Um outubro de muitas vitórias Print
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Tuesday, 29 October 2019 20:36

Alô galera que lê os Nobres do Grid... salve Jorge!

 

Outubro foi o mês de muitas decisões nas categorias de base do automobilismo mundial onde temos pilotos brasileiros. Ficaram poucas categorias para serem decididas em novembro.

 

Apesar do talento dos nossos pilotos, tivemos que nos contentar com vários vice campeonatos e um título de “rookie”, mas se formos olhar para trás, o Max Verstappen não foi campeão na F3... e hoje é uma das feras da F1.

 

Temos que dar os parabéns a todos os nossos guerreiros que bateram roda, frearam além do limite e levantaram troféus pelos autódromos de todo o mundo, mostrando que tem piloto com talento no Brasil para chegar na F1 e ser campeão do mundo.

 

E neste mês meu herói e uma heroína: Bruna Tomaselli, que mostrou talento na USF2000 nos últimos anos vai ser a piloto do Brasil no W Series, campeonato europeu de carros de fórmula disputado apenas por mulheres. Confiamos na sua capacidade de mostrar que – com carros iguais e sorteados – o talento vai pesar e talento você tem muito.

 

Agora vamos falar do que aconteceu nas pistas pelo mundo desde o último final de semana de setembro, onde eu fiquei devendo alguns comentários e vou começar aqui pela América do Sul, onde no último final de semana de setembro, foi disputada mais uma rodada dupla da Fórmula Codasur no belo autódromo de Codegua, no Chile, onde o paraibano Leonardo Barbosa é o representante brasileiro na competição.

 

   Léo Barbosa é o Brasil na Fórmula Codasur, o mais importante campeonato de Fórmula do continente.

 

Nos treinos da sexta-feira, Léo fez o 3° melhor tempo na primeira sessão e o 2° melhor tempo na segunda sessão. Mas no final desta, rodou no final da reta e danificou bastante os pneus, o que iria prejudicá-lo para a corrida devido ao número limitados de jogos por final de semana.

 

Em corrida, na primeira corrida o brasileiro largou e manteve até o final a 4ª posição. Na segunda corrida, ele conseguiu tomar a 3ª colocação e abriu uma boa vantagem sobre seu perseguidor quando faltando 3 voltas para o fim, houve a entrada do safety car. Na relargada, Rodrigo Hernando, que vinha em 4° forçou na curva, bateu na lateral do Brasileiro, mas os comissários consideraram “incidente de corrida”, com Léo terminando novamente fora do pódio, mas ainda assim assumindo a 3ª colocação no campeonato.

 

   Enfrentando muitos pilotos mais experientes que ele, o paraibano viaja longe para levar a bandeira do Brasil.

 

A continuação da disputa deixou o palco chileno deveria seguir para a Argentina, fazendo a preliminar dos 200 Km de Buenos Aires, mas questões contratuais não foram concluídas e a categoria iria fazer uma super etapa em Codegua, com quatro corridas em um único final de semana, mas os protestos populares no Chile levaram os promotores da categoria a adiar o próximo evento para uma data a ser definida.

 

A decisão do campeonato da F4 Alemã foi para Sachsenring com os líderes separados por um ponto e um sábado com pista úmida e uma chuva indo e voltando embaralhou a cabeça dos pilotos. Nos treinos, Gianluca Petecof ficou apenas na 8ª posição, atrás dos principais adversários. Ele ainda tinha chances matemáticas de ser campeão, mas seria preciso quase um milagre. Apesar da pista ter sido declarada molhada, alguns pilotos optaram por pneus slick na manhã do sábado, outros não.

 

Apagada as luzes vermelhas, não tivemos confusão na largada e Petecof perdeu posições na largada, chegando a estar em 11°. Antes de completada a primeira volta, ele recuperou 2 posições e passou em 9°, uma das posições por uma saída de pista que acionou o safety car. Os carros relargaram faltando 20 minutos para o fim e o brasileiro não estava conseguindo acompanhar seus companheiros de Prema à sua frente. Com a pista secando, o brasileiro conseguiu subir para a 7ª posição, mas sem poder pensar em algo melhor para aquele sábado.

 

   Gianluca Petecof lutou muito para conseguir chegar na 7ª posição na corrida 1 na Alemanha.

 

Na tarde do sábado, com sol e pista seca as coisas poderiam ser diferentes. Com os treinos em melhor condição, Gianluca Petecof conseguiu o 3° melhor tempo e largar na segunda fila, mas o campeonato babou geral. A disputa está praticamente restrita a Pourchaire e Hauger. Desta vez o brasileiro foi o melhor classificado entre os pilotos da Prema.

