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De Felipe a Felipe PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 02 July 2013 22:33

Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid,

 

Neste final de semana onde quase todos os brasileiros estavam ligados no futebol e na final da Copa das Confederações da FIFA (É bom lembrar que é tudo da FIFA, nunca é do país que sedia... isso é só um detalhe), eu continuei mais atenta ao que me interessa: os movimentos populares pelas mudanças no país e as corridas na televisão.

 

Neste final de semana, um nome foi atenção dos olhos de todos que estiveram em Silverstone e aos que, em mais uma demonstração de prestígio e consideração com os brasileiros, assistiram o VT da corrida da GP2 na madrugada de sábado para domingo, porque os TRÊS canais de TV por assinatura não podiam passar a corrida, mesmo mostrando VTs de jogos de outros esportes: Felipe!

 

Se alguém tem ou tinha dúvidas da capacidade e principalmente da maturidade de Felipe Nasr, estas certamente deixaram de existir após a rodada dupla da GP2 em Silverstone.

 

Apesar de tudo isso, ele acabou sendo vítima do afobamento de Marcus Ericson na largada da prova do sábado, que imprudentemente jogou o carro em cima do nosso piloto – tanto que foi punido pela manobra – que terminou prejudicado com a avaria no sistema de direção, que o forçou a abandonar a prova.

 

“Sorte dos campeões” que, na última volta, seu adversário mais direto na luta pelo título, o Monegasco (que a transmissão da TV... ah, a transmissão da TV... chamava de italiano) Stefano Coletti mostrou porque está há tantos anos na categoria e nunca conseguiu dar o “passo seguinte”, errou em não administrar seus pneus, os pontos que faria e envolveu-se numa disputa que culminou com um erro e um acidente que o tirou da prova na última volta... e não adiantou nada esmurrar o volante na área de escape, viu, menino. Agradeci bastante.

 

Na corrida do domingo, Tendo que largar na 25ª posição (e Coletti na 21ª), era uma corrida para tentar fazer algum ponto... e Felipe fez. Não só fez como deu um verdadeiro show. Passou na primeira volta já em 16º – e à frente do Coletti, que era o 18º – e atacou os adversários com precisão cirúrgica. Terminou em 7º lugar e por muito pouco não foi o 6º, enquanto Coletti não passou de um apagado 12º lugar.

 

Apesar de ter sido obrigado a mudar sua estratégia de corrida, Felipe Nasr ainda conseguiu fazer aquilo que vem sendo uma de suas características e, em face dos problemas com os pneus enfrentados por todos na F1 e na GP2, certamente o fato dele vir sendo, sistematicamente, o piloto que melhor tem gerenciado os compostos oferecidos pela Pirelli para a categoria, deve estar chamando a atenção de todos os chefes de equipe da categoria principal. Em tempos de pneus tão frágeis, ter um piloto como ele é algo que toda equipe deveria pensar seriamente. Rápido, consistente, maduro... que me perdoem os mais puristas, mas pelo que li sobre Fórmula 1, lembra o Emerson Fittipaldi, que estava presente em Silverstone.

 

Se gerenciar bem os pneus foi mais um dos feitos de Felipe, o Nasr, o outro Felipe, o Massa, não teve tal felicidade na principal corrida do domingo. Depois de uma largada digna de um campeão do mundo, após uma classificação frustrante nos treinos, Felipe saiu de 11º para 7º, levando-me a pular e gritar como uma pomba gira na sala (Marido entrou correndo em casa para ver o que estava acontecendo).

 

Depois de ganhar mais duas posições e estar em 5º, veio o primeiro pneu que se desmanchou: o de Lewis Hamilton. O segundo foi o de Felipe, estragando uma corrida que poderia fazê-lo chegar na frente de Fernando Alonso pela primeira vez este ano e, acho, que seria a primeira com os dois na Ferrari. Ele ainda fez uma boa corrida, levando-se em conta tudo o que aconteceu, terminando em 6º lugar, mas serviu pra calar a boca dos que parecem torcer contra ele e sua presença na Fórmula 1.

 

Que no ano que vem possamos ter os dois alinhando no grid. Dois Felipes é melhor que um!

 

Até semana que vem e muito axé pra todo mundo,

 

Maria da Graça