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Pneus fajutos / Borracha pra quem te quer PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 15 May 2013 22:37

O GP da Espanha pode ser classificado como "morno". Mas foi um morno bem assim... De "mentirinha". Confuso pacas para espectadores. Não foi muito disputado, na verdade, pois desde a primeira rodada de pit stops pudemos ter uma ideia de quem ganharia. Não é mais o melhor carro em termos de aerodinâmica e velocidade que leva as vitórias, mas sim o que trata melhor os pneus. Não à toa, a frase mais ouvida nos rádios hoje é "Dirija devagar para conservar os pneus". Não é que Ferrari e Lotus tiveram um carro melhor durante o final de semana anterior, mas certamente foram os "best friends forever" da borracha. Quem se deu bem com isso foi Fernando Alonso, da Ferrari, Kimi Raikkonen, da Lotus, e Felipe Massa, companheiro de equipe do espanhol. Os 3 foram ao pódio nessa ordem.

 

Sem mais delongas, vamos à análise das equipes.

 

Ferrari: Tem péssimo ritmo de classificação em relação às suas principais rivais, mas compensa isso de forma eficiente, pois a F138 tem melhor ritmo de prova e só perde para a Lotus no menor consumo dos pneus. Fernando Alonso, que largou em quinto, foi perfeito e passou seus adversários ainda nas primeiras voltas, com direito a ultrapassagens por fora (é bom salientar que foram ultrapassagens muito, mas muito facilitadas pela diferença de rendimento causada pelo desgaste de pneus. Sim, com isso eu tiro boa parte do mérito do espanhol, me critiquem) no final da reta. Mas beleza, o homem é gênio. Ganhou em casa depois de 300 anos (6, para ser exato). Merece parabéns. Os mesmos parabéns que merece o brasileiro Felipe Massa. Perdeu 3 posições na classificação por "atrapalhar" Mark Webber. Zoei pacas ele no twitter junto com o F1 Corneta, mas vamos combinar, ele fez um ótimo trabalho. Passar 6 carros durante a prova, numa pista como é a de Montmeló, não é fácil. Mas o narrador da Rede Globo criar uma "briga" pelo podium entre o brasileiro e Vettel (que àquela altura estava 15 segundos atrás!) nas voltas finais da prova, foi deprimente assistir.

 

Lotus: Também tem péssimo ritmo de classificação e não é tão rápida quanto seus adversários diretos (Ferrari e Red Bull), mas tem o melhor consumo de pneus do grid (Raikkonen fez 3 pit stops contra 4 de Alonso). O finlandês chegou em segundo após ter largado na quarta colocação, à frente do espanhol. Já o francês Romain Grosjean abandonou ainda na volta 6, por quebra de suspensão. Uma quebra inexplicável, até, em virtude das circunstâncias do ocorrido (parece que ele quebrou sozinho). Estranho. Interessante, porém, foi uma reviravolta deste ano na competição interna da equipe. Raikkonen está superando Grosjean constantemente não só nas corridas, mas agora também nas classificações (estonteantes 5 a 0 para o finlandês). 

 

Red Bull: Tinha um carro rápido, mas que consumia os pneus rápido demais. Contudo, eu esperava que Sebastian Vettel tivesse ganho a corrida (ele foi minha aposta), pois, em tese, a Red Bull teria que se dar melhor com os pneus médios e duros. Não foi bem assim. A corrida da Espanha consumiu rápido demais os pneus de quase todos, incluindo os dos RB9 da equipe austríaca. Vettel só conseguiu passar Hamilton na primeira volta e depois empacou atrás de Nico Rosberg, muito mais lento. No que empacou, Alonso deu o bote algumas voltas depois e partiu à caça do alemão da Mercedes. Acabou em quarto, contente por ter salvo 12 pontos - que podem ser importantíssimos no final. E ainda é líder com 89 pontos, mas com uma magérrima vantagem para Raikkonen, que tem 85. Alonso aparece na terceira colocação, com 72 tentos. Já Mark Webber, que largou em sétimo, partiu mal (para variar) e perdeu várias posições, mas se recuperou ao longo da prova e terminou em quinto. Até fez uma prova um tanto melhor que a do companheiro, à vera.