 

Dada a largada, Petecof segurou sua posição nas primeiras curvas, mas Dennis Hauger viria, como veio, com tudo pra cima do brasileiro para se manter na luta pelo título. Petecof e Hauger superaram Michael Belov na 4ª volta e seguiam o líder Pourchaire. Ultrapassagem é algo complicado no sinuoso e desafiador circuito, com subidas, descidas e sem uma grande reta.

 

O safety car foi acionado por um carro que saiu da pista sozinho e ficou na caixa de brita faltando 21 minutos para o fim. 5 minutos depois tivemos bandeira verde e Petecof precisou lutar muito para defender a posição na relargada. Depois veio mantendo o controle na 2ª posição, mas um acidente no fundo do pelotão mandou o safety car para pista faltando 10 minutos para o fim.

 

    Largando numa posição melhor, o brasileiro fez uma grande corrida e subiu ao pódio na corrida 2.

 

Na relargada, Hauger foi melhor que Petecof e tomou a 2ª posição e foi tentar tomar a liderança de Pourchaire. Faltando 1 minuto e meio para o fim, um acidente envolvendo 4 carros recolocou o safety car na pista e isso frustrou a disputa entre os líderes do campeonato. Com a corrida terminando em bandeira amarela e atrás do safety car, Gianluca Petecof foi para o pódio.

 

Na corrida da tarde, com o grid invertido nas 8 primeiras posições, Gianluca Petecof ficou com a 6ª posição pelo 3° lugar de ontem e sob um céu completamente nublado e com risco de chuva os pilotos foram para a última etapa do campeonato.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Arthur Leclerc ficou parado no grid, bem na frente do brasileiro, que teve que desviar, evitar bater em outro carro e acabou prejudicado, caindo para 7°. Pior ainda para Theo Pourchaire, que estava atrás de Petecof e caiu para 11°, dando chances para Dennis Hauger tirar a diferença na classificação e conquistar o título. 

 

Os três primeiros estavam numa disputa feroz com Hauger tentando avançar enquanto no segundo pelotão, Gianluca Petecof superou os três pilotos a sua frente e chegou ao 4° lugar enquanto Theo Purchaire, tentando se recuperar chegava na 7ª posição faltando 20 minutos para o final da prova. Petecof tirou a diferença para o 3° colocado em 3 voltas mas um erro do brasileiro o fez perder o traçado, indo para brita. Mesmo conseguindo voltar pra pista, ele caiu para a 9°. Um toque entre dois carros logo a frente de Pourchaire jogou um carro na caixa de brita faltando 9 minutos para o final e colocando o safety car na pista.

 

   Depois de um grande início de prova, um erro e um passeio na brita tirou as chances de pósdio na corrida 3 para Petecof.

 

Faltando pouco menos de 4 minutos para o final da prova, era a melhor chance para Hauger tomar a ponta, mas quem ganhou terreno foi Pourchaire. Petecof continuava em 9°, mas a expectativa se criou em torno de uma investigação sobre o líder da prova, que ao receber a bandeira quadriculada também recebeu 30s de acréscimo de tempo. Com isso Hauger venceu, Pourchaire foi para 4° e Petecof para 7°, após ultrapassar Stanek.

 

Com os resultados da última corrida da temporada, Theo Pourchaire sagrou-se Campeão com 252 pontos, um a mais que Dennis Hauger. Contudo, outras punições foram anunciadas depois, e nisso Pourchaire ficou com o 2° lugar na corrida, indo para 258 pontos contra os 251 do vencedor, Dennis Hauger. Luca Petecof foi para 5° na corrida, mas acabou nesta mesma posição do campeonato, atrás de Arthur Leclerc e Roman Stanek. Certamente um resultado decepcionante para ele.

 

Também no final de setembro os pilotos de Fórmula Renault Europeia foram para Barcelona, para a antipenúltima rodada dupla do campeonato com Caio Collet e João Vieira vivendo situações bastante distintas. Enquanto Collet liderava o campeonato dos novatos, Vieira, depois de um bom começo, não conseguia mais manter seu rendimento e marcar pontos.

 

Nos treinos para a corrida 1, Caio Collet conseguiu a 6ª posição, enquanto João Vieira não foi para a Espanha. Na largada, Collet se beneficiou da saída da pista de Oscar Piastri e subiu para o 5° lugar. No início, com alguma pressão de Lorenzo Colombo, mas logo o italiano ficou para trás. Os 5 primeiros mantiveram suas posições até o final da prova.

 

   Caio Collet teve um desempenho bastante discreto na rodada dupla de Barcelona em uma pista de difícil ultrapassagens.

