Alô pessoal do Rio de Janeiro, tô passando por aqui pra pedir ajuda dos nossos leitores cariocas e fluminenses (o pedido vale para flamenguistas, botafoguenses e vascaínos também).

Li hoje, dia 29/12, que o Embaixador da Grécia foi para o Rio de Janeiro e está desaparecido desde segunda-feira. Mas não é só o Embaixador que está desaparecido. Nosso colunista, Fabiano Esteves, também conhecido como Patropi, desapareceu sem deixar vestígios!

Quem tiver alguma notícia do nosso colunista, seu paradeiro, seu estado de saúde e se ele estava em companhia do Embaixador grego quando este desapareceu, por favor, entre em contato com a nossa redação através do email: This e-mail address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it

Agora vamos falar dos nossos novos garotos que estão buscando um lugar ao sol no automobilismo internacional e reforçar o time de pilotos brasileiros que já estão correndo no exterior.

Matheus Iorio estraçalhou no campeonato da Fórmula 3 Brasil neste ano de 2016. Quem achava que Pedro Piquet tinha sido um vencedor incontestável nos dois anos anteriores assistiu o campeão da temporada de 2016, nas 16 provas disputadas, somar dez vitórias e 15 pódios. No total foram 205 pontos, 65 à frente de seu companheiro e vice-campeão, Guilherme Samaia, tendo conquistado o título por antecipação na etapa de Goiânia.

O campeão fa Fórmula 3 Brasil luta para fechar contrato com uma equipe na Euroformula Open. Foto: Divulgação.

Para 2017 o piloto e seus representantes estão em negociação com algumas equipes na Europa para correr na EuroFormula Open, categoria extremamente concorrida e que usa o chassi Dallara 312, equipado com motores de Fórmula 3 da Toyota. Consciente de que correr na Europa é outra conversa, o campeão brasileiro tem os pés muito no chão e afirma que não é porque foi campeão aqui que vai chegar andando na frente por lá.

Mas se Iorio ainda não definiu em que equipe irá correr, o piloto paulista Christian Hahn, que disputou as duas últimas temporadas pela F3 Brasil, estará na Europa em 2017 para competir pela equipe espanhola Drivex, fundada pelo ex-piloto espanhol Pedro de la Rosa, e vai seguir com o patrocínio que teve no Brasil, da Blau (farmacêutica de medicamentos genéricos pertencente a seu pai, o também piloto Marcelo Hahn) e Preserv.

Christian Hahn, após dois anos na Fórmula 3 Brasil, já tem lugar garantido na Euroformula Open. Foto: Divulgação.

Christian Hahn tem no seu currículo, além das duas temporadas disputadas na Fórmula 3 Brasil, algumas corridas de endurance tanto no país como nos Estados Unidos, ao lado do pai e do piloto da Stock Car, Allam Khodair. O piloto inclusive já realizou testes com o carro da equipe no circuito de Barcelona, onde teve oportunidade de conhecer o carro e estabelecer o primeiro contato com engenheiros e mecânicos da equipe.

Quem também vai tomar o rumo da Europa é Enzo Fittipaldi. O irmão mais novo de Pietro Fittipaldi vai seguindo os passos do seu irmão e está entrando para a Academia de Pilotos da Ferrari, pela qual já passaram Jules Bianchi, Sergio Pérez e Lance Stroll. O piloto, filho de Juliana Fittipaldi, foi aceito depois de testes realizados no circuito de Fiorano, na Itália, em novembro, e começa as atividades da Academia em janeiro de 2017.

Pietro Fittipaldi (em primeiro plano) vai integrar a academia de pilotos da Ferrari em 2017. Foto: Ferrari Media.

Em 2014, Enzo sagrou-se campeão das Carolinas na categoria Minimax, torneio que engloba os estados da Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia nos Estados Unidos. Em 2016 Enzo disputou o campeonato Ginetta Júnior e finalizou a temporada na 18ª colocação, sendo que um oitavo foi seu melhor resultado. Antes de debutar nestas corridas, participou de campeonatos de kart nos Estados Unidos.

