas afastou-se do 7° colocado. Mas com uma disputa insana entre os 8 primeiros, com os carros quase se tocando por algumas voltas. O pelotão foi se espalhando e Bortoleto não conseguiu ganhar mais posições, terminando a corrida 2 em 7° lugar. A vitória foi de Andrea Rosso.

 

 Nas três corridas disputadas neste final de semana em Misano, o piloto brasileiro marcou pontos em duas das três provas.

 

Na tarde do mesmo domingo tivemos a terceira prova da categoria italiana E Gabriel Bortoleto voltou a largar na 10° posição. Apagadas as luzes vermelhas, o brasileiro precisou lutar muito na primeira volta para manter sua posição. Após 3 voltas, os 3 primeiros se destacaram e um pelotão do 4° ao 10° se formou, mas as ultrapassagens em Misano não são fáceis como vimos ao longo deste final de semana.

 

Depois de cometer um pequeno erro, com os carros todos muito próximos, Gabriel Bortoleto caiu para 12° na volta 5 e teria, naquela altura, 19 minutos para fazer uma corrida de recuperação e voltar aos pontos. Apesar de todo esforço do piloto brasileiro, ele terminou a etapa de fechamento da rodada tripla em 11°. Com a corrida sendo encerrada com “full coures yellow” por um carro parado em posição perigosa. No campeonato, após a primeira rodada tripla, Bortoleto ocupa a 10ª posição, com 12 pontos. O líder é Francesco Pizzi com 58.

 

Gente, foi uma maratona sinistra esse final de semana, mas acho que consegui mostrar tudo para vocês. Mais um desafio vencido e espero que todos tenham gostado. Vou continuar tentando fazer isso nos próximos finais de semana.

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

  
Last Updated ( Sunday, 02 August 2020 21:22 )