 

A corrida do domingo, diferente do céu nublado do dia anterior, foi ensolarado e quente. Na qualificação para a segunda corrida, Caio Collet fez apenas o 8° tempo e em um circuito onde ultrapassagens são difíceis Caio Collet fez uma excelente largada e uma primeira volta extremamente agressiva e no meio da volta já era o 5° colocado. Na terceira volta Lorenzo Colombo superou o brasileiro. Na volta seguinte, Alex Smolyar também passou Collet. Na última volta, ele passou Alex Quinn, mas na disputa pela sexta posição, o piloto que vinha em 8°, Ugo De Wilde, saiu no lucro e passou os dois. Caio Collet terminou em 7°.

 

No final de semana seguinte, na programação onde também correu o DTM, a F. Renault europeia disputou sua penúltima rodada dupla em Hockenheim sob condições meteorológicas bem difíceis, com vento, chuva e temperatura baixa, que afetaram os treinos. A corrida 1, contudo, foi disputada com pista seca. Na classificação, Caio Collet conseguiu o 4° melhor tempo e João Vieira realmente deixou o campeonato, infelizmente, depois de um bom início.

 

   Na corrida do sábado na Alemanha Caio Collet fez uma grande apresentação e brigou muito pelo 2° lugar.

 

Apagada as luzes vermelhas, o brasileiro não largou bem, caindo para 6°, mas ainda na primeira volta, aproveitando o toque entre dois adversários (Colombo e Smolyar) à sua frente ainda na 1ª volta, voltou para 4ª posição, logo atrás de seu companheiro de equipe, Victor Martins. Na segunda volta ambos passaram o 2° colocado, mas Collet, tentando fazer uma ultrapassagem dupla, acabou voltando para 4°.

 

A disputa entre os 4 primeiros foi intensa nas primeiras voltas. Na 5ª volta Martins fez a passada dupla e tomou a ponta. Na volta seguinte, Collet já era o 3°, faltando 20 minutos de corrida. O líder abriu e a briga ficou pelo 2° lugar, com os pilotos Oscar Piastri, Ugo de Wilde e Caio Collet trocando posições. Faltando 10 minutos para o final, Piastri era o 2°, Collet o 3° e Wilde o 4° e a distância entre eles começou a aumentar. Com esse resultado Caio Collet garantiu o título entre os Rookies.

 

   No sábado, além do 3° lugar na classificação geral, mais uma vitória entre os novatos para o brasileiro.

 

Na corrida do domingo, a chuva dos treinos voltou com força e seria um desafio a mais para os pilotos. Caio Collet estava largando novamente na segunda fila com o 4° melhor tempo nos treinos. Devido às condições da pista a largada foi dada atrás do safety car com a contagem dos 30 minutos de prova iniciada. Após 6 minutos o safety car saiu e com bandeira verda, Collet foi superado ainda na primeira curva por Oscar Piastri, caindo para 5°, mas recuperando a posição antes do final da volta.

 

Com um carro parado em posição perigosa, o safety car voltou a ser acionado faltando 19 minutos para o fim e o segundo colocado foi “passear na brita”. Três minutos depois, com bandeira verde e Caio Collet em 3°, Martins perdeu a liderança e passou a ser atacado pelo brasileiro, que parecia estar melhor no piso molhado até mais uma entrada do safety car faltando 12 minutos.

 

   Domingo, em uma corrida com muita chuva, Collet mostrou talento e personalidade para se impor sobre o companheiro de time.

 

Quatro minutos depois, bandeira verde e nos minutos finais o brasileiro voltou ao ataque pela 2ª posição até que se tocaram (na verdade, Martins tocou o brasileiro). Piastri aproveitou e passou os dois, que foram pra fora da pista. Caio Collet ainda voltou em 3° e foi novamente ao pódio. Os comissários consideraram “incidente de corrida”.

 

O encerramento da temporada foi no fantástico autódromo de Abu Dhabi. Caio Collet já com o título de melhor novato do ano buscava a primeira vitória e, mas para a corrida 1 sua posição de classificação não foi nada boa, bem abaixo do que ele costuma fazer e vimos o brasileiro apenas na 11ª posição.

 

   Com o resultado Caio Collet garantiu o título de melhor calouro do ano e subiu mais uma vez no pódio.

 

Apagada as luzes vermelhas Collet largou bem e pulou para a 8ª posição, mas a briga entre a 7ª e a 10ª posição estava dura na primeira volta e o brasileiro chegou a ser empurrado para fora da pista, passando no fechamento da primeira volta em 10°. O safety car foi pra pista já na 2ª volta e isso agrupou o pelotão. Na relargada, Collet tentou um ataque, mas não conseguiu subir de posição.