 

Mercedes: Dona da maior contradição entre desempenhos de classificação e corrida, a equipe alemã passou batida nas 3 práticas, mas fez a dobradinha nas classificações, novamente com Nico Rosberg e Lewis Hamilton. Mas já tivemos uma ideia do que aconteceu no Bahrein, então foi fácil prever que os dois carros W404 perderiam rendimento rapidamente. Mas não imaginávamos que seria uma queda tão drástica. Hamilton foi vítima fácil de Vettel ainda na primeira volta. Depois, uma carreata passou pelo inglês. Nas voltas iniciais e durante o restante da corrida. Ele chegou a dizer pelo rádio "Não consigo dirigir mais devagar que isso". Deprimente. Rosberg ainda salvou uns 8 pontos, com a sexta colocação. Até a Marussia chegou a andar com ritmo melhor em determinadas ocasiões.

 

McLaren: Continua mal. Jenson Button chegou em oitavo e se disse envergonhado do desempenho da equipe de Woking até aqui. Ele havia largado na décima quarta colocação. Deprimente. Já Sergio Pérez largou na mesma posição em que o inglês chegou e terminou uma posição atrás dele. Mas a evolução do Chapolim é clara. Após passar as três primeiras provas apanhando do carro e do companheiro, parece ter finalmente se encontrado, o que é muito bom para ele mesmo e para a equipe.

 

Force India: Pontuou com Paul di Resta novamente, que vem sendo ótimo com esse carro, que é uma clara evolução em relação ao ano passado. Porém, Adrian Sutil teve um problema em seu primeiro pit stop (mais um) e ficou de fora da luta pelos pontos ainda no começo. Mas a equipe indiana tem potencial para grandes desempenhos neste ano. Paul di Resta já prometeu pódio, caso a equipe entregue a ele um carro decente até o final do ano.

 

Toro Rosso: Como eu disse, Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne só alcançariam os pontos esporadicamente durante a temporada, tão ruim que é o STR8. E foi o que aconteceu com o australiano. Conseguiu pontuar mais uma vez. Já Verme, assim como DevaGarde, abandonou no começo. Roda solta.

 

Williams: Continua com um desempenho triste, mas nada tão ruim quanto no começo da temporada. Pastor Maldonado chegou a passar Lewis Hamilton em decorrência do desgaste excessivo de pneus da Mercedes, mas ficou em décimo quarto. Valtteri Bottas terminou na décima sexta colocação.

 

Sauber: Está bem claro que a Sauber errou feio a mão no carro deste ano. Esporádicas são as vezes que o Incrível Hulk chega na zona de pontuação. 'Gutierros' vive largando lá atrás e andando lá atrás. Curiosamente, na corrida, Hulkenberg não foi além da décima quinta colocação, enquanto o mexicano quase pontuou, na décima primeira. 'Gutierros' ainda marcou a volta mais rápida da prova, mas ainda tem que comer muito feijão com arroz para largar o osso desse apelido.

 

Caterham e Marussia: Charles Pic foi o melhor entre as nanicas novamente, com o carro da Caterham, uma volta à frente de Jules Bianchi, com a Marussia. O francês marússico, porém, manteve a hegemonia em cima de Max Chilton, seu companheiro: 5 a 0 nas classificações e 5 a 0 nas corridas. Já Erguido 'DevaGarde' perdeu a roda na volta 20 e abandonou.

 

Peço desculpas por não falar tanto sobre cada um quanto talvez devesse. Afinal, achei esse GP deveras chato e não consegui falar muito mais.

 

GP de Mônaco, algumas previsões: Não podemos prever nada com relação a quem se sairá melhor com os pneus, mas serão novamente os médios e duros, até onde sei. E o asfalto das ruas do principado de Monte Carlo não devem comer tanto os pneus como as outras provas até agora, vez que a média de velocidade é bem menor. Outra previsão: O narrador da Rede Globo deverá falar milhares de vezes durante o final de semana as seguintes frases:

 

"Senna ia para outra dimensão no túnel".