As novas promessas da escuderia italiana participaram de um teste em Fiorano, o circuito privado da Ferrari para testes e desenvolvimento, em novembro, junto a outros candidatos. Além dele, o neozelandês Marcus Armstrong (que aparece com Enzo na foto), de 16 anos, também foi aceito para o programa do time italiano.

Algumas promessas são mais jovens e ainda passam mais tempo no kart. É o caso de Caio Collet, que disputou este ano seu segundo Mundial de Kart CIK-FIA. O piloto da Birel ART Racing, que em 2015 foi o terceiro colocado e tirou o Brasil de um jejum de 17 anos sem pódios na competição, enfrentou 91 adversários este ano, mas infelizmente não conseguiu se classificar para a bateria final.

Caio Collet tem sido um destaque brasileiro no kartismo internacional. Foto: CIK Media.

Esta foi a primeira temporada completa no kartismo europeu e Caio Collet conquistou bons resultados. No Europeu de Kart, subiu duas vezes ao pódio, com dois segundos lugares em Zuera (Esp) e Portimão (Por), terminando o campeonato na 6ª posição. Pelo WSK Super Master Series, o brasileiro venceu a etapa de Adria (Ita). No Brasil, onde já coleciona vários títulos na carreira, o piloto também foi Campeão Brasileiro Rotax 2016 na categoria Júnior Max.

O reconhecimento ao talento do brasileiro veio com o anúncio da All Road Management, onde Caio Collet (Matrix Energy Trading) passa a integrar a ser um dos seus pilotos, comandada por ninguém menos que Nicolas Todt. O paulista de 14 anos é apontado como um dos melhores kartistas de sua geração e atualmente é um dos pilotos de fábrica da Birel ART Team, fato que emocionou o seu orientador até este ano, o campeão mundial de 1995, Gastão Fráguas Filho.

Ao lado de Nicolas Todt, Caio vai fazer parte do All Road Management. Foto: Divulgação.

Também no kart, mas com os olhos voltados para o automobilismo norte americano, Marcel Coletta, de 15 anos, é o campeão da 18ª edição da Seletiva de Kart Petrobras, realizada nesta quarta-feria no kartódromo da Granja Viana, em Cotia, na Grande São Paulo.

O piloto de São Paulo não apenas venceu esta seletiva como também conquistou o primeiro lugar na seletiva de kart da Mazda Shut Out, que seleciona pilotos para ingressar no programa “Road to Indy”, onde os vencedores tem a carreira bancada pela montadora e dependem apenas de seus desempenhos para manter o patrocínio até a categoria máxima dos monopostos nos Estados Unidos.

Marcel Coletta embarcou para os Estados Unidos e disputou o chamado a seletiva que abriria o caminho para fazer a temporada completa da USF2000 e a uma premiação de 200 mil dólares. Apesar de não conquistar o título, o brasileiro impressionou os chefes de equipe presentes por sua guiada limpa e precisa ao volante dos carros com motores de 2 litros e 140cv de potência.

Caio Coletta venceu a Seletiva Petrobras e a Mazda Road to Indy. Com os carros, impressionou. Foto: Arquivo Pessoal.

Além do “vestibular” nos Estados Unidos, como vencedor da Seletiva de Kart Petrobras, Marcel Coletta ganhou dois dias de testes com um Fórmula 4 na pista de Modena, na Itália, com um carro da equipe DieGi Motorsport, que venceu em Mugello com o brasileiro Giuliano Raucci e um dia de testes no simulador de Fórmula 1 na empresa do engenheiro russo Anton Stipinovich. Assim como nos EUA, Coletta impressionou a todos em suas voltas na Itália.

Apesar das mazelas do nosso automobilismo local, ainda conseguimos garimpar alguns valores e, quem sabe, nem tudo está perdido para o Brasil no cenário internacional.

Um feliz 2017 a todos,

Paulo Alencar