 

Mesmo em um circuito que não favorece ultrapassagens, na volta seguinte o brasileiro subiu para 9°. Depois, contou com erro do carro à sua frente e foi para 8°. A disputa ficou boa pelo 6° lugar e nas voltas finais Collet tentou superar os adversários à sua frente, mas não conseguiu efetuar um ataque efetivo.

 

   Na corrida noturna as coisas foram complicadas, mas no domingo pela manhã Collet fez a ultrapassagem do final de semana.

 

A primeira corrida foi com o cair da noite do sábado, com a iluminação artificial do circuito. No domingo, a corrida foi cedo pela manhã, sob o sol do deserto mas a uma temperatura aceitável, como no verão europeu. Para a corrida 2 Caio Collet conseguiu voltar a conseguir uma performance como foi na média do campeonato e largar na 6ª posição.

 

Dada a largada, Caio Collet conseguiu ganhar uma posição nas primeiras curvas, mas na segunda volta o brasileiro fez a manobra do final de semana, ultrapassando de uma só vez Oscar Piastri e Matteo Nanini, colocando por dentro e tendo os três carros lado a lado, par assumir a 3ª posição. A disputa, contudo, o afastou dos dois líderes enquanto era perseguido por Piastri. O futuro campeão da temporada, apesar de tentar, não conseguiu tirar Caio Collet do pódio.

 

   Terminada a temporada, Caio Collet recebeu as homenagens da equipe pelo título entre os novatos na categoria.

 

Oscar Piastri conquistou o título com 320 pontos, seguido por Victor Martins 312,5, Aleksandr Smolyar 255, Lorenzo Colombo 214,5 e Caio Collet, o primeiro entre os novatos, com 207 pontos.

 

A penúltima rodada tripla do campeonato italiano da F4 foi para Mugello para mais uma rodada tripla e neste campeonato Gianluca Petecof chegou ao circuito na toscana como vice líder do campeonato, mas apesar de ter feito o 3° melhor tempo, viu seu adversário conquistar a pole.

 

Dada a largada, Petecof largou bem e pulou para 2°, superando o enjoado Paul Aron, e partiu em busca do líder, Dennis Hauger, que conseguiu controlar bem as primeiras voltas na liderança até a entrada do safety car  quando faltavam 22 minutos para o final da prova.

 

   Gianluca Petecof tinha na F4 italiana uma chance de um resultado final no campeonato e lutou por isso.

 

Na relargada, Petecof foi pra cima, colocou por fora na curva San Donato para tentar a ponta e, na curva seguinte, por dentro, Petecof e Hauger tocaram rodas e foram pra fora da pista. Hauger levou a pior, mas o brasileiro também perdeu tempo, caindo para 3°. Hauger caiu para 20°. Melhor para Paul Aron e Lorenzo Ferrari. O incidente entrou em investigação e Petecof foi punido em 10s no tempo final.

 

Na pista, enquanto Hauger veio recuperando posições, Petecof não conseguia se aproximar do 2° colocado. No final da prova, o 5° colocado, Joshua Durksen saiu da pista e, tentando voltar, ficou na caixa de brita em posição perigosa e o safety car foi acionado faltando 2 minutos de tempo para o final da prova. Isso prejudicou Petecof, com a compactação do pelotão. Hauger já era o 12° e com a corrida terminando com o safety car, Petecof caiu para as últimas posições.

 

   Dennis Hauger foi um adversário duro para Petecof, mas, na técnica, era possível superar o norueguês.

 

O programa com muitas corridas e classificações para o domingo atrasou a corrida 2 da F4 italiana. Depois do prejuízo da punição na corrida 1, a situação de Gianluca Petecof era ainda pior na corrida 2, com Dennis Hauger largando novamente na pole e o brasileiro apenas na 5ª posição em um circuito onde as ultrapassagens não são fáceis.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Petecof não conseguiu largar bem como na corrida passada e caiu para 6°, trás do sempre enjoado Paul Aron, também piloto da Prema. Com o problema de Ido Cohen na 2ª volta, Petecof subiu para 5°, mas 4 voltas depois, o israelense recuperou a posição sobre o brasileiro.

 

A corrida estava tranquila até Lucas Allecco atolar o carro na brita quando faltavam 9 minutos de prova. Tivemos bandeira verde para os últimos 4 minutos e meio de prova. Petecof relargou bem e pulou para 5°, mas na volta seguinte já caiu para 6° novamente, seguindo assim até a bandeira quadriculada numa corrida dominada de ponta a ponta pelo líder do campeonato. Uma coisa interessante: nas 10 primeiras posições, pilotos de 10 países diferentes.

 

   Petecof lutou muito, mas só de força de vontade não se consegue ganhar campeonatos e ele era o favorito ao título.