"Nelson Piquet dizia que era como andar de bike na sala de estar de sua casa".

"Jackie Stewart fechava um olho antes de entrar no túnel e ‘trocava o olho aberto’ lá dentro".

E outras tantas coisas que ele deverá falar para o deleite das famosas "viúvas".

 

É isso. Até a próxima, minha gente.

 

Antônio de Pádua 

 

 

Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid,

 

O Grande Prêmio da Espanha, assim como o anterior, no Bahrein, foi outro festival de paradas e pneus esfarelados. Se por um lado deixou uma certa incerteza sobrem quem estava fazendo a coisa certa, por outro, fez uma bagunça danada na cabeça de quem levantou cedo no domingo pra ver a corrida.

 

Até onde eu entendo, a Fórmula 1 é – ou ao menos deveria ser – uma competição de velocidade, onde fatores de resistência podem vir a influenciar ou não em seu resultado corrida a corrida, contudo, a realidade atual da categoria está sendo mascarada pelo ‘Fator Pirelli’.

 

Quando surgiu a ideia de se fazer um pneu que sofresse uma degradação por seu uso em condições extremas para dar uma ‘animada’ na categoria, a ideia foi bem recebida, com as corridas passando a ter uma dinâmica diferente e, com isso, evitando aquelas verdadeiras ‘procissões’ que ocorriam em circuitos como o de Barcelona, onde ninguém passava ninguém.

 

Se no ano passado o efeito (resultado) conseguido foi um dos fatores de equilíbrio em boa parte do campeonato, este ano está sendo motivo de reclamação de praticamente todas as equipes. Até o chefão da categoria, Bernie Ecclestone, resolveu entrar na discussão para (agora) criticar os pneus que ele um dia elogiou.

 

A discussão vem de longe. Nos testes pré-temporada o chefe da Red Bull, Christian Horner, disse que os pneus seriam um problema para seus carros, que não resistiriam ao ritmo de corrida quando a temporada começasse. A Ferrari – claro – foi na direção oposta. Afinal, em anos era a primeira vez que a equipe apresentava um carro decente nos testes de inverno.

 

A Pirelli, depois da corrida declarou que vai mudar os pneus para a corrida do Canadá... cedeu as pressões? De quem? Certamente no coro dos insatisfeitos está a Red Bull e seus 4 carros, com o maior budget do circo. A Mercedes, única fábrica de carros que ainda resta na categoria (a Ferrari não fabrica carros, fabrica obras de arte) e o próprio Bernie, como chamam na redação, o bom velhinho.

 

Surgiu uma notícia de que o corpo de engenheiros da Pirelli declarou que houve um erro de avaliação de projeção de desgaste para quando os pneus trabalhassem em temperaturas do ar e de asfalto mais altas do que o encontrado nos testes de inverno. Oras, eu sou engenheira e se eles cometeram um erro deste tamanho, não mereciam estar onde estão. Se faço uma dessas, estou no olho da rua rapidinho como um carro de F1.

 

De 2012 para 2013 os pneus sofreram uma importante alteração: uma cinta sob a banda de rodagem, que era de kevlar, passou a ser de aço. Menos flexível e mais sujeita à variações de temperatura, esta cinta passou a ser um problema, uma vez que aumentava o tempo de área de contato dos pneus em condições extremas (curvas, freadas e retomadas), dificultando o controle de temperatura dos pneus.

 

Em teoria, Red Bull e Mercedes ficarão no lucro. Ferrari e a ‘Nega Genni’ (kkkk adoro essa), no prejuízo. Na prática, vamos ver o que acontece. Contudo, que o resultado foi bom para o campeonato foi. Os três protagonistas Vettel, Raikkonen e Alonso) estão mais próximos e a disputa vai aumentar.

 

Não posso fechar a coluna sem parabenizar o pódio de Felipe Massa. Mesmo sendo ele um gastador de pneus, sair da nona posição e chegar em terceiro foi um grande feito. Este desempenho pode garantir para ele mais um ano de contrato para 2014.

 

Até a semana que vem,

 

Maria da Graça