 

A corrida da manhã de domingo trazia a repetição do que aconteceu em todos os treinos deste final de semana, com Dennis Hauger largando na pole position mais uma vez. Gianluca Petecof teria novamente a missão de tentar escalar o grid para buscar uma vitória e manter-se na luta pelo título largando da 5ª posição.

 

Dada a largada, sem maiores problemas, o líder do campeonato saltou na ponta e Gianluca Petecof manteve sua 5ª posição e atacou desde o início o 4° colocado, Stanek, passando-o no início da 6ª volta, mas nessa altura, já tinha mais de 5s de desvantagem para o líder. Em menos de 3 voltas o brasileiro encostou em Joshua Durksen, mas já 6s atrás do líder. E em uma corrida sem entrada do safety car (raro fato), Petecof terminou na 4ª posição em uma corrida onde os 12 primeiros eram de 12 países diferentes.

 

Duas semanas depois, no encerramento do campeonato, em Monza, os pilotos enfrentaram a pista molhada na corrida do sábado na rodada final da F4 italiana. Os treinos, com pista mais seca do que úmida, Gianluca Petecof fez o 3° melhor tempo. Para a corrida, prudentemente com um grid de 30 carros, a direção de prova determinou a largada com o safety car.

 

Na bandeira verde, Petecof ariscou tudo pela segunda posição e não conseguiu contornar a chicane no final da reta, tendo que passar entre as barreiras. Com isso caiu para a 4ª posição. Ainda na primeira volta, com carros errando na largada e indo parar na caixa de brita, o safety car foi novamente acionado.

 

   Na rodada tripla final, em Monza, mais uma vez Gianluca Petecof cometeu erros que comprometeram suas corridas.

 

A relargada foi dada faltando 18 minutos de prova. Novamente Petecof tentou um tudo ou nada e passou reto na chicane. Ele já estava em 2°, e cedeu as 2 posições ganhas com a manobra, voltando para 4°. Na volta seguinte, tentando reconquistar as posições, o brasileiro rodou dentro da chicane e caiu para o final do pelotão. O safety car voltou à pista faltando 7 minutos para o final da corrida. Petecof era o 20° neste momento, mas estava sob investigação, mas qualquer punição não faria diferença. Nos 4 minutos finais de corrida, Petecof subiu de 20° para 10°, mostrando que, não fosse o excesso de vontade, poderia estar no pódio.

 

A corrida 2, realizada na manha do domingo, foi igualmente com pista molhada, mas com a chuva mais fina, mesmo a corrida sendo declarada como “molhada”, a direção de prova liberou a largada convencional. Gianluca Petecof conseguiu a 7ª posição no grid para esta prova e ainda precisava tentar ao menos manter a segunda posição no campeonato.

 

   Mesmo quando largou mais à frente, Petecof errou algumas vezes a freada do final da reta dos boxes em Monza.

 

Apagadas as luzes vermelhas, com pista molhada a chicane no final da reta não seria algo simples e teve gente passando direto, batendo e levando o safety car para a pista, mas enquanto as bandeiras amarelas não foram acionadas em toda a pista, Gianluca Petecof fez uma grande 1ª volta e assumiu a 3ª posição.

 

O carro se segurança não ficou por muito tempo na pista e logo a ação voltou. O piloto brasileiro conseguiu segurar o lugar no pódio por um bom tempo, mas nas voltas finais, foi ultrapassado duas vezes e teve que se contentar com o 5º lugar, mas com isso conseguiu abrir um pouco mais de vantagem na luta pelo vice campeonato.

 

A última corrida da rodada tripla foi sob chuva forte e a direção de prova precaveu-se e não permitiu uma largada convencional. Assim, os carros saíram atrás do safety car nas primeiras voltas e depois foi acionada a bandeira verde. Gianluca Petecof que largou na 5ª posição manteve a colocação no início, mas depois da saída do primeiro safety car, na chegada da chicane, uma grande confusão se formou na 6ª volta e entre os carros que colidiram estava o brasileiro, que abandonou a prova. Mesmo sem mar pontos na última etapa, Petecof terminou a temporada como vice campeão.

 

   Apesar do vicecampeonato, a última corrida do ano terminou da pior maneira possível para Gianluca Petecof.

 

Nesta rodada tripla do final do campeonato tivemos um outro brasileiro no Grid. José Mugiatti, que foi campeão brasileiro de kart em julho deste ano. O paranaense assumiu o volante de um carro da equipe Cram Motorsport, uma equipe pequena na categoria. Em sua estreia na rodada tripla final do campeonato, Mugiatti, na corrida 1 classificou-se na 28ª posição e chegou a estar em 22°, quando envolveu-se em um acidente na penúltima volta.

 

Na corrida 2 ele já conseguiu na classificação uma posição melhor no grid, largando em 24°. Mesmo com as condições de pista difíceis e em um autódromo onde nunca havia corrido, o estreante terminou em 23°.

 

   Tivemos a estreia de José Muggiatti na rodada tripla final da F4 italiana. O piloto paranaense pode ser um nome para 2020.

 

Na corrida 3, José Muggiatti largou em 26°e sobreviveu aos acidentes que aconteceram na corrida, que teve apenas 12 voltas. Nesta corrida o nosso novato chegou em 18° lugar. Podemos dizer que foi uma boa estreia e, quem sabe, em uma equipe mais forte, ele pode fazer uma boa temporada em 2020.

 

Com o campeonato já decidido em favor de René Rast, o DTM, campeonato alemão de turismo, foi para a etapa de encerramento em Hockenheim com um “a mais”, adiantando um pouco do que vai ser a próxima temporada, com a participação de dois carros de fabricantes japonesas.

 

Com mais dois carros no grid e com um treino classificatório com pista molhada, Pietro Fittipaldi não conseguiu uma boa performance e largou apenas na 19ª posição. Na corrida, contudo, com pista seca as condições seriam outras, mas o piloto brasileiro teria que fazer uma grande corrida e contar com uma grande estratégia de sua equipe para escalar o pelotão.

 

   Pietro fez uma boa largada e contou com uma boa estratégia para ganhar posições, mas uma punição prejudicou sua corrida.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Pietro fez uma boa largada e começou a buscar posições, logo conseguindo subir para 17° em um pelotão bastante compacto. Com o início das paradas nos boxes, Pietro deu muita sorte ao parar na hora certa e contar com a bandeira amarela e entrada do safety car. Com isso e alguns carros parando o brasileiro subiu para 9ª posição.

 

A relargada foi diferente do usual, com os carros se posicionando lado a lado para largar em movimento como na NASCAR. Pietro Fittipaldi veio batendo porta com todo mundo para tentar manter sua posição e quando tentou atacar o 8° colocado, Jonathan Aberdein, forçou demais, levou o companheiro de equipe pra fora da pista e foi junto com ele. Com isso, caiu para 16°, penúltimo na pista... e tomou um drive thru, acabando com sua corrida. No final, o brasileiro terminou em 15°.

 

O domingo foi de chuva e frio, com pista encharcada, Pietro não conseguiu uma boa condição de largada e foi o último dos 21 carros no grid. Na largada, pietro ganhou algumas posições, mas ainda na primeira volta tivemos carros com problemas e, primeiro veio o safety car e depois a bandeira vermelha. Para a relargada, o brasileiro era o 16° entre os 19 carros na pista, mas logo após a bandeira verde, Pietro recebeu um drive thru de punição e isso acabou com suas possibilidades de escalar o pelotão.

 

   Na corrida 2 Pietro Fittipaldi recebeu mais uma punição e isso comprometeu suas chances de um melhor resultado.

 

Com outras punições e abandonos, o brasileiro terminou na 15ª posição a corrida do domingo. No campeonato, a 15ª posição também foi a posição no campeonato com 22 pontos. René Rast termina o campeonato com 322 pontos, Nico Müller 250, Marco Wittmann com 202, Mike Rockenfeller 182 e fechando o top-5, Robin Frijns com 157. Este ano ainda teremos uma corrida no Japão, mas sem contar pontos para o campeonato.

 

No mesmo evento, promovido pelo Automóvel Clube da Itália, a penúltima rodada do Campeonato Regional (Europeu) de Fórmula 3, com os brasileiros Enzo Fittipaldi (ainda com chances matemáticas de título) e Igor Fraga teriam como desafio contar com um final de semana catastrófico para Frederik Vesti, que largaria – mais uma vez – na pole position, com os dois brasileiros dividindo a segunda fila – Enzo 3° e Fraga 4°.

 

Dada a largada, Enzo largou muito bem, superando David Schumacher e tomando a 2ª posição, enquanto Igof Fraga patinou caiu para 6°, recuperando logo uma posição e indo para 5°. Na 6ª volta Schumacher superou Enzo Fittipaldi e logo abriu vantagem enquanto Jake Hughes passou a atacá-lo e também ultrapassou o brasileiro após algumas voltas. Os brasileiros terminaram em 4° e 5°, fora do pódio.

 

   Na penúltima rodada tripla da F3 regional, Enzo Fittipaldi ainda tinha chances matemáticas de lutar pelo título.

 

Com o atraso na programação da tarde de sábado, também atrasou a largada da Fórmula 3 e David Schumacher fez a pole, deixando o virtual campeão na segunda posição. Enzo Fittipaldi ficou com o 4° tempo, uma posição à frente de Igor Fraga. Mas quando as luzes vermelhas se apagaram, Vesti largou espetacularmente e Schumacher patinou.

 

Enquanto Vesti escapava na frente, a confusão rolava atrás. Os brasileiros largaram bem, mas Fittipaldi ficou encaixotado atrás dos carros da US Racing e Fraga, por fora, pulou de 5° para 2° enquanto Enzo caiu para 5° e na segunda volta, assim como na corrida 1, Jake Hughes passou Fittipaldi no primeiro ataque, jogando-o para a 6ª posição enquanto Igor Fraga era duramente atacado por Lirim Zendeli e depois David Schumacher segurando os alemães e mais uma enorme fila de carros.

 

O brasileiro segurou os carros da US Racing bravamente por praticamente 20 minutos, mas não deu mais e ambos passaram jogando Fraga para 4°, mas em seguida, David Schumacher recebeu um drive thru por irregularidades na volta de aquecimento, o que devolveu Igor para o pódio e Enzo subiu para 5°, mas uma volta depois, Jake Hughes também passou por Fraga e na penúltima volta, numa manobra sensacional, em um ponto que ele não esperava, Enzo passou Igor e os dois repetiram o resultado da corrida 1. Por 1 ponto Vesti não confirmou o título.

 

No ensolarado domingo deste início de outubro, Foi disputada a 3ª das corridas deste final de semana em Mugello. Nos treinos para esta corrida os brasileiros Enzo Fittipaldi e Igor Fraga conseguiram a 5ª e a 4ª, respectivamente e tinham como desafio conseguir melhores resultados para manter suas posições no campeonato.

 

   Igor Fraga não conseguiu repetir as performances das etapas anteriores na penúltima rodada tripla do campeonato.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Igor Fraga largou bem, Enzo Fittipaldi, nem tanto, mas ambos foram superados por Jake Hughes, que foi de 6° para 4°. Os 6 primeiros se afastaram dos demais, mas não estavam em condições de atacar uns aos outros. Nas voltas finais Enzo buscou um ataque a Igor Fraga pela 5ª posição, mas não teve sucesso. Foi o primeiro final de semana em que nenhum dos brasileiros subiu ao pódio ao longo das três corridas disputadas.

 

Duas semanas depois, em Monza, no encerramento da temporada, os pilotos tiveram que enfrentar frio e chuva no início dos trabalhos e o piso molhado diminuiu a diferença entre os carros. O resultado dos treinos, apenas com alguma umidade, foi a pole position de Igor Fraga na corrida 1. Enzo Fittipaldi teve problemas de suspensão na classificação e não conseguiu marcar nenhuma volta rápida e largou e, último.

 

   No final do campeonato, sob chuva, Igor Fraga deu um show na pista e conquistou uma brilhante vitória no sábado.

 

Com a pista muito molhada no sábado, prudentemente a direção de prova decidiu por uma largada atrás do safety car, o que beneficiou o pole position que, depois de duas voltas, partiram para a ação. Enzo Fittipaldi fez uma 1ª volta espetacular, passando meio grid e assumindo a 7ª posição, mas voltou a perder esta posição para Olli Caldwell enquanto Igor Fraga não só manteve a ponta,mas foi abrindo para o 2° colocado, Vesti.

 

Na 8ª volta Igor Fraga perdeu a freada no final da reta e teve que passar lento pelas barreiras da chicane, mas a vantagem para Vesti era grande e ele não perdeu a posição. O risco de uma punição – felizmente – ficou em uma advertência. Na metade final da prova a disputa pela 5ª posição era o que havia de mais interessante na corrida, com Sophia Floersch, Olli Caldwell, David Schumacher e Enzo Fittipaldi, com os dois últimos brigando pelo vice campeonato.

 

   No pódio, o brasileiro mostrou que "no braço", é adversário pra disputar qualquer freada com qualquer piloto.

 

Faltando 2 minutos para o final da prova, Enzo abandonou com problemas novamente e – em sentido oposto – Igor Fraga venceu a corrida de ponta a ponta e com o 7° de Schumacher, o brasileiro passou a ameaçar Schumacher na 3ª posição no campeonato.

 

Na corrida 2, na manhã do domingo, Igor Fraga repetiu o feito e marcou novamente a pole position e depois de ter seus problemas de suspensão resolvidos, Enzo Fittipaldi foi o 3° colocado na classificação, o que lhe dava vantagem na briga pelo vice campeonato, mas o abandono na corrida 1 deixava também uma preocupação.

 

Na hora da largada, apesar da temperatura baixa e mesmo sem estar chovendo, a direção de prova declarou a prova como “wet race”, mas não colocou os pilotos para largar atrás do safety car. Apagadas as luzes vermelhas, Igor Fraga pulou na ponta enquanto os 3 pilotos da Prema brigavam pela 3ª, 4ª e 5ª posições. No fim da 1ª volta, Igor era o líder e Enzo o 4°, que partiu para o ataque sobre o campeão da temporada, Vesti.

 

   Na corrida 2 o domínio de Igor Fraga foi ainda maior sobre seus adversários com a pista em condições adversas.

 

Os dois pilotos da Prema chegaram em Raul Guzman e foram permitindo o 5° colocado se aproximar sem que nenhum do 3 mudasse de posição enquanto Igor Fraga abria vantagem na liderança. Para Fittipaldi, a ameaça ao vice campeonato estava longe, com David Schumacher em 9° e sendo ultrapassado por Fraga na pontuação. No final, nada mudou entre os primeiros. Igor Fraga venceu de ponta a ponta e Enzo Fittipaldi terminou em 4°.

 

Na corrida 3, na tarde do domingo, mais uma vez Igor Fraga largava da pole position mais uma vez, com os dois líderes do campeonato nas posições subsequentes, com Enzo Fittipaldi largando em 3°. A pista continuava molhada com uma chuva fina indo e voltando. Mais uma vez, a largada seria convencional, sem o chatíssimo safety car.

 

Dada a largada, o campeão da temporada largou melhor e tomou a ponta, com Fraga em 2° e Fittipaldi em 3°. Enquanto Vesti fugia na ponta, os brasileiros lutavam duramente pela 2° posição sem ser ameaçados pelos que vinham atrás deles com Raul Guzman servindo de “rolha” para segurar um pelotão atrás de si.

 

   Na corrida 3 Enzo Fittipaldi mostrou força e velocidade no duelo com Igor Fraga e por pouco não venceu a corrida.

 

No final da volta 7 e início da volta 8 os brasileiros foram para o tudo ou nada, desde a curva parabólica até perderem a freada na chicane no final da reta, mas foi Enzo Fittipaldi que saiu-se vencedor desta disputa particular e que acabou por definir a formação do pódio faltando ainda 12 minutos de prova. Enzo tirou 8s de desvantagem, fez várias voltas mais rápidas, mas não teve como buscar a liderança e, coincidentemente, com os 3 primeiros do campeonato nas 3 primeiras posições. Enzo foi o vice campeão com 336 pontos e Igor Fraga o 3° com 300.

 

A rodada dupla final do campeonato da Euroformula aconteceu em Monza e mesmo com o título já decidido em favor de Marino Sato, os demais pilotos teriam mais uma chance de mostrar que tem valor e continuar sonhando em correr rumo à categoria maior dos monopostos, a F1.

 

   No encerramento da Euroformula, Christian Hahn conseguiu uma boa metade de prova, mas não manteve a performance no final.

 

A qualificação para a corrida 1, disputada no sábado sob sol forte, foi complicada para Christian Hahn, que ficou apenas em 13° lugar, apesar dos tempos muito próximos como sempre acontece em Monza. Dada a largada, o brasileiro largou bem, pulando para a 9ª posição e ainda na primeira volta, em uma ação bastante agressiva, já estava em 6° lugar. Depois de atacar e brigar pela 4ª posição nas primeiras voltas, na metade final Hahn passou a ser atacado pelo 7° e o 8° colocados e foi sendo superado. Nas voltas finais, o brasileiro foi parar na caixa de brita e perdeu diversas posições, encerrando a etapa em 12°.

 

Na classificação para a corrida 2, disputada no domingo, encontrando um melhor acerto para seu carro, Christian Hahn conquistou a 4ª posição no grid, mas ao contrário do que fez na corrida do sábado, o brasileiro largou mal e fo1 engolido pela 3ª fila, caindo para 6°. Ainda na primeira volta ele recuperou o 5° lugar. As primeiras voltas foram espetaculares, com Hahn escalando o pelotão.

 

   Na corrida 2 o brasileiro vinha bem, com um lugar no pódio, mas um erro e uma rodada acabou com a corrida e a temporada.

 

Na 4ª volta era o 3°. Com 6 carros brigando pela liderança, na 8ª volta Hahn perdeu a traseira, o controle e acertou Jack Doohan, acabando com a corrida de ambos e provocando a entrada do Safety Car. Um final de campeonato que o brasileiro não merecia. Terminada a temporada Christian Hahn encerrou a temporada em 10° lugar com 84 pontos.

 

Foi outro textão, mas sei que vocês gostaram e vão querer sempre mais. É isso aí, galera. No mês que vem tem mais.

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

     
Last Updated ( Tuesday, 29 October 2019 23:23 )